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Capítulo 9

Zoey pov

O motorista entrou em um estacionamento subterrâneo, uma garagem particular construída para Marco. Uma garagem que eu não sabia que existia até agora. Acho que a maioria dos outros funcionários daqui também não faz ideia do lugar.

A garagem é consideravelmente grande. É grande o suficiente para acomodar mais de dez carros. E quando olhei pela janela do carro, havia vários carros. Vários carros caros que eu sei que valem milhões de dólares, mas, é claro, esse Marco.

Um bilionário podre de rico.

O carro parou e estacionou ao lado de um carro esportivo. Fui rápido em destravar a porta e saí do carro, ansioso para vê-lo melhor.

E todos eles são pretos, típicos. Balancei a cabeça, mas adorei. Tenho uma queda por carros de cores escuras, como marrom, cinza e preto. Mas tenho uma queda especial por carros vermelhos.

Suspirei, fascinado com a visão. Eu adoraria andar em uma dessas belezas negras.

Marco veio para o meu lado e estava carrancudo. Ele apertou a ponta do nariz no que eu presumi ser irritação.

— Da próxima vez, espere que eu abra a porta. — Ele resmunga. — Essa é minha obrigação com você. — Ele murmurou baixinho, achando que eu não o ouviria.

Não disse nada em troca, apenas segui ao seu lado enquanto ele me arrastava pela cintura. Tentei tirar sua mão, mas ele apertou ainda mais o punho, então deixei que ele o fizesse.

Entramos em um elevador. O elevador nos levou diretamente para a cobertura que fica anexa ao escritório dele. Seu aperto em minha cintura afrouxou e eu me afastei dele.

— Meu quarto é ali. Vá tirar um cochilo, estarei em meu escritório. — Ele me informou, já caminhando para a porta que leva ao seu escritório.

— Você quer. — Eu zombei e segui atrás dele. Dessa vez, ele não me forçou a cumprir suas ordens.

Entramos no escritório e o primeiro som que ouvi foi o de alguém assobiando. Segui o som até a prateleira ao lado da porta. Era o irmão mais novo de Marco, Luciano, que nos olhava sorrindo, como se quisesse dizer que sabia o que estava acontecendo entre nós.

— Olá, irmão. — Ele provocou. Marco grunhiu, sem responder, mas olhou para ele.

Ignorei-os e saí de trás do Marco para a minha mesa. No caminho, notei outra pessoa na sala. Era uma mulher.

Uma mulher perfeitamente linda. Ela é uma falsa loira, provavelmente uma morena que gostaria de ser loira. Mas, mesmo assim, ela ficava bem de loira, com o rosto coberto de maquiagem excessiva que até um cego poderia ver.

Embora ela esteja deslumbrante em todos os aspectos, não quero ser como ela no dia a dia. Talvez ocasionalmente, porque sinto que é assim que ela se parece no dia a dia.

Eu não a reconheci porque ela estava sentada em frente à mesa de Marco e fingia estar observando a vista atrás da mesa dele. Não me preocupei com ela porque tinha certeza de que ela era sua esposa ou algo assim, e não queria que ela pensasse que Marco e eu estávamos envolvidos em alguma coisa.

— O que vocês estão fazendo aqui? — Ouvi Marco questionando-os, enquanto eu me sentava fingindo não ouvi-los.

— Ai! — Foi Luciano quem exclamou. — Isso dói, você não nos quer aqui? — Ele acrescentou, forjando tristeza em seu tom.

— Pare com essa merda, por que você está aqui? — Marco exigiu. Ele puxou seu assento e se sentou.

— Você está sendo malvado, mas eu sei o motivo. — Ele disse com um olhar presunçoso. — Vocês dois brigaram? — Luciano me encarou, direcionando a pergunta para mim.

Eu o encarei por baixo dos cílios, dando-lhe um olhar de “que diabos”.

— LUCIANO! — ecoaram Marco e a mulher. Marco estava olhando para ele de forma ameaçadora.

— O que foi? Ele sempre fica com essa cara de bravo quando algo assim acontece. — Luciano se defendeu.

Eu estava confuso, a confusão deve ter sido percebida enquanto eu olhava para a interação deles. Do que ele está falando? Marco e eu só nos vimos há alguns dias.

— Tudo bem, agora estou falando sério. — Ele disse e se sentou no outro assento em frente a Marco.

— Ótimo, então me diga por que vocês dois estão aqui. Não tenho o dia todo. E não me diga que você estragou o negócio que eu lhe disse para fazer. — Ele adverte.

— Isso não é possível e você sabe disso, além disso, estou aqui para outro negócio — disse Luciano. Acho que tenho uma ideia de qual é esse negócio. Eles acharam que eu não estava olhando e o pegaram gesticulando com a cabeça em minha direção.

Silenciosamente, disse a Marco que o negócio era particular.

— E você, por que está aqui? — É impressão minha ou ele foi grosseiro com sua esposa? Isso só me fez agradecer às minhas estrelas por não estar no lugar dela. Revirei os olhos e liguei meu laptop.

Não estou interessado em seus negócios, eu me referi a navegar na Internet e fazer coisas irrelevantes no momento, em vez de ouvi-los. Até que ela falou.

— Disseram-me que a Zoey trabalha aqui, por isso vim ver com meus próprios olhos. — Ok, isso despertou meu interesse. Por que estou envolvido?

Por favor, não pense que vou roubar seu homem. Ele é seu, querida. Definitivamente não sou um destruidor de lares.

Ela não esperou que Marco dissesse alguma coisa, levantou-se e veio em minha direção. Ela estava sorrindo docemente para mim, mas eu sabia que por trás daquele sorriso havia uma mulher perigosa.

Forcei um sorriso para ela quando se sentou na cadeira oposta à minha. Olhando-a de perto, ela me pareceu familiar, mas duvido disso.

— Oi Zoey, é um prazer finalmente conhecê-la novamente. — De novo? O que isso queria dizer?

— Da mesma forma. — Sorri e apertei sua mão estendida.

— Eu gostaria que saíssemos hoje para colocar a conversa em dia, o que você acha? — Ela foi tão doce que eu também me apaixonei. Olhei de relance para Marco para ver sua reação. Mas seu olhar já estava fixo em mim, como se ele também estivesse esperando minha resposta.

— Aposto que meu irmão não tem nenhum problema com isso. — Ela falou quando me viu olhando para Marco.

Espere. Irmão?

— Camilla! — Marco chamou. Oh, meu Deus, como eu não a reconheci. Não era de se admirar que ela parecesse familiar.

Fico olhando para ela com a boca aberta, ela cresceu e se tornou uma mulher muito bonita e maravilhosa.

— Já chega, você deve ir para casa agora. — Ele ordenou. Mas eu ainda estava em choque para compreender o que ele disse.

— Zoey, por favor, faz anos que não nos vemos, e sempre senti falta de nossos momentos juntos. Por favor. — Ela implorou.

— Camilla!!! — Marco rosnou, irritado, antes que eu pudesse dizer qualquer coisa. — Eu lhe disse para ir para casa, você já deveria estar no seu campus.

— Mas o Luciano ainda está aqui e, além disso, só tenho aula às 14h.

— Vamos lá então, não tenho nenhum problema com isso. É ainda melhor do que ficar sentado aqui sem fazer nada. — Eu disse, já me levantando e pegando minhas costas. Dei uma olhada de relance para Marco, ele estava apenas me olhando, mas sua expressão era ilegível.

Segurei Camilla pela mão e praticamente a arrastei para fora antes que Macro decidisse nos impedir.

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