Resumo
Cindy agora precisa aprender a aceitar a divisoria entre a vida e a morte, tambem procura aprender a controlar seus poderes, porem não esta conseguindo ter equilibrio, uma vez que nick, o lindo homem que a espreita está em todos os lugares fazendo sua cabeça se perder, porem se não se concentrar a ameaça de um ser de luz do mal, acabara tendo sucesso em seus terriveis planos.
CAPÍTULO 1.1
Quando tudo muda
Tudo está tão estranho, Cindy sente um frio perturbador percorrer o seu corpo ao mesmo tempo em que sente que calor é algo molhado escorrendo por toda sua cabeça, tenta levar a mão até onde está aquele incômodo porém, uma dor lancinante corta cada espaço do seu ser, move os lábios com muita dificuldade e sente o gosto do sangue,com uma força quase subumana abre os olhos e apesar de toda a dor, cansaço e confusão mental, consegue visualizar o pavor atroz que está a sua volta.
O carro de seus pais amados estava destruído, o sangue que descia dele era sugado pelo chão de terra, seguindo a extensão do mesmo, percebeu que gasolina estava escorrendo, forçando mais a visão e com o coração em saltos viu sua mãe e pai presos nas ferragens, não se moviam, pedia em pensamento para que eles saíssem logo de lá, entre esse turbilhão de emoções sente que está sendo retirada do chão.
— Rápido ou perderemos ela, a pulsação está muito fraca - dizia o paramédico com urgência na voz.
Enquanto está sendo levada para a ambulância Cindy está entre a doce sombra do descanso eterno e a nebulosa catástrofe a sua volta, está se sentindo tentada a ceder a escuridão acolhedora quando vê um clarão e ouve um barulho muito forte, naquele sombrio momento só consegue dizer as palavras…
— Não!!! – As quais saem como um sussurro, porém na sua percepção parecia um grito muito alto de pura agonia, ela sabia que era o veículo explodindo em chamas, então se entrega ao abraço do nada que a chama com voz suave à desligado de toda a agonia.
Uma decisão complicada
— Olaa bela adormecida – Cindy ouve uma voz por perto, abre os olhos e aos poucos se dão conta que está em um hospital toda enfaixada, engessada e com muita dor, o mais estranho era sua visão, ao que parecia tudo estava entre vermelho e preto, as cores tinham se consolidado nessas duas para ela.
— O-oi, quem é você?
Com uma expressão entre doce e preocupada a mulher a olhou com ansiedade.
— Sou a tia Dianna, minha linda, não se lembra?
Cindy se esforça para recordar, mas nada lhe vem à mente.
— Não consigo me lembrar de nada no momento, desculpe .
— Imagine minha flor, não tem motivos para se desculpar, o'que importa é que está se recuperando.
— Com licença, -– chega a médica e a enfermeira — preciso verificar como está nossa garota. Como está se sentindo hoje?
Cindy tenta organizar as ideias e responder com clareza, mas sua voz ainda é um sussurro.
— Acho que estou bem mas, estou me sentindo com muita dor de cabeça, meus olhos estão em chamas, estou enxergando tudo preto e vermelho e não consigo me lembrar de nada.
A doutora sorri e tenta lhe acalmar:
— Olha isso é totalmente compreensível, sofreu um grave acidente, mas em breve estará recuperando a memória e a visão, não se assuste tem um caminho longo para trilhar e voltar a sua vida normal, porém tudo irá se resolvendo com o tempo e nós estaremos aqui para lhe ajudar nesse percurso, você é jovem 17 anos né? Logo estará em casa pronta para curtir sua vida .
Cindy ouve tudo isso e só concorda com um resmungo, logo a enfermeira põe morfina para aliviar as dores, ela vê tudo se afastando, mas antes de cair no sono, sua mente traz uma luz muito forte e caminha em direção a ela.
Cindy logo se vê diante de um lugar que era estranho para ela, mas tudo por lá transpira paz e tranquilidade, não sentia mais dor, cansaço ou confusão, estava tudo muito quieto, ela se sente tão bem que senta em uma colina para apreciar o ambiente(era algo que Cindy fazia com frequência quando se encontrava em situações desconhecidas, sentar-se para pensar), fecha seus olhos, respira fundo, ouve o'que está a sua volta, identifica o barulho de um lago, canto de pássaros e uma música muito insistente tocando sem parar bem baixinho, então não tinha aquele silêncio Inicial que pensou que estava. Levanta e tenta identificar de onde vem o som, vai seguindo-o e olha para a água clara suave, três arco-íris lindos… Está completamente envolta em tanta beleza que nem se dá conta de que alguém chega às suas costas.
— Seja bem vindo.
Cindy dá um pulo de susto, se vira rapidamente um pouco irritada, não era muito fã de ser surpreendida.
— Olá estranho, sabia que é muita falta de educação chegar de fininho atrás das pessoas assim?
— Desculpe, senhorita, não pretendia assustá-la, só queria te dar boas vindas.
— Tudo bem, eu estou um pouco nervosa e também fui grosseira desculpe.
— Vamos começar de novo, olá.. Eu me chamo Nicholas, sou residente desse lugar, o pós morte e estou aqui para lhe guiar se assim for seu desejo.
Cindy logo procura em sua mente se alguma vez ouviu o nome desse lugar, para ela não tinha o menor significado a menos que… Não claro que não. Ela começa a pensar se o moreno alto de cabelos estranhos, olhos profundamente negros e impactantes nao era maluco…
— Ok. Meu nome é Cindy, não faço a menor ideia do que você quer dizer com "me guiar se assim eu desejar".
— Bom, meu ofício aqui é levar os viajantes que chegam aqui para o caminho que se segue à nossa frente, até o meio daquela estrada, você pode decidir se quer ficar ou voltar.
Ela vê uma estrada rosa a sua frente o gramado era pra ta, tudo tão lindo, tão perfeito, Cindy gostou muito de tudo que estava vendo então disse:
— Então vamos Nicholas, quero ver tudo, se possível saber que lugar é esse e porque estou aqui.
— Claro minha querida, aqui é um lugar de serenidade e paz, se você passar do meio da estrada deverá ficar aqui para sempre e se decidir voltar atrás me avise, você está aqui porque está deixando o corpo carnal.
— Eu estou morrendo?
— Sim. – Ele fala com um sorriso feliz.
Por algum motivo inexplicável ela também se sente assim, sabia que deveria estar com medo mas, tudo que sentia era felicidade por estar ali.
Cindy se deixa levar pelo caminho que o moço mostra, ele vai explicando:
— Olha o castelo, lá moram os fundadores desse lugar chamados de anfitriões, aqui quase não se tem regras, todos que vêm para cá querem estar aqui, as pessoas podem não estar afim de desencarnar mas, ao chegar aqui ninguém quer voltar.
— Imagino que se deve ao fato de tudo ficar bem enquanto estamos aqui.
— Sim, quando se vem para cá, as preocupações, dores, decepções, ficam todos para trás, não se lembra de família, o único sentimento que predomina aqui é o de bem estar, então porque voltar? - Nicholas fica pensativo ao dizer tudo isso.
Cindy nem nota que seu estranho companheiro está diferente, olha para o lado direito do caminho e vê algo que parece um altar romântico.
— Que lindo!!!