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7. Segredos de sangue

O dia amanheceu mas com tantas descargas de raiva e ressentimento parecia até que tinha anoitecido tamanha a névoa escura que cobria tudo.

No castelo o clima era bem mais carregado já que a batalha de egos em francês e romeno deixava o clima bem mais interessante entre Raquel e Julio Cesar. Afinal com tantos anos de vida ,ou não, nas costas o que não faltara fora aprendizado ,em especial, de línguas para fazê-lo.

–Je n’ai pas souligné combien ilétait importante pour moi que tout le monde soit toé![eu não enfatizei o quão importante era para mim que todos morressem]esbravejava Raquel com as mãos na cintura á andar de um lado para o outro em frente a Julio Cesar que só a olhava.de braços cruzados em frente ao peito ,e quando esta se calara ele disse:

–Pentru mãce a fost doar ur ait capeidiu al tâu[para mim foi só mais um aperitivo seu).

A raiva brilhou nos olhos da sugadora quando ele dissera isso, mas ela rebateu:c’était mou souhait, Julio Cesar![esse era o meu desejo, Julio Cesar).

–Ai vrut sã spui câzbunarsa?[você quis dizer vingança?].

Julio Cesar na sua maior e melhor cara de pau debochava de Raquel que bem percebia isso, mas não conseguia se controlar e rebater seus deboches.Mas agora antes de fazê-lo ele retrucou de novo.

–Pe langa fap tol ca imi passa pe porn tele tale,Raquel[além do mais, não me importam seus desejos Raquel]. Instantaneamente o olhar de Raquel voltara ao normal e frio e com uma calma que só Deus sabe de onde ela tirara falou na língua natural-eu percebi- e seu olhar recaiu sobre Miranda que não dava um pio ,mas tinha um olhar bem desafiador. Coisas naturais de sugadores. Embora Julio Cesar tenha se acalmado e adquirido o tom de voz natural não fora menos ameaçador ao dizer:

–Você esta proibida de tocar em Miranda.

O sorriso de Raquel não poderia ter sido mais debochado do que desafiador ao que ele faria se ela o fizesse, bem como sua postura ereta, braços cruzados, uma mão a escorar o queixo empinado quando disse:

–Você.Não manda.Em mim.

–Você- apontou-lhe o dedo-mora comigo-apontou para si próprio, ela sorriu-então eu mando sim- e rosnou arreganhando suas presas, e ai ela também o fizera também já que se fosse para brigar ao menos terá uma briga das boas com dois sugares poderosos e enraivecidos pela disputa do poder .Mas antes de isso acontecer Brenda resolvera interferir. Ou melhor dizendo mandou um ‘certo’ alguém fazê-lo.

–Interfira. Agora- sussurrou Brenda e como um robô Miranda fora lentamente ate os dois que já estavam se estapeando na boa arte de arrancar sangue um do rosto do outro até partirem para o próximo passo, mas então Miranda toda mansinha e convidativa levou a mão ao braço contraído de Julio Cesar que ao sentir aquele toque imediatamente virou o rosto para ver uma Miranda sorridente só que claro que Raquel não deixaria o momento passar e atacou. Ele primeiro com um chute no peito e depois Miranda agarrando-a pelos cabelos, ela gritou de dor e raiva ao ser lançada contra uma estante de livros que caíram com ela e sobre ela ao chão.

Miranda já se recuperava pronta para se defender ,presas e garras prontas pois Raquel vinha á seu encontro e Brenda murmurou- meu senhor- á Julio Cesar que veloz levantou-se e ,antes que Raquel chegasse mais perto de Miranda a lançou contra um lustre, isso mesmo,

Julio Cesar pegou Raquel por trás ,por seus braços, ela esperneou raivosa, mas fora lançada ao lustre onde se agarrou, afinal ela não era tonta de enfrentar dois sugadores, embora sua mente bem quisesse o confronto ela recuou para a outra parte do lustre e de lá pulou para a escadaria onde sumira no corredor.

Um único raio brilhou na janela, algo muito ruim, afinal quando toda a tormenta se anuncia é mais fácil se preparar para o que viria ,mas um raio é imprevisível.

Miranda e Julio Cesar se amavam com fúria, dor e prazer. Gritos e gemidos ecoavam pelos corredores do castelo junto de trovões secos que sacudiam a cidade.

Julio Cesar pressionava com força Miranda contra o colchão, penetrando-a com vigor, enquanto lhe mordia e chupava o sangue frio das veias de seu pescoço de um lado a outro. Ele agarrou firmemente os pulsos dela, que se contorcia em gemidos, e levou-os para os lados de sua cabeça e lambeu o sangue que saiu dos lábios dela quando esta os mordera. Os lençóis emaranhados se enrolavam aos seus corpos que suavam frio, enquanto se viravam na cama deixando ali marcas de seu sangue e prazer.

Raquel sabia como se vingar, e como, não que Julio Cesar se importasse. Ela mais o fazia para aproveitar seu tempo e a fúria de sua paixão.

Raquel não suportou ficar no castelo ao ouvir os gemidos daqueles dois ordinários como dissera e saiu á procura de prazer e não se demorou ao encontrar um rapaz á vagar pela rua ,visivelmente ‘alterado’, se me entendes.

–Aceita companhia?-pergunta ela ao surgir do nada á frente do rapaz que fez uma careta desconfiada ao ver aquela mulher cair como uma gata, sem trocadilhos, á sua frente.

–Só se for para afogar as mágoas-dissera com a língua enrolada pelo excesso de vodca, e não fora pouco á julgar pelo hálito que chegava ás narinas de Raquel.

–Então se aproxime e rasgue o meu vestido-ela fora direta em seu pedido e o rapaz, apesar de bêbado, não demorara para atender o pedido dela, a começar pelo decote V do vestido. Raquel sentia a lua se apossar de seus olhos enquanto seu ‘bebum’ se apossava de seus seios apertando-os, sugando seus mamilos, lambendo do alto destes até seu pescoço, enquanto ela já de garras afiadas rasgava a camisa dele e arranhava profundamente sua pele.Ele gemeu em dor e prazer, ela riu e num virada rápida o prensou contra a parede e tamanha fora o baque que farelos e pó desta atingiu o rosto dele ao dizer: nossa, assim nem a cama vai aguentar.

Raquel gargalhou- e quem disse que vamos para uma?

O rapaz cujo nome nem interessava moveu sua mão ao sexo de Raquel, que lambeu os lábios, e o sentira frio como todo o resto de seu corpo. Seria estranho, ele até notara isso ,mas sua mente estava tão embotada pelo álcool e pela boca daquela mulher lambendo seu peito e descendo ao umbigo que logo se esquecera do fato.

O rapaz fechou os olhos e gemeu rouco quando, enfim, os lábios de Raquel envolveram a cabeça de seu pênis e começou a trabalhar nele com fúria. E quando ele se perdeu na onda do primeiro clímax Raquel sorriu ao erguer-se e abocanhar aquele pescoço provando daquele sangue quente e forte com o gosto da vodca. Gemidos se perderam no ar, e para um sugador como Raquel não há tanta necessidade de penetração para obter o seu prazer, pois este o vinha ao sugar até a última gotinha de sangue daquele corpo que entrou em choque ao tê-la bebendo-o. E por fim ela largou o corpo seco que escorregou ao chão de saiu limpando a boca e o queixo sangrentos com a própria, mão que depois lambeu. Sem desperdício, Ok.

A noite se acomodou sobre Londres e a chuva violenta que iniciara ainda na tarde persistia sem trégua. Julio Cesar estava á espera de Miranda no salão principal, que estava no quarto colocando um bonito vestido esmeralda de cetim. Presente do amado claro.

–Meu senhor? -do nada Brenda surgira ao lado de Julio Cesar que bebericava uma taça de sangue, julgando o líquido vermelho translúcido.

–Fale- apenas dissera sem nem ao menos olhá-la.

–O senhor tem certeza do que está fazendo?

Julio Cesar soltou a taça com uma força desnecessária deixando claro o quão irritadiço ficava ao ser confrontado desse modo. E o olhar que dera a Brenda deixara isso mais claro. –Eu sei das coisas que faço- ela assentiu- e não admito que me confrontem. Fui claro?

Ela assentiu, mas ainda assim disse- não se esqueça, meu senhor, Raquel não respeita nem os seus próprios limites- e saiu do recinto deixando-o a pensar um pouco bravo, mas quando viu Miranda á surgir no corredor seu rosto iluminou-se rapidamente com um sorriso. Miranda ficara deslumbrante no vestido verde esmeralda com decote em v estruturado com safiras iguais aos brincos e colar que iluminavam seu rosto á mostra já que o cabelo estava preso em um belo coque desfiado.

–O casal vai a alguma festa de gala?-ironizou Raquel ao surgir por outro corredor arrastando atrás de si um longo negro de várias camadas rendadas e de frente única em decote V bem profundo.

Julio Cesar a ignorou por completo ao levantar-se da mesa e ir até Miranda ,que sorria, lhe enlaçar pela cintura e como um casal de namorados rumaram, passando á frente de Raquel que trincou os dentes e estreitou os olhos á eles ,sorridentes até á janela onde pularam se transformando em morcegos para sumirem na noite chuvosa.

–Divirtam-se enquanto podem-rosnou ao seguir pelo corredor por onde viera e ao cruzar por Marcus lhe dera um sorriso bem atrevido, algo que o fez franzir o cenho, afinal já havia desistido de conquista-la.

Brenda encontra-se em seu santuário, é como gosta de chamar a sala onde mantém tudo o que precisa e lhe da paz, são coisas como frascos de várias formas com poções coloridas, livros, ervas em uma estante de madeira que vai do teto ao chão num canto, e o mais importante de tudo A ESTRELA DO DESTINO uma joia preciosa e milenar em formato de estrela do mar na cor branca e com uma águamarinha encrostada em seu interior.

A estrela e um amuleto que protege e guarda os segredos de todos, e quando digo todos, são todos os seres humanos ou não terra.

Brenda encontra-se sentada em uma cadeira de espaldar alto e oval em frente a uma mesa redonda apenas com o amuleto ao centro, ao seu redor cinco labaredas de fogo levitando nas cores azul celeste, rosa claro, cinza chumbo, amarelo fogo e verde claro a criptarem. Brenda tem as palmas das mãos erguidas ácima da joia e com as palmas para cima, e nelas o desenho de um olho com uma estrela como íris; seus olhos estão abertos e totalmente brancos e a cabeça voltada ao céu enquanto as labaredas e a fumaça dançam luminosas á frente de seu rosto. Ela conversa em uma língua antiga e muita complexa com as vozes que sussurram a sua volta– revelem-me o que vêem no futuro de Julio Cesar?

Um sussurro em unísonos ecoou – morte.

A mesma pergunta fora feita em relação ao futuro de Raquel e Marcus, e com tamanha a afeição que desenvolvera pelo garoto ficara triste. Mas então um outro eco depois de tudo ter caído no silêncio lhe fez brotar um sorriso no rosto, pois lhe dissera- mas também pode haver vida no futuro do garoto desde que ele saiba proteger aquela que vira ao seu encontro como a lua vem ao encontro do sol no eclipse.

Julio Cesar já avistara as primeiras vitimas para a estreia de Miranda com um pescoço que não fosse o dele. E pela careta que esta trazia no rosto ele sabia que as gengivas dela já deveriam estar na expectativa do banquete próximo.

A vitíma em questão era uma mulher simples na casa de seus quarenta e poucos anos com uma cesta de palha com ervas á descer pela rua junto com sua filha de no máximo quinze anos lhe sorrindo.

–Olhe para mim, ma’belle-sussurrou com um sotaque francês bem charmoso junto a sua língua materna para ,em seguida ,roubar um beijo daquela boca que sorriu tímida com seu elogio.

O beijo terminou mais o fogo que ficou ali fez Miranda passar a ponta da língua pelos lábios para aplacar o ardor.

Um gesto simples que provocou a libido de Julio Cesar, mas este teve de se controlar e forçou-se a ir ate as suas vitímas.

Pobres cordeirinhas desavisadas, não acham?

No castelo Raquel esperava pelo ‘objeto’ de sua vingança á porta do quarto dele .E quando este abrira a porta ela não esperara um convite para adentrar o aposento já pegando-o pela gola da camiseta de Marcus ,que só recuava de olhos arregalados com a investida de Raquel, que rasgava sua camiseta de alto á baixo e o empurrava pelo corredor indo de encontro a outra porta já aberta e contra a cama já montando sobre seu corpo.

–Como eu queria odia-la- revelou, mas esta somente sorrira antes de devorar a boca de Marcus que se viu incapaz de não beijá-la de volta.

–E então, o que você vai fazer?

Marcus agarrou Raquel, que gritou surpresa, pelas coxas e a virou na cama pondo-a debaixo de si vou te fazer gritar de prazer- e quando Raquel pensou que ele iria beija-la, sendo que chegou a aproximar seu rosto do dela ,dissera -quer esquecer Julio Cesar?

–E você consegue me fazer esquecê-lo?-provocou, mas não esperou que Marcus fosse gargalhar.

–Fica de quatro que eu vou te mostrar-mandou e ela logo tratou de obedecer pondo-se de joelhos na cama enquanto Marcus destruía sua camisola com suas garras, abria seu bumbum e, sem piedade, se enterrava fundo dentro dela que tamanha a dor, prazer e pressão do jeito que gostava a fez gozar.

–Me mostra do que é capaz, camponês-gritou e ele segui entrando e saindo daquela bunda enquanto ela gritava com as garras cravadas no lençol e rebolando e arrancando sangue dos próprios lábios e sorvendo.

Marcus estava quase explodindo, ele podia sentir isso, e ter Raquel enlouquecida pelo segundo clímax que ele lhe dava o fez desabar no abismo do seu próprio com um grito rouco e animalesco.

Raquel sorriu, mas não um sorriso de alegria divina, mas sim de presunção ao cair na cama com Marcus ás suas costas lhe beijando os ombros com carinho.

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