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CAPÍTULO 02 - FUGINDO DO CEO

Não reconhecia minhas ações, o desejo guiava o momento. Ele sorriu, erguendo minha perna e mantendo-a presa em seu quadril. Sua mão deslizou pelas minhas coxas, alcançando a calcinha molhada. Com o dedo, ele acariciou o tecido, provocando, contornando a lateral da renda e pressionando minha virilha. Minha intimidade latejava, ansiando por seu toque direto, mas, estranhamente, ele se afastou, segurando meu pescoço e me pressionando contra a parede.

— Sentiu tudo isso? Essa excitação, essa necessidade de toque, provocação e desejo por mais?! — Patrik se aproximou dos meus lábios, passando a ponta da língua em meu lábio superior. — É isso que os leitores desejam, sentir os toques mesmo que apenas na imaginação, querem que suas mentes façam seus corpos ansiarem e pulsarem de excitação!

Então ele me soltou, se afastando e me deixando atônita no lugar.

— O que? - Perguntei confusa.

— Escreva sobre isso e me apresente um capítulo melhor até amanhã após o expediente. Você será treinada por mim todos os dias até que eu sinta que tenha alcançado minhas expectativas! — Ele se sentou relaxado na poltrona, servindo-se de mais uma dose de uísque. Olhei para sua calça, onde sua excitação quase explodia o tecido da calça social.

Ele seguiu meu olhar com um sorriso malicioso.

— Ainda não chegamos a essa aula, Sra. Lis, tenha paciência! - Patrik sussurrou com malícia.

Fechei a blusa, envergonhada, tentando me recompor, peguei o notebook e minhas coisas com tanta rapidez que fiquei impressionada, e saí da sala correndo, indo embora.

Cheguei em casa com o coração disparado. O que foi aquilo? A exaustão de horas trabalhadas? Em anos de trabalho com o CEO, ele nunca havia sido ousado comigo. Normalmente, as mulheres se atiravam em seus braços, mas seu modo ríspido as afastava facilmente. Sempre mantivemos uma postura profissional, sem olhares sugestivos, sem medição de cima a baixo.

Então, por que tudo mudou? O que mudou nele?

Não importava. Eu não voltaria àquele escritório. Ao inferno com Patrik Morgan e suas ameaças. Ele não poderia me obrigar a trabalhar lá! Determinada, deitei-me para descansar após algumas taças de vinho, arriscando um novo capítulo inspirado na nossa cena no escritório. Cada lembrança do seu toque provocava arrepios.

— Droga, pior que os apontamentos dele tinham fundamento! — Mordi os lábios levemente embriagada.

Coloquei o computador ao lado e adormeci, entregando-me a sonhos ousados com o CEO. Meu celular despertou, mas eu o ignorei. Não voltaria ao trabalho nunca mais.

Ouvi sons na porta. Pensei ser um sonho, mas senti alguém se sentando na cama próximo a mim. Acordei assustada, deparando-me com meu chefe sorrindo ao meu lado, divertido.

— Você ronca! — Ele sorriu ousado.

— Sr. Patrik, o que faz aqui? — Esfreguei meus olhos, pensando ser um sonho — E eu não ronco!

— Ronca sim, até gravei, quer ouvir? — Patrik aproximou o celular do meu ouvido.

— Isto não é um sonho! — Arregalei os olhos, saltando da cama — Como... Como você entrou aqui? O que está fazendo aqui?

— Quantas perguntas para as oito da manhã. A propósito, você está atrasada para o trabalho! — O CEO deu de ombros, ignorando-me, saindo do quarto com as mãos nos bolsos da calça social.

Fui atrás dele, com o punho cerrado, pisando firme ao chão. Ele se voltou para me olhar de cima a abaixo, sem tirar o sorriso divertido que brincava em seus lábios. Pressionei as têmporas, respirando fundo antes de forçar a formalidade:

— Sr. Patrik, o senhor poderia, por gentileza, me explicar como foi que invadiu meu apartamento? — Respirei calmamente, tentando não gritar os palavrões que pairavam em minha mente.

— Eu comprei o prédio! — Patrik respondeu casual, como se não fosse nada.

— O Senhor fez o que? — Arregalei os olhos, sentando-me no sofá e colocando as mãos na boca — Por que fez isso?

— Não acho que aqui seja um lugar seguro para uma dama como você, senhorita Elisabeth. Então, o comprei e coloquei seguranças. Com a gestão certa, este lugar prosperará facilmente! — Sua postura de empresário se fez presente enquanto o ele falava em um tom sério.

— O Senhor só pode estar brincando... — Suspirei, apertando as mãos.

— Senhorita Lis, o tempo está passando. Já estamos atrasados para o trabalho... Detesto esperar! — O tom impaciente do CEO deixou claro que seu humor estava se esgotando.

— Sr. Patrik, o senhor não tem o direito de invadir meu apartamento... E...

— Tecnicamente, o apartamento é meu, já que comprei o prédio... — Ele sorriu sedutor — Mas, prossiga...

Fiquei boquiaberta.

— Não é ético entrar no apartamento de seus inquilinos sem ser convidado, Sr. Patrik — Ponderei ao responder — E já enviei minha carta de demissão ao nosso RH ontem à noite. Não pretendo retornar à empresa.

— Imaginei que faria uma estupidez dessas — Ele sorriu animado, abrindo uma pasta que estava no braço do sofá — A Senhorita tem muitas dívidas, seu curso de escritora é bem caro... Aaah, mas creio que isto seja mais importante!

Ele retirou um documento com a logo da casa de repouso de Seattle. Reconheci o papel timbrado à distância.

— Como soube disto? Estava fora dos meus registros! — Levantei-me irritada, arrancando de suas mãos o papel.

— Sou um homem muito rico e poderoso, Srta. Lis, sabe disto. — Patrik puxou meu pulso, segurando firme e apertando-o, me encarando impiedosamente — Então, não teste minha paciência. Vá se trocar e vamos trabalhar, ou cumprirei com a minha ameaça de ontem à noite!

Soltando meu pulso, o esfreguei parada, encarando-o.

— Por que está fazendo isso comigo, Sr. Patrik? Sempre tivemos uma boa relação profissional! — Gaguejei ao falar.

— Você me agradecerá depois! — Vi uma onda cintilante percorrer seus olhos enigmáticos — Tem dez minutos para se aprontar, aparência impecável digna da nossa editora. Ande logo.

Dei meia volta, batendo a porta do quarto e escorrendo por ela, sentando ao chão tremula e pensativa. Como pude me meter nisto tudo?

— 9 minutos, Sra. Lis! — Ele falou de trás da porta, obrigando-me a levantar correndo, pegar as roupas e correr para o banheiro.

Ao sair, me deparei com Patrik deitado em minha cama confortável, lendo o capítulo que havia escrito sobre o efeito do álcool e das lembranças de seus toques na noite passada.

Corri em direção, tomando o notebook em suas mãos.

— Fico feliz que tenha ajudado em sua criatividade. — Sorrindo sedutor, ele se levantou, percorrendo os dedos em minha camisa social — Estou ansioso para contribuir mais com o seu desenvolvimento!

— Não... Não é necessário, Sr. Patrik. Aprendi o bastante ontem. — Mordi os lábios timidamente — Temos uma reunião importante hoje com um novo escritor, podemos?

Apontei para a porta, mas o CEO não se mexeu, ainda me encarando predatoriamente.

— Me atualize nos detalhes, Sra. Lis. — Patrik passou pela porta, falando por cima dos ombros.

Respirei profundamente, falando para mim mesma.

— É só mais um dia difícil de trabalho, nada mais... — Murmurei baixinho.

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