Prólogo 2
Às 11:45 Cássio está esperando todos no carro.
— Papai. — Lucas corre até o pai.
— Oi amor, entra.
Todos aparecem e sobem na carroceria. Mariza, vai à frente com o Lucas.
— Sr. Durant, vou com os meninos ver o que aconteceu com os pais do Alexandre. — Fala Mariza.
— Vamos todos, ver o que aconteceu.
Ao chegarem na fazenda três poderes, tudo está muito quieto.
— Que silêncio! — Comenta Mariza.
— Olha ali, cara quanto carro. — Fala Dito.
— Até onde sei, Alexandre só tem um carro. — Comenta Benê.
— Vamos entrar. — Fala Rodrigo.
A porta da casa está aberta e se escuta várias vozes. Eles entram e no meio da sala tem dois caixões fechados.
— Misericórdia quem morreu? — Fala Dito nervoso.
Uma mulher idosa se aproxima, a avó do Alexandre:
— Olá meus queridos.
— O que aconteceu, senhora Gonzalez? — Pergunta Cássio.
— Meu filho estava dirigindo bêbado e capotou o carro. Coitado do meu neto.
— Meu Deus! Onde está o Alexandre? — Mariza procura ele no meio das pessoas e não o acha.
— Eu não sei, pegou o cavalo e saiu.
— Nossa que barra, eu sei como ele se sente. — Fala Daniel. — Perdi meus pais a pouco tempo também.
Enquanto Daniel fala Mariza sai, vai procurar o amigo que ama em segredo a um ano. Vai em direção ao estábulo pegar um cavalo para o procurar.
Segue até o estábulo e lá está ele, abraçado no pescoço do seu cavalo e chorando.
— Alexandre? — Ele olha para trás e vê sua amiga Mariza.
— O que faz aqui?
— Somos amigos, não só compartilhamos a felicidade juntos como também a dor.
— Não estou conseguindo raciocinar direito.
Ela vai até ele e o puxa para um abraço afetuoso.
— Eu sinto muito.
— Dói muito.
— Eu sei, esqueceu que também perdi meus pais?
— Não sei como você aguentou tanta dor linda.
Mariza sente um peso e começa a ajoelhar, quando se dá por si os dois estão abraçados e ajoelhados no chão ambos chorando.
Alexandre se afasta um pouco para olhar ela nos olhos.
— Obrigado por vir, significa muito você aqui comigo. Ele passa os dedos pela bochecha dela. — Nunca tiveram tanta intimidade, ela fica paralisada. Alexandre segura o queixo dela e abaixa o rosto chegando cada vez mais perto.
Mariza não consegue se mexer, não acredita que seu sonho de beijar Alexandre vai se realizar.
Os lábios dele encosta nos dela, a beija com muito carinho e respeito, pois sabe que ela é muito jovem.
No casarão, Dito diz que vai sair para procurar o Alexandre e a Mariza.
— Vou com você Dito Cuju. — Fala Benê.
— Você é cheio das graças. — Os dois seguem para o estábulo, vão pegar um cavalo para sair procurando Dito é o primeiro a ver o casal ajoelhado se beijando.
— Kcetada brava! Tá louco cabra, beijar ela? Ela é muito jovem!
— Mariza? Ele estava fazendo algo a força com você? — Benê pergunta e se arma para bater em Alexandre.
Mariza e Alexandre, já tinham se levantado e se afastaram assustados.
— Cabra vou quebrar a tua cara. — Faka Benê.
— Diz algo Alexandre. — Dito fala nervoso.
Alexandre segura a mão de Mariza e fala:
— Amo a Mariza a um ano, ia esperar ela fazer pelo menos 15 anos para pedir ela em namoro. Mais como não ocorreu como planejei, irei conversar com os tios dela ainda hoje.
— Cabra, tu tens 18 anos, ela vai fazer 14 em 3 meses ainda. — Fala Dito.
— A respeito a um ano. E vou continuar respeitando, a diferença é que agora ela sabe o que sinto por ela.
— Cara, não falo mais nada, nós temos que se reunir para resolver isso. Mariza? Tudo bem? — Fala Dito.
— Sim, está tudo bem.
— Vamos, não vou deixar vocês sozinhos. — Fala Dito.
Alexandre a puxa pela mão dela e entrelaça os dedos, dizendo:
— Vem amor, fica perto de mim.
— É o que mais quero Alexandre.
Os dois chegam de mãos dadas.
— Mais o que é isso Alexandre? Porque está de mãos dadas com essa jovem? — Pergunta a avó.
Cássio toma a frente e chama Alexandre de lado:
— O que está fazendo? Tá maluco?
— Amo a Mariza.
— Ela é muito jovem, o relacionamento de vocês não será bem-visto.
— Eu sei. Serei discreto. Hoje mesmo vou conversar com os tios dela.
Cássio sabe o que é amar uma moça jovem. Marcela foi mãe de Lucas aos 14 anos.
— Por favor seja prudente. Deve namorar com ela sempre conosco por perto. Não quero que falem mal dela.
— Certo, eu menos ainda. Apenas a beijei, vou pedir ela em namoro. Pena que eu não esteja feliz para isso hoje. Mais sinto que Mariza irá me ajudar a tolerar isso tudo. — Eles dão as mãos.
— Meus pêsames, amigo.
— Obrigado.
Alexandre volta para dentro com o Cássio e fica perto de Mariza o tempo todo. Enterra os pais em um terreno reservado para a família na fazenda.
Após o enterro todos vão embora, menos Mariza e o Daniel que ficou para olhar o casal.
— Espero que me explique o que significa isso Alexandre. — Fala a avó.
— Amo a Mariza vovó. — Mariza fica feliz em ouvir.
— É verdade? Desde quando? — Pergunta Mariza sonhadora.
— Desde o ano passado.
— Eu também. Mais você estava namorando.
— Achei meus sentimentos por você uma loucura de minha parte, então arrumei uma namorada.
— Eu fiquei muito triste na época.
— Eu percebi que estava diferente no grupo. Por isso terminei com a moça e não namorei mais ninguém desde então.
— Estão falando como se eu não estivesse aqui. — Reclama a avó.
— Me desculpe senhora Gonzalez. — Fala Mariza.
— E o que pretende fazer agora Alexandre com esse namoro sem sentido? — Pergunta a avó.
— Não é sem sentido vovó. E ainda não estamos namorando, como ela é menor vou conversar com os tios dela primeiro.
— Eles não vão deixar essa loucura prosseguir. — Afirma a avó paterna.
— Se não deixarem, irei insistir e aguardar ela ter mais idade.
— RS... — Ela sorri feliz.
— Isso é uma loucura. — Continua a avó. — Bom, faça o que quiser. Agora você é dono do seu nariz. Preciso ir querido, sua tia-avó está internada, vou visitá-la e de lá volto para casa.
Ela vai embora e Alexandre, chama Mariza e Daniel para irem até à Chácara Péres.
— Bora lá cabra. — Fala Daniel.