Resumo
Gabriela abandonou sua filha no Brasil atrás de uma oportunidade de emprego em outro país, quando chegou descobriu que seria obrigada a se prostituir e seria vendida que nem um pedaço de carne, Gabriela era mais uma vitima de tráfico de mulheres. Vendida e humilhada para um mafioso importante no país, Gabriela ver a sua vida virar de cabeça para baixo e tudo que ela queria era rever sua filha.
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---Gabriela narrando
Flash black on
- Mamãe - Alana dizia no meu colo enquanto eu me despedia dela. Doia muito deixar a minha filha para trás, mas eu precisava ir em busca de uma vida melhor para ela. Eu engravidei de Ana aos 14 anos de idade, de um traficante que eu não sei nem o nome.
- A mamãe volta rápido tá - Eu falo para ela - A vovó vai cuidar de você - Eu falo para ela e abraço a minha mãe que chorava muito.
- Dona Zenaide prometo que vou cuidar da sua filha - Carla dizia, Carla era quem estava me ajudando e me levando para Las Vegas para trabalhar em um cacino do seu irmão.
- Eu sei Carla sei que você vai cuidar muito bem da minha menina - Minha mãe disse para ela
Flash black off
Seguro o colar a onde tinha a foto da minha filha e começo a chorar, fazia duas semanas que eu estava nesse inferno.
Carla tinha me prometido um emprego de garçonete , e no final, eu virei uma prostituta na sua boate, não só eu mas como várias outras meninas, somos obrigadas a ficar aqui, e se tentar fugir eles nos ameaçam e a a nossa família também, e Carla vivia me mostrando as fotos de Alana e da minha mãe oque deixava o meu coração bem apertado, mas eu precisava proteger elas.
- Chorando Gabriela ? - Carla entra no quarto a onde Eu estava limpando, de noite éramos prostituta e durante o dia faxineira da boate. - Eu já falei que se você ficar chorando você vai criar rugas - Ela diz segurando o meu queixo.
- Me larga - Eu falo tirando a sua mão
- Você anda muito abusada - Ela diz fechando a cara - Eu acho que eu vou te que te dar um corretivo - Ela diz levantando a mão mas eu seguro, olho para os lados e vejo que a casa está em silêncio, E era a oportunidade de Eu me vingar dessa desgraçada.
Pego ela pelo cabelo e bato a sua cabeça contra a cama, pulo por cima dela e começo a socar a sua cara.
- Sua vagabunda sai de cima de mim - Ela gritava
- Você me enganou sua filha da puta - Eu falo para ela - Entrou na minha casa, enganou a minha mãe, me enganou - Eu dou mais um soco em seu rosto.
- Socorro - Ela gritava e eu continuei batendo nela sem me importar com os seus gritos e que daqui a pouco alguém iria aparecer - Alguém me ajuda - Ela gritava e eu batia nela com mais força, até que sinto alguém me puchando, só que eu estava com tanta raiva que acabo criando forças não sei da onde para a pessoa que tentava me agarrar me soltar.
- Oque está acontecendo aqui? - Escuto a voz de Marcelino o " namorado " de Carla
Sinto quando alguém me segura e era uma pessoa mais forte agora , e outro coloca um pano no meu rosto que tinha um cheiro forte e eu acabo adormecendo.
(..)
- Você achou que iria me bater e ia ficar por isso mesmo ? - Ela diz
Abro os olhos assustada e tento me mover, mas percebo que eu estava amarrada em uma cadeira, e amordaçada e encaro um homem sentado na minha frente com uma arma na mão, ele me encarava como se eu fosse um pedaço de carne.
- Gabriela né - Ele diz e eu engulo seco quando ele caminha em minha direção com a arma na mão - Você é corajosa em - Ele diz com um sorriso fraco - De todas que já passaram por aqui, é a primeira que vai morrer por ter batido na Carla - Ele diz rindo e vindo em minha direção e eu me arrepio inteira - Prometo que vai ser rápido a sua morte.
Eu balanco a minha cabeça em sinal de negação, e começa a descer as lágrimas pelo meu rosto, se eu tivesse escutado a minha mãe desde nova, Eu não estaria nesse lugar jamais.
698/5000
Gabi narrando
Encaro o homem na minha frente que eu não sabia o homem e nunca tinha visto ele nesses dias que estava aqui, e abaixa a arma e me encara rindo.
- Pode ter certeza que você não vai morrer sem sofrer - Ele diz me fazendo arregalar os olhos para ele e ele sai e fecha a porta e me deixa ali amarrada.
Encaro o teto por várias horas , e ninguém entra de volta no quarto.
- Gabriela Gabriela - Marcelino diz entrando junto com o homem de mais cedo - A sua sorte é que conseguimos acalmar a Carla - Ele fala tirando a mordaça da minha boca e eu o encaro.
- Agora a gatinha esta sem língua - O cara diz e eu o encaro .
- Deixa ela Marcos - Marcelino diz e eu os encaro - Eu acho que vou ter que te avisar pela última vez - Ele diz mostrando o telefone e vejo a minha filha brincando na rua.
- Alana - Eu falo arregalando os olhos
- Se você tentar fugir ou fizer alguma coisa parecida com oque você fez - Ele diz passando algumas foto dela na creche - É ela que vai sofrer as consequências - Ele diz - E você vai ser culpada pela morte da sua filha. - Meus olhos enchem de lágrimas eu não poderia colocar a vida da minha filha em perigo.
- Acho que ela entendeu - Marcos diz - Não é mesmo?
- Sim - Eu falo em soluços e segurando o choro - Eu não irei arrumar problemas mais.
- Menina boa - Marcelino diz - Até proque você está avisada, seja bem obediente , caso ao contrário a sua filha vai sofrer por você - Eu assinto com a cabeça.
(..)
Um mês se passaram e Carla agora que estava melhorando de todos os seus hematomas, ela estava me fazendo passar pelas maiores humilhações do mundo, os meus clientes era só quem ela escolhia e sempre era um bando de velho. Eu me sentia um lixo, imunda toda vez que eles saiam de dentro de mim.
- Desculpa - Falo assim que abro a porta do banheiro e acabo esbarrando em um cara - Eu não te vi aí, desculpa - Ele me olha de cima à baixo e continua sério, mas como ele estava na minha frente como uma parede , eu não conseguia sair da ali se ele não me desse espaço, ele encarava o meu rosto, e o mesmo deveria estar vermelho já que eu estava chorando no banheiro.
- Olha por onde anda moça - Ele diz e eu apenas assinto .
Ando até o salão de novo, normalmente fazíamos de 3 a 4 programas por noite, já deveria ser umas 4h da manhã e eu já tinha feito 3.
- Ei Gabi - Luiza me chama , ela também tinha sido enganada e veio parar aqui , eu era de São Paulo e ela do Rio e acabamos criando uma amizade aqui - toma isso - Ela diz me estendendo um copo de água.
- Eu esbarrei na aquele cara - Eu falo vendo que ele estava falando com Carla - Será que ele foi reclamar de mim para Carla?
- Nunca vi ele aqui - Ela fala - Acho que não, se não eles estariam olhando para cá - Ela diz e eu assinto.
Ela tinha razão ela já estaria me fuzilando com os olhos.
- Eu vi elas falando sobre um leilão - Mara a outra menina que trabalha aqui fala
- Leilão? - Eu pergunto
- Leilão de mulheres Gabi - Luiza diz e eu ergo o olhar para ela
- Isso existe? - Eu pergunto
- Nesse mundo existe tudo - Mara fala - Carla vai participar, ela vai escolher alguém para levar.
- E como que funciona ? - Eu pergunto
- Ela vende uma das meninas por uma quantia de se perder de tantos zeros - Mara fala e eu arregalo os olhos.
Cada dia que eu ficava aqui, eu descobria uma coisa pior que a outra, oque me deixava mais aterrorizada e com medo.
Eu era apenas uma menina de 16 anos perdida nesse mundo, e com uma filha e uma mãe para proteger, em que merda eu fui me envolver.