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Capítulo 2

Escolho o moletom cinza com o brasão da escola e um short branco, por fim um tênis simples.

Conjunto completo.

Não gosto de usar maquiagem, então não será problema.

Penteio o cabelo e passo a ferro pela última vez.

Finalmente, minha obsessão.

Higiene.

Escovo os dentes pela terceira vez naquele dia, passo perfume, lavo as mãos e pronto!

Abro a porta e encontro Nata lá fora esperando por mim.

- Eu sou uma lenda. Que garota estaria pronta em meia hora? Perguntei retoricamente a Nata, agitando os braços em vitória.

- Querido Aaron, prepare o tutu. – você continua, com um sorriso vingativo no rosto.

Nata virou-se para mim abruptamente e riu: Por favor, me diga que você vai fazê-la usar meia-calça. -

- Será a primeira coisa que farei. - respondi e, tenho certeza, nossas risadas foram ouvidas até em Júpiter.

Um carro parou na nossa frente. Aaron olhou para nós em estado de choque. - Mas não consegui encontrar amigos normais? - Se pergunto

- Não, então você sentiria nossa falta. - Eu respondi.

Sentei-me no banco de trás e Nata no banco do passageiro e depois partimos.

- Não não acredito. - Aaron continuou.

- Ah sim, você sabe como a vida é chata sem mim. - Eu respondi de acordo.

- Alegria e sua modéstia. - Nata disse rindo junto com Aaron.

- Ah sim, eu também tenho esse dom. - Eu respondi

- Ei você, grandalhão.

Você poderia me trazer outra vodca com limão, por favor? - Pedi outra bebida ao barman, que já me olhava entediado, mas eu sabia que ele iria desencadear toda a raiva que havia em mim se eu dissesse não.

Ah, sim, eu não gosto de não.

- É o terceiro – respondeu o barman.

- Acostume-se.

Haverá um quarto, um quinto e um... O que vem depois do cinco? Você sabe disso? -

Aaron veio para o meu lado, com um olhar zangado.

- Você não precisa ir, você sabe que não aguento.

E pare de beber. - ele me pegou, me arrastando para fora do quiosque de bebidas.

- Aaron, olhe para mim. Eu tenho antiguidade. Um e sete. Eu sou uma mulher madura agora. - eu disse contando na frente dele.

- O cérebro está excluído. - ele disse sem parar de me segurar em seus braços.

Olhei para ele profundamente ofendido. Comecei a chorar, não sei por que, mas tudo bem.

- Mas bom. Você se comporta mal comigo. -

Aaron olhou para mim e seu rosto se suavizou.

- Faço isso porque te amo. -

-Ah aqui. Você pode pegá-lo e levar para casa, eu agradeceria.

Eu também tenho que procurar por Nata. - Aaron disse para alguém mas não vi quem, já que adormeci.

O zumbido de uma máquina me acordou, sem falar nas vezes em que bati a cabeça.

Bem, se eu tive alguns problemas antes, agora terei o suficiente.

Abro os olhos, tentando identificar onde estou.

A única coisa que noto é uma mão tatuada. De marca.

- Você ainda está vivo, é um passo à frente. - Ele disse e pude reconhecer pela voz dele quem era...

- Riky - eu disse.

- Você se lembra do meu nome, mas não do seu. - disse

- Você me disse para te chamar de Margherita, como sua pizza favorita. - continuou ele diante do meu olhar curioso.

- Ah – foi a única palavra que saiu da minha boca.

Olhei em volta, mas não reconheci a rua da minha casa.

- Saiba que fiz aulas de Karatê, sou praticamente imbatível. - eu disse só para ter certeza.

Ele se virou para mim e me olhou de cima a baixo com um sorriso divertido no rosto.

Pelo menos ela se divertiu.

- Você usará suas aulas para outra ocasião.

Você perdeu suas chaves e seus pais não estão em casa.

Nata está quase tão bêbada quanto você e Aaron tem que cuidar dela.

Isso explica por que vamos para minha casa. - finalizou com a tranquilidade de um Oscar.

Eu estava prestes a desmaiar lá

- SUA CASA? Eu te conheço há alguns segundos. - Endireitei minhas costas em tensão.

- Eu não forçaria ninguém a fazer sexo, posso fazer o que quiser.

E você não é meu tipo. - concluiu, virando o rosto para a rua, ainda com aquele seu sorriso desafiador.

- Porque você? - Eu perguntei por.

- Porque Aaron estava desesperado, ele não é obrigado a cuidar de você, e ainda assim.

Foi certo ajudá-lo. - Dizendo isso, ele parou em frente a uma imensa vila, saiu do carro e seguiu em direção à porta.

Oh, isso é bom.

Entramos em casa sem dizer uma palavra.

Quando, a um passo de seu quarto, ele se virou e me olhou nos olhos, disse: - Não te conheço e não tenho interesse em conhecê-lo. Que seja o mesmo para você. Não toque em nada, ok? - sem esperar resposta ele se virou e abriu a porta.

Jogo de olhar fixo... -

Ela o seguiu silenciosamente até seu quarto, ainda um pouco bêbada para responder à sua provocação óbvia.

A única coisa que quero agora é dormir.

- Como nos organizamos? - perguntei esperando que ele não usasse seu ato de idiota porque com a irritação bêbada que tenho em meu corpo, eu poderia devorá-lo apenas com palavras.

- Eu durmo no sofá e você na minha cama. Nada especial. - disse ele, tirando a camisa e saindo do quarto.

Esse cara brilha com gentileza e eu cheiro a álcool.

Mil pensamentos enchem minha cabeça. Eu na casa dos solitários, uau.

Quem teria esperado isso? Certamente não eu.

É claro que ele não gosta de mim.

Porque eu não consigo dormir? Talvez eu esteja com sede, sim, estou com sede.

Desço até a cozinha, com a delicadeza de uma ursa grávida, e encho meu fantástico copo de água.

- Você deveria estar em um mundo de sonho. - Riky disse, me fazendo pular em segundos de medo.

Idiota.

- Sim, antes de ser acolhido pelo mundo dos sonhos, precisei de um pouco de água. - respondi encostado na mesa.

Ele me olhou de cima a baixo, como sempre faz, aproximando-se lentamente de mim.

O que exatamente você está fazendo? Este não é o momento certo para me provocar.

Ainda tenho álcool no organismo, posso ser muito perigoso ou com tesão, depende.

- Você fede. - uma palavra simples e única. O único que eu não esperava. Eu olho para ele como você olha para alguém pegando sua pizza. Ou alguém para adicionar abacaxi.

Algumas coisas não são feitas

Sim, sou italiano. Surpresa, hein.

- Mas como? Achei que cheirava bem, depois de vomitar na praia.

Essa revelação me pega desprevenido. - respondi ironicamente, cruzando os braços e olhando para ele desafiadoramente.

- Ah, pronto. - ele respondeu, chegando ainda mais perto.

Hmm, eu não percebi o quão atraente ele era até agora.

- Então, você não se importaria se meu fato e eu fossemos dormir, não é? Eu perguntei em uma pergunta retórica.

-Não. Talvez você me fizesse um favor. - Ele me olhou sorrindo, em óbvia provocação.

- Você está me desafiando? - falei olhando para ele interrogativamente e cruzando os braços.

- Em sua opinião? - Ele disse se aproximando e me mostrando a nossa diferença de altura.

Quão alto poderia ter sido? .? .? Certamente nada menos que...

Continuei olhando para ele, cuidando.

Gostei da maneira como ele me desafiou, apesar de nos conhecermos há apenas um dia.

- Onde você quer ir agora? - perguntei novamente, tentando, em vão, levantar os dedos dos pés para parecer mais alto.

- Quanto mais você quer levantar os dedos dos pés para se mostrar mais alto? - ele perguntou retoricamente e sarcasticamente.

Eu dei a ele um olhar sujo e fiz beicinho de brincadeira.

"Tanto quanto você quiser", respondi, depois lancei-lhe um último olhar desafiador e saí.

O que interrompeu meu sono foi uma coisa molhada no meu rosto.

Não, não pense errado.

E tipo... tipo... tipo uma... linguagem!

- LINGUAGEM? - exclamei enquanto pulava na cama, arregalei os olhos e tentei focar no ambiente em que estava.

A única coisa que vi na minha frente foram dois grandes olhos azuis me inspecionando com um olhar desconfiado.

- Oi, quem é? Você é mais bonita que as garotas que aquele idiota traz para casa. - disse a menina, com atitude adulta, colocando as mãos na cintura.

- Hum, eu... - Não consegui formular uma frase, aquela menininha, apesar de parecer mais velha, era intimidante.

- Mhhh, você é fofo. Posso aceitar uma garota assim como meu irmão. - Ele continuou colocando o dedo no queixo, como se estivesse pensando.

- Ah, seu irmão? - Uma noite, apenas uma. E já estou conhecendo a família dele, não estava nos meus planos.

- Sim, eu sei. Pode parecer estranho. Simpatia não é um presente dado a todos. - ela respondeu sorrindo.

- Prazer em conhecê-la, Zoe. - Ele continuou estendendo a mão para mim.

Naturalmente eu ri daquela cena. A pequena Zoe e eu tínhamos autoestima em comum.

Ao contrário do irmão dela, adorei aquela menina desde os primeiros segundos.

- Meu nome é Emily. - me apresentei sorrindo e levantando da cama, começando a me arrumar.

- Não, não vá. Minha mãe está fazendo panquecas. Por que você não fica conosco? - ele perguntou fazendo beicinho e com olhos suaves.

Aquela garota era um gênio. Segundos sabendo disso e eu já conhecia meu ponto fraco.

Medo, hehe.

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