A FESTA
A noite chegou, e os convidados já estavam chegando, o pátio da mansão já se encontrava com muitos carros, cada um mais luxuoso que o outro!
—A festa está linda, não está filho? —Disse sua mãe ao seu lado, que logo percebeu que ele estava totalmente distraído, o chamou:
—Filho!
— Hã, oi, mãe, o que foi?
—Meu filho, o que está acontecendo com você?
—Logo hoje, você está tão distraído! Veja, acho bom você melhorar essa sua cara, a sua pretendente está chegando, vê se não estraga tudo. Lembra-se que ela é a única herdeira da família Bozoni. A qual tanto a nossa família como a dela, fazemos gosto que vocês se casem! Então seja gentil com ela —Mamãe eu…agora não meu amor, eles estão vindo.
interrompendo o filho, sua mãe, não o deixou dizer o que pensa sobre seus sentimentos, ou pela sua pretendente. A qual ele não quer e nem pretende se casar,
—Ah mamãe, quando você vai aprender a me ouvir. Que vontade de gritar que eu não amo e não quero me casar com a senhorita, Alessia Bozoni, que só vejo-a como amiga, e olhe lá, já que não somos nem próximos. Que só a vejo quando ela vem aqui de vez em quando com seus pais para jantar e discutir sobre negócios, apesar dela ser muito bonita, doce e gentil! Não é a mulher que amo, e quero!
Enquanto Juliano está perdido em seus pensamentos não perceber os convidados se aproximando que logo os cumprimentam:
—Boa noite senhora Fidellis, oi Juliano! —Boa noite, parabéns pela premiação! E por essa festa que está linda! —Disse a jovem Alessia, com os olhos brilhando por estar na frente do seu pretendente.
—Obrigado, senhorita, senhor e senhora Bozoni, boa noite, como vocês estão?
—Boa noite, Juliano, estamos bem! Parabéns, rapaz, parece que seu avô sabia mesmo o que estava fazendo, ao lhe preparar para substituí-lo na empresa —disse o senhor Bozoni acompanhado pelo sorriso da mulher e da filha.
— Obrigado senhor, verdade, meu avô sempre disse que eu levava jeito! Eu cresci ouvindo ele falar isso —respondeu, Juliano seco doido pra sair da presença de todos e ir ver se encontrava com uma certa moça que faz seu coração acelerar cada vez que pensa nela.
Mas essa família parece um carrapato, assim como sua mãe.
Que logo resolveu lhe pregar uma peça, chamando o senhor e a senhora Bozoni para ir ao encontro do seu esposo deixando os dois jovens sozinhos.
—Por que, não vamos ver onde meu esposo está e deixamos Juliano e Alessia, conversarem, e se conhecerem melhor!
—Sim, sim! Claro —disse o senhor oferecendo o braço a esposa e seguindo a senhora Fidellis que seguia logo à frente deles.
Ao ouvi-la juliano, ficou irado pois o que ele mais queria nesse momento era sair dali e não voltar, mas sua mãe muito ardilosa foi mais rápida, então assim que o senhor Bozoni concordou, eles saíram.
Enquanto eles se afastaram, os dois jovens ficaram sozinhos em silêncio, que Alessia, logo quebrou puxou assunto.
—Juliano, você sabe que nossos pais querem que nós casemos, né?
Ao ouvi-la, ele ficou tão surpreso, dela tocar justo nesse assunto em um momento como esse que não conseguiu falar nada, só a olhou com um nó na garganta e consentiu com a cabeça.
Mas parece que seu gesto e olhar não foi o suficiente para a intimidar a não tocar nesse assunto porque ela o olhava com olhos brilhantes de admiração.
Contudo, as poucas vezes que ele a olhava era com frieza para que assim ela logo achasse que ele não servisse pra ser seu marido e desencarnasse dele o mais rápido possível, vendo que não tinha futuro com ele, que ele não a amava, mas parece que não foi o bastante porque logo em seguida ela começou a elogiá-lo tanto pela sua beleza, como por ser muito competente na profissão! Parecia que ela estava totalmente impressionada com ele, e isso é bem constrangedor mesmo porque através dos olhos dela, ele viu que ela o tinha como um príncipe.
Pensando nisso ele se sentiu desconfortável e simplesmente saiu do ar, imaginando que, o que ele mais queria fazer agora era estar em outro lugar com o amor da sua vida, nos seus braços, e só em imaginar estar com mulher tão bela quanto a sua Laudy, ficou de boca seca, com uma imensa vontade de…Juliano, Juliano —ele se despertou com o toque da mão da senhorita Alessia, que tocou seu braço o chamando:
—Hã, oi!
—Nossa Juliano no que você estava pensando, ou melhor em quem?
—Você estava sorrindo e ao mesmo tempo olhava pro nada!
— Ao ouvi-la dizer isso, engolir seco —então ela falou em seguida:
— O que você acha disso?
—Disso o que?
—Do casamento!
—Então Alessia, eu só vim saber das intenções dos meus pais hoje,
Então ainda não falei com os meus pais sobre isso! Mas não vai rolar porque eu não sinto nada por você, e essa coisa de casamento arranjado já era, isso coisa do passado — ele falou pedindo desculpas e saindo deixando-a plantada ali sozinha.
Seguiu em passos firmes e rápidos, olhando para todos os lados, acabou esbarrando no Júlio, que logo falou:
— Ei maninho, o que você tanto procura?
—Está à procura de alguém?
—Não, não, você, viu a Bebel?
—Sim, ela está lá na cozinha!
Ao ouvir o irmão, Juliano saiu apressado seguindo na direção da cozinha, mas antes que ele atravessasse a porta, sua mãe segurou seu braço puxando-o e falando:
— Vem comigo — não dando nenhuma chance dele falar alguma coisa, ela já foi o questionando.
—O que você fez com a senhorita Bozoni?
—Mamãe eu não posso me casar com ela, eu não a amo!
—E quem tá falando em amor!
—Você está louco, e tudo pelos negócios. Ninguém aqui está preocupado com amor! Você vai pedir desculpas aquela mimada que agora mesmo estar lá se queixando com o papaizinho dela, querendo ir embora!
—Mamãe!
—Mamãe, nada, nós precisamos expandir os negócios e essa é a nossa única solução, ou você como empresário não pensa grande, hãm. Vem comigo agora! E vamos reparar esse mal entendido.
A mulher saiu o arrastando até onde a família Bozoni estava.
Quando chegaram, ela já foi dizendo:
—Aqui está ele o encontrei! Ele tinha ido ao banheiro lavar as mãos que sujou com patê, por isso que ele lhe deixou sozinha, meu bem, mas foi só por um instante minha querida, mas como hoje isso aqui está uma loucura com muitos convidados, Juliano precisa dar atenção a todos. Então, eu os convido para um almoço um dia mais calmo. Depois pedirei que liguem para marcar com vocês, tá bom. Agora e hora da apresentação, e Juliano, vai fazer um discurso né filho —dito isso Juliano e a mãe se afastam da família Bozoni.
No caminho ela disse:
—Filho eu contornei a situação, vê se você não estraga tudo de novo, você vai se casar com aquela mimada e vai expandir os nossos negócios, entendeu! Agora suba naquele palco e dê o seu melhor .
E assim, ele com muita raiva da sua mãe, mas que neste momento não pode fazer nada, seguiu mesmo sem a menor vontade de subir naquele palco e fingir que está feliz, porque desde o início, ele não queria nenhuma festa, ainda, mais fazer discurso para trezentas pessoas.
Ele sobe e sem nenhum sorriso no rosto, pega o microfone, e começa a falar:
—Boa noite a todos, por favor peço um minutinho da atenção de todos vocês, pois chegou o momento de agradecer. Primeiro quero agradecer a presença de todos vocês que aqui estão compartilhando esse momento comigo e minha família. Então, como alguns que estão presentes aqui nesta noite já sabem, esse é o segundo prêmio que eu recebo nesses três anos de diretor geral da empresa Righetto! No ano passado infelizmente não podemos comemorar pois na mesma semana a família Fidellis sofreu uma grande perda, creio que todos que estão aqui estejam cientes do acontecido! Mas hoje nós estamos aqui esta noite em agradecimento pela competência de todos que se sacrificaram para que isso fosse possível, por isso —nesse momento ele levanta o braço pro alto segurando o prêmio e diz:
—Esse prêmio não é meu e sim de todos que trabalham na empresa Righetto. Obrigado a todos os funcionários, que fazem parte da família Righetto —Todos o aplaudem.
—Obrigado, obrigado —Dito isso ele desce e recebe os cumprimentos de alguns que se aproximaram dele e apertaram sua mão.
Quando chegou perto dos seus pais, sua mãe estava furiosa e logo disse:
—Hoje você está mesmo afim de estragar a minha noite! —Sem entender ele falou:
— Por que você está falando isso?
—Porque, você ainda tem coragem de me perguntar, por quê? —o prêmio é seu! Você ganhou! Porque falou em nome de toda a empresa?
—Aqueles subordinados não ganharam prêmio nenhum.
—Ah, e mamãe, e sem eles eu teria ganhado algum prêmio?
—Uma andorinha sozinha faz verão por acaso? —Dito isso, ele saiu de perto dos pais e seguiu pro seu quarto, e lá se trancou.
Seu pai virou fala para mulher e falou:
—Você podia dormir sem essa minha querida, pois ele tem razão! Se nós não precisamos dos funcionários na empresa, então pra que temos.
E outra, pra que você quer expandir os negócios se você não sabe dar valor que os funcionários merecem — Depois de falar o homem saiu deixando a esposa sozinha ali plantada espumando de raiva.
A festa continuou noite adentro, mas ninguém viu mais Juliano e nem o pai que também se recolheu se trocando no seu escritório e se deitando no grande e confortável sofá.
Todos perguntaram a ela onde estava o Juliano e o senhor Fidellis a deixando ainda mais furiosa. Ela não aguentava mais dar tantas desculpas, com muita raiva por eles a terem deixado sozinha na festa ela bufava doida que todos fossem embora.
Mais como uma boa anfitriã, teve que aguentar até o último convidado sair,
— Que maldita noite — ela resmungava enquanto subia as escadas, exausta, jogou longe o copo de champanhe que tinha em uma das mãos, dizendo:
— Vocês vão me pagar seus dois idiotas, vocês me pagam.
Quando chegou no seu quarto pronta para expulsar o marido de lá, não o encontrou, então disse:
—Há, seu covarde, você já sabia que eu não ia te deixar dormir na mesma cama que eu né, e se antecipou, ótimo! Pra que eu me casei com você. Você, não passa de um fracassado, como eu fui burra, perdi minha juventude ao seu lado, antes eu tivesse te deixado pra aquela-la, vocês mereciam-se —ela fala com raiva jogando o sapato no espelho e depois se joga na cama, todos escutam o barulho, mas conhecendo a fúria dela, ninguém se atreve a ir até lá ver o que aconteceu, pois já estão acostumados com o desequilíbrio da mulher.