Capítulo 05
Capítulo 05
Paola Duarte.
Henrique acordou-me às cinco da manhã para informar que sairia mais cedo hoje, pois ele vai conhecer alguns lugares da cidade que precisam de melhorias e como futuro governado ele quer acompanhar tudo de perto. Depois que ele saiu não conseguir mais dormir.
Eu preciso fazer algo para que Marco vá embora, não vou conseguir continuar vivendo com ele embaixo do mesmo teto que eu. Os meus sentimentos por ele vieram à tona, a lembrança do seu toque, seus beijos no meu pescoço, a forma como ele me fazia rir, o beijo dele que faz a minha boca formigar, como se pudesse sentir o seu beijo durante o dia inteiro.
Levanto-me da cama, e vou em direção ao seu quarto. Entro no mesmo sem bater e vejo Marco saindo do banho, a toalha pendurada na cintura. Rezei mentalmente para que ela caísse!
Olhei os gominhos do seu abdômen, seu corpo e cabelo molhados, assim como a minha calcinha. Foquei na sua parte intima e um pouco mais acima vi alguns arranhões e saber que ele esteve com outra mulher tirou o inferno fora de mim. Os arranhões na sua pele deviam ser feitos por mim, e mais ninguém. Meus olhos encheram de lágrimas que controlei o máximo que pude. Eu não tenho o direito de lhe cobrar nada! Pensei tristemente.
- Vá embora, Marco, por favor. Se você quiser te ajudo a encontrar outro trabalho, te indico para alguns amigos, mas suma daqui. – Implorei. Com ele longe tudo será diferente, conseguirei manter o meu casamento e a minha sanidade mental. Ele caminha lentamente na minha direção, olhando diretamente nos meus olhos.
- Se você ama seu marido não têm motivos para ficar afetada com a minha presença. – Diz presunçoso. Afasto-me, pois o tesão está subindo para a minha cabeça.
- O que você ganha ficando aqui? Não vai ganhar nada Marco, apenas vai sofrer e me fazer sofrer. Você sabe o motivo do meu casamento com Henrique, você me conhece mais que ninguém. – Digo encarando-o.
- Infelizmente! Eu preferia nunca ter te conhecido. Dê licença do meu quarto, eu preciso colocar minha roupa. – Diz encerrando o assunto. Perco a respiração quando Marco vira-se de costas, e retira a toalha. Vejo suas costas largas e sua bunda durinha, tenho vontade de morder, mas saio correndo antes que faça uma besteira.
Ele nunca irá embora, nunca vai fazer o que eu peço. Ele não tem motivo nenhum para acatar um pedido meu, eu fui e sou uma cretina com ele! Eu poderia dizer a Henrique que Marco deu em cima de mim, e desta forma, Henrique o mandaria para bem longe, mas eu correria o risco de Marco contar a Henrique que ele era meu namorado e eu o larguei por causa do dinheiro do meu marido, e também não quero que ele prejudique Marco.
Depois de fazer minha limpeza matinal e meu desjejum, fui em direção à garagem para ir com meu carro até o clube, me encontrarei com Lara. Ela está curiosa para saber como foi o meu aniversário de casamento, irei lhe contar o fiasco que foi o jantar, e que terminei a noite com um vibrador entre as pernas.
Assim que o portão estava sendo aberto, Marco abriu a porta do meu carro e puxou-me para fora do mesmo.
- Entre no banco de trás. – Falou colocando-me no banco do passageiro e botando o meu cinto. Esqueci-me que ele é o segurança chefe e onde eu for ele irá. Henrique também tem um segurança que o acompanha. Marco sentou-se no banco do motorista e depois de ajustar os vidros e colocar o cinto de segurança ele deu partida. Diversas vezes nossos olhares se encontraram pelo retrovisor, a verdade é que eu não tirei meus olhos dele.
- Você tem namorada? – Tomei coragem para perguntar o que está me afligindo desde mais cedo, quando vi os arranhões na sua pele.
- Não é da sua conta. – Murmurou. Desviei o meu olhar do retrovisor e foquei no ambiente do lado de fora. Vi uma mulher andando de bicicleta, e lembrei-me do meu pai. Ele sempre me mimou e me deu os melhores presentes, apesar de não poder gastar com essas coisas, ele sempre quis fazer as minhas vontades. Lembrei-me de Marco ensinando-me a andar de bicicleta e das vezes que cai e ele cuidou de mim. Penso com amargura em meus pais que nunca aceitaram a minha ajuda financeira, lembro-me da minha mãe dizendo-me por telefone para esquecer a existência deles. Limpo uma lágrima solitária.
A vida pode está lhe dando uma chance para voltar atrás e fazer tudo diferente, se arrependa enquanto ainda pode. O anjo bom sussurrou do lado direito.
A presença de Marco está lhe tornando sentimental e fraca, você perderá tudo que conquistou se continuar agindo desta fora. A voz do anjo mau sussurrou do lado esquerdo.
Alívio recaiu sobre mim, quando chegamos ao clube. Assim que encontrei a minha amiga, abracei-lhe. Sentindo-me feliz por ter alguém que realmente gosta de mim. Lara é uma das únicas pessoas que me compreende, ela sabe da minha origem humilde e sabe que sempre quis mais para a minha vida, só não sabe os meios que utilizei para conseguir o que tenho atualmente.
Contei-lhe tudo sobre o jantar, o esquecimento e a falta de atenção de Henrique. Falei sobre as ameaças e o quanto tenho me sentido sozinha naquela mansão, o único assunto que não mencionei foi Marco, que está atento a tudo ao meu redor.
- Vocês poderiam tentar ter um filho. – Ela falou.
- Nem pensar. – Respondi. Na quarta-feira, Lara fará vinte e quatro anos, ela disse que quer comemorar de forma épica. Conversamos sobre tudo que ela organizará na festa e combinamos de ir às compras. Almoçamos juntas e depois fomos comprar as coisas que precisaríamos para o seu aniversário.
Sentei-me no banco da frente na hora de ir para casa e Marco foi dirigindo. Ele não pronunciou mais nenhuma palavra comigo. Fiquei no meu Iphone conversando pelo whatsapp com David, irmão de Henrique.
Depois que conversamos sobre suas viagens e sobre seu trabalho como pintor, ele me fez uma pergunta estranha.
David: Você está feliz com meu irmão? Perguntou.
Paola: Carinha triste. Estamos passando por alguns problemas.
David: Sabia que isso não iria demorar a acontecer. Quando eu for à sua casa você vai me contar tudo.
Paola: Como assim? David está off-line... Como estava distraída, não notei o quanto Marco acelerou o carro. Ele dirige em alta velocidade e por um caminho totalmente diferente da mansão. Ele olha freneticamente pelo retrovisor e aperta o volante com força.
- O que está acontecendo? – Pergunto nervosa.
- Estamos sendo seguidos. – Falou com uma calma que tenho certeza que ele não está sentindo neste momento. - Se abaixa. – Murmura.
- O quê. – Falo em pânico e olho para trás.
- Se abaixa merda! – Grita, deixando-me mais nervosa. Abaixei-me no banco em pânico, meu coração disparado pela adrenalina e pelo medo.
Marco Ferraz.
Depois de dirigir por duas horas, consigo despistar o carro que nos seguia. Neste momento estou parado em uma rua sem saída com Paola no meu colo. Ela estava chorosa e trêmula. Sei que não devia mantê-la tão perto, mas ver a sua fraqueza e o seu medo me deixou arrebatado. Coloquei-a no meu colo e sussurrei que ficaria tudo bem.
- Isso nunca havia acontecido antes. – Falou agarrada ao meu pescoço.
- Vou descobrir quem está ameaçando vocês e tudo ficará bem. – Falo e tento afastá-la. Ela começa a roçar seu rosto na minha barba por fazer, o cheiro da sua pele macia invade as minhas narinas. Inspiro o seu cheiro, inebriando-me do mesmo.
- Sentir tanto a sua falta, Marco... – Sussurra com a voz doce. Antes que a gente se beijasse, afasto-a do meu corpo.
- Se você sentisse a minha falta não teria se casado com outro. – Falo irritado. Eu nunca vou conseguir esquecer o que Paola me fez, nunca vou esquecer a sua frieza e crueldade para conseguir ter dinheiro. Se ela amasse Henrique eu seria capaz de perdoá-la e seguir em frente, mas saber até onde ela foi capaz de chegar me enoja.
- Eu não podia esperar por você para me dá tudo que mereço. – Diz fazendo-me rir.
- Tudo que você merece? Você enlouqueceu por um acaso. Largou seus pais sem olhar para trás, deixou todo o carinho, amor e respeito que sentíamos por você ao se casar com esse homem por dinheiro. Viver com um homem que não te conhece, que provavelmente não te ama, te deixa de lado naquela mansão fria e que não te satisfaz na cama... – Falo a última parte com um sorriso no rosto.
- Você é um cretino! – Diz furiosa e sai do carro batendo a porta com força. Nesse maldito momento começa a chover e Paola caminha furiosa pela rua deserta. Chamo-a de volta, mas ela me ignora. Desço de carro e vou atrás dela, minha roupa fica totalmente ensopada em segundos.
Pego-a pelo braço e a puxo para mim, seu corpo bate de encontro ao meu. Nossas bocas muito próximas.
- Se eu sou um cretino você é o quê? – Pergunto olhando nos seus olhos. Pois a única coisa que me faz ser um estupido é amar essa mulher. Beijo-a intensamente, ela responde ao meu beijo com fervura. Mesmo que tentasse descrever os meus sentimentos, seria impossível. Meu coração bate violentamente no peito, bombeando e sangrando com força. Sendo libertado das correntes que coloquei nele, derretendo por completo por essa mulher, mesmo que a minha mente me diga que ela vai me levar à destruição eu não consigo me afastar.
Caminho com Paola, nossas bocas não se desgrudando uma da outra. Lábios e línguas saboreando um ao outro. Coloco-a em cima do capô, enfio-me entre as suas pernas e puxo a sua calcinha com força. Ela geme de excitação. Aperto minha mão direita na sua coxa, fazendo movimentos de subida e descida. Inclino o seu corpo para trás, deixo seus seios expostos e chupo fortemente os seus mamilos. Nem a chuva torrencial seria capaz de nos parar neste momento... Nossos corpos incendiados de prazer, luxuria, lascívia, tesão queimando-nos.
- Você quer fazer sexo selvagem? Quer que eu enfie o meu pau grosso na sua entrada e meta no seu ponto G até você gozar como uma gatinha no cio – Sussurro no seu ouvido. Dou mordidas no seu pescoço e coloco a minha mão entre as suas pernas. Encontro sua bucetinha encharcada e gulosa, abro seus lábios grandes com o dedo indicador e o anelar, enquanto enfio o dedo do meio na sua xoxota... Faço movimento de vai e vem na sua xoxota e volto a provocá-la... Paola geme enlouquecida na minha mão.
- O que você quer que eu faça? Diga-me, baby... – Sussurrei no seu ouvido.
- Quero que me coma com força, e selvagem como antes. – Diz e sua frase é um banho de água fria que me traz para a realidade. Tirando força do inferno, afasto-me rapidamente. Respiro fundo e falo.
- Você vai ter que fazer com seu marido, pois de mim, não terá nada. – Falo e vejo o choque e a humilhação nos seus olhos. Doeu em mim também, mas não posso pensar com a cabeça de baixo. Ela se recompõe e vejo fúria nos seus olhos.
- Eu odeio você – Diz raivosa e entra no carro. Olho para o céu e respiro fundo. As gotas da chuva caindo sobre mim. Fecho os olhos por um momento e pergunto-me até quando aguentarei ficar neste caso.
