Prólogo 3
Na chácara Pérez, Alexandre conversa com os tios de Mariza. Ela está tão nervosa com medo de não aceitarem que fica roendo as unhas.
Alexandre desde novo, sempre teve grande influência com seus tios.
— Você gosta dele querida? — Pergunta o tio.
— Muito titio.
— Bom... — O tio fala pensativo.
O tio olha os dois, mais acaba sedendo.
— Tudo bem. Nada de ficarem sozinhos, nunca.
— Sim, senhor.
— Obrigada, tio. — Agradece abraçando o tio.
— Estarei sempre por perto. — Fala Daniel.
— Obrigado Daniel.
Eles se abraçam e trocam um selinho, o tio não liga é um beijo de namorados.
Na fazenda Lírio do Vale...
— Marcela? Onde você está? — Chama Cássio entrando na sala.
Ela estava bêbada na sala quase dormindo.
— Mamãe?
— Lucas, vá lá para fora, fique com os rapazes.
— Tá bom. — Ele se aproxima da esposa.
— Não podemos continuar nesse tipo de relacionamento. Quero o divórcio Marcela.
Ela coloca a mão na cabeça que está doendo
— Eu lhe dou o divórcio. É muito chata essa vida com você. Tudo muito monótono.
— Pensei que amasse ao menos nosso filho.
— Você é um idiota. Te dou o divórcio de olhos fechados se quiser. Mais vai lhe sair caro. E esse pirralho pode ficar com você.
— Não fala assim do meu Filho!
— Nem ligo. Eu estava pensando em ir embora dessa casa, aqui não respiro direito. Tenho marido, mais não dorme comigo.
— Não faço questão desde que descobri suas traições. Você me dá nojo Marcela. Em minha sã consciência, jamais vou querer nada com você.
Ela se levanta cambaleando e fala:
— Quer saber? Vou embora agora.
— Por mim já vai tarde. O Lucas fica. Não se atreva a tentar levar ele.
— Nem em sonho vou levar ele, pode ficar com você.
— Mãe desalmada.
— Kkk... — Ela vai rebolando para o quarto fazer as malas.
— Em dois dias você virá atrás de mim.
— Nem pensar. Tenho amor-próprio.
— Você não irá aguentar ficar muito mais tempo sem mulher. — Ele ri irônico.
— Para isso tem o bar dos Primos. Depois de você, não vou querer me casar com mais ninguém.
— RS, melodramático. Até mais Cássio.
Marcela leva três malas para o carro e vai embora.
Cássio vai atrás do filho o chamando para jantarem:
— Vamos jantar campeão?
— Vamos pai.
Cássio se vira para o Rodrigo dizendo:
— Preciso de alguém para cozinhar. Não vou dar conta, tem muito serviço na fazenda.
— Vou arrumar alguém senhor. Enquanto isso, todos iremos ajudar a cozinhar e limpar. Sinceramente amigo, foi a melhor coisa que você fez.
Cássio sente que Rodrigo quer lhe dizer algo.
— Senhor, Dona Marcela se ofereceu para mim. Eu neguei veementemente. Por favor, não desconfie de mim. Tenho namorada, e mesmo que não tivesse, jamais faria isso com um amigo, sou um homem honrado.
— É claro que confio em você. O meu erro foi confiar na Marcela, ela me usou direitinho.
— Sinto muito, patrão.
— Ainda bem que tenho vocês todos.
Os rapazes jantam e Cássio conta para o filho, da melhor maneira possível que a mãe não irá mais morar com eles.
Na chácara Péres...
— Obrigado pelo jantar, preciso ir e levar o Daniel. Te pego amanhã cedo para irmos para a escola.
— Tá bom. — Se despedem com um selinho. — Tchau.
— Tchau querida.
— Falou linda. — Fala Daniel.
No caminho vai conversando com o Daniel.
— Você é corajoso. Mais parece que vai dar certo o namoro de vocês.
— Dependendo de mim sim.
Uma semana se passa, todos da escola ficam sabendo do namoro do mais novo casal.
Os dias passam e a Marcela simplesmente sumiu. Os advogados fazem todo o trabalho pelo Cássio.
O namoro de Rodrigo com a Tatiane prossegue normal e o de Alexandre com Mariza.
— Patrão? — Chama Rodrigo.
— Pode falar.
— Esta é Lucinda, veio para a vaga de cozinheira.
— Muito prazer senhor Durant.
Cássio gosta de Lucinda assim que a vê, a contrata de imediato. Alexandre namora Mariza na casa dela ou na escola. Não quer que ninguém pense mal dela com ele.
No fim de semana seguinte Rodrigo combinara de sair com a namorada. Namora a seis meses e nunca passaram de beijos e abraços, essa noite de domingo iam fazer amor pela primeira vez, mais ela disse que não se sentia bem e iria dormir cedo, para remarcarem para semana seguinte.
Então Rodrigo fica na fazenda, estava construindo sua própria casa, e tinha muito o que fazer nela a noite. Cássio estava chateado e resolve pela vez ir conhecer esse tal Bar dos Primos.
Chega no Bar a noite e vai beber, tem uns colegas no local, um muitíssimo bêbado se aproxima.
— E aí maluco? Você viu o Cornélio por aí? Ele veio com você? — Cássio olha para o homem sem entender. — Do que você está falando?
— Meu parça acabou de sair. Foi catar a mina do Rodrigo. Cara, como ele sabendo que é galhudo, aceita isso? Kkk...
O homem se vira para sair andando e Cássio o puxa pela gola da camisa.
— De que mina você está falando?
— Oxi, ele tem outra é? Ah então chifre trocado não dói.
Cássio deixa o bêbado ir, fica na dúvida se acredita ou não. Até o dono do bar que o está servindo confirmar.
— Cara ele diz a verdade. Nós sabemos que você é amigo do tal Rodrigo, seu Capataz.
— Quanto te devo? — Cássio pergunta.
— R$ 25,00. — Fala o Primo, dono do bar.
— Fica com o troco. — Sai sem dizer nada.
Cássio volta para a fazenda, e encontra Rodrigo trabalhando na casa que ele começou a construir com intenção de pedir a namorada em casamento.
— Patrão? O que faz aqui?
— Quero que seja forte. Tenho uma coisa para lhe contar. Não sei se é verdade.
Rodrigo para o que está fazendo e limpa as mãos.
— Pode falar patrão.
— Fui ao bar dos Primos e lá me disseram que sua namorada o trai. E que nesse instante está com outro. Eu sinto muito cara. Sofri demais com a Marcela, não quero que você passe pelo mesmo.
— Certo. — Rodrigo pensa um instante e sai.
— Aonde vai?
— Fazer o certo.
Vai em direção ao celeiro já que não pode dirigir pega um cavalo.
— Seja racional.
— Sempre patrão. — Sobe no cavalo e sai galopando em direção a casa da namorada.