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5

Gabi narrando

Fazia dois dias que eu estava trancada dentro de um quarto, só via alguém quando me traziam comida umas três vezes por dia, ele nunca mais apareceu aqui.

Meus pensamentos voavam em minha filha e em minha mãe, quando eu estava com a Carla pelo menos eu conseguia mandar dinheiro para ela, por isso tentava fazer o máximo de programas por noite, porque pelo menos eu sabia que alguma quantidade ia para elas, minha mãe não iria conseguir sozinha dar conta de tudo, comprar roupas, remédios, comida para Alana e ainda pagar água e luz. Mas se eu perguntasse para Heitor, eu não sei, acho que isso não é uma coisa de perguntar assim.

A porta se abre e ele entra, eu estava sentada na cama, de cabeça baixa, e logo ergo o meu olhar para o mesmo que estava de braços cruzados parado na porta.

- Isso aqui é para você - Ele diz me entregando uma sacola de alguma loja - Se arruma porque você vai sair comigo.

- Para onde? - Eu pergunto

- Não te interessa - Ele diz - Você só precisa ficar pronta rápido - Ele fala Grosso e eu apenas assinto, a minha língua era mais afiada do que eu, e as palavras saiam. Ele sai do quarto e eu abro a sacola, dentro tinha um vestido preto, e um salto alto e algumas maquiagens.

Tomo um banho rápido, e escovo os meus cabelos, fasso uma maquiagem leve, e visto o vestido e coloco os saltos, o vestido era bem colocado e deixava o meu corpo todo modelado nele, e eu odiava me vestir assim, salto então, não tem coisa melhor do que uma havaianas.

- Esta pronta? - Ele diz abrindo a porta e eu reparo que ele estava de terno.

- Sim - Falo me levantando e ele me olha de cima à baixo.

- Então vamos - Ele diz e eu vou em direção a porta, parecia não ter ninguém no apartamento e descemos até o carro em silêncio - Qualquer graça sua você já sabe, você só precisa sorrir e concordar com tudo.

- Ok - Eu falo para ele

- Para todos nós conhecemos a quatro meses no Brasil - Eu olho para ele sem entender o para todos - Nós apaixonamos, amor a primeira vista e agora vamos casar.

- Casar? - Eu falo incrédula e ele me encara.

- Pode deixar que a festa eu deixo você planejar - Ele diz encarando a estrada, e eu me mantenho em silêncio.

Até agora ele não disse quais era as suas intenções em ter me comprado por um valor tão alto da aquele jeito, na realidade nunca trocamos mais de meia palavras sem ser ele me ameaçando, e ele nem tentou me levar mais para cama.

Heitor narrando

Ela se manteve em silêncio depois o caminho inteiro. Hoje era a janta com os sócios da empresa, na qual eu iria comprar, meu objetivo era virar governador e para isso eu tinha que ter uma esposa, casar e futuramente ter filhos, os eleitores amavam isso.

Quando eu à vi eu vi que ela era a pessoa certa para isso, mas depois veio com toda a sua marra e eu larguei de mão, mas não sei porque, algo me fez desistir assim que eu vi a foto da sua filha, não sei se foi por pena ou algo assim, mas o ponto fraco dela era a filha e usando isso eu teria ela sempre nas minhas mãos, e assim eu ia moldar ela para ser a mulher de um governador perfeita e invejada.

- Me dê a mão - Falo para ela assim que descemos do carro, passamos pelos repórter e fotógrafos que enchia o saco o tempo inteiro, ela se manteve queta e entramos dentro.

- Heitor González - Pietro diz me cumprimentando - E essa jovem?

- Pai essa é a Gabriela minha namorada - Eu falo e a mesma apenas sorri e cumprimenta ele toda sem graça.

- Sua mãe vai adorar conhecer ela - Ele diz

- E a onde ela está? - Eu pergunto

- Ela não conseguiu vir - Ele fala e eu assinto apenas com a cabeça.

Esses jantares normalmente são chatos para caramba, um monte de gente falando e dando conselhos inúteis, Gabriela se manteve queta o tempo inteiro e apenas sorria ou concordava quando alguém falava algo para ela, exatamente como tinha combinado.

- Eu acho que eu estou passando mal - Ela sussurra para mim e eu a encaro vendo que ela estava toda vermelha.

- Ela deve ter alergia a camarão - Uma senhora que estava na mesa fala - Precisa levar ela para o médico urgente.

Gabriela começa a passar mal, e cada vez ficava mais vermelha ela começa a ficar com falta de ar e eu pego ela no colo e corro com ela para o hospital, só me faltava morrer por causa de uma alergia agora.

Heitor narrando

Saio do banho e ela continuava dormindo, encosto a minha mão na sua testa e a febre já tinha abaixado, visto a minha calça, e saio do quarto trancando a porta.

Daqui a pouco iria começar os meus eventos políticos e eu precisava ter Gabriela bem submissa à mim.

- Bom dia - Falo para Leandra que estava sentada tomando café.

- Bom dia - Ela responde.

Leandra e Marcos eram meus irmãos, Leandr morava comigo, mas Marcos não, meus pais moravam aqui perto também.

- Ela melhorou? - Leandra pergunta.

- Parece que sim - Eu respondo - Por favor levem o café dela lá - Falo para a governanta e ela assente.

(.. )

Entro dentro do quarto e encontro Gabriela chorando, finjo que não vejo, e passo para o closet, essa menina vivia chorando, ela era sentimental de mais, quando volto para o quarto ela já estava em silêncio e não chorava mais.

- Se você já melhorou, já pode trocar de roupa - Eu falo sentando ao seu lado na cama e ela ergue o olhar

- Eu eu já vou trocar - Ela fala se levantando e indo até o closet, ela sempre ficava tensa com a minha presença, ando até o closet atrás dela e ela estava já com a camisola do jeito que eu gosto.

- É assim que eu gosto - Eu falo me aproximando dela e segurando o seu rosto - Troca de roupa que você vai sair comigo - Solto ela que fica me encarando.

- E que roupa que eu vou vestir? - ela pergunta

Eu ando até uma porta e dígito um código e a porta se abre , ali eu tinha guardado algumas roupas dela, ela me olha e apenas assente, tinha entendido o recado. Ela veste uma calça jeans e uma blusa branca e um tênis, e prende o cabelo em um rabo de cavalo, eu olho para ela de cima à baixo, não podia negar que ela era muito bonita.

- Vamos - Eu falo para ela que me segue em silêncio, abro a porta para ela que entra em silêncio, e depois entro e começo a andar com o carro.

Paro o carro na frente de um restaurante e abro a porta para a mesma sair do carro, sentamos em uma mesa de frente a praia.

- Boa noite - o Garçom diz - Os cardápios.

Ela encarava aquele cardápio sem nenhuma reação.

- O que você vai querer? - Eu pergunto para ela

- Não entendo nada do que está escrito aqui - Ela diz meio tímida - A única coisa que entendi que aqui tem suco.

- Vamos tomar vinho - Eu falo para ela que apenas assente e coloca o cardápio na mesa - Vou pedir para nós dois então .

- É melhor - Ela responde olhando o mar e as pessoas a sua volta, ela balançava as suas pernas de baixo da mesa.

- Você está agitada - Eu falo para ela que apenas me olha de canto - Esta nervosa porque?

- Eu não estou nervosa - Ela diz

- Esta na defensiva , está ficando vermelha, você sofre de ansiedade? - Eu falo e ela me fuzila, eu não queria enlouquecer ela, mas gostava de mecher com a sua cabeça.

- Porque você me trouxe aqui? - Ela pergunta

- Porque você não gostou? - Eu pergunto - Não tem problema, eu nunca mais te tiro da aquele quarto então.

- Desculpa - Ela murmurra - Não queria te tirar o sério - Eu abro um sorriso vendo que a mesma estava ficando do jeito que eu queria.

Ela prende o seu olhar em umas crianças que brincavam na área Kids do restaurante, seu olhar se entristece na mesma hora.

- Deve ser ruim ficar longe da sua filha não é mesmo? - Eu pergunto para ela

- Se eu estou longe a culpa é sua - Ela diz rápida

- A culpa é sua por ser tão ingênua - Eu digo para ela - Por acreditar em todo mundo - Ela abre a boca para falar algo mas fecha na mesma hora.

- A sua intenção é me enlouquecer? - ela pergunta me olhando e o Garçom chega e serve as nossas taças de vinho.

- Não - eu respondo tomando um gole do meu vinho - a minha intenção é que você apenas me obedeça sempre, eu já te falei quais são as minhas intenções.

- Eu não bebo - Ela fala assim que fasso um gesto para ela tomar o vinho.

- Mas agora você bebê - Eu falo para ela e ela toma um pouco, mas logo larga a taça.

Eu queria ela me obedecendo em todas as minhas ordens.

Gabriela narrando

Se a intenção dele era que eu tivesse medo dele, ele conseguiu me ter em suas mãos.

- Desculpa senhora - O garçom fala assim que sem querer vira a taça de vinho na minha roupa, no impulso ele pega a toalha e limpa a minha blusa.

- Não precisa ,está tudo bem - Eu falo vendo a cara que Heitor tinha ficado.

- Mas - Ele diz tentando ajudar.

- Pode deixar que eu limpo - Eu falo tocando em sua mão e pegando a toalha da sua mão.

O dono veio e pediu milhões de desculpa mas fiquei o tempo todo de cabeça baixa, Heitor estava furioso e pelo oque ouvi o coitado do garçom ainda iria ser demitido por causa dele, esse homem era um monstro.

Ele quase me fez voar até o carro e me jogou dentro do mesmo, entrou fechando a porta com tudo e saiu voando com ele, ele não dizia nada, o seu olhar estava escuro , a sua cara fechada e tudo isso me dava medo, muito medo. Ele para com o carro na frente de uma casa e era cheio de árvores ,ele desce do carro e eu solto a minha respiração e eu me mantenho imóvel dentro do carro,

- Desce agora Gabriela - Ele diz abrindo a porta e quando eu coloco as pernas para fora sinto os meus cabelos ser puchado - É para você descer rápido porra - Ele diz puchando mais forte meu cabelo e me tirando de dentro do carro.

Meus olhos enche de lagrima e ele me leva quase arrastada para dentro da casa, tinha poucos móveis e as luzes eram fracas oque deixava aquele lugar mais assustador, ele me leva até uma porta e abre ela e tinha uma escada, ele desce me levando e me joga no chão com tudo e eu permaneço ali em silêncio, eu não poderia tirar ele do sério.

- Você é uma vagabunda - Ele diz se abaixando - Você deu trela para um garçom de merda - Eu nego com a cabeça - Você tocou nele Gabriela e deixou ele te tocar.

- Foi sem querer - Eu falo me tremendo inteira e indo para trás mas o mesmo abre um sorriso cínico e me segura pela cintura.

HEITOR narrando

- Você não vai a lugar nenhum - Eu falo para ela que me olhava aterrorizada. - Abaixa a cabeça .

Era bom ver o medo nos seus olhos, Ela abaixa a cabeça assim que eu mando, e eu passo a minha mão pelo seu rosto em toques leves.

- Eu só quero que você seja obediente - Eu Susurro em seu ouvido e sinto quando uma lagrima sai do seu rosto - Pode parar de chorar agora mesmo - Eu falo firme para ela que leva as suas mãos até o rosto limpando as lágrimas que desciam - Eu sou o seu dono e você me deve obediência, eu não quero mais saber de você olhando para outro homem, de você chorando pelos cantos - Eu ergo o seu olhar para que ela me olhasse nos olhos - Apartir de agora vamos ter regras e se você descumprir terá punição, você entendeu?

- Sim - Ela fala baixo

- VOCÊ ME ENTENDEU? - Eu pergunto para ela que dar um pulo com meu grito.

- Sim eu entendi - Ela diz

- Ótimo - Eu abro um sorriso para ela - Porque pode ter certeza que tudo oque eu não quero é te machucar ou machucar a sua filha, ou você quer que eu a machuque? - Falar da filha dela sempre era um jeito de desequilibrar ela, Ela ficava perdida e acabava cedendo qualquer pressão emocional.

- Não - Ela diz - Eu vou te obedecer.

- Boa menina - Eu falo dando leves tapas no seu rosto e me levando - Agora tira a roupa - Ela se levanta do chão e começa à tirar a roupa e eu me escoro na parede só fitando ela - Dança - Ela para e me encara - Eu mandei você dançar Gabriela - Eu falo e ela começa a dançar só de lingerie.

Não seria difícil ter ela do jeito que eu queria, ia ser até mais fácil do que eu imaginava.

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