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A VISITA INDESEJÁVEL

Se passou uma semana que Elisandra tinha ido embora, uma tarde dona Lena estava trabalhando em sua pequena mercearia que herdou de seus pais. Denis chegou e entrou de mansinho a passos lentos, sem jeito, a cumprimentou:

— Boa tarde, dona Lena! — falou já sabendo que não era bem vindo e temendo ser ignorado, mesmo assim continuou:

— Dona Lena, eu sei que a senhora não gosta de mim e nem quer me ver mais na sua frente, mas por favor, eu não aguento mais, eu preciso ver e falar com a Eli, me fale por favor onde ela está, eu lhe imploro e prometo que se ela não quiser falar comigo, não vou mais lhe incomoda. — falou parado a sua frente olhando-a com olhar cabisbaixo.

— Olha rapaz, ela não quer falar com você! Ela não quer que eu fale para ninguém onde ela está, ela me mandou uma mensagem hoje cedo e me permitiu deixar você ler, então, está aqui pode ler — falou dona Lena clicando na mensagem e entregando o celular ao Denis que pegou imediatamente com o coração acelerar e as mãos trêmulas. Mas que depressa, Denis começou a ler a mensagem que dizia:

"Tia, por favor, eu não quero falar com ele e nem com ninguém! Ele pra mim é uma pessoa que já morreu, então se a senhora quiser continuar a ter notícias minhas, daqui pra frente, não mencione o nome dessas pessoas que eu não quero nem falar e nem ouvir o nome. Desejo que ele seja feliz com a garota que ele escolheu"

Beijo tia, fica bem, Te amo”.

Depois que Danis leu aquela mensagem, ficou ainda mais cabisbaixo, entregou o celular à dona Lena, agradeceu e saiu de cabeça baixa. Pois devido o que leu não tinha mais nada que pudesse fazer, realmente seu namorado tinha sido encerrado, por um erro, um erro que ele em sua fraqueza cometeu.

ఌఌఌ

O tempo passou, Margareth viu que Denis estava lhe evitando, ela já tinha ido lhe procurar por várias vezes nos lugares que ele costumava frequentar, até em sua casa ela já tinha ido várias vezes, mas sempre a senhora Elza a dispensa sem ao menos abrir a porta, talvez ela tenha recebendo ordem de Denis para lhe dizer que ele não estava.

Um mês se passou, Margareth novamente voltou à casa de Denis como já vinha fazendo milhares de vezes desde que passaram aquela tarde juntos, mas mais uma vez foi dispensada, tendo que ir embora sem sucesso, pois da porta mesmo a senhora Elza como sempre, não abriu nem para falar com ela, dispensando-a pela janela mesmo.

Só que já de saco cheio em ser tratada daquele jeito, desprezada como se fosse lixo por ele e principalmente pela mera empregada que achava ser a dona da casa, depois de dar alguns passos em direção a rua, ela resolveu não ser mais a boa moça que vinha mostrando ser.

“Ah, é assim que você quer, meu querido — disse enquanto dava a volta na casa, seguindo para a janela que sabia que era a do quarto do Denis. Decidida em deixar a sua máscara de boa moça cair de vez e mostrar seu verdadeiro caráter.

Furiosa, ela começou a gritar embaixo da janela do quarto de Denis, vendo que ele nem sequer apareceu, voltou correndo até a porta completamente insana, esmurrou várias e várias vezes a porta fazendo o maior escarcéu.

— Abra, Denis, precisamos conversar! — gritou com braveza.

Mesmo com toda a gritaria dela, nem Denis nem a senhora Elza apareceram, deixando-a ainda mais enlouquecida. Vendo que ele não queria realmente falar com ela, Margareth voltou para debaixo da janela e olhando para o segundo andar na direção da janela desejada que eu permanecia fechada, grito:

— Danis, eu sei que você está em casa, eu te vi chegando! Acho melhor você me atender ou eu vou falar o que eu tenho para falar daqui mesmo — falou esperando-o que ele abrisse a janela e parecesse, o que não aconteceu. Contudo, dentro do quarto, Denis ouvia todo o alarde de Margareth embaixo de sua janela, ele, achou que se não desse atenção, ela iria cansar e ir embora, mas para sua infelicidade, mesmo depois de muito escândalo, Margareth ainda permanecia ali incomodando-o, e naquele momento quando a ouviu dizer aquilo, ele levantou-se de sua cama e decidiu dar um basta, pensando que poderia, assim chegou até a janela, abriu e olhando para ela lá em baixo, proferiu:

— Pronto, estou ouvindo, fala logo o que você quer tanto me dizer e vai embora e nunca mais volte a me procurar. — disse com rispidez.

Olhando pra cima, Margareth, disse:

— Assim e desse jeito, você nem vai me deixar entrar? — perguntou com a voz dócil, tentando seduzi-lo mais uma vez fazendo voz suave.

— Não, eu não quero você aqui dentro, por sua causa, Elisandra não quer mais me ver! Então, eu também não quero ver você, você armou para nos separar! Eu te odeio, vai embora. — falou com ódio e saindo da janela, só que, quando ele estava pronto para fechar, ela, gritou:

— Eu estou grávida! E se você não assumir, eu falarei com o meu pai! E os meus irmãos que com certeza vão vir atrás de você.

— O que?! — falou congelando no mesmo lugar.

Ao ouvi-la Denis ficou em choque, sem acreditar, por instantes seu cérebro sequer reagiu, segundo depois que ouviu aquelas palavras de Margareth, Denis se recuperou um pouco do susto, falou novamente na direção de Margareth que não arredou o pé de debaixo da sua janela:

— Sua… você não tem vergonha de ser tão descarada? — gritou Denis enraivecido.

— Você falou que tomava remédio que não precisava que eu usasse preservativo, sua ordinaria, você armou pra mim! — falou mostrando-se tão furioso que seus olhos estavam esbugalhados e seu rosto estava completamente vermelho.

— Se o que você acabou de falar for mesmo verdade, eu só assumirei depois que eu tiver certeza que esse bebê é meu. — falou observando bem o semblante de Margareth a procura de um vacilo, o que não viu nada, pois aquela garota era realmente astuta.

Ao perceber que ela parecia estar falando a verdade, toda esperança que Denis tinha se dissipou em instantes deixando-o desesperado, pois viu no rosto da sem vergonha que ela tinha certeza que o bebê em seu ventre era dele, ele só queria deixa-la desconfortável com o que falou, assim poderia ganhar tempo ou até mesmo livrar-se daquela maldita garota, de uma vez por toda, mas Denis se decepcionou mais uma vez com ele mesmo, pois com certeza ela já sabia que era dele, ou então não seria tola de querer dar o golpe da barriga com a possibilidade dele descobrir a verdade serem tão alta.

Sua… você armou direitinha pra mim. — pensou fechando a janela completamente atordoado e se jogando de bruço na cama e afundando o rosto no travesseiro em aflição.

ఌఌఌ

Naquela tarde! Muito furioso Denis não saiu de seu quarto, nem mesmo para comer, também não abriu a porta quando a senhora Elza bateu por várias vezes chamando-o para se alimentar, sozinho na escuridão total de seu quarto, Denis chorava e dizia pra si mesmo:

— Agora sim, que estou ferrado, agora mesmo que Eli nunca mais vai me perdoar. — falou cobrindo o rosto com as mãos, sentindo-se ainda mais melancólico e raiva de si mesmo por não ter resistido e caído na armação de Margareth quando ela veio a sua casa naquela tarde e o seduziu daquele jeito sem um pingo de pudor.

Denis ficou ali repetindo:

— Droga, droga, como eu me deixei levar, eu devia ter resistido-a, mas como eu poderia ficar só olhando ela tirar a roupa na minha frente e deitar na minha cama chamando-me e dizendo que seria só uma vez, eu deixei a luxúria tomar conta de mim, só pensei em me dar bem e não nas consequências, agora estou aqui tendo que lidar com o resultado da minha burrice, é a minha linda e amável Elisandra, foi-se embora, deixou-me sem nem mesmo me dar uma chance de me explicar "se é que isso tem explicação". Já que se fosse o contrário eu agiria do mesmo jeito ou pior, já que me conhecendo, teria acabado com o cara que tivesse possuído minha garota.

Ah, Eli, onde você está? Por que você não me deixa explicar, eu preciso de você minha linda! Volta pra mim Eli, volta, eu estou a ponto de fazer uma loucura.

ఌఌఌ

Os dias passaram, Margareth estava pressionando Denis cada vez mais, pois ela estava passando muito mal, com os enjôo matinal todos as manhãs, no qual já não dava mais para esconder de seus pais. Uma manhã ao invés de ir para o colégio, Margareth foi a procura do Danis mais uma vez, só que daquela vez, ela foi o procurar na empresa do pai dele, onde sabia que Denis trabalhava meio período, e como ele estava lhe evitando a ponto de arrumar um atestado alegando que não estava bem de saúde, entregando no colégio dizendo que estava doente, o que logo ela descobriu pala ajudando da diretora, decidindo ir na casa dele saber como ele estava e saber o que de verdade ele tinha, mas ao chegar, ainda longe, ela o viu entrar no carro com o pai, naquele momento ela então, soube que tudo não passava de uma armação dele para não ir ao colégio e assim também não a encontrar, aborrecida deduzindo a armação de Denis, ela segui até a casa bateu na porta e quando a senhora Elza olhou pela janela e a viu logo fechou a cara, pois já sabia que por causa dela seu menino estava sofrendo com a partida da Elisandra.

Margareth vou quando a senhora a olhou com desprezo, e logo falou em voz alta para a senhora ouvir de dentro da casa.

— Eu sei que não sou bem vinda, não sei se o Denis contou a novidade, mas eu não vim falar sobre isso, só estou aqui para saber como ele está, já que soube no colégio que ele está doente, então se a senhora me deixar entrar para falar com ele, eu ficarei muito grata — mentiu para assim a senhora lhe falar onde Denis tinha ido, assim ela não perderia seu tempo indo até a empresa à toa, caso ele não tivesse ido para lá.

Foi barata, aconteceu como ela esperava que acontecesse, a senhora Elza logo lhe disse que Denis estava muito bem, e que até tinha ido para a empresa com o pai. Ao saber, Margareth ficou possessa de raiva, pois ali ela descobriu a farsa dele que teve coragem até de mentir para o colégio todo, e ainda por cima pra ela.

“Então é assim, não é Denis, é assim que você quer que eu aja, você acha mesmo que pode me evitar para sempre, não é! Então, vamos ver quem é mais esperto e mais forte, seu pirralho!” — resmungava para si mesmo enquanto caminhava para a estrada. “Você não passa de um frangalho, agora você vai saber do que mais eu sou capaz”. — falou com semblante duro.

Margareth chegou à estrada, fez sinal para um táxi, assim que o táxi parou, ela entrou e logo ao se acomodar, passou o endereço ao taxista que seguiu imediatamente. Enquanto o carro avançava pela estrada, Margareth no banco de trás preparava mentalmente sua performance ao chegar na grande empresa, N.G.D. Gonzalez, no centro da cidade Boa Vista, logo o táxi estacionou na entrada da grande empresa N.G.D. Gonzalez. Margareth pagou o taxista e saiu, seguindo em passos largos para a portaria da empresa, assim que chegou na recepção, já foi logo falando com decisão.

— Oi, estou aqui para falar com o senhor Denis Gonzalez.

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