CAPÍTULO 2.2
Dianna lhe dá um beijo na testa e vai para o quarto, deitada em sua cama fica pensando "O'Que vai ser da minha pequena Cindy, tão jovem e já com um fardo tão grande nas costas, gostaria de poder fazer algo para animá- la, mas nessas situações como deixar alguém feliz? Em dois meses ela iria fazer 18 anos, porém, já deixou bem claro quando levantei a questão,ela não quer comemorar, afinal os pais não estarão aqui para ver sua passagem para maior idade. Quem sabe no colégio ela consiga espairecer, assim espero. Dianna havia estado casada por sete anos mas não quis ter filhos, não tinha a menor ideia de como cuidar de outra pessoa, sua irmã por outro lado sempre foi maternal cuidando de todos a sua volta, quando sua mãe e pai ficaram mortalmente doentes, Karina estava lá para cuidar deles e quando faleceram, ela foi o suporte definitivo para Dianna, dois anos após tudo ter acontecido sua irmã conhece o Harry, eles eram perfeitos um para o outro e em pouco tempo se casaram, então ela resolveu que era hora de sair para viver sua própria vida. Dianna se põe a chorar inconformada com o destino de Karina e cai no sono.
Uma nova jornada
Cindy passou a noite num torpor estranho, se levanta e põe uma roupa escura pois era oque combinava mais com seu humor, estava sem ânimo para maquiagem. O dia estava frio e nublado, sua tia a leva até o colégio, ao chegar no portão sentiu um calafrio, " coragem garota é só um local novo, minha vida é assim agora tudo, começando do zero, tenho que ser forte."
— Boa aula, minha linda,– disse Dianna — não faça nada que eu não faria kkkk.
Ela estava rindo e tentando levantar seu astral, mas Cindy percebeu o rosto abatido e o inchaço dos olhos, logo percebia-se que tinha chorado muito, não que ela própria estivesse em melhores condições, mas sentiu amor imenso emergindo por sua tia que estava fazendo de tudo para deixa-la bem, a abraçou forte.
— obrigada minha tia, por tudo.
Com um sorriso se despediu e foi entrando.
Tentando se encontrar dentro do colégio acabou foi muito perdida, sentindo-se muito tola, seguia perdida em pensamentos e no local, quando veio alguém correndo em sua direção e parecia não ter a menor intenção de parar, a trombada foi inevitável.
— Ah meu Deus, me desculpe por favor – a garota baixinha, sardenta, de cabelos vermelhos cacheados e grandes olhos verdes.
— Eu sou tão desastrada, opa quem é você? Nunca te vi por aqui, qual seu nome, veio de onde? Já tem amigos? Meu nome é Claire, – falava tudo tão depressa que mal dava pra acompanhar.
Cindy ri e com a calma que lhe é comum responde:
— Eita, deixa eu ver se consigo lembrar de tudo, sou nova aqui sim, é meu primeiro dia ,eu vim de Boston, me chamo Cindy, muito prazer, estou sem conhecer ninguém nem nada por aqui, estou perdida e atrasada.
— Opa agora que falou eu me lembrei, também estou super atrasada, embora isso seja muito comum para mim, vem eu te mostro as salas, qual é a sua?
— Pelo que vi estou no terceiro F.
— Legal, estamos na mesma sala pelo menos nessa matéria, eu faço diversas matérias, gosto de estar sempre em movimento.
— Nossa, sério? Nem percebi kkkk
— Vamos lá, antes que o senhor Cicarelli venha nos buscar pelos cabelos.
Seguiram conversando sobre as aulas, na verdade gritando em meio a correria de chegar a tempo. Ao chegarem a sala, estavam esbaforidas, mas tentaram entrar sem chamar atenção no entanto, professora Isabelle que estava virada para o quadro negro parecendo concentrada em sua aula de história, diz:
— Claire?? Sei que é você, oque eu disse sobre não chegar mais atrasada?
— Foi mal professora, hoje tive um bom motivo,trouxe a aluna nova que estava perdida para cá.
Cindy odiava apresentações, fala baixinho:
— Para garota, que vergonha.
— Ha para, você não tem do que se envergonhar é linda, parece simpática e é poderosa, vai tirar de letra tudo isso.
A professora se vira com um sorriso,
— Ha sim, hoje te dou um desconto, bom dia – disse se dirigindo a Claire — pessoal temos nova aluna, por favor se apresente.
— Bem, eu sou a Cindy, vim de Boston, é só.
Ela sente os olhares de todos sobre si, sempre odiou ser observada.
— Pode escolher um lugar para sentar.
Claire acena para ela então, Cindy se dirige para lá, no caminho tinha uma garota muito bonita, loira, alta, com um sorriso de lado, quando chega próximo dela a garota põe o pé no caminho e Cindy quase cai.
— Mas que mer... – não precisa olhar para os lados pra saber que quase todos riam, sentou envergonhada.
— Olha – disse Claire — não liga não essa garota é uma metida, imbecil, se acha demais porque é popular.
— Bom, taí alguém que quero distância.
— E faz muito bem, essa aí quando resolve pegar no pé de alguém fuja.
A aula passou sem maiores incidentes, passou as próximas sem ver Claire, só no intervalo se viram novamente ela estava com um garoto alto bonitinho, com aparelho nos dentes.
- Oi Cindy, deixa eu te apresentar o Noa ele faz parte da massa dos rejeitados como eu.
— Ha você é a famosa que Claire me fez ouvir nas três aulas, bem vinda a esse antro de decepções e barulho kkkk, vamos comer.
Cindy sente uma conexão com aquele rapaz pálido e risonho.
— Bora então.
Entrando na cantina, viu a loira exibida em uma mesa com seus súditos cheios de risadinhas quando os olhavam, os três ignoraram e escolheram a mesa do canto, ali não chamavam a atenção de ninguém.