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Gabi narrando

Estava já algum tempo na aquela sala escura , sentada em um sofá que tinha ali, a sala era minúscula, eu já estava passando mal de tanta fome e sede que eu estava, e eu também estava muito cansada e com frio já que eu estava bem dizer nua e a sala era muito fria, reparo que tinha uma pequena janela aberta e já era npite, E estava entrando um vento frio por ali, eu estava tremendo de frio e de fome.

Pego uma pequena banqueta que tinha no canto e subo encima para tentar fechar a janela, fico na ponta dos pés mas eu não alcançava.

- Deixa que eu fecho - Heitor fala atrás de mim e me desequilíbrio assim que escuto a sua voz, a sorte foi que ele deveria estar atrás de mim e me segurou.

- Você é suicida garota - Ele diz me colocando sentada no sofá .

- Obrigada - Falo para ele que me arqueia a sombrancelha mas não diz nada, ele era alto e não teve dificuldade em fechar a janela sem mesmo subir na banqueta, já que eu era a baixinha da história e não batia nem no seu peito.

- Ficou educada de uma hora para outra? - Ele diz puchando a banqueta e sentando na minha frente , eu ainda estava com frio, E estava toda arrepiada.

- Só agradeci, não posso? - Eu falo para ele cruzando os meus braços e meio que me encolhendo no sofá, ele segue o seu olhar pelo meu corpo inteiro, e eu já não conseguia controlar e eu estava tremendo de frio. Ele me encarava com o asseblante fechado, e eu continuei em silêncio, ele tira do bolso do seu casaco uma foto.

- Essa é a sua filha não é? - Ele diz me entregando a foto dela, a foto que eu trouxe.

- Como você conseguiu essa foto? - Eu pergunto para ele que não tirava os olhos de mim.

- Agora eu estou responsável pela vida delas - Ele diz - Voce passou a ser a minha prioridade Gabi.

- Não machuca ela - Eu falo para ele

- Eu não pretendo machucar ela - Ele diz - Até porque ela é uma criança,mas para isso, a mãe dela vai ter que se comportar.

- Eu Fasso oque você quizer - Eu falo para ele - Mas não faz nenhum mal para ela e nem a minha mãe, por favor - Uma lagrima escorreu pelo o meu rosto.

- Quando me disseram que elas eram o seu ponto franco e que eu iria conseguir tudo oque eu queria , eu já imaginava o quanto - Ele diz tirando o seu casaco

- Por favor não machuca elas , elas não tem culpa de nada - Eu falo para ele , eu estava toda arrepiada de frio - Eu já falei que Eu Fasso oque você quizer.

- Veste isso - Ele diz me entregando o casaco - Eu não paguei seis milhões para você morrer de frio - Eu estava tremendo tanto que ele me ajudou a vestir o casaco.

- Obrigada - Digo em um Susurro para ele que abre um sorriso cínico.

- Então - Ele diz passando a sua mão pelo meu rosto até pegar no meu queixo e me fazer olhar para ele - Um passo em falso seu Gabi ,elas morrem , qualquer atrevimento que você tiver , elas que vão pagar , então acho bom você ser uma boa moça e me obedecer em tudo, você entendeu? - Ele diz me mostrando um vídeo da Alana com a minha mãe no pátio de casa - La ainda e dia, e a sua filha amou os presentes que a tia Carla e a mãe dela enviaram pelo correio - Meus olhos enchem de lagrima quando aparece uma arma mirada nelas - Um passo em falso seu aqui, é apenas um telefone para acabar com a vida das duas

- Eu entendi - Eu respondo antes que ele termine, eu encaro a tela do celular a onde mostrava ela feliz e brincando com tantos brinquedos, meu coração apertou, e eu imediatamente coloquei a mão no colar que tinha a sua foto em um impulso.

- Colar bonito - Ele diz desligando a tela do celular e pegando a foto da minha mão - Seria uma pena se você ficasse sem ele - Ele diz tirando a minha mão de cima do colar - Você vai me entregar ele ou quer que eu arrebente ?

- Não meu colar não - Eu falo chorando para ele - É a única coisa que eu tenho dela , por favor não - Eu falo deixando as lagrimas descerem e ele não parecia nenhum pouco comovido.

- Cala a sua boca e engole a porcaria desse choro - Ele diz me encarando sério, e pucha o meu colar com tudo.

- Por favor me devolve - Eu falo soluçando e ele se levanta

- Se você quer ter ele de volta, você vai ter que se comportar menina - Ele fala colocando o colar em seu bolso e a foto também - Você vai ter que ser uma boa menina Gabi - Ele diz Com um sorriso no rosto.

- Por favor - Eu falo chorando - Você não pode me tirar a única coisa que eu tenho.

- Eu acho que você não tem toda aquela marra não é mesmo - Ele fala agora voltando até mim - O seu colar e a foto da sua filha ficaria lindo no meu cofre ou em uma fogueira - Eu Arregalo os olhos para ele e nego com a cabeça.

- Por favor não - Eu falo - Por favor me devolve, eu te imploro, me devolve o colar - Eu seguro o seu braço e ele encara , eu chorava muito e as lágrimas não paravam de descer um minuto.

- Eu acho que eu mechi com o seu ponto fraco - Ele diz sussurrando em meu houvido - Daqui a pouco alguém vai vir te buscar - Ele fala saindo da sala.

Não era apenas um colar mas era a única lembrança que eu tinha da minha filha, eu ganhei ele no meu primeiro dia das mães e único até agora, minha mãe ajuntou cada centavos par wcomprar ele , e desde que eu vim parar nesse lugar, sempre que eu me sentia mal , eu tocava nele, Porque eu sabia que eu tinha um pedaço delas aqui comigo.

Ele era um monstro, ele não tinha piedade , e eu o odiava , odiava de mais.

Gabi narrando

- Fica sentada aí é nao sai da ai - Marcos disse assim que me joga em uma poltrona. - Vê se não tira o patrão do sério.

Ele tinha me tirado da aquele quarto e me levado para um apartamento ou para um hotel, Não consegui identificar já que estava tão nervosa .

Fiquei ali sentada por algum tempo esperando que alguém entrasse pela porta mas ninguém entrou, olhei para o relógio que marcava 4h da manhã, e já fazia 3 dias ou 4 que eu não comia nada, minha barriga estava roncando, olho para a mesa que tinha ali que tinha algumas frutas, mas e o medo que alguém ou até ele mesmo entrasse por essa porta.

Eu estava tão cansada mas tão cansada e aos poucos o sono foi me pegando, e eu acabei adormecendo no sofá mesmo.

(..)

Abro os olhos e reparo que eu estava deitada na cama e que eu estava coberta , sento na cama e reparo que eu estava sendo vigiada, coloco a mão na cabeça.

- Boa tarde - Escuto a sua voz , estava com uma dor de cabeça horrível e a minha cabeça girava toda - Você está se sentindo bem? - tento assentir com a cabeça mas minha cabeça doia muito, eu estava vendo tudo dobrado, e era a tamanha fome que eu estava.

- Será que eu posso comer alguma coisa ? - Eu pergunto para ele em quase um Susurro e ele me encarava.

- Tem comida na mesa - Ele diz apontando para a mesa.

- Obrigada - Eu falo engolindo um seco, mas continuo na cama, esperando que ele falasse se eu poderia ir lá comer ou não.

- Você não está com fome ? - Ele fala e eu olho para ele - Então vai logo antes que Eu mande tirar a mesa - Ele fala e eu apenas assinto, indo até a mesa , sentando e comendo e tudo isso sobre o seu olhar atento - Fazia quantos dias que você não comia?

- 4 dias - Eu falo para ele tomando um copo de água já que também estava morrendo de sede.

- Suas roupas estão em uma mala no banheiro - Ele diz -Depois que você comer, toma um banho que iremos pegar estrada.

-Ta bom - Eu falo baixo para ele.

Ele continuou pelo quarto mas não falou mais nada, ele sentou em tipo em uma escrivaninha e ficou mechendo em seu notebook, mas sempre com os olhares encima de mim, e eu estava morrendo de medo.

(..)

- Me de suas mãos - Marcos diz colocando algemas nas minhas mãos - Agora entra - Ele diz abrindo a porta do carro e eu entro , ele amordacou a minha boca - Se comporta menina, se não te coloco para dormir.

Logo Heitor e a tal mulher entraram no carro também, mas todos em silêncio, e eles simplesmente ignoraram a minha presença ali o caminho inteiro.

O caminho todo eu fui desviando o meu olhar para a janela, já estamos a hora dentro desse carro e sei lá para onde estamos indo, eles conversavam de algumas coisas aleatórias mas que fazia questão de nem escutar.

- O que aconteceu? - Heitor pergunta assim que o carro se treme inteiro.

- Furou o pneu - O motorista fala - Vão ter que descer todos para poder trocar ele.

- Essas ruas também - Leandra fala

- Não podemos descer com ela desse jeito - Marcos fala para ele

- Pode soltar ela - Heitor diz - Tenho certeza que ela não vai criar problemas - Ele diz me encarando - Não é mesmo Gabi? - Eu o encaro mas não fasso sinal nenhum.

Marcos tira a mordaça da minha boca e abre as algemas, e aí que sinto uma dor forte nos meus pulsos e também reparo que eles estão marcado já que elas estavam bem apertadas.

- Fica sentada aí - Marcos fala para mim e eu sento em um banco a onde deveria ser uma para de ônibus, mas isso aqui tudo era mato , não sei se deveria ter gente que morava aqui por perto ou não, estava muito quente , dentro do carro não dava para reparar por causa do ar condicionado.

- Você quer água? - Leandra diz sentando do meu lado e me estendendo uma garrafa de água, olho para a garrafa e para ela desconfiada - Ela está lacrada não tem como ninguém ter colocado nada dentro dela.

- Obrigada - Digo pegando a garrafa e tomando um pouco de água já que eu estava morrendo de sede.

- Você quer um conselho? - Ela diz me olhando e eu apenas a encaro em silêncio - Não mede forças com ele não, porque se você fizer isso você vai ser dar muito mal, do mesmo jeito que ele te comprou, ele te joga de volta no mesmo buraco que você saiu.

Eu a encaro em silêncio e percebo que ele encarava nos duas, tomo mais um gole de água.

- Pneu trocado - O motorista diz - Podemos seguir viagem.

- Me dê as mãos - Marcos diz com as algemas na mão.

- Deixa ela sem - Leandra diz e Heitor encara ela - Heitor elas estão apertadas e ela não vai tentar nada.

- Se ela tentar algo, a responsabilidade cai sobre você - Ele diz bufando e Marcos me leva para dentro do carro.

Gabi narrando

Fazia dois dias que eu estava trancada dentro de um quarto, só via alguém quando me traziam comida umas três vezes por dia, ele nunca mais apareceu aqui.

Meus pensamentos voavam em minha filha e em minha mãe, quando eu estava com a Carla pelo menos eu conseguia mandar dinheiro para ela, por isso tentava fazer o máximo de programas por noite, porque pelo menos eu sabia que alguma quantidade ia para elas, minha mãe não iria conseguir sozinha dar conta de tudo, comprar roupas, remédios, comida para Alana e ainda pagar água e luz. Mas se eu perguntasse para Heitor, eu não sei, acho que isso não é uma coisa de perguntar assim.

A porta se abre e ele entra, eu estava sentada na cama, de cabeça baixa, e logo ergo o meu olhar para o mesmo que estava de braços cruzados parado na porta.

- Isso aqui é para você - Ele diz me entregando uma sacola de alguma loja - Se arruma porque você vai sair comigo.

- Para onde? - Eu pergunto

- Não te interessa - Ele diz - Você só precisa ficar pronta rápido - Ele fala Grosso e eu apenas assinto, a minha língua era mais afiada do que eu, e as palavras saiam. Ele sai do quarto e eu abro a sacola, dentro tinha um vestido preto, e um salto alto e algumas maquiagens.

Tomo um banho rápido, e escovo os meus cabelos, fasso uma maquiagem leve, e visto o vestido e coloco os saltos, o vestido era bem colocado e deixava o meu corpo todo modelado nele, e eu odiava me vestir assim, salto então, não tem coisa melhor do que uma havaianas.

- Esta pronta? - Ele diz abrindo a porta e eu reparo que ele estava de terno.

- Sim - Falo me levantando e ele me olha de cima à baixo.

- Então vamos - Ele diz e eu vou em direção a porta, parecia não ter ninguém no apartamento e descemos até o carro em silêncio - Qualquer graça sua você já sabe, você só precisa sorrir e concordar com tudo.

- Ok - Eu falo para ele

- Para todos nós conhecemos a quatro meses no Brasil - Eu olho para ele sem entender o para todos - Nós apaixonamos, amor a primeira vista e agora vamos casar.

- Casar? - Eu falo incrédula e ele me encara.

- Pode deixar que a festa eu deixo você planejar - Ele diz encarando a estrada, e eu me mantenho em silêncio.

Até agora ele não disse quais era as suas intenções em ter me comprado por um valor tão alto da aquele jeito, na realidade nunca trocamos mais de meia palavras sem ser ele me ameaçando, e ele nem tentou me levar mais para cama.

Heitor narrando

Ela se manteve em silêncio depois o caminho inteiro. Hoje era a janta com os sócios da empresa, na qual eu iria comprar, meu objetivo era virar governador e para isso eu tinha que ter uma esposa, casar e futuramente ter filhos, os eleitores amavam isso.

Quando eu à vi eu vi que ela era a pessoa certa para isso, mas depois veio com toda a sua marra e eu larguei de mão, mas não sei porque, algo me fez desistir assim que eu vi a foto da sua filha, não sei se foi por pena ou algo assim, mas o ponto fraco dela era a filha e usando isso eu teria ela sempre nas minhas mãos, e assim eu ia moldar ela para ser a mulher de um governador perfeita e invejada.

- Me dê a mão - Falo para ela assim que descemos do carro, passamos pelos repórter e fotógrafos que enchia o saco o tempo inteiro, ela se manteve queta e entramos dentro.

- Heitor González - Pietro diz me cumprimentando - E essa jovem?

- Pai essa é a Gabriela minha namorada - Eu falo e a mesma apenas sorri e cumprimenta ele toda sem graça.

- Sua mãe vai adorar conhecer ela - Ele diz

- E a onde ela está? - Eu pergunto

- Ela não conseguiu vir - Ele fala e eu assinto apenas com a cabeça.

Esses jantares normalmente são chatos para caramba, um monte de gente falando e dando conselhos inúteis, Gabriela se manteve queta o tempo inteiro e apenas sorria ou concordava quando alguém falava algo para ela, exatamente como tinha combinado.

- Eu acho que eu estou passando mal - Ela sussurra para mim e eu a encaro vendo que ela estava toda vermelha.

- Ela deve ter alergia a camarão - Uma senhora que estava na mesa fala - Precisa levar ela para o médico urgente.

Gabriela começa a passar mal, e cada vez ficava mais vermelha ela começa a ficar com falta de ar e eu pego ela no colo e corro com ela para o hospital, só me faltava morrer por causa de uma alergia agora.

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