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Capítulo 12 Realmente Está Grávida

Atendendo a ligação, Paloma fez perguntas de como ela está, e repetiu para que Estefânia a procurasse quando tivesse algum problema, e desligou depois de ela aceitar.

- Pare - Estefânia mandou assim que ela desligou.

Aurélio olhou para ela com frieza, estendeu a mão para segurar o queixo dela com força e a virando para olhar na direção dele.

- O que foi? Acha que pode fazer o que quiser agora com a minha vovó do seu lado?

- Não. - Estefânia se livrou de sua mão e disse seriamente -, Aurélio, você realmente é bonitão e rico, mas isso não significa que todas as pessoas sejam vaidosas e queiram se casar com você, você não precisa ficar se achando tanto. O que aconteceu entre nós, foi apenas um acidente. Eu sei que você não quer que eu engravide, e eu, muito menos. Depois de dois meses, quando eu for fazer o exame no hospital, você pode mandar Renato ir junto comigo. Se o resultado for positivo, eu vou fazer cirurgia de aborto na hora. E não teremos mais nada a ver um com outro.

Ouvindo suas palavras sérias, ele riu:

- Você acha que vou acreditar nas suas palavras?

Uma mulher cínica e boa nas atuações, como ele acreditaria!

- Acreditar ou não é da sua vez, mas essa é a melhor escolha, não é mesmo? - Estefânia sorriu confiante, o que deixou Aurélio com nojo.

- Pare o carro - disse ele.

Renato encostou o carro na calçada. Estefânia disse com muita educação:

- Obrigada. - E então, ela abriu a porta e saiu, fechando com tanta força que deixou os dois dentro do carro com os ouvidos zunindo.

Dentro do carro, Aurélio esfregou as têmporas e disse:

- Mande pessoal ficar de olho nela, e deixe escutas 24 horas nas ligações do celular dela.

- Sim, senhor - respondeu Renato, não perguntou mais nada. Depois de tantos anos ao lado de Aurélio, Renato sabia muito bem o que estava se passando na cabeça dele.

Ele temia que Estefânia procurasse por outros homens, ou usar truques para ficar grávida nesses dois meses.

...

Depois disso, Estefânia não viu mais Aurélio por um mês e meio.

Sua rotina também carrilou. Trabalhando na Boate Brasserie como segurança à noite, e entregando delivery no dia quando tiver tempo, e levando refeições para os pais no hospital.

Quando ao seu pai adotivo, ainda estava desacordado.

Nesse dia, Estefânia recebeu uma ligação da agência de detetives particular durante uma entrega de delivery.

- Srta. Estefânia, encontrei o motorista foragido do acidente.

O motorista responsável pelo acidente de seus pais adotivos tinha fugido da cena do crime, e de acordo com o resultado das investigações da polícia, aquele carro do acidente era um carro do ferro velho, não tinha dono. Por isso, não conseguiam achar o culpado.

Detetive particular achou esse carro e pegou amostras de DNA que estavam dentro do carro para fazer comparações.

No fim, descobriram que o motorista em questão era um criminoso.

Depois disso, Estefânia teve a certeza: a família Cabral deve ter comprado os policias responsáveis pelo caso, senão, como eles não tinham achado as pistas que detetive conseguiu?

- Onde ele está?

- Chegarei em Rio de Siena em duas horas, eu te contatarei quando chegar.

- Ok, obrigada.

Depois de desligar a ligação, Estefânia murmurou para si mesma:

- Pai, mãe, logo saberemos da verdade toda, vou lhes dar uma justiça.

Ao mesmo tempo, em Sotto Latritto.

Mariana recebeu uma ligação. Depois de desligar, ela se sentou com um semblante de preocupação no sofá e olhou para Iara e Guilherme.

- O motorista do acidente já foi encontrado pelo detetive particular que Estefânia contratou. Será que ela já sabe que fomos nós?

- O quê? Como Estefânia o encontrou? Você não disse que era uma pessoa extremamente confiável? - Iara mostrou pavor no rosto.

Isso tinha a ver com a imagem da família Cabral, ela não poderia ficar fora disso, e estava com medo disso trazer coisas negativas para a sua imagem.

Guilherme estava de cara feia.

- Ultimamente, Iara tem andado muito próxima de Aurélio. Não podemos deixar Estefânia descobrir que isso tem a ver conosco, caso contrário... Se a coisa for exposta, a família Cabral não terá mais lugar em Rio de Siena.

- Também estou preocupada com isso - disse Mariana.

- Já que a pessoa foi encontrada, para que a coisa não seja exposta, precisamos eliminar as provas, então ele deve morrer - comentou Guilherme.

- Mas se Estefânia já sabe? - Mariana questionou.

- Então ela tem de morrer também! Se ela não morrer, a família Cabral não terá paz. - disse Iara com a expressão contorcida.

Mariana e Guilherme se entreolharam, sem saber o que fazer.

Apesar de ser cruel demais a forma de resolver que Iara sugerira, mas era necessária. Se Estefânia souber disso, com certeza contará à Sra. Paloma, então Iara não terá mais chances de entrar na família Vargas.

- Entendi, vou achar um jeito de resolver. - Guilherme se levantou, saindo da sala.

Duas horas depois, no caminho de volta depois de entregar um pedido, Estefânia recebeu novamente uma ligação de detetive.

- Já chegaram em Rio de Siena? Onde encontro voc... - Estefânia estava ansiosa.

- Srta. Estefânia, eu sou assistente da agência de detetives. O patrão me mandou te avisar que não faremos mais negócios com senhorita.

- O quê? Eu já paguei uns dezesseis mil para vocês, agora você diz que vão cair fora? - ela ficou furiosa.

- A pessoa responsável pela sua investigação levou uma surra no caminho de volta a Rio de Siena, o motorista do acidente foi levado embora. O meu colega ainda está sendo socorrido no hospital em estado grave.

- Como? Onde vocês estão, eu vou visitar...

- Não precisa, adeus.

Estefânia sentiu a cabeça em branco. Ela parou a moto na beira da calçada e se sentou sob uma árvore.

De repente, o céu nublado se encheu de trovões, e uma grande chuva caiu.

Gotas gigantescas batiam em seu capacete, mas ela não se moveu, continuou sentada na chuva.

Família Cabral tinha interferido novamente, e de forma muito cruel!

Estefânia sentia a raiva fervendo dentro de si, mas também estava temendo as pessoas de Cabral.

Ela ficou sentada na calçada por muito tempo. Quando ela se levantou bruscamente para ir embora, sentiu a visão ficando preta, e caiu no chão.

No hospital.

Estefânia foi levada para o hospital depois do desmaio por pessoais que a vigiavam sob ordem de Aurélio.

Depois de um tempo, ela despertou.

Abrindo os olhos, equipamentos médicos entraram em seu campo de visão, e tinha uma enfermeira trocando a garrafinha de soro ao seu lado.

Ela massageou a cabeça tonta e perguntou:

- Eu... Como vim parar aqui?

A enfermeira terminou de trocar seu soro e respondeu:

- Você está grávida, e desmaiou por excesso de cansaço.

- O quê? Eu engrav... Engravidei? Mas isso não é possível, ainda tive menstruação dois dias atrás. - Estefânia balançava a cabeça freneticamente.

Ela apenas transou algumas vezes com Aurélio naquela única noite, e já tinha engravidado?

Isso...

Pareceu fácil demais.

- Menstruar? Foram apenas aborto preventivo, por isso teve sangramento. Já é uma adulta, e ainda não sabe que está grávida?

- Aborto? - Estefânia sentiu a cabeça zunindo, completamente confusa.

Nessa hora, a porta da ala se abriu, e o homem que ela não via há mais de um mês surgiu em sua frente.

O homem vestido em camisa preta estava com as mangas enroladas até o cotovelo, e as mãos estavam dentro do bolso de sua calça social, exalando o ar nobre que trazia por natureza, como um Deus caído dos céus. Com uma cara fria, ele andou a passos largos até sua frente e parou lá.

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