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4 Meu coração não para de bater acelerado, parece que vou ter um ataque... 8 anos depois, ele finalmente retornou, meu tio Damon... Quando o vi a minha frente, fiquei paralisada, chocada... S

EVOLET

Meu coração não para de bater acelerado, parece que vou ter um ataque...

8 anos depois, ele finalmente retornou, meu tio Damon...

Quando o vi a minha frente, fiquei paralisada, chocada... Se ele soubesse o quanto eu sentia sua falta, o quanto eu queria revê-lo, tenho certeza que estaria aqui bem antes da morte do meu amado avô. Por coincidência, vovô piorou do dia para a noite justamente no dia do aniversário do meu tio. Lembro-me de papai chorar e desabafar ao telefone enquanto eu estava na Jamaica, falando sobre o quão vovô estava triste em não ter seu filho mais novo por perto logo no dia de seu natalício de 38 anos.

Contudo, no dia seguinte, papai me ligou e disse que tinha feito as pazes com ele e que em breve iriamos nos no ver no velório, já que vovô havia falecido. Por um momento, acreditei que Damon não viria, que iria afastar-se novamente eu eu perderia mais uma chance de por vê-lo. Entretanto, tive uma surpresa...

Ele veio ao velório e quando o vi não pude acreditar...

A última vez que eu tinha o visto foi quando tinha 9 para 10 anos de idade. Meu tio tinha sumido por alguns anos e era afastado da família porque tinha problemas pessoais com meu pai, questões essas desconhecidas por mim e não se falavam. No momento em que o vi quando era criança, criei uma verdadeira fascinação por ele. Tio Damon era um homem carinhoso, respeitador e muito, mas muito lindo. Não era a toa que ele era um modelo famoso. Ele só se aproximou de mim naquele tempo porque era aniversário de vovô e desde então houve um carinho e amor fraternal mútuo de tio e sobrinha. Depois que ele foi embora, nós falamos poucas vezes por telefone quando vovô ligava para ele, mas o tempo foi passando e ele foi sumindo cada vez mais, e aí perdemos definitivamente o contato.

Em meu coração, ele tinha um lugar especial, era o meu tio preferido, já que minha mãe era filha única de uma mulher jamaicana e um americano daqui de Utah. Por anos, guardei uma boneca que ele havia me dado e uma correntinha com um pingente de uma menina. Também juntei varias fotos suas de quando era modelo e sempre que ia para a escola, as mostrava para minhas coleguinhas e me gabava sobre o quanto meu tio era lindo...

Por muito tempo, só senti por ele um amor fraternal, porém, ao entrar na adolescência. Por volta dos 16 anos, comecei a ver meu tio com outros olhos. Minhas amigas suspiravam todas as vezes que viam as fotos dele e aquilo me causava um ciúmes desconhecido, mas eu fingia que estava tudo normal. Quando tive acesso a Internet, imediatamente comecei a procurar suas redes sociais e ao ver seu Instagram recheado de fotos dele modelando, muitas sem camisa ou so de cueca, com aquelas tatuagens sexys no pescoco, braço e pernas, eu enlouqueci...

Meu tio tornou-se meu crush, meu amor platônico e isso me causava um turbilhão de emoções, desde o desejo insano por ele até a vergonha mãos frustrante por desejá-lo. Como sempre tive medo de represálias dos meus pais, escondi muito bem esse fato, ninguém sabia, somente eu. Guardei suas fotos, presentes e principalmente o desejo que eu tinha por ele em locais secretos, desde o meu pequeno cofre no guarda-roupa até dentro do meu coração.

Eu orava e pedia todos os dias a Deus para me livrar desse pecado, desse desejo tão profano que estava entranhado dentro do meu ser, mas parece que isso só piorava.

Cada vez mais eu o desejava e imaginava ele me tocando e passando dos limites comigo...

Numa tentativa de esquecê-lo por completo decidi aceitar o pedido de namoro de Joshua, meu até então melhor amigo na escola. Nosso namoro foi visto com bons olhos pelos pais dele e pelos meus, principalmente pela minha mãe, que sempre me controlava para que eu fosse uma mulher perfeita. Como Joshua era mórmon, a família dele desejou que nós casassemos após terminar o ensino médio e assim eu me converteria a religião, dando orgulho a todos, mas lá no fundo não era isso que eu queria para mim. Eu não estava sendo meu próprio guia, mas sim permitindo que os outros tomassem o controle da minha vida, por acharem que seria o melhor pra mim.

Para quem não sabe, os Mórmons constituem uma comunidade religiosa que pertence ao espectro do cristianismo, no ramo restauracionista. Segundo a versão oficial da Igreja, o nome dado pelo Senhor, pelo qual os membros da comunidade devem ser conhecidos, entretanto, é Santos dos Últimos Dias (SUD). Segundo a doutrina, "Últimos Dias" refere-se à plenitude dos tempos ou à última dispensação antes do glorioso dia da segunda vinda de Jesus Cristo. Eles acreditam que o casamento é uma união definitiva, para a vida toda e o sexo fora do casamento, a pornografia e a masturbação são totalmente proibidos Eu e meu namorado so damos beijos na boca em forma de selinhos, nunca chupando a língua ou tenho carícias. Joshua me respeita ao máximo e leva sua religião a sério, contudo eu fico totalmente frustrada, Irritada e cheia de fogo...

Por algum tempo, levei essas proibições a sério, mas depois que fiz 17 anos, comecei a assistir vídeos pornos escondido e iniciei os toques em meu corpo, dando prazer às minhas partes íntimas. Isso acontecia na maioria das vezes quando meus pais não estavam em casa ou quando eu saia dirigindo meu carro e parava em um lugar deserto. E muitas, muitas vezes, eu imaginava ele... meu tio Damon, me tocando, fazendo tudo que aqueles atores praticavam nos vídeos... Essa loucura por ele me consumia ainda mais e agora, tudo piorou depois que ele chegou e tocou minha pele pela primeira vez.

Quando ele me viu, eu sabia que não estava me reconhecendo mas não me importei, pois só dele estar ali, fisicamente na minha frente, era como um sonho realizado. Ao tocarmos nossas peles, senti meu corpo entrar em combustão, minhas entranhas pegarem fogo e não consegui falar, emudeci completamente. Da parte dele. percebi o quanto ficou interessado em mim, o quanto seu olhar despudorado e devasso demonstrava que me queria...

Apos minha mãe cortar nosso clima de primeiro encontro depois de anos, sai com Joshua e fui ver a familia dele, contudo, isso me causou uma frustração enorme... 

Meu deus, eu não sei o que deu em mim após ver meu tio... 

Eu só sei que minha pele arde e anseia pelo seu toque.

DAMON

Me aproximo novamente dela e enquanto o namorado conversa com pessoas as quais não conheço, puxo a mão de Evolet sem ela esperar e a conduzo até um corredor vazio da residência. Ela se encosta na parede, respirando ofegante e me indaga nervosa.

— Algum problema, tio?

— Sim, todos. Principalmente a sua mãe.

— O que foi?

— Você realmente vai se casar tão jovem, Evolet? Não está percebendo que sua mãe está controlando sua vida? Não deixe mais ela fazer isso, querida. — argumentei preocupado.

— Eu... eu já percebi mas acho que ela quer o melhor para mim... Casar-me com um mórmon é motivo de orgulho para minha família... — ela se explica.

— E para você, o que é? — a questiono e ela fica pensativa como se algo a atormentasse.

— Significa não cair na tentação... — evolet diz e me olha com desejo, e por um momento, penso que ela se refere a mim, como se eu fosse o causador de toda a tentação que a assola. — Ela está tão proxima...

— Besteira... Cai quem quer, isso é normal, somos humanos e não há necessidade de seguir uma religião a contragosto só para agradar os outros... Olha, Evo, eu também quero o seu bem, querida, por isso estou te pedindo par repensar esse pedido...

— Sério que se preocupa? Você passou anos sem me ligar, sem me dar noticias, só falava com o vovô de vez em quando! Que preocupação é essa? — ela reclama.

— Um dia eu vou te explicar tudo... Não me julgue antecipadamente... — toco o rosto dela e a sinto estremecer e arfar, abrindo a boca. Meus lábios salivam para tomar os seus mas me controlo e afasto-me. — Vamos voltar para o velório, já já vão enterrá-lo e preciso me despedir pela última vez...

— Espera... o senhor vai embora hoje? Porque não dorme aqui, no seu antigo quarto? Tenho algo para te dar...

— Ok, querida... Eu posso ficar essa noite... — digo e ela sorri lindamente, depois seguimos para a sala.

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