Prólogo 4
Rodrigo chega na casa da namorada e como imaginava, nem se deram ao trabalho de trancar a porta.
Ele entra e vai em direção ao quarto da namorada. E lá os vê, Tatiane se entrega com paixão a outro:
— Ahnnn... — Os gemidos dela arrebentam seu coração.
— Ahnnn... — Ele entra no quarto olhando o homem encima dela, como ela pôde?
— É assim que se sente mal? — Fala Rodrigo fazendo o casal pular na cama de susto, o clima deles acabou no mesmo instante.
— Esse é o Cornélio? — O amante pergunta para Tatiane.
— Ele mesmo. — Fala Tatiane sem emoção.
Rodrigo ri sem sentir graça:
— É assim que me chamam? Cara, quer saber? Podem continuar, essa mulher para mim não vale nem para sexo. Divirtam-se. — Fala dando as costas para sair.
— O quê? Espera Rodrigo. — Tatiane o chama.
— Vai ficar com o seu namorado novo sua vagabunda. O novo Cornélio, e me deixe em paz. E pensar que ia te pedir em casamento. — Ele fala com desgosto. — Comecei a fazer uma casa para nós. Ainda bem que descobri antes. Passar bem Cornélio. — Rodrigo vai embora sem olhar para trás.
Quando chega na estalagem encontra Dito e Benê conversando. Daniel já fora dormir.
— Cabra, tem umas gatinhas no Bar dos Primos. — Dito fala para Benê.
— E como você sabe? — Benê pergunta.
— Eu as vi, estavam saindo de dentro do bar esses dias. Rapaz cada uma de matar um peão de um infarto.
— Kkk... vai me dizer que tá a fim de ir lá? — Pergunta Benê.
— Ah, é lógico que eu vou.
— É? E como pretende entrar? Se a bebida é para maior, imagina as gatinhas.
— Poxa vida, tenso hein?... vou tentar dar um jeito.
— Me avise quando não der certo, para eu rir da tua cara.
— Ah é? Você vai ver só.
Rodrigo passa por eles calado e se tranca no quarto.
— Cabra? — Dito o chama.
— Quê?
— O que será que deu nele?
— Sei lá. Deve ter brigado com a namorada.
— Sai fora, nunca vou querer namorar. — Fala Dito confiante.
— Ah é? Mais fácil você do que eu. — Benê afirma.
Em 3 meses Cássio assina o divórcio. Lucinda a cozinheira foi a melhor decisão de sua vida. Ela ainda ajuda a olhar o filho quando está trabalhando.
A noite Alexandre vai até à casa de Mariza, sábado não a viu o dia todo. Foi comprar um par de alianças de namoro. Tinha encomendado e chegou no dia de aniversário dela de 14 anos.
Estão a 3 meses juntos e está cada dia mais feliz.
— Alexandre? Pensei que não viria. — Fala Mariza radiante.
— Justo no dia do seu aniversário? RS, só se estivesse morto e enterrado.
— RS, para bobo.
Como sempre ele vai até à casa dela para namorar. Depois que comem o bolo que a tia dela fez, ele lhe entrega o presente.
Ela pega a caixa que ele deu e coloca no colo, com receio de abrir.
— O que é? — Pergunta agoniada.
— Abre.
— Tá.
Ela vai abrindo e cada vez tem uma caixa menor dentro.
— Ai, Alexandre você tá tirando uma onda comigo.
— RS, mais ou menos.
Finalmente uma caixa pequena e dentro dela uma caixinha aveludada.
Ela olha a caixinha surpresa e diz:
— Isso é…? — Ela abre a caixinha, dentro dela um par de alianças.
— É lindo. — Fala emocionada. — São de prata?
— Não, é de ouro branco. — Fala Alexandre.
— Obrigada, amor. — Ela abraça o namorado toda feliz, e sem ela e ele saberem, dão o último beijo apaixonado do casal.
O beijo deles fica intenso e Alexandre para:
— Desculpa amor. — Fala colocando uma mecha dos cabelos ruivos dela atrás da orelha.
— Eu não o culpo. Eu também me empolguei, RS...
— Melhor nós entrarmos e ficarmos com seus tios.
— Tá bom.
Às 22hs, Alexandre se despede e vai para casa, na fazenda três poderes sua avó o aguarda.
— Olá querido, de onde vem? Seu capataz que abriu a casa para mim.
— Fui ver Mariza.
— Ainda está com essa garota?
— Sim, e quando ela tiver idade me casarei com ela.
— Doce ilusão querido. — Ele entra na cozinha e vai tomar água.
— O que quer dizer vovó?
— Uma hora sentirá falta de certas necessidades físicas meu querido.
— Eu respeito ela.
— Então você dormirá com outras mulheres?
— Claro que não.
— Bom, não me interessa. Tenho uma sobrinha neta que vai se casar, vim te convidar para o casamento.
Ele senta ainda tomando água.
— Claro eu vou. Chamarei Mariza para ir comigo.
— Não quero que convide essa mocinha.
— Bom, então eu não irei. Se vou a uma festa, vou com a minha namorada. Se ela não pode ir eu também não posso.
— Mais querido...
— Vovó quero que entenda. — Ele se levanta para continuar falando. — A Mariza é o amor da minha vida e ponto final.
— Está bem, pode convidar ela. — A avó se dá por vencida.
— Obrigado.
Alexandre ajuda a vó a se instalar para dormir essa noite e vai para seu próprio quarto.
Na chácara Pérez...
O senhor Pérez, tio de Mariza, chega de carro, acorda a esposa e a faz pegar tudo o que consegue de roupas.
Depois acordam a Mariza e fazem ela se arrumar.
— O que está acontecendo tia? — A tia fica calada só chora.
— Tio? Aonde vamos?
— Ainda não sei querida. — Ele responde apressado arrumando o que pode.
— E quando nós voltamos?
— Talvez nunca mais.
Mariza entra em pânico:
— Não posso ir, preciso avisar o Alexandre.
— Não dá tempo querida, sinto muito.
— Então vou ficar.
— Você não pode ficar. Se pudesse eu deixaria querida. Me desculpa por ter que afastar vocês. — O tio fala com o olhar triste. — Vamos embora rápido.
Mariza vai aos prantos embora:
— Ah, Alexandre. Não, tio não faz isso comigo por favor. — Fala chorando.