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Capítulo 3

- Obrigado cachorrinho. Mas eu tenho que ir. Será para uma próxima vez. - eu disse abraçando ela e saindo antes que alguém me parasse novamente.

Estava quase acabando, está quase acabando e...

- Ola conhecemonos? - disse uma mulher de cerca de trinta anos. Alto, com um corpo bonito, grandes olhos azuis e cabelos castanhos.

- Sou Emily, amiga de Riky. - respondi, obviamente envergonhado.

Bem, e eu não queria conhecer a família do Riky. A propósito, onde está realmente o seu?

- Ah, um amigo do Riky. Que estranho, ele não costuma dar camisetas para ele. - analisou a mãe, com um claro sorriso desconfiado no rosto.

Repolho. Hum.

- Mh, ele só me emprestou para passar a noite... - falei, esticando os braços para frente, gesto que fazia quando ficava sem graça.

De repente, passos foram ouvidos na porta da cozinha.

Tudo o que precisamos é que Riky entre.

A porta se abriu e... - Reunião de família? - ele disse ironicamente.

Esqueça.

Ele nem olhou para mim.

Sem camisa, foi até a geladeira e tirou uma garrafa de cerveja.

Digamos que amanhã já esteja bêbado, tudo bem.

“São oito horas”, ressaltou a mãe.

- E estou com sede. - Riky respondeu sem parar de beber.

- Tem água para quando tiver sede - acrescentou a irmã.

Riky bufou e, pela primeira vez durante essa conversa, olhou para mim ou olhou para mim.

Ainda sustentando meu olhar, ele respondeu: - A água não está nos meus princípios. -

-Ah, alegria. Deixe minha camisa no quarto também. - Então ele foi embora.

Mas... Ninguém pediu para ele me dar.

Não vou dar a ele e não porque queira uma lembrança de uma noite vergonhosa e inútil.

Mas por que o meu está completamente coberto de vômito? Parece que grudou no tecido, como se agora fizesse parte dele.

Não quero ser uma merda até chegar lá.

Me despeço de todos, o mais rápido possível, e juntando minhas coisas, saio ou fujo.

-Eu tenho que me afastar de você... -

É incrível como é difícil para mim chegar na hora certa.

É como se meu cérebro silenciasse o som do meu despertador.

Bem, já passa e meia. Meia hora atrasado.

Melhor que outras vezes.

Nisso tudo, durante minha super flash run, me deparei com: um poste, um homem enorme que transmitia medo, uma bicicleta e seu motorista, e um caminhão de sorvete.

Estou surpreso que meu cérebro ainda não tenha quebrado.

Falta pouco, falta pouco e CHEGUEI!

Devo ter perdido três quilos nesta maldita corrida. A culpa é da minha série de TV, eu disse para ele não me provocar, mas ele fez.

E não tenho grande resistência.

Foi assim que eu me vi, hum... ou episódios? Hum, não me lembro.

O fato é que esta manhã, quando o alarme tocou, não ouvi nada. Há.

Subi as escadas, abri a porta e...

-Nelson, o que devo fazer com você? - disse o zelador, MEU zelador. Adoro, principalmente porque ele sempre solta quando faço bagunça, o que devo verificar.

Mas eu também posso ter um defeito, certo? Não posso ser tudo apenas com boas qualidades.

- Deixe-me entrar e fechar os olhos, desta vez também. - perguntei, fazendo olhos doces.

É o meu ponto fraco, mas também o do meu querido zelador.

Ele olhou para mim, pensando se deveria me deixar passar dessa vez também ou não. Qual é, nós dois sabemos que é praticamente impossível me dizer não se eu deixar meus olhos muito arregalados.

"Da última vez", disse ele, apontando o dedo para mim.

E eu respondi abraçando-o e dando-lhe um grande beijo na bochecha.

Finalmente corri, como se os quilômetros de casa até a escola não bastassem.

Entrei na sala de aula e encontrei a Sra. Brown.

Minha professora de literatura. Minha matéria preferida, o que também ficou demonstrado pelas notas.

Talvez a única matéria em que tirei nove.

-Nelson, como sempre? — perguntou a Sra. Brown, já sabendo a resposta.

- Como sempre - respondi e sentei em minha cadeira, me preparando psicologicamente para os desabafos de Aaron e Nata.

Aqueles dois juntos eram insuportáveis.

- Você é pior que um tatu - começou Nata, me olhando exausta.

- Armas? - Mas é? Algum tipo de armário?

Eu olho para eles em estado de choque. E então eu seria o problemático. Eles me confundem com um armário.

- É um animal, não um armário. - Aaron interrompeu meus pensamentos e me perguntei, novamente, se ele conseguia ler minha mente.

- Repito: conheço você há anos. - então ele se virou e escreveu as anotações novamente.

- Eles deveriam me tornar Papai Noel. - Eu sussurrei.

Nata se virou e me lançou um de seus piores olhares.

Eu disse que era doce? Bem, eu estava brincando.

Levantei as mãos inocentemente e continuei a aula, a única entre muitas que realmente me interessou.

- Joy, você está fedendo - começou Nata.

Mas ei.

Só tenho cenouras no nariz.

- Devo ter parecido uma morsa - justifiquei-me.

Aaron balançou a cabeça e colocou a mão na testa.

Eu te disse que eles faziam o churrasco com seus próprios neurônios. Eles se batem.

- A morsa os tem nos dentes, não no nariz. - ele me informou, ainda balançando a cabeça.

Mas o que posso saber? Não assisto ao documentário sobre a morsa.

Eu me encontrei em dificuldades, como poderia colocar cenoura nos dentes?

Olhei para eles em busca de uma resposta, mas só encontrei seus olhares rendidos.

E finalmente perdi a esperança.

- Eu gostaria de ser uma morsa por um dia - fiz beicinho e cruzei os braços, ficando ainda mais ofendido ao ouvir as risadas deles.

Como eles poderiam tirar sarro de uma garota inocente como eu?

- Você vê que até seus amigos riem de você. - uma voz estridente e irritante começou atrás de mim.

Não poderia ser outra coisa senão...

“Abby,” eu exclamei.

, me virei e a vi, como sempre na companhia de sua dupla: Stacy e Tracy. Irmãs e ambas com QI de queijo.

- Estou surpreendido. Hoje em dia você fica mais feio né. - exclamou novamente, numa clara tentativa de me ofender.

Mas com a autoestima que tenho? Você realmente acha que está me ofendendo?

- Você sabe, alguns recebem inteligência em vez de beleza. - Eu respondi

- Obviamente você não faz parte desta categoria. - continuei, depois acenei para ela.

Eu não sou tão desagradável. Mas Abby é insuportável. Ele não me suporta desde o segundo ano. A razão? Um dia ela me levou até suas duas amigas, esperando uma cena silenciosa em resposta, mas não.

Peguei a bandeja que ele estava segurando e joguei minha sopa nele. Ok, talvez eu tenha exagerado.

Mas não havia sentido em me fazer tropeçar, mesmo que eu não tivesse feito nenhum mal a ele.

Mas desde então ele não me suporta, me criticando constantemente ou atrapalhando amizades ou relacionamentos.

- Anos se passaram, você ainda não se cansou? - Nata perguntou, bufando.

Arão concordou.

Eu havia especificado a ambos que não queria que me defendessem, pois eu poderia fazer isso muito bem sozinho.

A partir daí nunca mais fizeram isso na minha presença.

- Não sei, ele me ama como alvo. - respondi e voltei a comer as minhas cenouras, e não aquelas que enfiei no nariz. Vamos especificar.

Comecei a sentir uma sensação estranha, como se houvesse dois olhos sobre mim.

Examinei cuidadosamente a sala, procurando quem estava me observando, quando encontrei dois olhos.

Eu teria esperado por todos, exceto ele. E eu certamente não esperava manter aquele olhar e desejar que isso não acabasse.

Talvez eu não tenha percebido ou talvez tenha percebido e não tenha dado importância, mas a campainha tocou.

E num instante parou.

Aaron e Nata me ligaram e Lexi e Ander fizeram o mesmo com Riky.

São apenas aparências, mas por dentro prometi a mim mesma ficar longe daquele garoto.

Não transmitiu nada de bom.

Minha liberdade apenas começou novamente.

Quando terminou o último período, saí correndo da sala e desci as escadas com o turbo.

- ALEGRIA, ESPERE POR MIM! - Nata me ligou novamente.

Parei de andar em um ritmo humano e fui para o lado dele.

"Tenho que te contar uma coisa", disse ele, baixando a cabeça e cruzando as mãos.

Oh não. Ela sempre fazia isso, desde pequena, quando cometia algum erro ou se encrencava.

"Diga-me que você não matou seu peixe de novo fazendo-o tomar banho na pia", exclamei, começando a olhar para ela ansiosamente.

- Pior... - ele sussurrou

- Você deu atum ao seu gato em vez da comida dele? - tentei de novo

- Pior... - ele sussurrou novamente

- Você trocou a maionese por... - Tentei novamente mas fui interrompido

- EU GOSTO - Ele gritou impacientemente, fechando os olhos e abrindo-os novamente um de cada vez, observando minha reação. .

- Mh amor, eu sei que é impossível resistir a mim mas te vejo como uma amiga - Por que você nunca me contou que era Bissexual? Eu não a teria julgado.

Eu sou pró todos os tipos de sexo. Também porque você não pode viver sem ele, principalmente eu.

Nata olha para mim, olha para mim de novo sem dizer nada.

- O que você está dizendo? - ele exclama, caindo na gargalhada.

Agora sou eu quem olha para ela interrogativamente.

Foi isso que me fez perceber

- Não você, mas Riky – ele continuou e esperou pela minha resposta.

O problema é que nada saiu da minha boca.

Eu apenas olhei para ela, enquanto um forte sentimento de aborrecimento percorria meu corpo.

Por que me senti chateado? Ah, bem, eu também não sei.

Só sei que olhei para ela e olhei para ela e olhei para ela novamente, mas não sabia o que dizer.

Eu queria dizer a ela que não, que ela não poderia gostar de alguém assim, que isso não tinha nada a ver com ela.

- Hum, quanto tempo? - perguntei-lhe, mantendo um tom neutro e indiferente mas a verdade é que por dentro eu era um vulcão prestes a entrar em erupção.

Nata não é uma garota fácil, não gosta da primeira pessoa que passa. Se ela gosta, não posso dizer não. A decisão não cabe a mim, embora eu estivesse morrendo de vontade de dizer a ela que não era para ela.

- Da fogueira na praia. - ele respondeu sem parar de me olhar, tentando entender meu estado de espírito.

Abri um sorriso, um daqueles falsos que podem ser vistos a um quilômetro de distância, e a abracei.

- Está tudo bem entre nós? - Ele me perguntou, desfazendo o abraço.

- Absolutamente. - respondi-lhe e atravessamos a multidão para sair.

Foi mais difícil que das outras vezes, pois no final havia um cadáver de gente reunido. O que estava acontecendo? Nata e eu nos entreolhamos de forma estranha. Um menino passou por nós com um sorriso enorme, Nata o agarrou pela camisa e perguntou o que estava acontecendo.

- Mas como? Você não sabe? Está de volta. - disse ele, saindo logo em seguida.

-Quem voltou? - Natália perguntou.

À medida que a multidão diminuía, pude ver quem era.

Eu esperava ver Brad Pitt ou Zack Efron, mas não. O destino me pregou uma peça.

- Acho que não... - sussurrei.

- Derek... - foi a única palavra que saiu da minha boca.

- Você gostou? -

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