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Capítulo 4

—Se você não tivesse se envolvido em coisas que não lhe dizem respeito, você não teria assustado minha filha. — Meu chefe me acusa e eu olho em sua direção sentindo minha paciência por um fio.

—Se você não tivesse me assustado nada disso teria acontecido! — Olho nos olhos dele e ele me olha cheio de raiva. —Eu estava organizando as coisas enquanto Clarissa tirava uma soneca, estou prestando atenção senhor.

— Não gosto da sua petulância, senhorita. Você sabe quantas pessoas se matariam por esse trabalho? Se você continuar a me responder assim, encontrarei um substituto rapidamente. —Sua frieza me machuca e não entendo por quê. — Pagam para você cuidar da minha filha e não mexer nas coisas da minha casa.

— Preciso conhecer o ambiente em que irei trabalhar para atender todas as necessidades da sua filha. — Sorrio muito, mas meu desejo é mandá-lo para o inferno.

—Só não entre no meu quarto ou no meu escritório! — Ele sai rapidamente assim como entrou, me deixando muito irritado.

—Faz apenas alguns meses, Angelina, pense em Harry. — digo para mim mesmo e vou com Clarissa para o “quarto” dela.

Pelo que entendi, ela não tem uma rotina bem definida e parece que é minha responsabilidade criar uma para ela. Este trabalho poderia ser ainda melhor se meu chefe não fosse tão estúpido.

Angelina

Depois de conhecer a Sra. Clarisse e o Sr. Josh, me pergunto como é o Sr. Martinez, seus pais são muito gentis e ele é um monte de arrogância.

Depois de assinar o contrato de trabalho e deixar todos os meus documentos para resolver as questões legais, ele me mostrou seu apartamento. É uma casa linda, mas não tem personalidade, é tudo tão cinza e preto. O quarto de Clarissa consiste em um berço improvisado em um dos quartos de hóspedes.

—Este não é um quarto de criança, nada aqui estimula seus sentidos! —As palavras escapam da minha boca antes que eu possa controlá-las. —Tudo é tão sem cor e sem vida que não é um ambiente adequado para ela. Por exemplo, essa janela tem muita luz e uma poltrona ficaria ótima ali, todas as manhãs a Clarissa poderia tomar sol. — Continuo andando pelo espaço observando tudo. — Aqui tem um banheiro enorme, mas não tem nada que uma criança precise, aquela cama de casal tem que ser retirada, esse armário é grande demais para ela, você pode diminuir e dar espaço para ela brincar. — Olho para Christian que me olha com os braços cruzados e uma expressão nada amigável.

—Eu não sabia que você também era decorador! - Ele diz bebida fria e seca. — Seu trabalho é cuidar da minha filha, não interferir na decoração da minha casa.

Que homem gordo! Só estou tentando tornar o espaço mais agradável para sua filha.

- Com licença. — digo entre dentes, me controlando para não mandar ele fazer besteira. Arrogante! — Não foi minha intenção invadir o seu espaço pessoal, senhor Martinezn, só queria lhe mostrar que esse quarto poderia ser mais confortável para Clarissa.

— Já tenho uma profissional especializada que vai redecorar o quarto, ela deve chegar em alguns dias!

— Claro, com licença! — Passo por ele saindo do quarto e volto para a sala, onde os pais de Christian estão brincando com a neta no sofá. - Eles precisam de ajuda?

—Estávamos apenas esperando você voltar para podermos ir embora. — Sra. Scott diz sorrindo, me entregando para Clarissa. — Deixei meu telefone dentro da sua bolsa, se tiver algum problema não hesite em me ligar.

— Você não vai precisar, tia Clarisse, eu mesma posso resolver os problemas em casa. — A voz de Christian invade o quarto e estranha ele chamar a mãe de tia.

—Se você maltratar aquela anjinha, farei você voltar ao ventre, Christian. —Sua ameaça é seguida de um sorriso e não parece uma ameaça vazia, dado o sorriso ele com certeza irá cumpri-la. — Te espero no domingo para o almoço. — Abraça com força o homem que quer retribuir seu carinho. Qual é o seu problema?

Depois de muitas recomendações e despedidas, o casal vai embora e um silêncio constrangedor reina na sala.

—Vou estar no meu escritório e não quero ser interrompido! —Seu tom áspero não me dá o direito de responder porque ele sai antes que eu possa abrir a boca.

—Seu pai é tão…. — Mordo a língua para não insultar meu chefe na frente da filha dele. —Você é sempre tão bom assim ou está tentando me causar uma boa impressão? — Beijo o rosto dela e ela ronca baixinho em meus braços e eu a coloco no carrinho.

Esta casa precisa de uma boa limpeza. Eu poderia fazer isso, Clarissa só tem um mês e não dá muito trabalho, posso arrumar a casa e levá-la comigo para onde eu for.

Opto por começar pela cozinha, que não é tão bagunçada. Lavo a louça e coloco tudo no lugar. Você tem cozinheiro?

O senhor Martinezn é um homem tão solitário, parece que só a filha dele mora nesse apartamento gigante, ele não tem empregados exceto eu que comecei hoje. Na empresa corriam muitos boatos sobre ele, diziam que ele era um bom chefe até perder a mãe da filha em um acidente de carro, agora ele é um carrasco.

- O que você pensa que está fazendo? — Tive medo que as panelas que eu estava consertando caíssem no chão e fizessem um barulho chato, acordando Clarissa.

—Calma , princesinha. — Falo em voz baixa, pegando-a nos braços e seu choro aos poucos vai se acalmando. — Isso, pequenino, acabou... — Ele tem olhos atentos, lindos, curiosos olhos azuis.

—Se você não tivesse se envolvido em coisas que não lhe dizem respeito, você não teria assustado minha filha. — Meu chefe me acusa e eu olho em sua direção sentindo minha paciência por um fio.

—Se você não tivesse me assustado nada disso teria acontecido! — Olho nos olhos dele e ele me olha cheio de raiva. —Eu estava organizando as coisas enquanto Clarissa tirava uma soneca, estou prestando atenção senhor.

— Não gosto da sua petulância, senhorita. Você sabe quantas pessoas se matariam por esse trabalho? Se você continuar a me responder assim, encontrarei um substituto rapidamente. —Sua frieza me machuca e não entendo por quê. — Pagam para você cuidar da minha filha e não mexer nas coisas da minha casa.

— Preciso conhecer o ambiente em que irei trabalhar para atender todas as necessidades da sua filha. — Sorrio muito, mas meu desejo é mandá-lo para o inferno.

—Só não entre no meu quarto ou no meu escritório! — Ele sai rapidamente assim como entrou, me deixando muito irritado.

—Faz apenas alguns meses, Angelina, pense em Harry. — digo para mim mesmo e vou com Clarissa para o “quarto” dela.

Pelo que entendi, ela não tem uma rotina bem definida e parece que é minha responsabilidade criar uma para ela. Este trabalho poderia ser ainda melhor se meu chefe não fosse tão estúpido.

cristão

Besteira! Esqueci que as cortinas estavam abertas!

Esse é o meu primeiro pensamento quando sinto os raios do sol no meu rosto. Abro os olhos sentindo que minha cabeça pesa uma tonelada e as lembranças da noite anterior me invadem.

— Parabéns Christian, você é um grande idiota! — Cubro o rosto com um travesseiro, gritando de frustração. Não acredito que beijei Angelina e contei a ela toda aquela merda. —Que mão dura, senhorita. Carter! — digo sorrindo, lembrando do tapa.

Vou me transformar nessa cama, mas não vou sair desse quarto e enfrentar a fera que me espera lá fora.

Eu não deveria ter expressado minhas opiniões sobre ela daquela maneira. Há algo em Angelina que me intriga desde que a conheci, não pode ser real que alguém seja tão bom e generoso. Ela encanta todos ao seu redor e isso pode muito bem ser um truque para me provocar no futuro.

Sou tirada dos meus pensamentos ao ouvir minha filha chorando e rapidamente me levanto e corro para o quarto dela. Se aquela mulher a deixou sozinha sabendo que eu não estava em condições de cuidar dela, ela se arrependerá amargamente.

—Calma , princesinha. — A doce voz de Angelina chega aos meus ouvidos. — Você não gosta muito de trocar fralda, mas é um mal necessário. - Diz ele sorrindo, trocando a fralda com habilidade e rapidez. —Ok , peguei você! — Ele pega minha filha nos braços e a embala pela sala cantando uma música em italiano.

Eu deveria me virar e voltar para o meu quarto, mas estou preso ali na porta do quarto da Clarissa, completamente hipnotizado por aquela cena.

Brianna era quem deveria estar aqui cuidando de nossa filha, acho que com tristeza. Afasto esse pensamento, não posso sucumbir mais uma vez à dor de ter perdido a única mulher que amei na vida.

- Bom Dia senhorita. Carter! — Falo parado na porta do quarto e ela me olha assustada. —Você viu um fantasma? — brinco e ela apenas me encara com severidade.

— Bom dia, Sr. Martinezn. — Vejo como ela se esforça para ser educada e me divirto com seus modos, devo confessar. Talvez incomodar a Sra. Carter, eu conheço meu novo hobby.

— Você passou a noite aqui? — Olho para a cama e vejo que ela está bagunçada, meus olhos percorrem o corpo de Angelina e noto que ela está vestindo apenas uma camiseta que mal cobre as coxas.

Tenho certeza que pareço um idiota olhando o corpo da Angelina, mas é impossível não querer ver mais, a mulher é deliciosamente gostosa.

— Ao contrário de algumas pessoas, sou responsável e nunca deixaria uma criança sozinha com um pai que mal consegue ficar de pé. — A resposta dela me obriga a olhar para seu rosto e vejo que ela está claramente irritada.

—Se bem me lembro, você recebe um grande salário por cuidar da minha filha, então não fez mais do que sua obrigação.

- Você é muito ingrato. Ainda bem que não fiz nada esperando sua gratidão, fiz isso por Clarissa. — Ele coloca minha filha no berço e meus olhos se perdem na bunda dela. Sêmen! Pareço um adolescente passando pela puberdade. —Se me dá licença, gostaria de trocar de roupa.

— Prepare-se e prepare minha filha, daqui a meia hora iremos embora. E não se atrase, odeio chegar atrasado! — Saio do quarto fechando a porta atrás de mim e olho para o bojo na minha calcinha, me sentindo uma idiota por ter conseguido uma ereção por causa da babá da minha filha.

A equipe que ficará encarregada de decorar o quarto da Clarissa deve chegar logo e não quero ficar aqui em casa quando toda aquela bagunça começar, deixei claro para eles que quero todo o trabalho feito até o final do dia.

Vou aproveitar a companhia da Angelina para comprar algumas coisas para minha filha, todas as coisas que ela tem até agora foram compradas pela tia Clarisse. Se quero ser um pai melhor do que meus pais foram para mim, preciso começar de algum lugar.

Me arrumo e fico na sala esperando Angelina descer. Teremos que tomar café da manhã em algum lugar, nesta casa não tem comida e nem ninguém para preparar a comida. Preciso cuidar de todos esses problemas se quiser transformar esta casa em um lar.

- Nós podemos ir. —Olhe para Angelina e me parece que ela está ainda mais bonita hoje. Ela está com uma calça jeans que realça suas curvas e uma blusa branca, nos pés ela está com um tênis surrado.

—Vamos a algum lugar tomar café da manhã! — Nota saindo do apartamento com os dois.

- Como quiser. —Ele diz segurando firmemente o carrinho de bebê de Clarissa como se isso o impedisse de fazer alguma coisa. Seu tom é muito distante e seu profissionalismo não deveria me incomodar, mas incomoda e não entendo por quê.

— Vamos comprar algumas coisas para Clarissa, é um enxoval que fala, né? —Ela simplesmente balança a cabeça positivamente. — Bom, vamos comprar uma cesta completa para ele, você pode me explicar o que comprar.

— Se você não gosta do meu conselho, aposto que com o seu precioso dinheiro você poderá pagar um profissional especializado nesse tipo de compras. —A ironia no seu tom de voz não me passa despercebida.

— Você tem toda razão, talvez meu precioso dinheiro pudesse pagar um funcionário menos petulante. — Olho-o nos olhos e levanto o nariz, olhando para mim.

—Você quer uma caneta para assinar minha demissão? —Ele cruza os braços sem tirar os olhos de mim.

Ele deveria beijá-la para acabar com toda essa raiva dele. Não poderia ser mais fácil lidar com ela, a mulher é um monte de insolência, claramente não entende nada de hierarquia no local de trabalho.

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