Capítulo 3
— Me espera no carro, vai— Stefan apontou para a saída.
— Não tente me controlar, bebê. Vou sair para que você consiga se despedir para sempre da sua amante suja. — Saiu caminhando até a saída com estilo.
— Ual, que brava— Giovanni zombou divertindo-se.
Clara olhou triste para Aurora, sabia que os irmãos não poderiam recusar. Era uma oferta e tanto. A loira ficaria sozinha nas mãos da Catarina, que vem a intimidando a dias.
— Não, eu não quero. - A morena bate o pé, determinada.
— Você não tem que querer. Infelizmente. — O loiro falou, mas tinha tristeza na sua voz.
— Não fale como se importasse, Pietro! — Se exaltou com lágrimas nos olhos.
— Clara, vem comigo delicia, vem— Esticou a mão para a loira— Vem me satisfazer um pouco, por que estou de saco cheio desses dois! E confesso, você roubou a minha atenção a noite inteira.
A loira saiu sem excitar, enquanto os dois continuaram se encarando naquele pequeno quarto.
— Por que acha que eu não me importo?— Perguntou em voz baixa.
— Porque? Olha só pra você! — O olhou com desgosto— Sempre com o sorriso estampado nos lábios, vendo diversos homens transarem comigo e nem se importa. Vive com a sua namorada de nariz em pé, que me ofende a cada palavra dita!
— O que ela faz não é culpa minha! — Apontou o dedo no rosto da morena.
— Lógico que é. E abaixa essa mão — Deu um tapa.
Ele revidou o mesmo em seu rosto, que virou rapidamente para o lado. Lágrimas já caiam pelo rosto da morena, que o olhou novamente com a mão direita na bochecha.
— Me importo com você, mas...
— Eu sou uma garota de programa né?— Sorriu cínica.
— Exatamente.
— Então vai pro inferno, seu merda. E eu vou sim com esse maluco.
— Não vai!— Gritou.
— Vai ser divertido ver você tentar me impedir.
Pietro colocou a mão na sua nuca, e a puxou para perto. Seus lábios brigavam com os dela, para tentar beijá-la. Seu corpo foi empurrado pra trás, e ela passa a costa da mão na sua boca com nojo. Diferente do beijo quente que eles costumavam trocar, esse foi nojento e lhe deu ânsia.
— Nunca mais você vai encostar em mim. Entendeu? Nunca! Encoste essas suas mãos podre e eu as arranco. Eu vou com ele, e você não vai me impedir.
— Não faz isso comigo. Você não ousaria.
— Jura? — Pegou sua mochila— Você realmente não me conhece Pietro. Infelizmente, não me conhece.
Passou pelo loiro decepcionado, caminhou rapidamente pelo corredor limpando as lágrimas e abriu uma porta, de onde saia gemidos do Giovanni.
Ao abrir, viu sua amiga de joelhos chupando o moreno, que tinha a cabeça envergada pra trás, e os olhos revirados.
— Oh gostosa, mais rápido vai— Forçou a cabeça dela com força em um vai e vem rápido. Clara engasga algumas vezes, Aurora entendia o motivo.
Giovanni tinha uma belíssima fama na casa. O cafetão definitivamente já havia passado por todas as garotas, o problema não é que ele queria ou exigia, é que elas se jogavam loucamente em seu colo, buscando o prazer que ele proporcionava. E quando elas conseguiam, não demoravam para espalhar e se glorificar por ter o sentido dentro delas. Aurora nunca teve essa vontade, aliás, estava ocupada com o irmão problemático mais novo. E diferente do mais velho, Pietro tinha uma única amante. Aurora.
— Giovanni— A morena interrompeu.
— Merda— Clara se virou envergonhada.
Aurora teve a infeliz visão, do pau do homem ereto, que até naquela neurose, notou que era bem dotado. E parecia delicioso. Sacudiu a cabeça e respirou fundo.
— Eu vou com o De Luca, quando?
— Amanhã, ele irá vir te buscar aqui.
— Boa noite