Resumo
Quanto o destino surpreender Henrique Carter, adolescente amoroso e estudioso, que sonha em ser advogado, foi criado somente por sua mãe, uma mulher forte que mesmo sofrendo violência doméstica conseguiu fugir e criar seu filho longe do marido agressor. Será mesmo? Henrique se vê sem saída, para proteger sua mãe e todos que ama, foi obrigado a aceitar ser treinado para assumir o lugar do pai na cadeira da máfia Americana. Um homem odiado por muitos, um dos maiores inimigos da “First”. Um adolescente obrigado a amadurecer e endurecer. A descoberta do primeiro amor. A busca da vingança a qualquer custo. Um jogo de poder onde o mais forte vencerá.
01 - Henrique Carter
Henrique Carter
Nunca perdoei meu pai por todo mal que ele fez a minha mãe.
Tive sorte por James Carter nunca ter me tocado, mas sempre gritou e me aterrorizava.
Entretanto, com minha mãe ele espancava tanto que um dia precisou ficar quase um mês internada, ainda era muito pequeno e fiquei ao cuidado de vizinhos.
Hoje minha mãe está bem, encontrou o Augusto que a respeita muito e cuida dela como se fosse sua rainha. É um advogado que adora o seu trabalho e sempre tenta me explicar meu dever da escola quando tem um pouco mais de tempo ou simplesmente começa a falar sobre os casos que ele está trabalhando no momento.
— Filho pode me ajudar aqui um instante. — Augusto me chama da garagem.
Desde o dia que o ajudei a entrar bêbado em casa com a minha mãe, eles não conseguiram mais se desgrudar e gosto disso, quero ver a minha mãe feliz e Augusto tem lhe dando muita felicidade.
— Estou indo. — Grito do escritório que agora é mais dele do que da dona Cleide.
Quando chego na garagem, vejo-o tirando várias caixas enormes cheias de papéis e dou dois tapinhas na costa dele.
— Me ajuda a levar lá para o escritório. — Ele olha para o excesso de trabalho e coça a cabeça. — Não devia ter trago tudo isso.
— O que foi está tão velho que não dá conta de umas caixinhas? — Gosto de implicar com ele e fico rindo.
— Há, moleque só não te ensino o velho, porque tenho medo de travar as costas! — Começamos a rir e ajudo por tudo no escritório.
Recolho minha bagunça que estava sobre a mesa, precisava estudar para a prova da próxima semana.
— Filho, cadê a sua mãe? — Ele me pergunta com uma pasta nas mãos.
— Ainda não chegou! — Digo.
— Quero pedir para ela deixar o Petter vir passar o fim de semana aqui em casa, queremos ir ao cinema, assistir o novo filme da Marvel e estudar para a prova de conhecimento americana. — Aviso o Augusto.
Desde que o Petter chegou no ano passado logo nos tornamos amigos, ele é aluno de Intercâmbio e vem da filial da nossa escola de Nova York.
— Bom, por mim não tem problema, ligue para sua mãe e fale com ela caso queira que ele venha logo. — Já vou usar a fala dele com minha mãe se ela não deixar.
— Obrigado Augusto. — Por mais que goste muito dele como pai e o admire, nunca consegui chamá-lo assim, tenho medo de me magoar.
— Começarei a olhar esses documentos. — Guardo tudo na mochila.
— Falarei com a mamãe, estarei na sala assistindo minha série. — Aviso para caso ele precise, mas está tão concentrado que nem dá atenção.
Só sei que o Augusto é um excelente advogado, nunca perdeu uma causa, sempre se esforça muito para vencer ou conseguir um acordo bem vantajoso para o seu cliente, com certeza esse caso deve ser grande para ele trazer tantos documentos.
Vou para a sala e tento falar com minha mãe, mas o celular está desligado, então ligo para o consultório e falo com a ngela. Ela é a atendente do consultório da minha mãe e minhas tias, e só em pensar nela sinto uma ereção subindo, adoro ir o consultório ficar vendo-a, ela é muito gostosa.
— Oi, Augusto o que precisa? — Há se te falar o que preciso.
— Oi, ngela, minha mãe está com paciente? — Afasto os pensamentos de ter aquela mulher na cama da minha imaginação.
— Está, sim, mas já está acabando, o paciente está saindo, quer que a chame? — Ótimo
— Sim, por favor! — A ouço chamando minha mãe que logo fala comigo.
— Oi, meu amor, aconteceu alguma coisa? — Ela sempre muito preocupada.
— Na verdade, sim, nada grave, não se preocupe mãe, mas queria pedir para o Petter passassem o fim de semana aqui em casa, teremos prova na segunda e estamos querendo assistir ao filme que lançou. — Deixo-a absorver meu pedido. — O Augusto não se importou, já pedi dele também.
— Você é esperto hein menino. — Minha mãe dá, uma risadinha gostosa, amo vê-la feliz.
— Tudo bem, avise ao Petter, daqui a umas duas horas estarei em casa, Augusto já chegou?
— Obrigado, mãe, ligarei para ele agora, chegou trazendo um monte de trabalho para casa.
— Faz um favor, tira aquele peixe que está no freezer, vou prepará-lo para o nosso jantar. — Amo quando minha mãe resolve fazer peixe.
— Está bem, separo o peixe e deixarei as verduras cortadas, só lhe esperando. — Ela ri do meu interesse.
— Vai estudar, garoto, deixa que arrumo tudo, não precisa se preocupar. — A amo por isso, sempre pensa no meu futuro.
— O Augusto está no escritório trabalhando e já terminei meus deveres, estava apenas relendo a matéria e faço isso amanhã com o Petter. — Ouço-a falando com alguém.
— Meu amor, meu próximo cliente chegou, não esqueça de tirar o peixe do freezer, te amo e até mais tarde. — Me despeço e ligo a TV, coloco minha série para passar enquanto estou na cozinha.