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CAP. 5 - PÓS FESTA

A reunião aconteceu em dois dias. A Normandie se rendeu à Communionem novamente, sob nova direção. E nos últimos dois dias, mais dois Regionais entraram em contato, perguntando para quando poderiam marcar suas reuniões, e outros três sugerindo algumas datas próximas, para eu escolher entre elas. Os cinco também enviaram os relatórios, seguindo as exigências que fiz à Normandie.

Portanto, fiz as seis reuniões em três dias: na quarta foi a da Normandie na parte da manhã, à tarde com a Bretagne, na quinta foram as reuniões com Centre-Val de Loire e com a Bourgogne-Franch-Comté. Sexta foi a reunião com o Grande Est, e hoje mais cedo, com a Île-de-France.

Tomo um banho demorado na banheira, com a hidro ligada e uma taça do melhor champagne, presente de Fil e Étie. Claro que eles não esperavam uma tomada tão rápida. Para falar a verdade, eu mesmo esperava um pouco mais de resistência. Não sou idiota! Sei que eles podem estar tramando, então já tenho infiltrados nos gabinetes. Não os coloquei lá. Eles já estavam. Apenas esperando para serem recrutados. Uma boa casa, uma boa poupança, dinheiro em espécie, um emprego melhor. Depende apenas de qual cortesia um indivíduo quer e precisa, basta saber ler a pessoa, para saber como conquistá-la e fazê-la passar para o seu lado, trabalhando para você, sem deixar de fazer as suas obrigações do seu emprego atual.

Acabo meu banho e o champagne. Vou até o closet e visto meu smoking preto com detalhes em cinza chumbo, com a camisa branca com detalhes plissados na frente. Gravata, lenço de lapela, faixa em cinza chumbo. Saio e uma limousine está me aguardando, para me levar para o local que Filipi e Étienne prepararam para a festa.

— Meu filho! - mama me abraça assim que saio do carro, eu retribuo. - Que saudades de você! - ela beija os dois lados do meu rosto repetidas vezes.

— Também senti muito a sua falta, mama! - retribuo cada beijo que ela me dá.

Entramos de braços dados, e vamos para a mesa de Filipi e Étienne, onde vati conversa animadamente com os dois.

— O homem do ano! - Filipi se levanta para me cumprimentar, seguido de Étienne.

Não estou exatamente familiarizado com o relacionamento de Filipi, mas cumprimento cordialmente suas quatro companheiras, e sou apresentado à esposa de Étienne. Uma mulher de estatura mediana, que não parece nem um pouco impressionada com o meu grandioso feito. Aliás, tenho a impressão de que ela me tem em desagrado. Mas como dizem, não se pode agradar a gregos e troianos.

Muitos querem me cumprimentar então, a todo momento, sou chamado nas outras mesas. Alguns me pedem conselhos, quase todos me tratam bem e a maioria quer me apresentar as filhas ou irmãs.

Quando consigo uma trégua, vou até o terraço, com minha taça de champagne, respirar ar fresco.

— Aí está o homem do ano! - me viro e encosto no guarda corpo, ao ouvir a voz de Étienne.

— Não sei se sou exatamente o homem do ano, Étie. Com certeza ainda há muitas regiões da França a serem reintegradas. - sorrio. - E pude perceber que alguns não gostam de mim.

— Inveja, meu rapaz! Veja Latoya, por exemplo. Ela queria um filho para ser Regente de Área, ou que fôssemos menos machistas e deixássemos Alice tomar conta de um país inteiro. Mas a verdade é que estamos apenas protegendo nossas mulheres. Sabemos o que um homem de má índole pode fazer com elas, não é mesmo? Aconteceu há algumas décadas. Não é porque não divulgamos, que apagamos o incidente.

— Então houve mesmo um estupro coletivo? - pergunto abaixando um pouco a voz.

— Infelizmente, sim. - ele responde de cabeça baixa. - E minha avó se matou depois disso.

— Sinto muito, Étie! Não sabia que era a sua avó.

— Vovó era linda! - ele sorri com os olhos tristes. - Não aparentava ter cinquenta e cinco anos. Ficou viúva e o papa de Filipi a colocou no lugar do marido, comandando a Escócia, porque ela era muito inteligente e astuta. Um dia, seu segurança pessoal ficou doente e o segundo em comando queria tomar o lugar dela. Ele a pressionou, exigiu que ela lhe entregasse o poder, mas como ela se recusou, ele juntou alguns que estavam do lado dele e… - ele engole seco, depois toma um gole de seu champagne. - eu tinha quinze anos. Me lembro que maman ficou horrorizada quando viu a própria maman ensanguentada, cheia de mordidas, hematomas e outras escoriações. Nós a encontramos jogada no chão com as roupas rasgadas. Ela estava desmaiada. Quando recobrou os sentidos, chamou o papa de Filipi e contou a ele o que tinha acontecido. O imbecil que fez isso, fugiu apenas para a cidade vizinha. Foi a primeira sessão de tortura que participei. Vovó se matou uma semana depois que torturamos e esquartejamos os participantes. Eu a ouvi dizer que não conseguia conviver com aquela memória, no dia anterior de seu suicídio.

— Eu realmente sinto muito, Étie! - ficamos em silêncio por um tempo.

— Até hoje maman faz questão de fazer uma sabatina psicológica com cada membro que conhece, independente do cargo. Se formou em psicologia, poucos anos depois que vovó se foi. Então não se assuste quando ela encurralar você.

— Sem problemas. Responderei a cada pergunta que ela me fizer.

— Não sei como ela não fez ainda.

— Acho que não teve chance. - rio baixinho. - A maioria estava me chamando para conversar.

— Aliás, você tem muitas pretendentes no salão. - é a vez dele rir.

— Não quero nenhuma delas, Étie. - falo sério.

— Pensei que estivesse descompromissado. Ela mandou algum recado por seus parents?

— Não. Eu continuo descompromissado, e quero continuar assim. Se eu me envolver com alguma delas, e não levar adiante, posso acabar sendo morto. - rimos baixinho. - Vou ver se tem alguma garçonete bonita disponível. Ou quem sabe vou para uma boate amanhã.

— Se você não quer tanto compromisso, Fil está se separando de três de suas companheiras. Ficará apenas com Emma, depois dessa noite. Só não as dispensou antes, porque já havia prometido que elas viriam no evento em sua homenagem.

— Ah, não! Ninguém que esteja atrás de continuar nesse status também. Além disso, pareceria que tenho inveja dele, ou que roubei uma de suas mulheres… - rimos baixinho novamente. - e também não tenho o cacife dele.

— Se você pensa assim… e você já tem seus planos de investimento lícito?

— Ainda não, mas estou pensando em restaurantes ou construção civil.

— Por que não boates? - franzo as sobrancelhas ao ouvir o conselho. - Você é jovem, solteiro, bonito. Sempre terá a companhia que quiser. Mulheres jovens sempre querem sair com o dono da balada que frequentam. Elas gostam desse status. Pense nisso, Markus.

Ele volta para o salão, me deixando sozinho com meus pensamentos, olhando para a avenida iluminada por faróis de carros, lá em baixo. Penso em tudo o que conversamos, em tudo o que ele me contou, no que me perguntou e no que me aconselhou. As palavras “você tem muitas pretendentes no salão.”, invadem minha mente, junto com a imagem de Evelyn.

Evelyn era minha melhor amiga, desde o ensino médio, e eu nunca tive muitos amigos, pois sempre tive planos de sair da Alemanha e não quis me apegar a muitas pessoas. Um dia, conversando, percebi que ela estava apaixonada por mim, não precisei a ouvir dizer, para saber o que fazer. Meus parents também eram melhores amigos, e se dão muito bem até hoje. Sim, vati teve suas amantes, mas até onde sei, mama nunca foi magoada, pois nunca ficou sabendo delas. Ou melhor, houve uma vez. Eu não iria fazer isso com Evy, como sempre disse a ela, eu a respeitava e, para mim, respeito é tudo. Sei que vati ama a mama, mas nunca julguei as suas atitudes e, isso não quer dizer que eu tenha que, ou que eu vá, agir como ele.

Viro o resto do champagne de minha taça, que na verdade já está sem gelo. Me viro de uma vez, quando já estou afastado da mureta, e acabo esbarrando numa bandeja. Num reflexo rápido, seguro a garçonete, que eu quase joguei no chão, com um braço, e equilibro a bandeja com a mão oposta, mas não consigo evitar que os líquidos das taças se derramem.

— Me perdoe! Não vi você aí.

— Perdão, monsieur! - ela parece apavorada. - Eu tenho que prestar mais atenção, eu sei. Me perdoe, por favor, me perdoe.

— Calma. - falo sorrindo, vendo seus olhos cheios de lágrimas. - A culpa foi minha. Qual o seu nome, linda?

— Rose, monsieur. - ela engole seco, desviando o olhar.

— Me responda duas coisas, Rose. - ela olha para mim, ainda parecendo estar com medo. - Quantos anos tem? Tem namorado, marido, noivo? - continuo sorrindo.

— Tenho dezenove. - ela franze as sobrancelhas, olhando em meus olhos. - Eu terminei o meu último relacionamento há dois meses.

— Tem experiência sexual?

— Monsieur precisa de uma virgem para sacrifício? - ela arregala ligeiramente os olhos.

Rio com vontade, depois coloco a bandeja numa mesa de jardim, próxima a nós.

— Rose, eu quero uma linda jovem mulher para passar a noite comigo, quando o evento terminar. Está disponível? - sorrio.

— Ah! Me desculpe! - ela sorri, parecendo sem graça, passando a mão na testa. - Mas, um homem bonito e bem sucedido como monsieur, deve ter várias pretendentes para isso lá dentro.

— É… mas não seria para uma noite. Elas são parentes dos meus associados e seria difícil me livrar de qualquer uma delas depois, se eu não gostar da noite.

— Então monsieur quer apenas sexo por uma noite? E é bem direto!

— Sendo ainda mais direto, se eu gostar, podemos prolongar pelo fim de semana inteiro, depois posso te chamar mais vezes, seremos amigos íntimos e eu gosto de ajudar as pessoas de quem eu gosto. Um emprego melhor, quem sabe o seu próprio buffet ou empresa de eventos… ou alguma outra coisa que você queira.

— Monsieur! Está insinuando…? - ela fala baixo, mas com rispidez, suas mãos na cintura, demonstram sua indignação.

— Não estou insinuando! - eu a interrompo. - Estou dizendo que meus amigos recebem minha ajuda. - ela me olha de lado, ainda indignada. - Eu não quero uma prostituta! Quero alguém que eu possa ajudar a ter uma vida melhor. - ela respira fundo, abrandando sua revolta. - Então, o que me diz? Você disse que eu sou bonito… - sorrio.

— E se eu não gostar? - ela estreita os olhos.

— Continua sendo minha amiga, se quiser. E mesmo não passando mais tempo comigo, poderá me pedir auxílio para o que quiser ou precisar. Então?

— Tenho um problema… quando o evento acaba, tenho que ajudar a…

— Onde está seu chefe? Me leve até ele, por favor. - ela começa a se virar e eu a detenho. - A propósito, meu nome é…

— Markus Richter. - ela me interrompe, olhando em meus olhos. - O homem do ano. Tivemos que decorar quem é quem, por causa do tipo de organização que vocês pertencem, para não fazermos nenhuma besteira. - ela suspira. - Monsieur, acho que ficaria melhor com uma das minhas colegas de equipe. Algumas delas são apaixonadas pela máfia.

— E você não? - pergunto estreitando os olhos levemente, com um meio sorriso, enquanto ela balança a cabeça. - Então continuo preferindo você. - meu sorriso se alarga.

Depois de falar com o chefe de Rose, peço a Arthur que a coloque num vestido de festa, o mais rápido possível. Paris tem algumas poucas lojas abertas até às onze ou meia noite, mas ainda são dez e meia.

Em uma hora, Rose entra no salão trajando um vestido simples e elegante. Ela chega bem na hora em que acaba o coquetel e começa o baile de gala. Arthur a conduz até mim, elegantemente.

— Obrigado, Arthur. - ele sorri e se afasta. Me viro para ela sorrindo. - Está linda, Rose.

— Obrigada, Markus. - ela retribui o sorriso.

— Venha conhecer meus parents e meus amigos.

— Onde conseguiu essa linda jovem? - Étie pergunta depois de cumprimentá-la. - Não a reconheço de nenhuma de nossas famílias.

— Ela não é, Étie. É minha nova amiga. - sorrio.

— Ah! O seu plano. - ele retribui o sorriso e eu assinto. - Acredito que seja uma mulher de sorte, minha jovem.

— Obrigada, monsieur.

Ela sorri tímida e eu a levo para dançar, sob os olhares invejosos de muitas mulheres no salão. Mas ela parece não se importar com isso. Continua a se deixar ser conduzida por mim, música após música.

Conversamos bastante, ela é uma mulher inteligente. Expressa sua opinião sobre os assuntos que tem conhecimento, e faz perguntas sobre o que não sabe, mesmo na presença de outras pessoas, que às vezes nos param para conversar comigo, e tentar descobrir quem é a bela jovem que me acompanha.

Por volta das três e meia da manhã, em comum acordo, nos despedimos dos meus parents e de meus anfitriões, e vamos para o hotel. Somente quando eu pergunto, ela me conta, com muita relutância, que seus parents moram num dos mais afastados arrondissement, que em outros países chamamos de bairro. E conhecendo um pouco de Paris, sei que, quanto mais afastado, mais barato é o arrondissement.

— Eu sou seu amigo, Rose. Não espere eu perguntar para falar das dificuldades que você e sua família enfrentam.

— Me desculpe. - ela fala de cabeça baixa. - Eu não sei como colocar isso numa conversa. Nem mesmo gosto de responder sobre isso.

— Hei? - ergo sua cabeça, puxando seu queixo para cima, delicadamente. - Sou seu amigo, lembra? Pode me falar tudo. Não vou te julgar, vou te ajudar. Como um bom amigo deve fazer.

— Markus, não aceitei sair com você para melhorar de vida.

— E foi por isso que preferi você às suas colegas de trabalho. - sorrio.

Chegamos em minha suíte, ainda conversando. Em poucos minutos, chega o serviço de quarto que pedi na recepção, morangos e champagne. Coloco os morangos na mesinha de cabeceira, deixo o champagne no gelo, e deito Rose na cama, depois de retirar seu vestido lentamente, deixando-a apenas de lingerie.

Tiro todo o meu smoking, e me sento sobre seu quadril, ajoelhado na cama. Nossos sexos separados apenas por nossas roupas íntimas. Pego um morango e passo entre seus seios, percorrendo um caminho até sua boca, que ela abre para recebê-lo, mas eu o tiro no último segundo e coloco meu dedo dentro de sua boca. Ela percorre a língua pela ponta do meu dedo, e eu mordo meu lábio inferior, olhando em seus olhos, já excitado.

Me deito sobre ela e a beijo. Nos rolo na cama, deixando-a sentada sobre mim. Rose beija meu pescoço e vai descendo seus beijos pelo meu tórax e abdômen, até chegar no cós de minha cueca, e começa a tirá-la. Ela se levanta rapidamente, ficando de joelhos, ainda em cima da cama, mas longe de mim. Olho para ela, franzindo as sobrancelhas, sem entender, numa pergunta silenciosa.

— Ahn… amigo? - ela me encara, coçando a cabeça, também franzindo as sobrancelhas.

— Algum problema? - olho para a minha ereção, e para ela de volta, vendo-a engolir seco.

— Acho que isso, - ela aponta para minha ereção, depois para sua buceta. - não cabe nisso!

Nem tento disfarçar a gargalhada.

— Nunca pensei que ouviria isso, na minha vida! - rio mais um pouco, me sentando na cama. - Cabe sim, mon cherie.

— Amigo, seu pau é mais grosso que a sua voz! E olha que, você tem uma voz de Barry White! - ela fala categórica, gesticulando, claramente nervosa. - E, se não for maior, é do tamanho de uma régua!

— Uma régua de trinta ou de quarenta centímetros? - brinco ainda rindo.

— Pois é! Exatamente!

— Rose… - agora rio baixinho. - eu tomo cuidado. Não vou te machucar, está bem? Eu tenho noção do meu tamanho.

— Já mediu? - ela continua alarmada.

— Não é do tamanho de uma régua. Nem da de trinta.

Ela toma um pouco mais de distância, mas eu a alcanço e a deito embaixo de mim. Vou acariciando seu rosto e seu corpo, a beijando, chupando seus seios, a fazendo gemer e se arrepiar. Acabo de tirar minha cueca, enquanto mergulho minha língua em seu clítoris. Sigo a estimulando até que ela goza em minha boca. E então, coloco uma camisinha.

Me deito sobre ela, ainda sentindo seu corpo estremecer levemente sob o meu. Começo a penetrá-la devagar, me sentindo ser abraçado pelas paredes quentes e úmidas de sua buceta apertada, ouvindo-a gemer intensamente, à medida que vou me aprofundando em suas entranhas, sentindo seu novo estremecer esmagar meu membro prazerosamente, e liberto meu gozo, gemendo em seu ouvido.

— Eu disse que cabia. - falo quando estamos abraçados na cama.

— Sinto como se eu tivesse perdido a virgindade de novo…

Rimos juntos e adormecemos abraçados.

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