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Capítulo 4 Se Fingir de Namorada de Aurélio

Ao mesmo tempo, no restaurante Avetto.

Iara estava no restaurante havia meia hora quando Aurélio finalmente apareceu.

- Desculpe, te deixei esperando muito.

Aurélio entrou vestindo um conjunto de terno listrado cinza combinado a uma camisa social preta por dentro. Tinha um leve sorriso em seu rosto belo, exalando masculinidade. Iara o encarava com borboletas na barriga.

Ela já tinha visto Aurélio antes pela televisão, mas agora o vendo pessoalmente, sentia que seu corpo alongado com ombros largos e cintura fina exalava um ar de príncipe, e também tinha um pouco de frieza que mantinha as pessoas longe.

Ela controlou seu coração acelerado e se levantou, assentindo para ele com delicadeza.

- Sr. Aurélio é muito pontual, sou eu que cheguei adiantada.

Aurélio se sentou em sua frente e desviou o olhar após analisa-la de relance.

- O que quer comer?

Ela estava levemente maquiada, usando acessórios de diamante de coleção limitada de Gucci, e com um vestido da nova coleção de Dior. Mesmo que esteja linda, a beleza "embrulhada em dinheiro" dela fez com que Aurélio a achasse um pouco fútil.

- Sr. Aurélio fique à vontade para pedir, eu não tenho frescura.

Aurélio apertou o sino de serviços sobre a mesa, logo o atendente entrou pela porta do assento privado. Ele pediu as duas comidas mais caras do restaurante e uma garrafa de vinho.

- Já que é a preciosa herdeira do Grupo Veso Unidos, então o que estava fazendo no interior sozinha aquela noite? - Aurélio perguntou se encostando na cadeira e cruzando as pernas.

Ele investigou sobre Iara depois que saiu do hospital, procurando saber o fundo dessa garota.

O coração de Iara se apertou de nervosismo e ela sorriu amargamente o dizer:

- Para ser honesto, eu estava entregando delivery naquela noite. Isso é todo o plano do meu pai para me treinar, ele queria ver se eu podia aguentar a dureza do trabalho ou não, e então decidiria se eu posso herdar a empresa.

Essas palavras já estavam mais do que gravadas em sua mente.

Desde que Aurélio marcara o encontro com ela, ela já tinha contado a situação toda para os pais, e eles já esperavam que ele fosse perguntar disso.

Por isso, eles mandaram procurar os registros de câmera no caminho deles até o hospital, e no fim, souberam onde foi o acidente e o que Estefânia estava fazendo.

Para que Aurélio não desconfiasse, Iara realmente fez uma semana de entregas de delivery, e ela se sentiu terrivelmente judiada durante esse período.

- Seu pai teve uma boa ideia, te treinar é necessário. - Aurélio concordou com a ação de Guilherme Cabral.

- Eu também acho.

- Me dê a sua conta bancária, eu vou mandar o financeiro te transferir vinte milhões amanhã.

- O quê? - Iara não entendeu o porquê de ele estar falando de repente sobre dinheiro.

- Aquele dia você me salvou arriscando a sua vida, e esse dinheiro era o que eu te devia.

- N-não precisa.

Vinte milhões eram realmente tentadores, mas o objetivo de Iara era Aurélio!

Ela balançou a cabeça e sorriu delicadamente ao dizer:

- Mesmo se naquele dia, outra pessoa estivesse em perigo, eu também a salvaria. Sem falar que qualquer um ajudaria você numa situação daquelas.

- Já que não quer o dinheiro, então pode dizer ao seu pai contatar meu assistente pessoal, posso dar preferências às propostas de negócios do Veso Unidos.

Veso Unidos era a empresa do pai de Iara.

Ela sorriu educadamente com o seu rosto levemente maquiado e disse:

- Agradeço pela bondade de Sr. Aurélio, mas não precisa mesmo.

Assim que ela terminou de falar, o celular de Aurélio tocou.

- Perdão, vou atender uma ligação.

Aurélio olhou a tela do celular e viu que era chamada de Renato.

- O que foi?

- Senhor, eu falhei com as minhas funções, não terminei o que o senhor mandou fazer. Srta. Estefânia foi levada para mansão pela Sra. Paloma. - contou Renato o que tinha acontecido pelo telefone.

- Como a vovó apareceu lá de repente?

- Eu também não sei. - Renato também estava em dúvidas. Como Sra. Paloma soube das coisas tão rápido assim? Pensando nisso, ele continuou -, mas Sra. Paloma parecia querer que o senhor se casasse com Srta. Estefânia.

Ouvindo isso, o cenho de Aurélio se franziu, e ele disse friamente:

- Nem sonhando.

Desligando a ligação, ele ficou encarando a tela do celular, pensativo.

Diante dele, Iara ainda estava admirando o belo homem e não conseguia controlar o batimento cardíaco.

Antes de vir, sua mãe tinha dito várias vezes para que ela se fizesse de difícil, e assim, despertaria o interesse dele.

Ela se lembrava disso muito bem, então aproveitou para dizer:

- Vendo Sr. Aurélio bem, já estou satisfeita.

- Satisfeita?

- Isso. - Iara assentiu de leve, atuando perfeitamente como uma jovem inocente e bondosa -, depois de ajudar as pessoas, eu sempre sinto uma satisfação plena.

Pelo jeito que ela falava, parecia sempre estar ajudando pessoas normalmente.

Na alta sociedade de Rio de Siena, Iara Cabral era musa mais talentosa e linda de todos.

Mesmo que a família Cabral não esteja entre as mais poderosas de Rio de Siena, a existência de Iara trouxera muitos parceiros de negócios para a sua família.

Nessa hora, o garçom bateu na porta, e a comida foi servida.

- Sr. Aurélio, vamos comer logo. Sinto muito, mas uma e meia ainda tenho que ir ao orfanato lá do interior, as crianças vão ficar tristes se eu me atrasar.

A família Cabral fez de tudo para construir a sua imagem de mulher perfeita. Desde pequena, ela era obrigara a aprender a tocar todo o tipo de instrumentos, a cantar, dançar e desenhar, além de sempre fazer ações beneficentes.

E Iara falou sobre orfanato justamente para mostrar seus pontos positivos diante de Aurélio, e o horário apressado para se fazer de difícil ao mesmo tempo.

Não podia negar, Iara era "perfeita", mas Aurélio sentia que essa mulher na sua frente não era tão simples assim.

Ele deu uma pensada e disse:

- Já que Srta. Iara gosta tanto de ajudar as pessoas, poderia então me fazer mais um favor?

- O que seria?

- Fingir ser a minha namorada.

O coração de Iara disparou, a surpresa veio repentina demais.

Parece que sua mãe tinha razão, se fazer de difícil realmente funcionava.

Ela engoliu em seco, a mão que segurava os talheres parou no ar por um instante antes de baixar sobre a mesa, e ela perguntou:

- O que Sr. Aurélio quer dizer?

- A minha família organizou um casamento para mim, e eu não estou satisfeito com isso, por isso queria pedir à Srta. Iara que fingisse ser a minha namorada. Depois disso, as condições ficam à escolha da senhorita.

- Por que sou eu? - Iara conteve as emoções ao perguntar.

- Srta. Iara também pode recusar - disse o homem a lançando um olhar indiferente.

- Eu... - Iara hesitou, mas no fim, desistiu de se fazer de difícil. - Já que Sr. Aurélio pediu, como eu recusaria.

Ela até sonhava em ser a mulher de Aurélio.

Agora tinha a chance de estar ao seu lado, e se ela recusasse, pode ser que nunca mais tenha essa oportunidade.

Não sabe ela que, no momento em que ela aceitou o pedido de Aurélio, os lábios finos dele se curvaram imperceptivelmente.

Ela não era diferente das mulheres que se jogavam para cima dele, afinal.

E ele chegava a suspeitar dela tê-lo salvo ser um plano arquitetado com antecedência, e não por coincidência.

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