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TE QUERO

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Lennie Andrade
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Notas

Resumo

Nascido em uma família tradicional e muito rica da grande São Paulo, sendo o primogênito, desde cedo, já estou sendo preparado para um dia assumir os negócios da família Fidellis, uma família poderosa. Mas nada disso me importa se não posso ter o amor da minha vida, só por ela ser a filha da empregada e do motorista da família, meu coração desde menino sofre por ela! Contudo, sou proibido de me aproximar, nem pra dar um simples bom dia, no que pra mim e uma tortura já que a amo em silencio desde cedo! E não me canso de olhá-la pela janela onde meus olhos a encontram no belo jardim dos fundos da casa, onde ela passa a maior parte do dia lendo e estudando, sem perceber que eu não me canso de olhá-la e admirá-la. Imaginando rolando no gramado com ela rindo com aquele belo sorriso deslumbrante. Mas infelizmente, eu e meus irmãos sempre fomos proibidos pelos nossos pais e avós, de irmos até lá. Então só me resta amá-la e admirá-la de longe, mas será até quando eu aguentarei isso, não sei se vou aceitar isso por muito tempo, será que tomarei coragem de enfrentar todos e me jogar nesse amor, e conquistar a linda e amável, Laudy?

romancebilionário

PRÓLOGO

Anos atrás

O dia amanheceu lindo! O sol brilha fortemente lá fora, Juliano, está mais uma vez de pé olhando pela janela a procura da pessoa responsável por fazer seu coração bater mais rápido. Até que…

—Vem logo Juliano, você vai ou não jogar comigo? —Para de só querer ficar aí nessa janela olhando sei lá o que, as vezes eu acho que a mamãe precisa te levar ao doutor Zende, pra ele dar um jeito de fazer você ficar mais esperto, e querer fazer mais esportes, ao invés de só querer ficar aí nessa janela — Disse Júlio, irmão mais novo de Juliano.

— Tá, vamos lá jogar, o que eu não faço pra você parar de falar besteira. Mas só vou jogar três partidas e se você perder não vai chorar no colo da vovó, hein seu bebezão.

E assim Juliano e o irmão foram jogar basquete na quadra próximo ao jardim na frente da casa, sem perceberem que estavam sendo observados por uma jovem linda, que se escondia na cerca viva de azaléias que dividia os jardins da mansão Fidellis, Laudy, a filha da empregada e do motorista, não podia deixar de suspirar toda vez que via o primogênito da família. Apaixonada por ele desde criança, sofria a cada vez que era proibida de se aproximar dos herdeiros Fidellis.

Sem opção, ela o observa de longe sonhando com um amor que sabia que era impossível.

—Laudy, Laudy, chamou seu pai, se aproximando.

—Xiii, papai, fala baixo, quer que a jararaca me veja aqui.

—Se você sabe, que ela não vai gostar de te ver aí, porque você sempre faz isso, não vai me dizer que está vendo as crianças brincarem novamente!

—Sim! E o que isso tem demais, você não vai me castigar como a mãe deles fazem né?

—Como assim, do que você está falando, quem foi castigado?

—Ué, então o senhor não sabe, a irmã deles, Jillian, está trancada no quarto porque passou pro jardim dos fundos! A mamãe, falou que ela só queria pegar uvas no pomar, mas a madame a castigou, dizendo que elas têm empregados para fazerem isso, que é só mandar! Papai, eles não podem nem viver como adolescentes normais.

—É filha, e por isso que você não pode ser pega aqui, já imaginou o que a madame vai fazer com você, se ela é cruel com os próprios filhos, não quero nem imaginar com os empregados e os seus filhos.

— Verdade papai! Mas eu gosto tanto de vê-los brincando, olha só, apesar de serem tão limitados, ainda assim parecem felizes.

Alguns minutos depois quando o jogo terminou, Júlio, entrou dizendo que iria tomar banho, já Juliano, seguiu para a piscina, ele sempre gostou de nadar para relaxar, pegou essa mania por causa do estresse que a mãe causa em todos, com os seus surtos.

Laudy, continuou seguindo-o e quando o viu tirar as roupas ficando só de sunga, suspirou olhando pros lados para ter certeza que não havia ninguém lhe vendo ali vigiando seu amado, mas em um momento, acabou pisando em folhas secas fazendo barulho.

Juliano ouviu e logo olhou para a direção de onde veio o som.

Deixando-a nervosa, que saiu imediatamente, seguiu pro seu lugar preferido, sentando-se no banco do jardim dos fundos, de olhos fechados com o rosto pro alto deixando o sol aquece-la, e assim ficou relembrando todos os movimentos que seu amado Juliano, havia feito naquele dia, desde a hora que ela o viu logo pela manhã. Mal sabia ela que seus movimentos também eram vigiados por um par de olhos de um azul cinza que sonhava o tempo todo em um dia tê-la nos seus braços e amá-la como ele vem sonhando desde menino.

Sempre que a via no jardim parava o que estivesse fazendo, para lhe olhar e admirá-la em silêncio cada passos que dava, quando não tinha ninguém por perto e claro, já que sua família nunca iria permitiria que ele se envolvesse com a filha de empregados, mesmo que esse amor fosse a sua felicidade!

— Ah, Laudy, eu amo te amar. Mesmo que em silêncio.

—Juliano, vai se arrumar logo pra ir pra empresa comigo!

— De novo vovô, eu pensei que iria ficar em casa esses dias, já que estou em período de provas e preciso estudar!

— Não, Juliano, quando chegarmos você estuda, eu preciso te preparar pra ser meu sucessor um dia meu neto, você sabe que eu não posso correr o risco de deixar a destrambelhada da sua mãe, cuidar do nosso império, ela afundará tudo em horas, assim que eu me for!

—Para de falar isso, vovô, como diz a vovó, vaso ruim não quebra assim tão fácil.

— Até você falando isso Juliano, eu não sou ruim assim!

—Não vovô, claro que não, é só jeito de falar. Eu quero ser como o senhor quando crescer, o senhor além de ser bem sucedido, foi feliz no amor, ficando com o amor da sua vida desde adolescente isso é muito raro hoje em dia, nem todos tem essa sorte, já que o destino complica um pouco as coisas.

—Sim, meu neto, isso é verdade. Eu e sua avó sempre nos amamos, desde novos, e como eu sempre fui esforçado o pai dela não se opôs quando eu a pedi em casamento, mesmo porque eles viram potencial em mim, como ele falou na época, eu iria longe por ser inteligente nos negócios. O que eu não vi até hoje no seu pai.

—Como dizem vovô, não foi sorte, foi sabedoria o senhor mesmo sem ter um pai presente, se esforçou e cresceu no mundo dos negócios e olha pro senhor hoje, é o homem mais rico e poderoso da nossa cidade, todos temem o senhor Fidellis. Agora deixe, eu ir logo me arrumar senão não vamo chegar a empresa hoje, se eu quero ser igual ao senhor, preciso começar agora mesmo, e a primeira coisa a ser fazer e nunca chegar atrasado na sua própria empresa, porque isso gera negatividade aos seus subordinados, mesmo que não precisemos ser agressivo com nenhum deles, como o senhor sempre fala: Seja humilde e honesto sempre com as pessoas. Pois a verdade e honestidade andam juntos rumo ao sucesso.

Vovô, quando eu estiver terminando os estudos e pronto para assumir a empresa eu quero falar sobre a menina que eu amo, desde sempre e vou querer que o senhor me apoie, assim como os seus sogros lhe apoiaram.

—Juliano, você ainda tem muita estrada a percorrer, terá muito tempo pra você ver se é dela mesmo que você gosta, até lá, eu te aconselho não pensar em mulher nenhuma, só se dedique aos estudos e se prepare para assumir o que um dia vai ser preciso. Por enquanto esqueça todas as distrações. Agora vá se aprontar, eu vou ficar aqui te esperando não demore, filho.