Capítulo 3
Duas semanas se passam e chega o dia de me apresentar o tal guarda costas.
Fico trancada no quarto revoltada e decidi não descer.
Mamãe tentou conversar com papai e convencê-lo a me levar para a Europa, mas ele estava irredutível.
Decidi ficar trancada no meu quarto a maioria dos dias, fazendo pesquisas sobre cabeças de gado e cavalos, que são minha paixão, assistindo filmes, ouvindo músicas e lendo livros.
No período da noite, meu pai bate em minha porta e fala:
- Valentina, filha, abra a porta.
- Eu não estou afim!!!! - digo revoltada.
- Por favor, preciso te apresentar ao Connor. Seu Guarda costas. - ele pede mais uma vez.
- Foda-seeeeeee esse guarda costas! - grito com raiva.
- Valentina, abra a porra dessa porta ou eu vou arrombar! - papai ameaça, impaciente.
Arregalo os olhos com medo. Eu sei que meu pai tem coragem.
Me levanto da cama e abro a porta, o provocando:
- Pronto, general Taylor! Porta aberta.
- Deixe de ser palhaça! Vamos descer. - ele exige, esperando eu ir andando até que eu bufo e vou na frente dele.
Ao entrar na sala de estar, vejo um homem branco, de 28 anos, de roupa social, super gostoso, a roupa colada em seus músculos muito bem distribuídos em seu 1,86 de altura e aqueles olhos meio verdes meio cor de mel, com uma boca avermelhada e seu cabelo parecendo um topete, bem estiloso.
Ele tem cara de mal e isso causa um calafrio em meu corpo.
- Valentina esse é Connor Schneider, ele será seu segurança pessoal a partir do momento que formos viajar para Europa. - papai o apresenta a mim.
- Prazer, dona Valentina, Connor. - Connor vem até mim com seu olhar sério, estende a mão, apresentando-se educadamente.
Eu faço uma cara de nojo e não aperto a mão dele, então me sento no sofá, cruzo minhas pernas e o questiono com sarcasmo:
- Então, você será a minha babá?
- Valentina, deixe de ser mal educada! Ele ficará de olho em todos os seus passos. - papai me repreende.
- Aff, outro pé no saco. - falo revirando os olhos.
- Connor, me desculpe, minha filha é bem geniosa. - papai se explica, envergonhado pela minha atitude.
- Não se preocupe, senhor Taylor, eu vou saber lidar com ela. - Connor diz com convicção, encarando-me com um olhar mortal, demonstrando que não tem medo de mim.
Em seguida, me levanto toda atrevida, o encarando, com o meu nariz encostando em seu queixo e o ameaço:
- Farei de sua vida um inferno, idiota!
Mostro o dedo do meio e saio em direção ao meu quarto bufando.
- Valentina!!!!!! - papai grita decepcionado.
Connor continua demonstrando um semblante impassível, já está acostumado com situações assim devido ao fato de ser militar na Alemanha, um excelente snipper, ter ido a diversas missões e enfrentando pessoas perigosas.
Ele é um homem destemido e super profissional. Como estava de licença do exército, decidiu trabalhar para Klaus como segurança pessoal e depois Klaus o indicou para Taylor. Sua personalidade se destaca como um homem totalmente focado no trabalho, não o misturando de forma nenhuma com sentimentos.
Até ver Valentina...
Connor é casado e tem 3 filhos com sua esposa, mas há alguns anos seu casamento está numa crise e ele descobriu que sua esposa tem um caso com um colega de trabalho, mas como não a ama mais, vive um casamento de aparências pelo bem dos filhos.
Ao olhar para Valentina, pareceu que estava vendo um anjo lindo e cheio de curvas. Os olhos azuis claros dessa viking brasileira o deixaram hipnotizado, mas ele manteve a postura profissional e abstraiu as emoções novas que começara a sentir por ela.
Os olhos azuis claros dessa viking brasileira o deixaram hipnotizado, mas ele manteve a postura profissional e abstraiu as emoções novas que começara a sentir por ela.
Valentina será o maior desafio de sua vida...