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CAPÍTULO 2

LUIZ OTÁVIO

Cheguei ao Rio há dois dias. Ainda não estou em minha própria casa, por enquanto estou na dos meus pais até comprar a minha e me estabelecer nela definitivamente. A minha avó está passando um tempo com eles por conta da saúde dela, que está bastante sensível.

— Vó, para com isso. A senhora está ainda mais linda — elogio-a, analisando cuidadosamente o seu rosto marcado pelo tempo sustentando, na cabeça, o chapéu novo que eu trouxe para ela do exterior. — A senhora vai usar esse chapéu quando formos passear na praia.

— Não ouse mentir para a sua avó. Posso até ir passear e usar o chapéu, mas não diga que estou mais linda que antes. Estou velha, Luiz Otávio. Velha!

— Se mudar de assunto, eu dou um jeito de trazer aquela torta proibida que a senhora ama.

— Posso pensar nisso.

Pessimista ou modesta? Não consigo me decidir.

É ótimo estar de volta. Abraçar a minha família não tem preço. Tenho orgulho de fazer parte da família Meier. Pelo menos de alguns dos Meier.

— É só o Luiz chegar, que a vó esquece que tem outros netos — Melissa, a minha prima piriguete, resmunga.

Ela se aproxima de nós rebolando, com um sorriso descarado, olhando-me dos pés à cabeça. Estranho. Melissa nunca me olhou assim antes. Não... Na verdade, acho que ela nunca me olhou antes.

Dou-lhe um aceno com a cabeça e me levanto para me afastar e deixar ela e minha avó conversarem.

Morena, quase negra, do cabelo cacheado e volumoso, com pernas grossas e malhadas exibidas em um short minúsculo, Melissa é uma modelo que está começando a ganhar espaço nas revistas e marcas pouco conhecidas. Sei disso por conta das fofocas que a minha mãe fez questão de me contar. Ela insiste que eu devo conhecer Melissa melhor e, talvez, sair com ela.

Mamãe é uma doida varrida.

Melissa sempre foi namoradeira, e, na época de escola, fingia não me conhecer. Sempre rodeada por pessoas populares e valentões, nunca deu pistas de que se importava comigo, o que diria querer casar. Quero dizer, sair comigo.

Se bem que a relação sexual com ela deve ser uma maravilha. Lembro-me de que, desde muito nova, ela adora exibir os peitos pequeninos e empinados em decotes que me constrangem. Penso no quanto são sortudos todos os caras que já mamaram ali.

— Primo? — ouço a voz dela chamando por mim quando estou prestes a abrir a porta do meu antigo quarto.

O que ela quer comigo?

— M-elissa, o que você quer? — pergunto sem olhar nos olhos dela, tentando não parecer nervoso.

— Você está muito gato, sabia? — Aproxima-se de mim enquanto ainda estou com a mão no trinco.

— O que você quer? — insisto em perguntar, ignorando o seu comentário desnecessário. Ela só pode estar de brincadeira comigo.

— Quero que faça aquele seu lance e promova a minha imagem. Somos parentes e você quer me ver bem, certo? — Encosta-se na parede e dobra os braços, pressionando os peitos. Eu a olhei sem querer.

— Sim. Posso te ajudar com isso. Por favor, me envie algumas... f-fotos suas. As fotos que você quer que sejam vistas.

— Se me fizer famosa, eu faço o que você quiser. — Leva as mãos ao meu pescoço e acaricia a minha nuca, deixando o seu corpo tocar no meu.

Agora os meus olhos têm uma boa visão do seu decote e meu membro sente uma pontada, começando a ficar com vontade de ser acariciado.

— Com licença. — Afasto-me dela, abro a porta, entro no meu quarto e a fecho logo em seguida.

Respiro fundo, desabotoo o botão da minha calça, abaixo o zíper e tiro o meu pau ereto para fora. Vai ser fácil me livrar da Melissa. É só eu bater uma pensando nela, que já vou enjoar.

Com uma mão na parede e a outra no meu pênis, começo a descabelar o palhaço de olhos fechados, com a imagem da minha prima em minha frente. Imagino-a erguendo a blusa e mostrando os bicos dos peitos para mim. Enjoo desse pensamento e logo imagino como deve ser a florzinha morena dela. Deve ser uma delícia. Aquela vadia calculista. Se eu pudesse pegá-la, iria fodê-la inteira e...

Uuhhrg! Ohh! Que delíciiiiia! Que gostosa do caralho!

Guardo o meu membro e me jogo na cama.

Ajudá-la a ficar conhecida vai ser bom para mim também. Pelo menos ela vai ficar ocupada tirando fotos e viajando, e não irá me perturbar mais do que isso. Se eu quiser relação sexual com ela, terei que me casar antes. Algo que está totalmente fora dos meus planos, porque quero me casar com uma jovem recatada e pura, como eu, alguém que não tenha recebido o pênis de outro homem dentro de si. Em breve verei esse assunto no projeto “Encontre a sua varoa”.

(...)

O resto da semana foi churrascada atrás de churrascada. Meu pai fez questão de me apresentar, orgulhosamente, para todos os seus amigos. Alguns já me conheciam, outros ainda não. Ele contava sempre o mesmo discurso: “Este é o meu filho Luiz Otávio, de quem eu sempre falava. Ele chegou do exterior e, agora, vai morar aqui, na cidade. Estava estudando lá e se tornou um profissional nessas coisas de internet e computadores”.

Meu pai não entende absolutamente nada de tecnologia. O lance dele é lidar com a apicultura. Já a minha mãe administra o restaurante da sogra dela, a minha avó Laura.

Melissa me deu algumas olhadas perturbadoras em todos os momentos que conseguiu. Eu me masturbei pensando nela só mais uma vez, e depois não rolou mais. Já enjoei da cara dela, pelo menos sexualmente. Acho que ser virgem por tanto tempo está afetando o meu cérebro, porque não é normal enjoar de uma garota tão gostosa e atirada como ela. Preciso me casar logo.

Na segunda-feira vou com o Elias na melhor agência de imóveis do Rio de Janeiro para começar a escolher a casa onde vou morar e poder ser mais eu. Ainda não o vi, porque a minha família, por enquanto, não sossegou com a minha chegada, e Elias disse que tudo também está corrido para ele, por estar ajudando a irmã com um trabalho comunitário em um orfanato. Não entendi direito sobre o que isso se trata. Enfim, na segunda-feira nós nos veremos e eu poderei matar a saudade do meu único melhor amigo.

(...)

Agora é segunda-feira, sete horas da manhã. Acabei de acordar e já tomei o meu banho. Ainda com a toalha em volta da cintura, analiso os gráficos das minhas vendas dos últimos dias. Tudo está indo perfeitamente bem. Tenho dinheiro de sobra garantido para os próximos meses. Preciso aplicá-lo o mais rápido possível, pois dinheiro parado é dinheiro perdido.

Antes de decidir vestir as roupas, noto que estou excitado. Eu deveria ter obedecido ao meu corpo e batido uma durante o banho. Um fato sobre mim: odeio me masturbar. Eu sei, é gostoso e me satisfaz, mas me sinto frustrado logo depois. Não me sinto um homem de verdade. Porém, é o que me resta. Deixo a toalha cair no chão, sento-me na cama com as pernas esticadas, para o meu cacete ficar mais à vontade e acessível, e mando ver. Eu sei que isso acontece com todos os homens, mas percebi que a minha sensibilidade sexual é muito maior que o normal.

TOC! TOC! TOC!

— JÁ VAI! — grito, assustado, porém me lembro de que a porta está trancada e que ninguém me verá nesta situação.

— SEU AMIGO ESTÁ NA SALA! — minha avó avisa.

Tão cedo? Elias deve estar com muita saudade. Sorrio.

Rapidamente, visto as roupas que eu havia separado: uma calça jeans azul-clara um pouco justa, como eu gosto, e uma camisa polo branca. Calço um par de sapatos de marca, dou uma ajeitada no cabelo, passando um gel nele para o deixar brilhoso, perfumo-me e já estou pronto para ver o meu amigo.

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