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Capítulo 4

Eu parecia morto de medo no local, Nacho estava ao meu lado preocupado comigo.

- Se você quiser podemos ir

- Não, não vou entrar, não se preocupe.

-Não te parece estranho eu querer trabalhar na sua localidade, sendo engenheiro com doutorado?

- Bem, omiti essa parte, além disso posso não conseguir emprego, posso querer vender e servir pessoas.

- Com seu caráter especial não vejo você.

- Tenho paciência, fui mãe de duas meninas e não perdi nenhuma delas. - fiz uma careta

- Até mais - ele me fez um sinal e saiu.

- Obrigado

Ande devagar, olhando para os dois lados, e entre.

O lugar era bastante elegante e simples ao mesmo tempo. Ao entrar a vitrine estava repleta de objetos personalizados.

Mochilas

Camisetas

Cadernos

Cadernos

Cartões fotográficos

Travesseiros

Recordações.

muitas coisas

Sorri lembrando quando, há muitos anos, trabalhei aqui. Mas quando aumentaram o aluguel tivemos que fechar. Fiz uma cara triste e cheguei a um lindo balcão branco, que combinava com as prateleiras atrás.

Bati palmas e ele apareceu.

Ele estava vestindo uma jaqueta azul fina, junto com calças pretas. Não sabia se era longo ou curto, o balcão não me deixava ver mais longe.

Eu olho para mim mesmo como se isso não significasse absolutamente nada.

Eu me senti tão insignificante em seu olhar, era tão estranho.

- Olá...la-titibie.

- Como vai ? O que está em oferta? - Ele me olhou sem expressão, mas gentil.

- Vim trazer meu currículo de trabalho.

- Bem - ele o pegou nas mãos, lançando um rápido olhar - Muito obrigado, eu te ligo de qualquer coisa.

- Obrigado - me virei no momento em que uma placa chegou com um bebê.

- não - me aproximei dele

-Não? -Arqueio uma sobrancelha.

- Você vai me dizer isso e depois nunca mais vai me ligar sem me dar oportunidade. Quero mostrar que sou adequado para trabalhar aqui.

- Porque me esforcei muito para trabalhar aqui. - Ele me olhou com a mesma cara de nada.

- porque preciso de dinheiro.

- Sincero - ele fez um gesto positivo em minha direção. - Mas isso não garante que você fará as coisas bem - disse disfarçadamente para a senhora atrás de mim - Se eu ler que você era fotógrafo, tire uma foto do meu cliente. Se você fizer errado, você me paga pela sessão de fotos e eu não te ligo.

- Bem!! Muito obrigado pela oportunidade. - Sorri, ele me olhou com horror pela minha cara.

- Não faça essa cara, chefe temporário, estou bem vestida e sou bonita.

- Eu não estou com meus óculos.

- Isso amargurado.

- Obrigado, eles me disseram isso com bastante frequência.

- Bem, vamos começar - Entrei no local como Pancha pela casa dela diante de sua cara de surpresa.

"Vá em frente", ele me disse cinicamente.

-

Cumprimentei a senhora com seu filho, a criança tinha três anos pelo que ela me contou. Ele andava por todo lado, eu dizia para ele ficar na tela e ele me ouvia. Houve uma decoração anterior com bandeirolas e uma pequena poltrona.

Matías, esse era o nome dele. Ele olhou para mim sorrindo e ainda assim, eu sorri de volta.

Eu disse a ele como posar, dei-lhe bichinhos de pelúcia e brinquedos lindos. Ao que ele me deixou algumas lindas fotografias. Meu marido atemporal assistiu a cena surpreso.

Quando terminamos, a senhora me agradeceu e eu lhe entreguei as fotos com um sorriso vitorioso.

- Você me deve $ 600.

- Desculpe?? - olhei para ele com raiva - A senhora saiu muito feliz.

- Sim, Perde - Mas você cometeu um erro

- Não estou contratado?

- Você está com a câmera ligada, apontei - olhei estranhamente e ela estava realmente ligada.

- Mas as fotos ficaram legais – fiz beicinho.

- Sua cara querendo me machucar me horroriza.

- hmmmm - protestos.

- Mas para sua sorte, se você for contratado - Ele se virou procurando alguns papéis e me entregou - Quero você aqui amanhã bem cedo, não se atrase.

- Muito obrigado!! - Pulei animada prestes a abraçá-lo por hábito, mas quando vi sua cara horrorizada recuei percebendo que ele não era meu marido.

Saí do local emocionado, sorri imensamente. Pegue o celular e ligue para o Nacho.

- Eu consegui o emprego!!!

- Me deixar surdo também fazia parte do plano? - ele murmurou com uma voz risonha.

- Temos que comemorar!! porra, porra!!

-Tudo é muito bom, mas funciona

- Vamos Nacho por favor

- Gis – ouvi do outro lado da linha

- Só uma vez, sairemos bem cedo.

- Bem, um dia

Algumas horas e doritos depois...

- Naaaaachoo - arrastei minha voz enquanto o abraçava - sua barba parece que tem luuuuz proopiaaa... é como uma barba mágica - apontei diante de seu olhar divertido.

- Eles nunca me fizeram um elogio dessa magnitude, mas muito obrigado, eu acho.

- Seu cabelo ruivo de cenoura é Chechi

- Não caia Giss

Senti seus braços em volta do meu corpo bêbado, enquanto me jogava para trás com os olhos fechados, tentado a rir.

- Você vai cair!! - ele gritou comigo antes de pegar minha mão.

- Compre-me outra cerveja então.

- Não!! - suspiro - Você não consegue nem ficar de pé.

- Sim - soltei ele e fiquei sentado sozinho por alguns segundos - sabe, vou fazer aquela coisa das moedas.

- fique em cima de um bolo você poderá dizer.

- Sim, é isso - levante um pé e acho que vai durar um segundo.

- Isso não conta – a música me obriga a tê-lo quase colado ao ouvido, e antes que eu perceba sua voz me relaxa.

- Mas saiu - cruzei os braços

- Bom, dançamos só mais um pouquinho e vamos embora amanhã não trabalhamos

- Ah – cubro a boca de surpresa – é verdade que tenho que conquistar meu ex-marido. Você é o marido sexy deste mundo.

- Venha – ele colocou a mão nas minhas costas, desde o pouco que meus dois neurônios que não dançavam em meu cérebro interpretaram que ele era muito cavalheiro por não querer se aproveitar de mim.

- Meus neurônios estão dançando - eu rio - Carla está rebolando enquanto Graciela dança a chacarera.

- Huh? - Ele me olhou de forma estranha e divertida.

- Haaaaay qieeeeee sexyyyyy movomiebtoooo, mueeeeveee se culpe papaaasitp coloooraditppo - me virei para balançar minha bunda contra ele, se eu estivesse sóbrio teria percebido que o que fiz foi tudo menos sexy antes de sua risada. Mas continuei me movendo.

- Giss – ele me disse entre risadas – vamos para casa.

- Vamos marido. - comecei a levantar a voz - gente linda!!! Irei com meu marido temporário!!!

- Tchau!! - Um cara de moicano deitado em uma mesa de bar me cumprimentou.

- Espero que eles façam sexo!!!

- Por favor, não perca!!!

No dia seguinte, me espreguicei preguiçosamente como todos os dias. Os lençóis eram tão macios que meu olho direito tentou com todas as forças levantar a tampa.

Mas não, ela ainda estava dormindo como uma pedra.

Quando senti algo quente perto de mim, não tinha gatos. Fiz uma expressão confusa no rosto quando senti o cabelo quando levantei a mão.

Abri os olhos de repente, uma cabeça cor de fogo descansava relaxada ao meu lado.

Nacho.

Sentei-me de repente, segurando a cabeça contra a tontura que sentia. Abri bem os olhos, o vestido preto que eu não tinha estava lá.

Em seu lugar, uma das camisetas de Ignacio.

Se tivéssemos feito sexo?

Ele viu meu cabelo?

Nós vomitamos enquanto estávamos fazendo isso?

-Ignacio - Ele sacudiu como se fosse um saco de um lado para o outro.

- Mmmmmm - protesto enquanto durmo.

- Fizemos sexo? - Ele abriu os olhos, meio adormecido, meio perdido e confuso, e olhou para mim.

- Não - suspirei relaxado - Mas por que essa pergunta?

-Eu só tenho essa camisa e estou nu.

- Bem... - ele passou a mão no rosto - você vomitou em si mesmo, o pior é que você disse que cheirava a flores e queria abraçar a mim e a sua cama.

- E o que aconteceu?

- Eu não deixei você abraçar nenhum móvel dessa casa então tirei seu vestido tentando não olhar, você me disse que queria que eu te pintasse como o Dicaprio fez com a Kate. - eu ri - coloquei você na banheira, te dei banho enquanto você me molhava com água.

- Me desculpe - olhei para ele de forma engraçada.

- Não Giss, nunca mais vou deixar você beber nada. - Ele se levantou de cueca como se nada tivesse acontecido na minha frente, fiquei parado olhando para ele.

Seu torso estava pálido mas marcado, belezas avermelhadas pouco visíveis brilhavam com a luz que entrava pela janela do quarto. Ele pegou uma camiseta que estava no sofá ao lado da cama e se cobriu. Ele se virou e riu quando viu minhas expressões.

- Quer que eu tire a roupa de novo? - Ele falou comigo rindo.

- That ? Não?

- Sim ou não ! - Pego a ponta da roupa dele, levantando-a lentamente.

- Não não

- Bom – ele vestiu as calças – são sete e meia, você não trabalhou hoje?

- merda!!! - Saí correndo da cama, mas meu maldito pé se enroscou em um cobertor e caí de bruços no chão.

- Você ainda está vivo?

- Sisi estava apenas com um arranhão - ainda tonto e sem nenhum traço de dignidade desci a escada vermelha da vergonha.

Tomei o café da manhã mais rápido da história, cheirei-me como se fosse um cachorro diante do olhar horrorizado de Nacho e saí com a primeira coisa que encontrei seca.

Parecia que eu tinha uma passa me abraçando em vez de uma blusa.

Quando a cara do meu chefe chegou, não era o que eu esperava.

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