Aqui começa a história de Juliano Fidelis.
1° Capítulo de uma linda história de amor.
DIAS ATUAIS
Todos começam a desembarcar do avião, a jovem linda, mas também triste e desanimada Laudy, desembarcar no aeroporto de São Paulo, quando, não ver seu pai que já sai da área de desembarque procurando-o muito ansiosa para abraçá-lo apesar de estar muito triste de ter que voltar para essa cidade onde não tinha boas recordações, principalmente amorosa, não para de pensar.
—Fazer o que, aqui estou de volta a contragosto é claro! Apesar de saber quando fui para o exterior, que um dia teria que voltar para essa cidade onde nasci e cresci, mas mesmo assim me recusava a voltar, mesmo sabendo que aqui mora o amor da minha vida, que mesmo não sendo correspondida não consigo deixá-lo de amá-lo, desde criança, mas de que vale amar sozinha!
Por isso não queria ter que voltar nunca mais pra mesma cidade que sei que ele vive.
É Juliano Fidellis, olha o que você é capaz de fazer comigo, mesmo depois de tantos anos, ainda me sinto assim por você! E você papai onde está.
Laudy caminha olhando pros lados procurando seu pai e dizendo pra si mesma:
—Então é isso, de volta! “Brasil” aqui estou eu de volta, espero que não me arrependa de ter voltado!
—Desanimada mas também muito ansiosa e com muita saudade de abraçar meus pais, respira fundo ergue a cabeça, e com passos firmes segue para a esteira para pegar suas bagagens.
Enquanto isso do lado de fora do aeroporto.
—Minha nossa, logo hoje está tão difícil encontrar uma vaga —diz Poubel, muito ansioso para rever e abraçar a filha que há anos não vê pessoalmente e nem a sente em seus braços.
E dizer olhando nos seus olhos o quanto ela é amada como sempre falou, só para ouvi-la dizer as palavras que sempre gostou de ouvir quando ele falava: Laudy, você e a minha filhinha mais amada —E ela dizia:
—Mas é claro que sou né papai, sou sua única filha!
—Como quero ouvir isso novamente de você, Laudy, minha menina.
—Pensava ele muito eufórico enquanto tentava se acalmar e procurava incansavelmente por uma vaga no estacionamento, pois não via a hora de se encontrar novamente com o seu docinho.
Depois que consegui estacionar saiu andando depressa e dizendo:
—É Laudy, já faz mais de cinco longos anos que eu e sua mulher só falamos com você por tela de celular ou tablet, mas agora eu vou poder te abraçar filha.
Andando e pensando, não via a hora de senti-la nos meus braços novamente depois de tanto tempo. Pois desde que ela foi estudar no exterior, não se viram mais pessoalmente.
Enquanto dentro do aeroporto, Laudy, não estava diferente do pai, que era puro nervosismo, falando sozinha.
—Cadê você papai? —não me deixe mais agoniada do que estou em não te encontrar aqui como imaginei a minha viagem toda, que assim que lhe visse iria correr na sua direção assim que saísse do portão de embarque, mas você não está aqui como o combinado.
enquanto seguia para pegar suas bagagens que ao pegar a primeira viu que realmente está bem pesada como a amiga-louca, havia lhe falado que estava, contudo, não podia deixar essas coisas pra trás, já que os seus estudos e a mordomia de ficar no exterior havia chegado ao fim, forçando-a voltar, que apesar de estar morrendo de saudades dos seus pais, não estava nada contente em ter que voltar pra essa cidade, principalmente pra casa dos patrões dos seus pais, já que sua mãe e a empregada e seu pai e o motorista da família Fidellis! A família mais rica da cidade — ela fala torcendo os lábios pro lado.
Pensando nisso ficou ainda mais revoltada, precisava parar de pensar em tudo isso principalmente que já é coisa do passado.
—Mas isso é impossível já que ainda o ama, bom, acho melhor pegar logo essas bagagens —Ai droga, só me faltava isso agora —ela xinga, olhando pro dedo, dizendo:
—Não acredito que quebrei uma unha, ainda mais essa — fala, tirando o pedaço da unha que quebrou. E voltando a pegar a segunda mala pra colocar no carrinho —eu mereço —fala, revoltada.
No momento que estava reclamando ouviu a voz do seu pai que chegou já falando:
— Laudy, Filha!
—Papai — falou se jogando nos braços dele que a abraçou bem firme e falaram juntos.
—Que saudade de você!
—Depois de uns minutos abraçados ele pegou suas bagagens, ela muito estressada falou:
—Porque você demorou tanto? —Olha só pra isso, quebrei uma unha pegando essas malas pesadas!
—Ah meu docinho, eu demorei porque esse lugar hoje está uma loucura, achar uma vaga pra estacionar foi bem difícil! Mas agora estou aqui, olha só pra você, filha, como você conseguiu ficar ainda mais linda! Ah, minha filha amada, você não mudou quase nada!
—Como assim, não mudei papai! Olha pra mim, eu mudei muito! — ela fala sorrindo feliz, por estar na frente do pai depois de tantos anos.
Olhando-a ele falou:
— Sim, sim, eu estou vendo, que você cresceu e ficou ainda mais linda! Como é possível eu ser o seu pai e marido da sua mãe, vocês duas são tão lindas! Olha pra você, está cada vez mais a cara da sua mãe quando tinha a sua idade!
Conversando e sorrindo chegaram do lado de fora do aeroporto.
—Vem logo Laudy, o carro está logo ali — disse, Poubel, sorrindo e bem animado com a presença da filha.
Depois que entraram no carro ele não pode deixar de falar como sempre:
—Já colocou o cinto, filha? —Vou ter que correr um pouquinho, pois hoje a mansão está um alvoroço só. A madame está dando uma festa pro jovem Juliano, filha, você se lembra dele? —Do filho mais velho da família Fidellis? —Então, ele foi premiado por ser o mais jovem empresário do ano. Pela segunda vez.
A empresa deles está rendendo bem mais desde que ele assumiu no lugar do seu avô a três anos, ano passado eles não comemoraram porque perderam a avó! Você se lembra dela?
— De quem papai?
—Da mãe da madame?
—Ah, não muito papai eu quase não tinha contato com ninguém da casa, lembra, que os filhos dos empregados não podiam se misturar com os filhos dos patrões.
—Verdade! Então, esse ano a madame fez questão de comemorar com muito estilo! Como ela faz questão de dizer toda hora.
—Vamos comemorar sim, e vai ser no estilo como deve ser filho, Você merece!
Laudy, acabou rindo muito ao ouvir o pai imitando a patroa. E assim os dois seguiram, viagem conversando e rindo de tudo e de todos. Logo o carro entrou pelos grandes portões da mansão dos Fidellis.
Quando ela entrou pela porta da cozinha que estava uma bagunça só, logo avistou a mãe distraída arrumando um arranjo de frutas em cima da mesa, seguiu e parou atrás dela, e então falou:
— Oi, Mamãe! — A mulher parou suas mãos no ar e com os olhos cheios de lágrimas se virou e já com as lacrimejados descendo pela face, falou:
—Minha filha! Ah meu amor, que saudade de você — elas se abraçaram e assim ficaram até que ouvimos uma voz vindo da porta que dava pra sala, uma voz muito linda que Laudy, jamais esqueceu todos esses anos que esteve fora, longe um do outro, primeiro porque ele foi estudar fora, depois ela que foi.
Aquele homem lindo com aqueles olhos que ela amava tanto, os mesmos que atormentava sua mente todas as noites ao deitar sua cabeça no travesseiro, a mesma voz que a fazia estremecer só de ouvi-la, quando ainda eram apenas adolescentes, a voz que mesmo com o passar dos anos, mesmo estando mais grossa do que ela se lembrava, mas que ainda assim, jamais deixaria de reconhecer, porque mesmo que quisesse não poderia porque só em ouvi-la se estremece imaginando ele falando no seu ouvido tudo que ela sempre quis ouvi.
Juliano, entrou falando:
—Bebel, você pode mandar…
Ele parou de falar e ficou ali parado as olhando. Bebel, logo que o ouviu entrando na cozinha, falando, se afastou do abraço com a filha, já enxugando as lágrimas falou na direção do homem paralisado na porta olhando fixamente para a linda moça no qual também o olha fixamente sem nem mesmo piscar. Os olhares deles se cruzavam, um hipnotizado no outro, perdidos nos olhos sem conseguirem parar de se olharem.
Só saíram do transe quando ouviram Bebel, falar:
— Oi senhor Juliano, em que posso ajudá-lo?
Mas ele continuou calado olhando a linda moça a sua frente, sem reação. Só então Bebel viu como ele olhava para a filha e como ela também o olhava, percebeu que deveria intervir, pois eles estavam totalmente submersos no que estava acontecendo aos seus arredores.
Juliano, só se despertou quando a empregada tocou no seu ombro repetindo a pergunta: —Senhor Juliano, o que o senhor deseja? —Em que posso lhe ajudar?
Foi então que Laudy, também saiu do seu transe disfarçado, seguiu até a pia abrindo a torneira colocando as mãos embaixo da água fria para aliviar a tensão que aquele encontro a causou, foi quando o ouviu se dirigiu a sua mãe falando:
—E meu terno, Bebel, o que eu vou usar esta noite, pede pra alguém ir lá no meu quarto e dar uma escovada nele, por favor, obrigado Bebel.
—Dito isso ele se virou e seguiu para a porta, mas antes de passar por ela, virou-se, me olhando e falou:
— Bebel, essa é a sua filha, Laudy, não é?
— Sim, senhor, ela acabou de chegar do exterior por isso que nós estávamos nos abençoando! Tão felizes — Disse a mulher sorridente mostrando a felicidade no rosto.
Olhando para Laudy ele falou com a voz trêmula:
— Seja bem-vinda!
— Olhando-o ainda trêmula não falei nada, pois eu estava muito emocionada em me deparar com ele logo que cheguei, então só consenti com a cabeça, vendo-o saiu pela porta, sumindo.
Juliano, saiu da cozinha, seguiu pro seu quarto esquecendo totalmente o que tinha que fazer, em pé na frente da janela olhando pro nada, com as mãos no bolso da calça começou a falar consigo mesmo:
—Meu Deus, como é possível ela voltou ainda mais linda! Me lembro como se fosse hoje, as vezes que ficava de pé na janela da sala que dava pro jardim dos fundos da casa, só para vê-la, pois era o seu lugar preferido para estudar ou ler, já que sempre estava com um livro nas mãos. O jardim dos fundos, era o lugar onde ela costumava ficar sentada por horas, já que minha família, sempre foi bem severo com os empregados que tinha filhos, eles jamais podiam passar pro jardim da frente da casa principal, onde era só pros filhos dos patrões, que jamais podia se misturar com os filhos dos empregados.
Os empregados com filhos para viver aqui tinham que seguir as regras.
—Laudy, eu sempre te amei em silêncio e nunca me esqueci de você, como poderia, você é a única mulher existente no meu coração! Desde menino que eu te quero! Eu te quero minha Laudy, nunca te falei isso por covardia e medo do que meus pais podiam fazer com você e seus pais, sendo assim sabendo das ordem deles, eu e os meus irmãos não podíamos brincar com você e as outras crianças! Por causa de um preconceito ridículo, por serem filhos dos empregados da família, então, cresci admirando-a somente pela janela, amando-a em silêncio, quando você olhava pro lado da janela que eu estava, me escondia atrás das cortinas e assim foi até eu ir estudar fora, isso foi há oito anos atrás.
— Nossa, tem oito anos que eu não a vejo, e ela está ainda mais linda! Ah Laudy, eu sempre te amei e vou continuar só que agora eu vou lutar e te conquistar! É você que eu quero! Por isso nunca me apaixonei por mais ninguém, esses anos todos, sempre tive esperança de voltar e declarar meu amor por você, mas quando voltei, você não se encontrava mais, saiu atrás de realizar seu sonho de estudar no exterior. E agora, você está aqui de volta. E eu te quero, meu amor.
Você é a única que faz meu coração bater mais forte desse jeito, quando eu te vejo ele acelerar, meu corpo tremer, como pode passar tanto tempo e eu ainda sentir isso tudo por você! Eu sei que você é uma mulher proibida pra mim, mas eu te quero mesmo assim, você vale qualquer risco, já que sempre foi e continua sendo meu único amor.