CAPÍTULO 6
Capítulo 6
CLOE SMITH
É um mundo totalmente novo que desperta o gatilho da curiosidade e de um anseio diferente o qual eu nunca havia experimentado antes. Faz meu coração acelerar com batidas rápidas e erradas, mas de um jeito muito bom e... quente, se é que posso chamar assim essas novas sensações que me inundam como um mar fora de controle. Meu peito começa a ficar bastante ofegante gradativamente, à medida que eu não cesso os movimentos descuidados e inovadores.
É estranho, novo e bom.
Minha pele está quente como se eu estivesse andando descalça e nua sobre brasas de uma fogueira acesa no verão. Gotinhas de suor insistem em brotar no alto da minha cabeça e rolam por entre meus fios claros de cabelo, ao mesmo tempo em que uma lufada de ar pesada escapa da minha boca com um golpe certeiro. É gostoso. Muito gostoso e me faz querer mais, bem mais do que só isso... Me faz querer ir além, entrar mais fundo, ir bem mais longe com meus dedos que trabalham sem nenhuma experiência até agora, e fazer coisas que eu sequer sei o que são, mas as quais eu desejo ardentemente.
Meu dedo indicador e médio são um pouco finos e curtos devido ao pequeno tamanho da minha mão. Porém, mesmo esse fato não me impede de tentar o meu melhor para a minha primeira vez fazendo isso. E isso seria o que exatamente? É o que eu me pergunto enquanto experimento a sensação crescente das pontadas estranhas se avolumando na parte em que roço inexperiente, e acaricio ritmicamente da maneira que acredito que deve ser feito, apesar de não seguir nenhuma instrução específica, por nunca ter tido conhecimento a respeito de tal assunto. Um verdadeiro tabu. Um tópico que sequer poderia chegar aos meus pensamentos ou eu estaria em grandes apuros.
Um ruído peculiar e inesperado escapa involuntariamente da minha garganta e eu me espanto com a novidade. O que foi isso? Por que eu fiz esse barulho sem nem ao menos perceber? As perguntas vêm aos montes, como uma enxurrada sobre minha cabeça levemente entorpecida por uma miríade de sensações, como se eu estivesse sob o efeito de alguma substância proibida e pecaminosa, a qual faria minha querida vovó Marie Smith desmaiar em completo estado de choque e pavor, se soubesse que usei tal coisa.
Mas a tal substância proibida, pecaminosa e bem viciante a qual eu estou anestesiada é simplesmente eu, Cloe Smith, uma garotinha inexperiente e ingênua, que apenas resolveu agir como uma menina levada esta noite, para descobrir um pouquinho mais sobre si mesma, e da fonte interna que existe dentro de si, a qual a está fazendo umedecer com tipo de um líquido translúcido e desconhecido por toda a sua vagina inteira.
Sim, sim... agora há apenas Cloe e um novo mundo que está finalmente sendo descoberto diante de si, pela primeira vez, de modo curioso e descuidado, sem saber bem como caminhar direito por esse caminho desconhecido, mas atrativo, intrigante e chamativo.
Será que há mais de onde isso vem? E por que eu me sinto tão... tão... como posso dizer? Acesa? Ansiosa? Ou talvez quente? Para falar a verdade eu realmente não sei como definir e nem como nomear as coisas que estou nesse exato momento, enquanto me toco pela primeira vez dessa forma. Eu não sei de nada. Ninguém nunca me disse ou me ensinou sobre esses tipos de coisas antes. Principalmente vovó Marie, ela jamais tocou nesse tipo de assunto e nem me explicou como funciona o corpo de uma garota na minha idade, e tenho plena certeza que jamais irá falar também sobre isso, mesmo se estivesse morrendo. E isso me deixa bastante frustrada, pensativa e um tanto perdida quanto a que direção devo seguir a partir de agora, em que uma nova porta acaba de se abrir a minha frente.
Então não sei o que devo esperar que deve acontecer, mas... de uma coisa eu tenho plena certeza, esperar sentada sem fazer nada é que eu não irei continuar fazendo. Sou uma pessoa curiosa por natureza, dessa forma, não há nada que me impeça de dar os próximos adiante, mesmo que seja sozinha. Então, eu tento descobrir por mim mesma até onde posso ir. Eu preciso urgentemente disso e eu vou atrás do que desejo. Mesmo com medo e certa dose de ansiedade, mas eu somente vou... só me jogo nesse mar profundo que parece nunca ter fim.
Eu continuo a explorar curiosamente cada parte, cada pedacinho de carne quente e vibrante que treme sob o toque ansioso dos meus dois dedos. É um misto de confusão e sensações boas as quais não consigo descrever com precisão, a medida e insiro os dedos finos dentro de mim, tentando aumentar a pressão pouco a pouco, ao sentir que como as coisas vão mudando de acordo com a maneira que eu faço isso. Sei que não deve estar muito certo, pois parece que ainda falta algo mais para completar a ação por inteiro, contudo, não deixa de ser inovador e muito incitante.
É realmente uma experiência totalmente diferente de tudo o que já vivi até hoje. Me deixa com as pernas sem muito equilíbrio, mas eu permaneço firmo até o final, enquanto sinto o líquido transparente escorrer fluentemente por minhas coxas e rolarem até os meus calcanhares como gotas de óleo quente que me deixam marcada e quente. Pulsante. Me deixa viva e desejosa por cada vez mais, apesar de eu não conhecer o que é esse "mais". Então eu logo solto um suspiro meio abafado por entre os dentes cerrados a espera de algo que não vem.
É uma sensação que me deixa dividida no final. Uma mistura de euforia e contentamento ao mergulhar de cabeça nesse processo de enfim começar a me descobrir como uma mulher de verdade, uma garota que deixou de ser apenas uma menina moleca, e que agora cresceu, se tornou uma adulta e quer ver, descobrir e explorar muito mais sobre si e tudo aquilo que desconhece desse mundo, porém, ao mesmo tempo sinto que isso não é tudo que deveria acontecer. Eu acho que deve existir algo diferente, mais forte e mais intenso do que que acaba de ocorrer agora, mas que eu ainda não desvendou em como chegar lá de fato até o fim.
Mas como eu descubro isso? É o que me pergunto um tanto agitada e inquieta, nervosa e curiosa para saber o preciso saber. Como eu faço isso? Sozinha e sem ajuda é meio difícil de saber. Na internet é difícil de acessar, já que não tenho um computador e muito menos um celular para pesquisar sobre coisas como essas. Amigas ou colegas de escola é uma opção fora de questão, já que também não possuo nenhuma das duas. Então como lidar com essa situação? Desistir de percorrer esse caminho não é algo que eu farei tão facilmente, é claro. É o que pondero comigo mesmo, com a mente distante, pensativa e remoendo sobre a qual saída devo recorrer, quando de repente uma forte rajada de vento entra pela janela como se soprasse uma resposta veemente e incisiva sobre os questionamentos que atormentam minha cabeça nesse exato instante.
Imediatamente meus olhos se erguem naquela direção, como se fossem atraídos por um poderoso ímã, e então meu coração entra em colapso no mesmo instante. As batidas se tornam erráticas e tão aceleradas como um carro desgovernado prestes a bater quando constato que não estou sozinha. Pisco os olhos várias vezes para ter certeza de que não estou delirando e no fim concluo que não, eu não estou delirando ou sonhando acordada a essa hora da noite. Isso realmente está acontecendo... eu tenho companhia que está acompanhando meus movimentos há vários metros de distância... eu simplesmente acabo flagrando o novo vizinho espiando minha primeira tentativa de experiência íntima através da janela de sua casa, do outro lado da rua.
Perceber tal fato me deixa paralisada durantes alguns segundos. Minha mente está como uma bola de pensamentos e sentimentos conflituosos. Eu estou totalmente surpresa ao notar que um desconhecido acaba de se tornar testemunha do meu crime secreto, e mais ainda surpresa de perceber que ele não faz a menor questão de esconder que está me observando atentamente dentro do meu próprio quarto, através da sua janela aberta do outro lado da rua. Eu não tenho nenhuma reação de imediato, apenas continuo da mesma forma em que estava, nua, com a pele molhada dos meus próprios fluídos recém descobertos, e parada em frente para a janela.
Minhas bochechas esquentam como fogo diante do olhar escuro e incandescente que queima cada centímetro da minha pele exposta a disposição do meu vizinho, entretanto nenhum de nós dois desvia o olhar um do outro. De certo modo, essa também é um novo tipo de experiência, de se vigiada fazendo algo perigoso e secreto, por um homem de verdade... um ser misterioso e intrigante. E isso me aquece e me atiça como nunca antes em toda a minha vida. Incendeia todo o meu corpo e me faz querer continuar de onde parei, para que ele veja de camarote um pouco mais do show particular que posso fazer, especialmente para ele, do início ao fim, de forma intencional, agora que sei que sua atenção está voltada para mim.