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05 - Henrique Carter

Henrique Carter

A noite foi divertida com o meu amigo Petter, ficamos jogando até um pouco após meia-noite, isso daria tempo para que não ouvisse coisas desnecessárias e estragasse meu pensamento que minha mãe é uma santa.

Subimos para o meu quarto e me deito no chão com o branquelo do meu amigo e ficamos vendo alguns lugares em Nova York que ele gosta de ir, acho bonito todos eles e chega uma notificação no nosso celular, abro para saber o que é, estamos pedindo aos céus que seja algo adiando a prova de segunda-feira.

Mas era somente um anúncio que abrirá o concurso para as bolsas de intercâmbio e que qualquer aluno com média acima de B+ pode concorrer, se não fosse tão novo e minha aceitasse eu teria coragem de ir estudar fora e aproveitar a oportunidade de conhecer outros países, assim como meu amigo.

— O que tanto pensa aí Carter. — Petter me pergunta quando me vê muito pensativo.

— Que talvez eu queira me candidatar a uma vaga dessa e ir conhecer a sua cidade. — Ele fica calado pensando em algo mais depois começa a rir.

— Te vejo congelando e pedindo para voltar correndo para o colo da sua mãe e implorando para voltar para casa. — Ele continua rindo e volta a sua atenção para o jogo que estávamos ainda pouco jogando na sala.

Enquanto jogamos volto minha preocupação para o que o Augusto está trabalhando, é muita coincidência que ele esteja trabalhando em algo envolvendo o nome de James Carter nos autos do processo.

Enquanto penso em tudo isso continuamos jogando e em pouco tempo o sono chega e decido voltar para a minha cama para dormir enquanto o Petter fala com o seu pai, já que lá em Nova York é bem mais cedo.

Na manhã seguinte acordo e meu amigo já estava de pé, de banho tomado e pronto para descer para o café, acho que a criação dele deve ser militar, passo o lençol por minha cabeça e sinto um chute na cama, mostro apenas o dedo do meio para que ele me deixe dormir, céus hoje é sábado ainda não são nem oito da manhã.

— Vamos acorda, sua mãe já deve ter descido para o café. — Tiro a coberta de cima de mim e começo a me espreguiçar para ir tomar um banho e descer para satisfazer a vontade desse cara chato.

Assim que estou arrumado, chamo o pequeno soldado e desço com ele para a cozinha para tomar café e começar a fazer todos os meus afazeres que prometi a minha mãe e ao Augusto que iria fazer, Petter se senta ao meu lado a mesa enquanto minha mãe trazia as coisas para o nosso café e se senta de frente para mim.

— Que sessão de cinema vocês querem pegar meninos? — Augusto nos pergunta enquanto ele ler as notícias no tablet e minha mãe fica de cara feia enquanto tenta puxar da mão dele.

— Sabe que na mesa não Augusto, olha o exemplo... — Ele revira os olhos para a minha mãe.

— São as notícias, mulher, eles têm que começarem a se interessar nessas coisas. — Ele pensa que engana a dona Cleide, tenho é pena dele quando minha mãe começar a surtar com as coisas.

— Notícias de futebol, sei… — Ela consegue por fim tomar o dispositivo e ficamos rindo dos dois.

— Acredito que o horário das 17 h está bom para a gente, não é Petter. — Ele apenas concorda com a cabeça.

— Quero levar a Cleide em um restaurante que fica no shopping, podem escolher uma sessão mais tarde e acredito que conseguem voltar conosco, se não pega um táxi para casa o que acham rapazes. — Olho para o meu amigo e aceita a proposta do Augusto.

Durante o dia, enquanto minha mãe arrumava tudo o que precisava, eu e o Petter arrumamos o meu quarto e minha mãe troca todas as roupas de cama e leva para a lavanderia, com tudo já organizado decido ir para o escritório para estudar a matéria para a prova.

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