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3

DAMON

Continuo boquiaberto

Essa mulher gostosa do caralho, linda pra cacete é minha sobrinha?!

PUTA QUE PARIU!

Meu irmão cruza os braços e me questiona novamente.

— Damon? Não se lembra dela?

— Ah, é claro que lembro. — minto descaradamente na tentativa de evitar uma confusão logo agora que nos resolvemos. — É que... eu fiquei chocado com o quanto ela cresceu. — sorrio nervoso. — Parece outra mulher...

Matt sorri e ela também mas meio nervosa. Lembro—me de que a vi há 8 anos atrás e ela tinha 9 ou 10 anos de idade e mesmo com toda a raiva que eu tinha de seus pais, eu a amava. Como decidi nunca ter filhos, Evolet era como uma filha pra mim. Tínhamos muito carinho um pelo outro e sempre falávamos ao telefone. Eu nunca senti nada fora do comum, proibido ou doentio por ela nem por nenhuma outra criança, deus me livre. Entretanto, muitos anos se passaram, nos distanciamos e achei que ela era outra mulher e nunca Evo, a minha sobrinha do coração.

Eu sempre olhava as redes sociais do meu irmão mas nunca vi foto dela depois de grande, acho que talvez ela não goste dessas coisas. Matt continua me observando e fala com ela.

— Vamos, filha, abrace seu tio... Ele não te odeia... Juro que nos resolvemos.

Evolet engole em seco e coloca os braços ao redor do meu pescoço enquanto olha intensamente em meus olhos.

— Bem, fiquem à vontade, vou receber os amigos de nosso pai. — Matt se explica e sai.

Nesse instante, puxo sua cintura com uma mão, colando a em meu quadril e acaricio seu rosto com a outra.

— Meu deus... Você mudou tanto Evolet... Está tão linda... — ela sorri envergonhada e suas maos ainda estão geladas. — Eu não te reconheci, mas preferi mentir pro seu pai, para ele não pensar o pior de mim, entende?

— Sim, tio...Eu entendo. — ela diz com a voz trêmula. — Eu senti sua falta... — dito isso, a menina me abraça forte e chora em silêncio.

O toque do seu corpo no meu me arrepia intensamente, minha pele arde e fico pela primeira vez na vida nervoso ao lado de uma mulher.

Inferno, ela é minha sobrinha!

Não posso sentir " essas " coisas por ela!

Após alguns segundos ela olha pra mim e limpo suas lágrimas.

— O senhor não mudou nada... Está... lindo como sempre... Eu achei que me odiasse assim como odiava o papai, já que nunca mais falou comigo...

— Não, querida, jamais te odiei. O que eu sentia pelo seu pai não te envolvia e você era uma criança inocente... Eu sempre te amei, Evolet. Me desculpe ter se afastado de ti. Acho que agora podemos recuperar o tempo perdido, vou passar alguns dias por aqui.

— Hum, não vai ficar muito tempo?

— Talvez 2 semanas, seu pai insistiu.

Ela demonstra uma certa tristeza e se afasta, baixando ainda mais o vestido de malha que insiste em subir. As curvas dela não permitem que ele fique no canto e isso me excita pra caralho.

Porra, mil vezes porta, Damon! Ela é sua sobrinha, a pequena Evolet.

Minha razão me xinga e tento me controlar e associar a Evolet de hoje a aquela garotinha mas não consigo.

Droga!

— O senhor esta bem? — ela pergunta preocupada ai notar minha aparente perturbação e toca minha mão.

— Sim, estou... Apenas triste pela morte de seu avô...

— Eu também estou... Nem tive como me despedir dele pois estava na Jamaica com mamãe, fomos visitar nossos familiares.

— Entendi. — ao ouvir ela citar a mãe, Eva, trinco o maxilar e olho para o lado, respirando fundo. Aquela mulher é um demônio.

E por falar nela, a infeliz se aproxima acompanhada de um jovem branco loiro de olhos azuis e me encara.

— Oi, Damon. Quanto tempo.

Fecho a cara e fico a sua frente.

— Oi, Eva.

— Gostou de rever seu tio, Evolet? Você nunca parava de falar nele, não é? — ela fala com certa ironia e me irrita.

— Sim, mamãe, eu sentia falta dele.

— Humm, tadinha. Vá fazer companhia a seu noivo, filha, a família dele está aqui. — a mãe dela pede com certa imperatividade e percebo que ela obedece imediatamente. Eva com certeza deve ser manipuladora com ela.

Imediatamente Evolet pega na mão do namorado que sorri pra mim e saem em direção a sala. Já Eva, cruza os braços e me encara, de cara feia.

— Espero que você vá embora logo, Damon... Meu marido te perdoou, mas eu não.

— Escuta aqui, Eva... sua cobra do éden, estou pouco me fodendo para você e eu não te devo um pedido de desculpas. Tenho certeza que o que aconteceu naquele dia foi um plano seu numa tentativa de me foder literalmente. — ela levanta a mão para me bater mas se controla. — Sério que você vai querer causar um escândalo aqui, logo no velório do meu pai?

— Não... me desculpe... Eu ainda tenho muito rancor... E você sabe o porquê... — ela alivia o tom de voz, tentando me manipular mas estou curado. Conheço essa cobra o suficiente para não cair em seu bote, como meu irmão caiu.

— Eva, vamos esquecer isso, eu quero paz. Em breve irei embora.

— Sei... só está esperando sua metade da herança.

— Sinceramente, não ligo para porra de herança, vou deixar tudo o que é meu para Evolet, já que nunca terei filhos.

— Hum, que tio maravilhoso, não é?

reviro os olhos com seu deboche e retruco.

— Eu a amo e farei qualquer coisa por ela...

— Entendi, Damon. Mas não precisa se preocupar com isso. Evolet se casará quando terminar os estudos com aquele jovem mórmon de boa família e não vai precisar de um centavo seu.

— Porra, ela já vai casar? Essa menina é muito jovem, tem que aproveitar a vida, Eva!

— Olhe aqui, não se meta nisso! Ela é minha filha e a aconselho a fazer o que é melhor para seu futuro. Eu te conheço, Damon, não vou deixar você influencia—la. — Eva fala irritada e sai de perto de mim, esbarrando seu ombro no meu com raiva, me deixando puto da vida.

Fecho os olhos e respiro fundo. Ao abri—los, vejo a menina conversando com algumas pessoas e o namorado babaca segurando a mão dela possessivamente.

— Eu não vou deixar você se casar tão cedo e estragar sua vida por conta da cobra da sua mãe, Evolet. Ah não vou. — murmuro para mim mesmo e vou até ela.

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