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NO APARTAMENTO

Depois de um tempo sentado na sua confortável cadeira no escritório, pensando no mal estar de Amanda, e depois de fazer as contas, se levantou em um salto espantado, depois de pegar seus objetos pessoas, saiu da sala passando pela mesa da sua secretária, mandou que cancelasse a reunião e saiu apressado, já no estacionamento entrou no seu luxuoso carro e seguiu para o endereço que tinha descoberto logo que voltou da casa da mãe, já que mandou investigar toda vida de Amanda, desde o dia que saiu da cidade onde vivia com a mãe, até pouco mais de um mês ao retornar de volta à cidade natal, onde os dois nasceram e cresceram a um quarteirão de diferença. Onde na adolescência estudaram no mesmo colégio público, mesmo que ela não tenha reparado nele naquela época. Ele sempre reparou na beleza dela, pois sempre a achou linda e extrovertida, sendo a popular no colégio! Frequentaram o mesmo círculo de amizade e festinha no humilde clube da cidade.

Ele seguiu pela estrada pensando em todos os momentos que esteve no mesmo lugar que ela, se ficasse sabendo que ela iria, fazia de tudo pra estar também, mesmo que para admirá-la de longe, pois sempre a achou muita areia pro seu caminhão! Sem perceber chegou no endereço, tocou a campainha do apartamento, ansioso ficou esperando que ela abrisse.

Dentro do apartamento a amiga de Amanda ouviu a campainha e correu para atender já falando:

— De novo Amanda, você sempre esquece…ao abrir a porta sem olhar, se deparou com aquele homem lindo, parada à sua frente, onde ficou paralisada olhando-o hipnotizada.

Enquanto ele, quando viu que não era quem estava procurando, ficou sem jeito, perdeu todo o entusiasmo que veio pelo caminho, não parava de pensar na possibilidade do que estava pensando, veio planejando o que falar para Amanda.

Vendo que a moça não falou nada ele então falou:

— Bom dia, estou procurando Amanda!

— Olha, ela saiu pra ver um emprego e ainda não voltou, acho até que já ficou trabalhando!

—Não, ela não ficou, ela passou mal e por isso que estou aqui, estou preocupado com ela, posso entrar, e esperá-la.

—Sim, sim, claro, entre!

Ele então entrou, olhando todo o cômodo vendo que é a cara dela, simples, mas bem alegre, com cores fortes na decoração, como ela sempre gosta de usar nas suas roupas.

Sentado no humilde sofá vermelho, esperou por um bom tempo, e nada dela chegar, nervoso, balançava as pernas e olhava pro céu através da porta da varanda.

Quase um hora se passou e nada de Amanda, até que o celular da amiga tocou em um cômodo no corredor, que ele imaginou ser um dos quartos, logo ouviu quando a moça falou:

—Ó meu Deus! Onde ela está?

Ele ficou em alerta, mas não ouviu mais nada, até que a moça, chegou na sala, ela estava mais branca que um papel, vendo-a assim ao chegar na sua frente ele se levantou assombrado, já perguntou:

—O que aconteceu? É com ela?

—Sim, ela está aqui perto em uma praça, ela não está se sentindo bem!

—De novo — ele fala espantado.

—Como assim de novo? O que o senhor quer dizer com isso?

—Ela desmaiou na empresa, mas vamos, onde é essa praça?

— Sim vamos, eu vou lhe mostrar o caminho!

Ao chegarem já avistaram-a sentada em um banco, assim que estacionou, ele saiu correndo, ao se aproximar já foi falando:

—Então sua teimosa, agora vamos ao hospital!

—Não precisa eu só estou enjoada, preciso ir pra casa me deitar, estou com muito sono.

Ao ouvi-la falar dos sintomas, ele ficou ainda mais desconfiado, então, perguntou:

—Amanda, quando foi seu último período?

Ao ouvi-lo, o olhou com as sobrancelhas levantada pronta para iniciar mais uma discussão, mas então, se lembrou da primeira vez que transaram e que ele lhe perguntou se tomava pílula, onde ela mentiu que sim! Espantada o olhou.

— Não te interessa, aliás o que você está fazendo aqui? —Ela perguntou olhando pra amiga, que levantou as mãos em rendição falando:

—Não olha pra mim assim, eu não tenho nada a ver com isso! Ele estava lá no apartamento quando me ligaram, aliás quem é ele Amanda?

— Ele é o filho da costureira da minha mãe!

—Há! Amiga, você quer me dizer, que ele é ò bem dotado? — Falou a amiga espantada.

—Como assim, você falou de mim pra ela? — Falou ele olhando-a com uma sobrancelha levantada.

— Claro, ela é minha melhor amiga! E o que você estava fazendo no meu apartamento, huh? — Ela fala olhando-o séria, onde ele respondeu:

—Então, assim que você saiu daquele jeito do meu escritório, eu me lembrei de alguns detalhes do nosso primeiro encontro, e quis te perguntar quais são as chances de você…nenhuma eu não estou, eu não posso estar — ela já falou chorando.

A amiga então perguntou:

—De que vocês estão falando?

Mas nenhum dos dois dá atenção a ela, ele pergunta novamente a Amanda:

—Quando foi que seu período veio pela última vez?

— Eu não sei, acho que…acha que, o que Amanda?

—Ai meu Deus — a amiga, fala levando a mão na boca.

—Meu Deus, digo eu, que estou muito ferrada! — Disse Amanda em voz alta.

—O que você quer dizer com está muito ferrada, Amanda?

Você não quer me dizer que…não, não mesmo, vire essa boca pra lá, eu não quero ser…ela coloca a mão na cabeça, ele fica olhando-a com cara feliz, pois a anos sonha com ela, e assim que sua mãe falou em uma conversa por telefone, que ela estava de volta à cidade, e que iria com a mãe em sua casa, ele ficou tão surpreso que viajou imediatamente, decidindo conquistá-la e tê-la em seus braços pelo menos uma vez, que além de conseguir, a engravidou de primeira, agora sim ela vai ser sua pra sempre.

Ele desperta dos seus pensamentos com os ela reclamando, que pode está grávida dele.

—Não, eu não posso, eu não posso, aí meu Deus o que eu fiz?

—Você? —Ele fala olhando-a e rindo com deboche.

—Vamos, eu vou te levar ao hospital!

—Não, eu não quero ir.

—Mas você precisa fazer exame para confirmar!

—Não, eu não quero ter certeza de nada do que não quero, por que você não usou camisinha, não sabe o que é isso?

—E você sabe o que é prevenção?

Mesmo porque usar camisinha no nosso caso não ia adiantar muito porque não ia ter o suficiente, já que você nunca se saciava! — Ele falou piscando pra ela que fica mais brava.

— Você está muito engraçadinho, e respondendo sua pergunta; claro que sei, afinal eu sempre transei, e ninguém nunca me engravidou! E logo você, ò filho da costureira, meu Deus, o que minha mãe vai falar quando souber! Eu preciso ir embora resolver isso

—O que! Você quer dizer em resolver isso?

Você não está pensando em…claro que estou, não me ouviu falar que não quero ser mãe, olha pra mim, nem sei seu nome! E vê se eu tenho cara de ser mãe de alguém, eu gosto de trabalhar e curtir, jamais a vida, não quero me prender a um ser que depender de cuidados vinte quatro horas por dia, sete dias na semana, 365 dias do ano, isso dependendo do ano bissexto. Não, não mesmo, estou fora, não quero! — Ela fala seguindo para seu carro, mas ele segura no seu pulso e fala:

— Ok, já que não sabe, o meu nome é problema! Eu me chamo Adriel, acho que o sobrenome você deve saber por causa da costureira da sua mãe! Mas se não, é Rodrigues! Então, agora vamos?

Eu dirijo você não vai dirigir neste estado!

—Que estado?

Eu estou bem!

—Não, não está, você está passando mal! Vamos no meu carro, a sua amiga leva o seu! — Ele fala olhando para a amiga que até agora está embasbacada, com a possibilidade da amiga está grávida.

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