Capítulo 5
- Você chega cinco minutos atrasada no seu primeiro dia Griselda.
- Na verdade são oito horas e até chegar ao balcão eles passaram...
- Não me importo, tem que chegar cedo!! - eu interrompi.
- Além disso, meu nome é Gisel – franzi a testa.
- Enfim, sente-se assim, ele te diz o que você tem que fazer – me olho frustrado.
- Sim, chefe - murmurei alegremente enquanto me acomodava em meu local de trabalho.
Ele me deu um USB, com fotos e um caderno do que eu tinha que fazer. Passei aproximadamente duas horas concentrado finalizando os cartões fotográficos. E de vez em quando ele atendia as pessoas que se aproximavam. Quando chegou uma menina muito bonita, com longos cabelos escuros até os quadris, pele branca e olhos escuros. Ele olhou para mim sorrindo do outro lado do balcão.
- Olá!! Queria perguntar ao Gustavo se ele tinha as fotos, muito obrigado, sou Stefy
- Sim, um prazer desde já - voltei para perguntar a ele.
– chefe, uma garota chamada Stefy pergunta sobre suas fotos.
- Agora vou - ele se afastou do computador que ficava ao lado de uma enorme máquina que imprime fotos.
Aproximei-me lentamente sem ser visto espionando. Gustavo era simpático e sorridente, aquele não era o ogro que você sempre me chama de Griselda.
Fiz uma careta, mas tive um plano inteligente para chegar perto dele.
Assim que a garota saiu, ele imediatamente sorriu enquanto caminhava me ignorando completamente até seu local de trabalho.
-Você quer que eu te ajude a conquistá-la? - eu disse a ele sem rodeios
- Por que eu precisaria da sua ajuda? - também uma sobrancelha.
-Então por que você ainda não está saindo com ela?
-Griselda.
- Meu nome é Gisel!! E então vamos lá, deixa eu ajudar – fiz beicinho.
- Se você parar de fazer essa cara que me assusta, eu concordo.
- Sim!!! - Dei um giro vitorioso, ele revirou os olhos e continuou fazendo suas coisas.
Parte disso era que eu estava com ciúmes, mas enquanto ainda estava sentado na cadeira alta, isso deixava apenas uma marca na minha bunda.
Não pude deixar de pensar no Nacho, ele estava tão fofo esta manhã com o cabelo espalhado e o torso exposto.
-Não está calor aqui. Por que você está vermelho? - Meu chefe me olhou em dúvida.
- Deve ser o calor Sisi – ela toca meu rosto confusa.
- Desde que você desmaie fora das minhas dependências – ele gesticulou com os ombros – está tudo bem.
- hmm - protestei e continuei.
Quando chegou a hora de partir, aproximei-me furtivamente de minha presa, mas o som da minha barriga roncando o fez se virar.
-Você tem um gato enjaulado em algum lugar?
- Tenho fome !!
- Não tenho culpa de você não comprar nada e não – ele olhou para mim e depois para seu sanduíche – é meu.
- Tem o seu lodo – fiz uma cara de horror.
- Posso estar, mas no momento não estou me autoenvenenando e estou satisfeito.
- De qualquer forma, adeus.
- Griselda chega cedo!!! - ele gritou comigo enquanto eu caminhava pela rua.
Virei a esquina, pude ver muitas pessoas com crianças. Bem na minha frente, um lindo casal tinha nos braços uma menininha de não mais de dois anos. Sorri tristemente quando os vi.
Agora nem meu marido foi quem gravou
Eu tinha que descobrir por que ele deixou de ser o homem sorridente e divertido que era comigo e passou a ser tão amargo.
Eu estava olhando pela janela, perdido em meus pensamentos, quando ouvi uma buzina, me virei surpreso e sorri ao ver Nacho em seu carro.
-Nacho!! - subi rapidamente e o abracei - senti sua falta.
- ehh - ele ficou congelado no lugar e eu não entendi.
- O que está acontecendo?
- Nada, nada, como foi seu dia? - ele começou a dirigir para casa.
Contei-lhe detalhadamente como trabalhava durante o dia, que não comia porque não podia levar comida e que o malandro não me deixava fazer compras e também que me deixou encontrar uma garota para ele.
- Isso não me parece nem um pouco um plano de conquista.
- Mas vou me aproximar dele de alguma forma preciso, ele se tornou alguém difícil
-Só tome cuidado- ele me olhou sério.
Os dias continuaram normalmente. Trabalhei várias horas e não tive progresso com meu ex-marido. Conversamos apenas um pouco e ele aproveitou para me incomodar.
Uma manhã, quando eu não estava trabalhando, tive que me encontrar com Anahí, ela me convidou para ir à casa dela, achou que eu deveria esclarecer as coisas com ela, nas outras vezes sempre quis que eu contasse com ela.
Então aqui estava ele na frente da porta de sua casa, nada havia mudado. Ela morava em duas casas em Gustavo, na zona rural. Cheio de árvores, plantas e animais. Muito bonita de fato.
Respirei o ar puro com calma, quando senti a maçaneta girar.
- Olá! - sorri em resposta - Entre.
- Olá, permissão e obrigado por me receber – agradeci.
- Quer beber mate?
- Sisi – sorri, todos os dias sempre nos reunimos para tomar mate em algum momento do dia e eu não tinha percebido o quanto sentia falta desses momentos.
Enquanto eu estava sentado esperando, pude ver uma cabecinha loira saindo de uma sala.
Olívia.
Olivia me olhou de forma estranha, mas aos poucos ergueu os lábios em um lindo sorriso. Olhei estranhamente para ambos os lados e para trás pensando que havia outra pessoa.
- Tia!! - Ele me abraçou com muita força e eu o abracei de volta com lágrimas nos olhos.
Ana assistiu tudo completamente estático. Mas ela permaneceu em silêncio enquanto observava.
- Sonhei com a Cami, brincávamos de boneca. A cami ficou para comer e dormir, eu estava com o celular então brinquei com...
- Lúcia - termine por ela.
- Sim, mas o Ulisses tirou os brinquedos de novo e eu comecei a arrumar novamente.
- Oli, ela é... - ele se aproximou lentamente.
- Sim, é minha tia Gisel, mãe – foi bem estranho, por que ela estava sonhando comigo e com minhas filhas?
Olivia sempre foi uma menina muito inteligente, já tinha oito anos.
- Oli, você quer ir brincar na sala, sim.
- Bem
E Ana foi embora, olhando para mim de forma estranha, assustada.
Mas ele começou a rir.
Me infectando.
- Não entendo nada - Ele começou a comer o mate e me entregou um.
- Senti falta dos seus amigos anões. - murmurei sem querer, seus olhos se arregalaram como placas.
- Eles me disseram assim...
- Gustavo e Gisela porque ela foi a menor das três derrotas.- Eu a interrompi.
- Sim, é possível que existam outras realidades? - Ela se provocou de costas, enquanto olhava pensativa para a janela ao seu lado.
- Não perca, queria me aproximar do Gustavo.
- Para ver se você consegue dar à luz as meninas novamente - ela murmurou pensativa.
- Sim.
- Mas... Isso vai funcionar? Quer dizer, você tem uma idade diferente, é uma época diferente. As mesmas garotas sairão?
- duvido - devolvi o companheiro - Mas - comecei a chorar sem perceber - sinto muita falta deles, toda noite sonho com eles, acordo tremendo e chorando, Nacho corre me abraçar até eu adormecer.
-Nacho? - enchi novamente o mate com água quente
- Meu marido desse mundo, acordei com ele ao meu lado.
- Ele sabe?
- sim, cada detalhe.
- Como você reage?
- Ele é muito compreensivo e paciente para ser sincero - peguei o mate que ele me entregou - Dói-me pensar que o machuquei.
- Ele deve ser um grande homem.
-É – sorri tristemente.
- Se você está trabalhando?
- Sim, com seu irmão - ele engasgou com o companheiro ao ouvir isso.
- Fui procurar trabalho na localidade dele e o convenci a me contratar.
- Não estou surpreso - ele sorriu para mim.
Comecei a contar para ele um pouco do meu passado, antes de conhecer o irmão dele eu estava em um relacionamento bastante tóxico, por assim dizer.
iniciar o Flashback
Minha mãe está mais uma vez cuidando da loja com meu pai, pois eles têm uma despensa no bairro. Um minimercado que começava a fazer muito sucesso. Mas enquanto eu estava entretido, estudando. Observe meu sarcasmo, ele me liga.
- Ousado, você pode vir um momento.
- Já vou
Imagine que, sem ofender, um morador de rua estivesse em melhores condições do que eu vestido. Casaco desgastado, desbotado e com buracos. Sem contar minhas calças largas, e bem, meus tênis eram os únicos decentes. Não posso falar do meu penteado, usei o cabelo solto, sem comentários.
Enquanto eu atravessava a sala de jantar, talvez acariciando meu gato preto. Qual era o nome dele, adivinhe?
Sim preto.
Em fim.
Aproximei-me furtivamente, sem mentira. Enquanto eu estava indo como o inferno, ou acho que era assim que se chamava aquele ditado. Posso notar um menino.
A verdade é que foi bom...
Bem bom.
Olhos verdes, pele branca e cabelos castanhos. Suas bochechas vermelhas e sardas me deixaram sensível. Minha mãe começou a falar novamente.
-Filha, conheça Javier, ele é um novo cliente. Eu disse a ele que você queria ir para uma igreja, para que Deus tivesse misericórdia do seu caminho, que era bastante tortuoso.
- Ai meu Deus, mãe! . – Eu não conseguia acreditar no que estava dizendo, bem, eu tive alguns namorados, mas bem, eu era emm, ok, ok, eu tive um caminho bem tortuoso, mas nada que não possa ser consertado conhecendo alguém e casando.
- - Filha, mas já que você está isso vai ser impossível - o menino fingiu não rir, ou por Deus, os outros que estavam na fila estavam rindo.Meu gato que estava perto dos meus pés miou.
Foda-se, eu disse isso em voz alta.
- Sim, filha, você disse isso em voz alta.
- Terra me engula.
- Isso também .
Vou até a porta e abro. Nossos olhares se encontram, ele sorri para mim e se apresenta.
- Olá, meu nome é Javi.
- Eu, Noemi – olho para ele sorrindo, bom, ele era muito legal e muito bom.
-Que atirou?
- Ninguém - sorri para ela, ó santa mãe dos erros, tenha piedade de mim.
- Sentamos na... rua.
- Claro - ele sorriu para mim, ah, como ele sorriu, com um sorriso de molhar as calcinhas.
Graças a Deus eu não disse isso em voz alta.
Conversamos sobre vários assuntos, ele me perguntou em que escola eu estudava e fez o mesmo. Também pude notar como seu celular tocava constantemente.
- É seu..
- Não, não tenho namorada, é uma amiga chamada Daiana, e eu a incomodo com o assunto “Hoje fiz arroz...
- Fiz para você, sou Daiana arroz.
- Sim, esse mesmo.
- Haha, não seja cruel.
- Vou te dar meu celular, sim?
- Claro
Trocamos números e ele prometeu vir me ver amanhã, ou talvez um cara bonito esteja interessado em mim, isso me surpreende. Meu Deus, a única coisa que não gosto é o nariz dele, porque acho que o rosto dele fica muito para trás.
Eu sei que sou cruel.
Fui dormir, estava na minha cama pensando nele. No seu sorriso, no seu cabelo, nas suas mãos, no seu...
Não é mentira, eu estava pensando na prova de amanhã, por mais incrível que possa parecer. Estou indo relativamente bem na escola, mesmo que você não acredite em mim.
Sou uma pessoa responsável, na escola.
Sim, nessa área sou organizado.
Exceto por arrumar meu quarto, que parece um campo de guerra, minha mãe me manda arrumar. e sou tão “organizada” que guardo tudo longe da cama.
O problema é quando você se abaixa para limpar o chão e...
Tara! Há roupas, sapatos e sujeira por toda parte.
Não me culpe, sou adolescente e não gosto de limpar.
Parafuso de partículas de limpeza.
Enfim, voltando ao assunto, não me lembro o que era.
Ah, certo, tive prova intermediária, divinamente, estudei a semana toda. Eu mal vi meu namorado.
Que? Tenho namorado e estou lá há quase 5 meses. Hum
Bem, eu teria que chamá-lo de pobre, não me culpe, não sei se estou apaixonado demais
O desgraçado só ficou comigo por interesse, foi para casa pelo menos cozinhou pra caramba. Embora minha mãe tenha feito melhor, você sabe, e ela tenha tirado minha virgindade, bem, isso não importa.
Não é como se durasse muito.
Mas isso me dói porque ele é muito... se você me entende, bom, um dia eu vim muito animado para vê-lo e adivinha? Sim, o filho da mãe dele estava me esperando, desci do ônibus e ele me disse que precisávamos conversar.
Flashback
-Não, eu...
- O que está acontecendo Gabi? – olhei para ele preocupada.
- No dia da tourada eu estava com outra pessoa. – Ter seu primeiro amor lhe dizendo que isso é como o fim da sua vida, então sem mais delongas continuei caminhando e fiz minha vida.
E eles sabem disso.
O idiota continua perguntando sobre mim.
Chupe esse.
Em fim,
Acho que digo muito "de qualquer forma", bem...
Eu não vou dizer bem!!
Te juro.
Enquanto estava tendo uma briga interna comigo mesmo, recebi uma mensagem.
"Boa noite, Noe, Javi"
Acordei quando os raios brilhantes do sol acariciaram meu doce rosto, e deitei enquanto os gritos da minha mãe me arrancavam do meu sonho erótico com Zack Efron.
That? Foi muito bom.
Enfim, acordo como um zumbi, me mudo. Odeio com todas as forças da minha alma tomar banho de manhã, 7 da manhã e está frio. Morte à limpeza!
Economize água.
Meu pai, como sempre, estava me esperando com um café, não poderia ser mais carinhoso.
Conversamos como sempre, conto tudo para meus pais.
Imagine que minha mãe me compre pílulas anticoncepcionais, nunca esquecerei nossa conversa.
Memória.
-Filha, vou te mandar ao ginecologista.
-Controle mãe.
-Eu não quero que você se cuide.
-Mas essas coisas engordam, mãe. – Olho para ela preocupada.
- Prefiro ver você gorda e não com um menininho de apenas 15 anos, filha.
Fim da memória
Não me culpe, minha vida sexual era ativa..
Muito ativo
Não me olhe assim porque agora a simples palavra “sexo” faz você pensar coisas sujas.
Eu sei que sou cruel.
Mais uma vez esqueci o que estava te contando, sabe, minha memória não é uma virtude. Nem lembro onde deixo as folhas de dever de casa, o mais triste é que perco mesmo as coisas, não é que eu não faça. Mas meus bons professores não me entendem, pff.
Meu pai fica me dizendo que não aguenta mais minha mãe e eu olho pela janela da caminhonete. O céu está cinzento e pequenos raios de sol acariciam meu rosto, refletidos no vidro. Me olho no espelho da frente, maquiado e corretivo, embora no final das contas eu seja um guaxinim.
Quando cheguei à escola, sorri ao ver meus amigos, meus colegas de classe. Obviamente eu contei tudo a eles.
- Sua mãe sempre te apresenta aos meninos. – Comentários de maio.
- Este, agradável aos olhos – digo-lhes maliciosamente.
- Você é uma vagabunda.
Liberdade!!
Adoro sair da escola, voltar para casa e comer.
Sim, eu te disse que adoro comer.
Bem, eu faço isso.
Eu sinto que faço sexo com comida.
Ok, não é bem assim, mas é tão agradável.
Eu amo comer.
Quando sinto que o primeiro botão da minha calça não clica mais, sinto que é hora do meu cochilo, ou do querido cochilo.
Eu acordo depois de 4 horas, se durmo muito, e daí. Minha mãe me liga, coloco algo mais decente, pois sei que meu “novo amigo” está chegando.
- Olá – Saí lá fora e lá está ele, hoje era quinta-feira.
- Olá.
- Você quer voltar para casa?
-Eh..
- Não se preocupe, eu já contei para sua mãe, moro a um quarteirão daqui.
- Cerca com a qual os vizinhos.
- Sim – ele sorri para mim.
Chegamos na casa dele, ele era bem humilde, você sabe que ele tem 5 irmãos. O mais velho é muito bom, embora a senhora sempre pareça uma idiota. Os outros são mais novos e ele é o do meio, seus pais são bastante gentis.
Que? Se eu conhecesse os pais dele, eles me convidariam para ir à igreja. E como um ser puro, aceitei, até porque meu “amigo” estava lá.
- Mare, o que você vai fazer na igreja, os santos vão ficar com medo.
- Pff, posso ser virgem, não me incomode.
- Hahaha, e sou namorada do Brad Pitt – olho para ela com raiva.
- Idiota - mostro a língua.
- Nervoso.
- E você, como está com o policial?
- Bom, hoje vamos para um hotel.
Sim, bem, minha amiga conheceu um policial através do neme ou não me lembro como se chamava o aplicativo e ela começou a conversar e o conheceu. E bom, eles não têm uma relação muito amorosa, antes a palavra mais usada é “ah sim”, “me dá mais”, entendeu.
Finalmente tocou o sino daquela prisão e agradeci ao céu e a todos os santos. Quando cheguei em casa depois de uma hora, morava mais longe do que a Antártica.
Já eram 7 da tarde quando saí para a rua e meu amigo estava lá com outro garoto, mais feio que merda na pá.
Desculpe, não resisti!!
- Olá, aqui é Isma.
- Olá, sou Noé.
- Sim, Javier já me contou uma coisa.
- Onde você sabe...
- Bem, da igreja.
Conversamos muito, enquanto eu via pelo canto do olho como o amigo de Javi me olhava muito. Não se preocupe amigo, tire uma foto minha e ela durará mais.
Contanto que não preencha a tela com branco, está tudo bem.
- Pessoal, como devo me vestir?
- As meninas da igreja usam salto muito alto.
- Haha, sim, claro.
- Sério - me diz Isma - parece que eles vão para uma festa, estão todos super arrumados.
- Foda-me.
- Eu não brinco com você.
Bem, agora eu tinha o número de outro cara, que não era muito agradável de se olhar, mas eu gostava relativamente dele, sabe.
No dia seguinte eu já tinha chegado da escola, comi e tomei banho, por incrível que parecesse. Enquanto eu preparava minhas roupas para ir à igreja meu pai disse ao fundo.
-Noemi vai tomar banho, vai chover.
-Isso é um milagre – minha querida mãe.
Revirei os olhos e pude sentir as gotas quentes de água tocando minha pele, sob esse pensamento imaginei que fossem carícias de Javier. Mordi o lábio inferior, com os olhos fechados e respirando com dificuldade, me acariciei e com a mão livre me apoiei na parede.
Ah, que banho lindo, me senti nova. Eu sei e dirão, agora ele vai à igreja. Bom, falando nisso, coloquei um lindo vestido em cima da cama, enquanto colocava minha calcinha, pensei.
Coitado do Jorge, não liguei para ele, disquei e ele me atendeu. Sorri, conversamos enquanto eu me vestia e contei a ele sobre meu novo amigo para deixá-lo com ciúmes.
Sou má .
Muahaha.
Quando estava pronta e maquiada, como se fosse para uma discoteca, de salto preto e perfumada. Saí para a calçada e meu amigo estava me esperando, com um terno impecável, ele era perfeito. Meu Deus, acho que me molhei, é tão grr.
Papai..
Eu te daria noite e dia...
Quero ter muitos filhos...
- Você bebe?
- Nada, eu digo como você está de terno e bem, de vestido pensei em casar e...
- Não é que eu queira me casar... mas com você.
- Quer dizer, não é que você seja, mas sim que você é bonito.
-Meu Deus, eu digo isso..
- Está entendido Noe, você é muito lindo – ele olha nos meus olhos e eu me perco em seus olhos verdes e amarelos.
"Marrons idiotas"
Consciência estúpida.
Bom, graças a ele fui salvo do meu erro, todos os seus irmãos estavam rindo alto e seus pais estavam no outro carro. Oh Deus, me engula.
- Estou bem vestido?
- Lindo
- Obrigada - corei.
Sim, Noemi Silva corou. Pegue este.
Igreja finalizada ah sim!! , e lá estava a amiga de Javi, Isma. Ele olhou para mim, eu corei, Javi olhou para mim, eu olhei para ele. Eu não sei o que aconteceu.
E tinha muita gente lá fora, muitas meninas com sapatos super lindos assim como as roupas.
Você poderia dizer que eles estavam desesperados por ação.
E o bom.
Aproximamo-nos do carro, enquanto conversávamos sobre vários assuntos.
- E aí pessoal, talvez estejam indo para um baile, não é uma igreja.
- Haha não sei, sempre vim de terno.
- Você porque quer ficar com alguém que tem a saia mais curta.
- Haha, que ideias você tem? – Ele me olhou rindo e surpreso ao mesmo tempo, eu juro.
- Se você estiver certo, a maioria das pessoas usa saias na altura dos joelhos.
- Noé.
- Não é que eu seja a favor que as saias fiquem acima das nádegas.
- Noé.
- Mas me parece que por se vestirem bem, parecem desesperados.
- Noé!!!
- That!!
- Conheça Jazmin, uma garota que faz parte do coral, e suas amigas - meu Deus, nesse momento eu queria que a terra me engolisse.
ai Deus !
Juro que não vou mais comer a comida do meu pai.
Não vou nem roubar do prato dele enquanto ele não estiver olhando.
E juro que vou limpar o cocô que ele deixa em casa.
Mas não faça isso comigo.
-Você deve ser a Noemi, é um prazer, nós meninas estamos encantados por você estar conosco.
- Obrigado – ele tinha um sorriso mais falso que uma nota de dois pesos.
- Desculpe?
- Nada nada.
Eu e minha boca.
Eu disse a eles que conheci um novo amigo do Javi, bem, ele também não é muito bonito de se ver, mas é legal. E acho que também gosto do outro amigo, cujo nome sinceramente não me lembro.
Ven estava super apaixonado por ele.
Sopro
Seu nome era Rubén e ele era legal.
Sim, você já disse isso.
Eu sei isso.
Coni!!
Desculpe se coni.
Bem, eu chamo minha consciência de Coni, é mais fácil do que dizer consciência. E bem, acabou bem.
Você gosta de Javi ee
Coni!!
Eu sei que sou louco.
Bem, estávamos na calçada com Javi e os dois amigos de Javi, conversando e espancando os membros da igreja.
-Gente, e se formos para o Zapping? – Isma perguntou, eu olhei para ele com cara de wtf, nunca tinha ido a um clube assim, quer dizer, um clube, não sei como você chama. Enfim, é para menores de 18 anos, sem álcool, nada, mas é bom.
- Bem, gostei da ideia – disse sorrindo.
- Podemos ir também - disse Javi.
-Não posso ir neste sábado, será de novo galera.
Já estava na cama pensando que tinha falado com o Jorge, mas no último mês que estive com o Javier quase não o tinha visto. Deixei isso de lado então combinamos de nos encontrar amanhã, sinto falta dele.
Na manhã seguinte eu já tinha ido para a escola e voltei para casa, estava me trocando para ir ver meu namorado. Coloquei um lindo vestido e salto alto para ficar bonita para ele, esperei o ônibus e fui para o centro.
Foram longos 40 minutos para chegar lá, coloquei meus fones de ouvido, enquanto olhava pela janela. Sempre preferi ficar no banco de trás, conseguia observar melhor as pessoas.
As mesmas pessoas iam sempre no mesmo horário, a mãe grávida que ia sempre nos quatro primeiros lugares. E agora que vejo que o pequenino dela já nasceu, que lindo. As senhoras fofoqueiras que olhavam em volta e riam. Os homens que usavam roupas de trabalho cansavam de voltar para casa, e por último fui eu.
Com um semblante despreocupado e um sorriso porque recebi uma nova mensagem.
"Tenha um bom dia, vou buscá-lo na mesma hora, amor Javi."
“Hoje não poderei, estou em outro lugar”
"Vou sentir sua falta, um beijo"
Meu coração batia forte e eu sorria, me sentia estranhamente feliz e vivo.
Quando cheguei ao centro, atravessei a rua para esperar o ônibus que me levaria mais 50 minutos de viagem.
Se esse menino morasse mais longe que a China.
Da próxima vez vou procurar um mais perto, para não gastar tanto no ônibus.
"Vadia, você está pensando em Javi?"
"Cale a boca seu sujo coni"
"Você está pensando em bebês?"
"Sh."
Quando terminei minha luta mental comigo mesma, desci do ônibus e meu namorado estava me esperando. Não contei como o conheci, na verdade foi graças ao amigo.
Seu nome era Leandro.
Ele era muito bonito, cabelos castanhos claros, sorriso fofo e olhos verdes.
Eu o conheci através do Messiger, sim, éramos assim, o Facebook nem existia.
Em fim
"novamente dizendo finalmente"
"Sh."
Bem, "próximo" ha, mudei a palavra. Vou te contar que Lean e eu conversamos o dia todo e, a certa altura, decidimos nos encontrar pessoalmente.
Lembro que estava super ansiosa e nervosa, troquei de roupa vinte vezes e penteei o cabelo cinquenta vezes. Até nos conhecermos, mas não duramos muito, visitei a casa dele e a minha algumas vezes, mas um dia enquanto conversávamos o fim aconteceu.
"Não quero mais ficar com você, me desculpe beijos, podemos ser amigos"
E bem, eu chorei e chorei por três dias, então uma amiga da escola me convidou para seu marmelo, e eu entrei para jantar e comi uma sobremesa grátis. Justamente naquele aniversário, adivinhe quem estava lá.
Sim, bem, meu ex, e poucos dias antes de eu descobrir que ele tinha outra namorada, na verdade ele me disse que ela era a namorada enquanto contava ao resto da família sobre a outra, idiota.
E como um bom sanmaritano e não uma pessoa rancorosa que sou.
Coloquei minha língua profundamente em seu amigo.
jorge
E então conheci meu namorado famoso.
-Olá meu amor – nos beijamos com ternura e ele acariciou minha bochecha.
Eu adorei isso nele, ele nunca questionou nada, não me criticou por não ligar ou mandar mensagem para ele, ele sempre esteve lá para mim, por isso estávamos juntos há meio ano.
Passamos a tarde inteira conversando e rindo, nos beijando e fazendo amor.
Até a hora de ir embora, nos beijamos e depois de 2 horas eu estava quase em casa. Deitei, não aguentei mais.
Capítulo 4
No dia seguinte, era sábado, tivemos que sair. Coloquei um lindo vestido roxo, daqueles que usava com elástico na parte inferior. Me olhei no espelho satisfeita e passei delineador preto e blush, estava pronta.
Quando ouvi uma batida na porta, meu pai se ofereceu para nos levar.
Como sempre, tão divino e superprotetor.
Quando encontrei os olhos de Javi, senti um frio na barriga, um vulcão dentro da minha barriga. Bem, acho que também é um pouco de gás. Mas isso não conta.
Meu coração batia acelerado, quando ele sorriu para mim e me disse que eu era linda, corei, baixando o olhar.
Até que alguém quebrou nosso momento mágico
-Gente, vamos.- Ismael parecia um pouco irritado com Javi.
- Vamos - dissemos.
Quando meu pai estacionou, saímos e foi um pouco legal, me abracei. Apresentamos os documentos e entramos, estava lotado de adolescentes e começamos a dançar num canto, depois decidimos focar na festa.
Dancei com o Javi a noite toda, a Isma foi com uma loira, rimos muito. Meus pés doíam um pouco por causa dos calcanhares, mas não me importei, então Isma voltou com algumas bebidas.
Javi foi ao banheiro e eu fiquei com Isma, ele me olhou nos olhos e me pegou pela cintura, me apeguei muito a ele, tanto que nossas intimidades ficaram quase rosadas, dançamos um reggae muito próximo. Estávamos rindo até que senti um olhar forte, fiquei um pouco animado.
Javi nos observou de uma distância considerável e deixei de estar tão perto de Isma. Quando ele voltou, me agarrou pela cintura e, quando estava prestes a me contar alguma coisa, as luzes de um palco se acenderam e começamos a dançar.
Algumas dançarinas de reggaetone, olhamos para ela e pelo canto do olho pude ver como Javi e Isma estavam babando.
Malditos gatos.
Depois eles saíram e algumas meninas subiram ao palco para dançar, e eu tomei coragem já que meus companheiros não pensaram em mim.
Sim, Noemi Silva, subi no palco.
Dancei e pude perceber que muitos homens me olhavam e eu sorri, dancei sensualmente contornando o quadril para baixo, mas tive um grande problema.
A saia era relativamente curta para mim.
Se eu me abaixasse dava para ver tudo, porque eu estava muito alto, então me inclinei para trás, mas mal conseguia me ver, droga.
Eu tive um grande problema, droga, calcinha de merda.
Os outros sem-vergonha não ligaram, mas eu era uma senhora, bom, ligue para ela.
Mais que modéstia, tive vergonha porque minha calcinha não era muito sensual, tinha coelhinhos.
Malditos coelhos.
Eu saberia que tinha que mostrar a eles.
Pois bem, saí do palco, a Isma ajudou-me a descer, fiquei nos braços dela. Mas Javi nos separou, não sei por quê.
O resto da noite fiquei em seus braços, inalando seu cheiro, já estava com sono e fechei os olhos, me deixando levar pelo seu calor e pelas batidas do seu coração.
Eles nos pegaram e enquanto eu estava dormindo um pouco com Javi entre eles. Adivinha?
A porta se abriu.
A porra da porta se abriu.
Era uma van Fiat Fiorine, ou não sei como se escreve, a porta traseira se abriu e estávamos sentados sobre os botijões de gás.
Então os dois me olharam apavorados, revirei os olhos.
-Segurem minha mão e eu fecho, covardes.
- Você está louca!!
- Droga, está frio! .
Eles seguravam minha mão, Javi e Isma, eu tentava chegar até a porta mas não conseguia.
- Mais longe!! - Eu gritei.
E eu cheguei até a porta e fechei.
Ainda vamos!!
Cheguei em casa exausto, dormi até as 18h do outro dia, sem exagerar.
E ela não estava de bom humor, e adivinha quem os arranjou.
Meu namorado.
- Não me chame de Jorge, não te amo, tchau - foi o que eu disse a ele e eles sabem de uma coisa.
Ele não me ligou o dia todo, ele olhava meu telefone a cada segundo, a cada minuto.
Chorei de frustração quando liguei para ele e ele não me atendeu, Deus o tratou tão mal.
Eu sou o pior ahpra não sabia se estava namorando, solteiro ou...
Viúva.
Oh por Deus.
Bem, na verdade eu não era casado, mas bem, o que estou dizendo?
- O número 143254223 foi adicionado ou está fora de serviço.
Eu me caguei!!
Droga, o que eu fiz!!
Sem escolha, fiquei de joelhos na frente da cama e chorei.
Depois de tanto tempo, chorei de frustração comigo mesmo.
Só porque eles foram maus comigo não me dava o direito de tratá-lo assim, eu era uma vadia com ele e ele só queria me amar.
Memória
-Eu não te amo Jorge, eu amo o Leandro - pude ver como as lágrimas dele caíam e isso me fez sentir melhor.
Fim da memória.
Eu sei que fui mau, mas não percebi, coitado, sou um idiota.
Acho que você não sabe o que tem até perdê-lo. Chorei o dia todo até decidir ir vê-lo, perderia totalmente..
4 horas de viagem se ele me rejeitasse, droga.
"Pelo menos você pode encontrar um namorado que more mais perto."
Maldita consciência.
Me senti no meu pior estado, nem me arrumei, me senti um mendigo de amor, tive inveja das pessoas que riam e pareciam felizes. Eu senti nas minhas profundezas mais sombrias de tristeza.
Embora alguns digam que há pessoas que estão pior, crianças com câncer que, apesar de tudo, continuam sorrindo.
Mas cada pessoa é diferente e tem sua história, não acho que se deva comparar a dor de um com a de outro.
Me senti arrasada, com um vazio horrível no peito que não ia embora. Não importa o que eu tenha feito, recebi mensagens de Javi, mas as ignorei.
Eu sou um idiota.
Lágrimas caíram enquanto eu olhava pela janela.
Que irônico há alguns dias eu me sentia tão vivo e pleno, hoje esse sentimento é apenas uma sombra do que eu sentia.
Quando finalmente cheguei ao Heras, entrei em pânico porque meus amigos iam me matar.
E eu merecia o pior por ser uma vadia.
Quando bati na porta, a mãe me atendeu, cheguei ao quarto dela e saí do banheiro.
Ele estava escovando os dentes, não acredito que tivesse dinheiro. Era bem humilde, não tinha nem porta de banheiro, só cortina.
Mas isso não me interessava, queria sentir novamente seus braços, seus beijos.
Quando encontramos nossos olhos. O meu estava cheio de arrependimento e tristeza, o dele estava cheio de determinação e frieza comigo, tanto que estremeci.
- Olá Noemi.
-Jorge eu...
- Não temos nada para conversar, você pode ir.
- Não vou embora até conversarmos.
- OK
Saímos da casa dele, e eu me abracei e chorei, não existia mais aquele amor que me dizia que tudo ia ficar bem, nem seu lindo sorriso que me fazia estremecer.
Em vez disso estava frio, ele riu enquanto eu chorava.
Como eu tinha feito com ele.
"tome isso como uma vadia"
"Mate sua consciência"
- Jorge, me perdoe, eu... fui uma vadia com você mas eu te amo, por favor não me abandone, eu percebi isso...
- Que você me ama, agora que te deixei Noemi, preciso de alguém que me ame e me respeite, não que ria de mim.
- Não me deixe .
- Me desculpe Noemi, mas ninguém esteve lá para me confortar durante os dias inteiros que chorei por causa do seu tratamento.
- EU..
- Só peço que você vá embora, só não te amo.
- Não me deixe.
- Vá embora Noemi, tchau.
- Venha comigo até a parada, você sabe que vou me perder.
E era verdade, se ele não me dissesse qual ônibus pegar eu iria parar em outra província.
Sem exagero, ou no zoológico com os macacos.
- De acordo.
Quando chegou a hora de partir, olhei para trás e fiz a coisa mais inteligente que um adolescente poderia fazer em meu lugar.
Eu fingi estar desmaiado.
Porra e meu pulso doeu, pude ver pelo canto do olho como uma formiga estava se aproximando de mim.
Oh meu Deus, foi o meu fim.
Era um dos grandes, eu ia comer!!
Ajuda!!
Até sentir alguém me pegar e me colocar no carro, continuei no meu papel de desmaiado, de olhos fechados. Sem mover um único músculo.
Mais uma vez senti como se estivessem me carregando, e um médico me acordou, bom, coloque.
Ele fez a pergunta mais desconfortável.
- Você menstruou.
- Não – o pior que era verdade.
- Você é o namorado, certo.
- Ex-namorado.
- Bom, vou te falar para fazer um check-up - depois de verificar minha pressão e não sei mais o que, eu já estava caminhando em direção ao ponto de ônibus, com um Jorge pensativo.
- Tchau Noemi, entre nesse ônibus, você não vai se perder, e se o teste de gravidez der positivo eu serei o responsável.
- Jorge – disse em meio às lágrimas.
- Bye Bye.
- Tchau .
FIM DO FLASH BACK