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A SÚPLICA

Adriel, olha para a mulher ao lado que parece estar no mundo da lua, não o ouvindo até que, Amanda seguindo seu olhar e vendo que ele olha para a amiga, que nem parece estar nesse mundo, ela a chama um pouco alto, Manuela!

Ao ouvir seu nome ser chamado pela amiga, Manuela, desperta já falando:

— Hã, oi, o que foi? Por que vocês dois estão me olhando, desistiram de ir embora?

Ao ver que ela está completamente fora de si, Amanda e Adriel, se olham e começam a rir.

Ele então pega o chaveiro da mão de Amanda, e coloca na mão de Manuela, falando:

— Leve o carro dela — dito isso, vira-se pega na mão de Amanda, e sai puxando-a em direção ao seu carro.

— Adriel não precisa você ir, eu posso voltar com ela! Você tem a reunião na empresa, eu até agora não entendi o que você quer vindo atrás de mim, pode ficar sossegado, se eu tiver mesmo gravida…ai meu Deus, não quero nem falar isso pra não atrair a verdade.

Mas se por acaso isso tiver acontecido mesmo, você pode ficar tranquilo, que não quero esse bebê! Então, não vou te cobrar nada.

Não quero que passe pela sua cabeça que fiz isso de propósito, tudo bem eu menti, que estava usando pílula, mas é porque eu não queria acabar com o clima no qual estava…Enfim, eu ia tomar a pílula do dia seguinte, só que me esqueci! E também não sabia que você tinha…Bom, fosse dono daquela empresa, sabia que eu sempre quis trabalhar lá, porém, como já tinha o meu emprego. Mas nunca passou pela minha cabeça que justo você seria dono daquilo tudo!

Quando ela terminou de falar olhou pro lado e não o viu, olhou pra traz e o viu parado olhando-a com olhar espantado, ela então, perguntou:

— O que aconteceu? Por que você parou?

— Por que? Você ainda me pergunta?

Amanda, você está falando de um bebê, não de uma roupa que se você não quer mais pode doar ou jogar fora! E além do mais é do meu filho que estamos falando! Eu não vou permitir você descartá-lo assim.

— Bom, em primeiro lugar se eu estiver mesmo grávida, ele está no meu corpo e sendo assim o corpo sendo meu, sou eu e mais ninguém que decide o que fazer! E outra, eu não quero nunca ter nada que me lembre ou me aproxima de você, nós nem nos conhecemos, só crescemos no mesmo bairro, nada mais.

Apesar de você sempre ser gostoso eu nunca me aproximei de você porque sempre achei que você sendo o filho da costureira da minha mãe, não era pra mim, já que eu sempre quis sair daquela cidade, e você não ia me ajudar em nada.

Se bem que agora eu tenho que morder minha língua, pois você cresceu e eu digo, cresceu em todos os sentido,“ah, papai me abane que meu corpo se arrepia só em pensar nele nuzinho em cima de mim”

— O que você está pensando ai Amanda?

— Hã, nada, alias tem uma questão muito importante que você não cogitou!

— E que questão é essa?

—Que certeza você tem que esse bebê é seu?

— E como você sabe que não é meu? Me diz, depois de mim você teve outro?

— Não, eu não tive cabeça pra isso já que fiquei te esperando, volta, burra, como eu fui burra! Claro que pra você tudo não passou só de um lance assim como você foi pra mim! E é por isso que eu não posso ter esse bebê, então seu bem dotado, se você sonha, em ter filhos, acho melhor você arrumar outra mulher pra ter filhos com você! Porque eu estou fora,

E agora me de licença, tenho mais o que fazer.

—Amanda eu já falei que vou te levar, e tem mais, eu vou te remunerar pela criança, se for mesmo meu! Então você o tem, e eu fico com ele! Você pode fazer o que quiser depois que tiver meu filho!

—O que! Que absurdo é esse que você está falando! Você está negociando um bebê no meu ventre! E ainda mais sem ter a certeza se é seu! Você só pode está doente, nenhum homem normal faria isso, se eles ficassem sabendo, com certeza iriam mandar-me que tirasse pra não ter que sustentá-lo, por que você está agindo assim?

—Porque eu sempre fui afim de você! Mas eu sabia que você não me enxergava por eu ser um pobretão e filho da costureira da sua mãe, e quando você foi embora da cidade, eu fiquei desesperado, pois tive oportunidade de sair antes de você e por sua causa não sai!

Então quando minha mãe me falou que você tinha ido embora, eu sofri, e decidi ir também, foi quando procurei ser alguém, pois eu nunca mais queria ser rejeitado por ser um pobretão. Então Amanda se esse bebê for mesmo meu, não faça nenhuma loucura, por favor, eu vou adorar ter essa criança com a mulher que foi meu primeiro amor.

—Não, não, sinto muito, mas não quero nem um laço com…com o que Amanda?

Com isso, jura que você vai chamá-lo de isso!

Amanda, não fale isso, nem de brincadeira, eu sinto que ele é meu, mas precisamos tirar a dúvida vamos fazer uma ultrassom e vemos de quanto tempo você está! E assim pelo tempo saberemos se é mesmo meu, e se for por favor, eu te suplico, deixe-o vir ao mundo, eu me responsabilizo totalmente por ele.

—Não,não é seu pode acreditar, não é!

—Certo, mas mesmo assim eu quero saber a verdade! Então vamos ao hospital fazer uma ultrassom, mas eu quero que você me prometa, se for meu, vai deixar eu tomar a decisão, agora se não for, isso é com você, mas lembrando que você tem uma vida aí dentro de você, e você não vai querer se tornar uma assassina, então o que você decide?

—Nada, agora nesse momento eu não quero decidir nada só quero que você vá embora e deixe-me em paz.

Pois eu não quero lhe ver mais na minha frente.

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