Biblioteca
Português
Capítulos
Configurações

Capítulo 13 A Verdade Oculta

Ao mesmo tempo, Renato lhe entregou a folha de verificação de gravidez. Segurando a folha, em seguida ele a jogou na cara de Estefânia.

- Aborta esse bebê.

Os olhos de Estefânia ficaram vermelhos, e ela sentiu uma vontade de chorar.

Estava a um passo de encontrar o verdadeiro culpado pelo acidente dos pais, mas o detetive levou uma surra e o motorista foi levado até não se saber aonde.

Ela engravidou sem querer de uma criança, agora tinha que abortá-la...

Talvez, esse seja o destino da sua vida.

Já que a vida era injusta, então ela só podia aceitar.

- Do que você está rindo? - disse Aurélio, incomodado.

Estefânia fungou levemente e sorriu para esconder a tristeza que estava sentindo, e jogou os papéis na mesa. Olhou para o relógio no pulso e disse:

- Agora é uma da tarde, vamos logo fazer a cirurgia. Assim também não me atrapalha em trabalhar de noite.

Aurélio dilatou as pupilas, ele achava que Estefânia ia pedir para continuar grávida, mas as suas reações estavam fora de suas expectativas. Ele não hesitou em dizer:

- Renato, avise o médico, prepare a cirurgia. - Terminando de dizer, ele se virou e saiu.

Não teve nenhuma palavra a mais dirigido a ela, como se ele a desprezasse até a alma.

Sem mais demoras, uma enfermeira entrou, dizendo à Estefânia para a sala de cirurgia.

Ela se levantou e foi sem emoções no rosto para dentro da sala, e tinham dois médicos a aguardando lá dentro.

Vendo as ferramentas ao lado da cama de cirurgia, ela quase podia sentir a dor dessas coisas girando dentro de seu corpo.

Ela colocou a mão sobre a barriga e teve uma pena.

Se essa criança não fosse de Aurélio, ela com certeza a deixaria viva.

Mas, Aurélio não permitiria!

- Deite-se! - disse a médica coberta pela máscara rispidamente ao apontar para a cama.

Estefânia hesitou, e olhou para porta da sala de cirurgia. Aurélio não estava lá.

Ele era diferente mesmo sem sentimentos.

Era uma vida dentro de seu útero, mas ele queria tirar o direito de viver dessa criança que se formava dentro dela.

Naquele momento, Estefânia desejou poder ficar mais forte e poderosa.

Só assim, ela poderia proteger as pessoas que ela ama, e não precisaria abaixar a cabeça para humilhações como agora, sem nenhum direito de protestar.

Deitada sobre a cama de cirurgia, a médica lhe injetou alguma coisa.

Logo, ela adormeceu.

Nessa hora, Aurélio apareceu na porta da sala de cirurgia. Os médicos o cumprimentaram e disseram:

- Sr. Aurélio, ela não teve sinais de protesto, já está adormecida.

Ou seja, ela realmente quis fazer a cirurgia por vontade própria.

- Quando ela acordar, lembrem-se de entregar o "remédio" preparado a ela. De resto, vocês sabem como devem fazer.

O "remédio" que Aurélio se referia, eram apenas para proteger o feto.

- Sim. Sr. Aurélio - a médica assentiu.

Aurélio deu uma olhada significativa em Estefânia e foi embora.

Renato ficou em dúvidas seguindo atrás dele, então perguntou:

- Sr. Aurélio, já que quer manter o bebê, por que não deixa Srta. Estefânia saber?

- Uma mulher cúpida e sem graça como ela, se ficar sabendo que eu quero o bebê, irá abusar ainda mais. Em vez disso, prefiro que ela não fique sabendo.

Mesmo que ele assim diga, a verdade é que ele estava a testando.

Queria ver se ela ia mesmo abortar como ela tinha prometido antes.

E no fim... Parece que ele estava mesmo errado.

- Mas ela terá ânsia de gravidez, vai acabar sabendo cedo ou tarde.

- Por isso, esse é um período de observação - disse Aurélio, e então se lembrou de algo. - Renato, mande Boate Brasserie a liberar todos os dias pontualmente à meia-noite.

- Mas Srta. Estefânia sempre estava entregando delivery para ganhar um troco extra. Sair tão cedo do trabalho, será que ela não vai acabar indo entregar delivery? - Renato avisou, já que ela já teve um quase aborto antes de cansaço.

- E então, não seria exatamente o que eu queria? - disse Aurélio sorrindo malignamente.

Como a vovó não o deixa mexer com ela, então se ela abortasse por si mesma por acidente, seria melhor ainda para ele.

...

Meia hora depois, Estefânia acordou.

Ela chacoalhou sua cabeça pesada, olhou para o soro ao lado, e olhou para a enfermeira, perguntando:

- A cirurgia já acabou?

- Sim, mas você terá que vir por uma semana para tomar soro anti-inflamatório, e retorne para exames depois de um mês - a enfermeira disse para ela seriamente, e ainda acrescentou um aviso. - Você já abortou, precisa ficar de cama por três dias, e não pode fazer esforço por duas semanas, muito menos beber e fumar, senão ficará com danos permanentes no corpo e você pode virar infértil para sempre.

O "soro anti-inflamatório" era apenas uma desculpa para fazê-la vir tomar remédio para firmar o feto que quase sofreu um aborto por cansaço.

- Tão grave assim? Vou tomar cuidado - Estefânia assentiu freneticamente.

Ela é jovem, se virar infértil, nunca mais pode se casar.

Depois de se acalmar, ela colocou a mão sobre a barriga e se sentiu coitada.

A sua primeira criança, simplesmente "sumiu".

Depois de terminar de tomar o soro, Estefânia se levantou e deu uma movimentada, mas percebeu que não parecia ter nenhuma sensação diferente.

- Senhora, por que não sinto nada depois de fazer a cirurgia?

Os olhos da enfermeira pareceram sorrir e brilhar ao responder:

- Aborto é apenas uma pequena cirurgia, não lhe dói, mas precisa cuidar bem da recuperação pós-cirurgia - disse ela entregando uma sacola de remédios para Estefânia. - Esses são seus remédios, as instruções estão escritas na caixa.

- Obrigada.

Voltando ao apartamento alugado, Estefânia tirou três dias de licença com Boate, e eles concordaram sem hesitar.

Ela sentiu gratidão no coração.

- Gerente da boate é mesmo gente boa, me dando licença tão facilmente.

Da última vez que ficou três dias na Chimimera, ela também tinha pedido licença, e foi dado de bom grado. Desta vez, ela tirou licença sem dar motivos, e ele concordou mesmo assim.

Ela ficou três dias deitada em casa, mas levava pontualmente as refeições para os pais no hospital. Ela conduzia sua mãe para fora andar um pouco e tomar um pouco de sol, além de massagear o seu pai desacordado.

Tirando isso, ela só saía para ir ao hospital e tomar seu "soro anti-inflamatório", e nada mais.

Num dia, ela estava jogando no celular quando um aviso de atualização de notícias apareceu no topo de sua tela: "Porto de Rio de Siena Surge Corpo de Foragido".

Atraída pelo título da notícia, ela clicou.

A foto do corpo tinha sido borrada, mas um retrato antigo do criminoso estava ao lado.

- Essa pessoa... Parece bem familiar.

Estefânia murmurou enquanto pensava aonde tinha o visto antes. De repente, ela esbugalhou os olhos por surpresa, percebendo que a pessoa na notícia era ele!

Baixe o aplicativo agora para receber a recompensa
Digitalize o código QR para baixar o aplicativo Hinovel.