Capitulo VI- Diana Fontenelle
Tentamos de tudo para conseguir o dinheiro, mas foi em vão. Faltava dois dias para fazer dezoito anos, meu tio estava desesperado, seu nome restrito não conseguiamos nada, e a nossa casa não valia nem a metade do que pensavámos, ele sempre disse que devia muito, muito dinheiro, mas quanto mesmo não revelou. — temos que fugir. — Lhe olhei, neguei eu não vou sair daqui, se ele quiser que vá sozinho.
— Não vou lhe deixar sozinha aqui Diana, eles podem pegar você. — O encarei, eu não iria. — Você com esses olhos de Afrodite, acredite eles poderão te pegar e fazer coisas que não acredita, e isso eu não prometi a sua mãe. — Eu ri.
— KKKKKKKKK olhos de quê? — Questionei, nunca escutei tal comparação antes. — Ah por favor Diana pare com suas loucuras, que bom que suas malas já estão prontas, apenas pegarei o necessário, sairemos da cidade em breve. — Lhe olhei vendo que estava louco além de machucado. — Eu não vou sair daqui, este é o meu lugar, foi aqui que minha mãe disse que.... — Senti o tapa arder em minha cara, ao ponto que cai batendo a cabeça no carro. — Moço me ajude por favor. — Olhei para o senhor suplicando, abaixou a cabeça fingido não me ver. — COVARDE! Vocês são todos iguais! Tio Thales por que me bate?
Outro tapa foi dado, e mais uma vez ameaçou levantar a mão novamente, me encolhi no canto do carro, eu não ia bater nele, é meu tio, mas vontade não me faltou, bela vida minha mãe deixou pra mim, fechei os olhos deixei as lágrimas escorrer encontrando seu percurso, até que o carro parou, e mais uma vez fui arrastada pelo braço.
Enquanto ele pagava ao motorista, subi as escadas tranquei a porta do meu quarto. —Ninguém vai me tirar daqui, ninguém vai me tirar daqui. — Andei em círculos, pelo meu quarto buscando me concentrar no ultimo dia que eu o vi, agora restava tão pouco dele em minha cabeça. — Diana não me apronte nada, esteja pronta para partimos em breve. — Senti vontade de abrir a porta e responde-lo, mas caminhei pelo lugar, até que a porta foi arrebentada, pulei do chão na cama, me sentindo frágil, sem parar onde ir ou chegar.
Desta vez não era Thales, era dois homens alto, fortes, com tatuagens de terno preto. — A peguem-na! — O maior deles que gritou, olhei em volta unir as mãos em rendição, em súplicas. — Por favor, por favor, por favor não faça nada comigo. — O maior riu ao me ver, e quando me tocaram tirando-me da minha cama de ferro que eu me segurei firme. Tocou meu queixo com algo no olhos, enquanto os dois me segurava. Os olhos negros do maior a minha frente me avaliou. — É realmente uma belezura, digna de um bom valor. — Sua boca ao ser aberta havia dentes prateados, era o próprio demônio a minha frente.
— Andem, leve-a para o carro. — Não seria fácil assim, cuspi em sua cara, mordi o braço de um deles tentando fugir quando o maior me acertou em cheio na cara. — Não tente ser um ratinha como seu pai belezura, posso te usar aqui mesmo. — Me encolhi diante dele. — Thales, Thales por favor o que esta fazendo, me ajude, vão me estuprar, socorro! — Gritei pedindo socorro, mas ele não apareceu em lugar algum.
Fui levada por dois escada a baixo, o maior seguia na frente quatro homens chutavam tio Thales que estava coberto de sangue no chão, o desespero me veio. — Tio Thales, Tio o que você fez? Parem, Parem vocês vão matar ele. — Tentei lhe segurar no chão, mas fui puxada, ele era a única pessoa que eu ainda tinha na vida e mesmo sendo um viciado que se mentia em encrenca, me bateu trÊs vezes, era o que restava na minha vida, já que meu pai este nem aparecia, tampouco escrevia. Talvez minha mãe tenha razão, ele não prestava.
Quando saímos de casa, gritei. — Socorro, socorro é sequestro me ajudem. — Meus vizinhos saíram, mas ninguém se moveu, ficaram assistindo, olhei para a minha casa — Estão matando meu tio Thales, ajudem-no, ajudem-no. — Fui empurrada pra dentro de um carro preto, e não demorei a ver um carro a frente outro preto atrás, e quando os homens vieram, mordi sua coxa cravando meus dentes nela, fazendo-o gemer de dor. — puttana! — Recebi o tapa em cheio do lado da face que senti o gosto de sangue em minha boca, estava desorientada quando olhei em volta vi Thales correndo atrás do carro me dando a mão desesperado banhado em sangue. — Me ajuda por ... — Não vi mais nada depois daquela cena.
Quando acordei estava presa em um quarto, não sei se pelo barulho que veio do lado de fora, ou se alguém acabava de sair. Sentei no chão, olhando em volta, era um lugar frio, úmido de paredes cinzas, sem janela tudo fechado. Uma cama, lençois, e um banheiro, era onde eu estava deitada, agora sentada, as lágrimas vieram junto com as últimas lembranças, fiquei ali sentada até que o barulho cessou, levantei, chutei a porta alta de madeira grossa.
— Abre esta porta! Por favor me deixem sair. — Foram gritos em vão por horas, não havia nada ali, quando o mesmo homem grande que me pegou, veio jogou uma garrafa de água e uma vasilha com massa no chão pra mim. Não fazia ideia de quando foi a minha última refeição. — O que vocês querem de mim? — Perguntei recuando a medida que entrava, sorriu. — O que você acha que homens como eu, querem com uma garota como você? Pensei em te colocar na pista hoje, mas além de arisca, quero que meu chefe te veja primeiro.
— Porco, nojento! — Cuspi nele, que passou a mão no rosto. — és uma bela garota. — Ouvi ao tentar pegar em meus cabelos, sua voz não era nada boa de ser escutada ao pé da orelha. — Vamos ganhar muito com vários homens a noite inteira com você, não faz ideia, faz? — Engoli em seco, neguei com a cabeça, eu aceitava tudo menos isso. — Por favor não, moço eu faço o que o senhor quiser, eu sou boa com massagens quer uma? — Riu me atirando contra a parede, cair em cheio batendo nela.
— Vai massagear meu cacete com a sua lingua? — Neguei, eu faria tudo, menos esse tipo de coisas, sou virgem. — Eu faço limpeza, ajudo no que o senhor quiser. — Riu diante do meu desespero. — Cale a boca você ganha mais ficando calada. — O vi girar nos sapato pretos para sair, me agarrei nas suas pernas. — Por favor moço me ajude, eu acabei de perder a minha mãe, só tem dois meses, o que eu fiz desta vez? Me desculpe foi sem querer e eu.... — Me chutou empurrando para longe dele, saiu caminhando em seus sapatos italianos, fiquei olhando para seus sapatos, e apenas ao olhar para eles eu sorri, eu me lembrava, eram iguais ao do meu pai, se não eram, eram parecidos.
Mas lágrimas veio junto com o choro. — Papai onde você esta? Me ajuda por favor. — Pedi desesperada chorando, não tinha noção de dia ou noite, não comi aquela comida, eu a devorei como um animal faminto, deveria ter dias que fora feita aquela massa minha mãe era chefe nisso, as almôndegas estavam duras. Comi e bebi a água, fiquei esperando alguém, fui ao banheiro para fazer xixi, ali procurei meios para fugir, a janela era pequeninha, forcei por um tempo, e como muito cuidado e dificuldade, eu consegui passar por ela, pulei me arriscando quebrar uma perna.
— Ora, Ora temos uma gatinha na janela. — Não era possivel, era um deles que me esperou pular. Fui pega por dois deles, o homem alto, careca, forte veio colocando fogo pelas narinas. — mal chegou e já esta me dando dores de cabeça garota? Estamos com o seu tio sob controle, tem certeza que quer brincar conosco? — Neguei, com medo. — Não, meu tio por favor não! — Pedi para vê-lo ri.
— Seu tio já esta morto garota, ele não vai conseguir a grana, você vai trabalhar conosco até morrer, quanto a ele não espere muito. — Me ajoelhei diante dele lhe implorando. — Tire suas mãos sujas de mim. — Chutou-me, chorei implorando, ele se divertia com meu sofrimento eu passei a perceber isso a medida que eles riram de mim.