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7- Ramon

Não consegui viajar sem antes sentir aquela mulher, eu precisava dela e quando já estava a caminho do aeroporto tive que desviar o meu trajeto, aquela ruiva atrevida me fez chegar atrasado meia hora, por sorte o meu piloto é inteligente o suficiente para me aguardar ao invés de despachar o meu jatinho, consegui embarcar como previsto e em algumas horas estarei pousando em Miami, mas não avisei aos meus pais que estou chegando, não quero que minha mãe me prepare alguma surpresa desagradável.

Passei a viagem inteira pensando naquela ruiva gostosa, ela é muito fogosa parece insaciável e isso me agrada bastante, ela é irresistível e já estou louco para senti-la novamente.

— Porra era só o que me faltava, ficar perdido em pensamentos por causa de uma prostituta... Isso é inacreditável. — Esfrego as mãos no rosto frustrado com essa situação.

Tento pensar em qualquer outra coisa que não seja aquela ruiva atrevida para conseguir dormir um pouco até chegar a Miami, mas até nos meus sonhos essa mulher tira o meu sossego, seu corpo maravilhoso, seus seios perfeitos e aquela bundinha redondinha, ainda sinto o sabor da sua intimidade na minha boca me fazendo salivar, porra eu a quero de novo, que porra está acontecendo? Eu nunca quis tanto a mesma mulher como quero essa ruiva.

— Mas que porra! Inferno! Nem dormir eu consigo sem sonhar com ela! — Praguejo irritado com essa situação.

Respiro fundo ainda frustrado e vou até o bar me servir uma dose dupla de uísque, volto para minha poltrona e nesse momento o copiloto sai da cabine vindo na minha direção.

— Com licença senhor, eu vim avisar que vamos pousar em alguns instantes, já estamos dentro de Miami. — Ele me encara atento e eu apenas concordo e ele sai novamente.

Coloco o meu cinto de segurança e espero ansioso para pousarmos, apesar da amolação de sempre eu sinto muita falta da minha mãe e minha irmã, eu as amo, mas quando elas vem com aquela história de casamento e filhos, as desejo bem longe de mim, não tenho mais paciência para esse tipo de coisa.

Poucos minutos depois já estamos pousando no aeroporto de Miami, cumprimento o meu piloto e peço para que ele fique atento ao meu chamado pois voltarei ao Brasil logo. Pego um táxi e sigo para mansão Mitchell no centro de Miami, alguns minutos depois já estou entrando pelos portões e estou morrendo de fome, já é noite e tudo que eu fiz a viagem inteira foi dormir e sonhar com aquela deusa do sexo, e aqui estou eu de novo pensando nela.

— Ramon? Filho você está mesmo aqui! Porque não avisou que vinha querido? — Mamãe se levanta da poltrona assim que entro em casa.

— Boa noite a todos! Boa noite mamãe. — Me aproximo dela que se pendura no meu pescoço me abraçando apertado, se ela fosse um homem já teria me matado asfixiado.

Vejo a casa cheia e começo a me arrepender por não ter ligado antes, mamãe sai para cumprimentar outras pessoas e eu fico aqui, parado olhando de um lado para o outro.

— Que bom que veio, maninho, eu estava morrendo de saudades. — Minha irmã se aproxima apressada também me abraçando apertado.

— Eu também estava com saudades, maninha, e esse moleque aí? Não nasceu ainda não? Está grávida de quantos meses? Dez? — A encaro assustado pelo tamanho da sua barriga.

— Engraçadinho, seu sobrinho pode nascer a qualquer momento e eu pensei que você não iria está aqui para vê-lo nascer... Vai ficar mais tempo dessa vez, não vai Ramon? — Ela me encara esperançosa e eu suspiro fundo me abaixando para beijar a sua barriga.

— Escuta o que o seu tio vai dizer, moleque! Você tem uma semana para nascer, ouviu bem? Eu vou ter que ir embora depois disso e se você ficar enrolando para nascer, a sua mãe manda derrubar o meu avião, entendeu? Não vai querer que o seu tio preferido morra, certo? — Ouço as risadas da minha irmã acariciando os meus cabelos e isso já me deixa satisfeito, então me levanto. — Não vou poder ficar muito tempo, Rafa, eu só preciso de uns dias para relaxar um pouco longe de trabalho, depois eu tenho que voltar. — Abraço-a guiando ela pela casa e vejo meu irmão conversando empolgado com alguns amigos da empresa.

Alaric assumiu a empresa do nosso pai e é o presidente interino, papai me encheu a paciência querendo que eu assumisse a empresa do Brasil, já que eu moro lá, mas não era isso que eu queria, depois de descobrir que estavam brincando comigo eu não quis para minha vida nada que não fosse ser dono de boate, e isso nunca agradou o Sr. Danilo, mas agora isso não interessa mais, essa é a vida que eu escolhi para mim e não vou mudar para agradar ninguém. Sou um empresário bem sucedido dentro do padrão de vida que eu gosto, as minhas boates me rendem muitos lucros assim como me renderia a presidência do grupo Mitchell, a filial da nossa corretora de seguros.

Caminho com a minha irmã no meio daquela gente cumprimentando alguns conhecidos, e vejo o meu sobrinho Wellington correr na minha direção, ele é um garoto esperto e tem oito anos.

— Tio Ramon! — Ele grita chamando a atenção de algumas pessoas, mas não me importo.

— Wellington! Fala garoto! Está crescendo muito rapaz, o que a sua mãe está te dando para comer? — Pego ele no colo fazendo cócegas nele que gargalha, mas logo coloco-o no chão.

— Eu pensei que ficaríamos mais alguns meses sem vermos o nosso filho ingrato... O que deu em você para aparecer sem avisar? — Meu pai se aproxima me fazendo suspirar frustrado.

— Oi papai! Boa noite para você também... Bom, eu cheguei agora de viagem e estou exausto, vou cumprimentar algumas pessoas e vou subir para descansar um pouco, se o senhor não se importar é claro. — O encaro sério assim como ele, tento passar por ele mas o mesmo segura o meu braço.

— Você fica semanas sem aparecer, não atende uma ligação minha e chega aqui sem avisar agindo como se estivesse de férias em um hotel, assumir os negócios da família você não quer, não é Ramon? — Ele diz entre dentes forçando um sorriso para ninguém perceber a discussão que está se iniciando.

— Se o problema é eu ficar na sua casa então não seja por isso... Peço desculpas por vir sem avisar, Sr. Mitchell, eu prometo não pôr os pés na sua casa nunca mais se for para discutirmos toda vez que eu aparecer. — O encaro fixamente nos olhos e me viro para sair dali, volto em direção a porta mas sinto alguém novamente segurar o meu braço, me viro me deparando com minha mãe.

— Não faz isso filho, por favor...? Não vai eu estou te pedindo? — Ela me encara com os olhos marejados e eu abraço-a.

— Foi um erro ter vindo sem avisar, mamãe, não se preocupe, eu não vou embora, vou ficar em um hotel, depois eu ligo te passando o endereço. — Lhe dou um beijo demorado no alto da cabeça e me solto dela saindo dali.

Saio da casa e sigo até a garagem onde deixei um dos meus carros, entro no mesmo para sair dali mas quando abro a porta da garagem, vejo meus irmãos parados na frente me encarando apreensivos, respiro fundo e desligo o motor saindo do carro em seguida, me aproximo já sabendo o que vem a seguir.

— Não dê ouvidos ao nosso pai, Ramon, a nossa mãe está se segurando para não chorar porque você mal entrou em casa e já está saindo, porra cara, você conhece bem o nosso pai, você não pode dar ideia para tudo que ele falar. — Alaric se aproxima me abraçando receoso.

— Toda vez que eu venho é a mesma coisa, já estou cansado de tudo isso, Alaric, o nosso pai não desiste de me irritar achando que assim vai conseguir o que quer... Não adianta! Eu não vou assumir a empresa como ele quer, eu já tenho trabalho demais nas minhas boates e não vou abrir mão delas por nada e nem por ninguém. — Me solto dele irritado e Rafaela se aproxima já com lágrimas nos olhos, se segurando para não chorar.

— Não quer assumir a empresa? Então não assume meu irmão! Só não se afasta da sua família novamente por favor? A mamãe está sofrendo muito com isso, Ramon... Ninguém é obrigado a fazer aquilo que não quer, o nosso pai só precisa entender isso... Eu assumi a empresa de Nova York porque eu moro lá, Alaric assumiu a empresa daqui porque ele mora aqui e nós escolhemos isso, mas você não... Nós sabemos que você só está se prendendo naquelas boates para não se prender a alguém fora dela, mesmo achando que essa não é a vida que você quer de verdade, nós aceitamos isso, te apoiamos para você não se afastar, mas é isso que você está fazendo... A mamãe está sofrendo muito com a sua ausência, por favor fica...? Não vai embora? Ela quer os filhos reunidos aqui com ela. — Rafaela finalmente deixa as suas lágrimas caírem e eu não suporto vê-la chorando, ainda mais no estado dela.

— Eu agradeço o apoio de vocês, sei o quanto se esforçam para me aceitarem como um fanático por minhas boates, mas eu preciso disso para superar algumas coisas e vocês sabem disso... Eu não vou embora, mas também não vou ficar nessa casa, o papai parece querer entrar em guerra comigo e eu estou tentando evitar isso... Eu não sou um filho rebelde, eu só quero viver a minha vida a minha maneira mas ele não aceita. — Tento não me alterar para não deixar minha irmã nervosa e ela me abraça.

— Não dê ouvidos ao Sr. Danilo, maninho, se preocupe apenas em agradar a nossa mãe e deixa o papai comigo, está bem? Vamos voltar para festa! A mamãe quer você aqui conosco. — Alaric me encara com um sorriso confiante e eu respiro fundo, tentando relevar como eles estão pedindo.

— Eu fico na festa, mas depois eu vou para o hotel, isso é o máximo que eu posso fazer pela mamãe e por vocês também... Vamos! Eu estou morrendo de fome, não comi nada o dia todo. — Abro um pequeno sorriso para minha irmã que me abraça me guiando de volta até a porta da casa.

— A mamãe vai ficar muito feliz ao te ver entrar em casa de novo, ela estava se segurando para não chorar na frente de... Oh meu Deus... Eu não acredito... — Rafaela se empolgada, mas de repente ela para abruptamente com os olhos arregalados, ela olha para baixo onde tem uma poça de água se formando abaixo dos seus pés.

— Mas que merda é essa, Rafa? Não aguentou esperar até chegar ao banheiro, maninha? — Tento parecer engraçado, mas ela continua séria e com os olhos arregalados.

— Seu idiota a bolsa estourou! O seu sobrinho vai nascer, Ramon...! Chame o meu marido, rápido! — Ela respira fundo enquanto eu abraço a sua cintura com medo dela cair.

— O moleque nem nasceu e já é obediente? Ele não precisava levar o que eu disse ao pé da letra... Alaric! Essa criança não pode nascer aqui cara, vai chamar o Wagner e pega as coisas dela e do bebê, eu vou colocar ela no carro... Vamos Rafa, segura essa criança aí dentro até chegar no hospital, pelo amor de Deus! — Tento não parecer desesperado mas a filha da mãe gargalha na minha cara.

— Como vocês homens conseguem ser tão frouxos...? Semana passada eu tive um alarme falso e Wagner quase pariu no meu lugar... Ahhh merda! — Ela diz entre gargalhadas mas grita quando sente uma contração.

Coloco ela no carro mas decido não esperar pelo lerdo do meu cunhado, pergunto para qual hospital ela iria e saio da mansão as pressas, temendo realmente que o meu sobrinho nasça dentro do meu carro e eu não vou saber o que fazer.

Poucos minutos depois já estamos na porta da maternidade e eu saio do carro apressado chamando por ajuda. Uma enfermeira me entrega uma cadeira de rodas e segue ao meu lado até o carro, coloco a minha irmã na cadeira e a empurro para dentro da maternidade, ela não está com uma cara muito boa pois suas contrações estão aumentando, ela grita apertando com força o braço da cadeira e chama pelo marido, mas ele ainda não chegou, se eu estivesse lá esperando por ele o meu sobrinho com certeza iria nascer no meu carro.

A enfermeira leva a minha irmã para o atendimento e me entrega uma ficha para preencher, fico ali na recepção esperando pelo resto da família enquanto preencho a ficha com os dados básicos que eu sei, quando Wagner chegar ele termina de preencher o resto.

Não demora muito e já estão todos entrando na recepção.

— Como está minha mulher? Ela já foi atendida? O meu filho já está nascendo? — Pergunta Wagner se aproximando aflito.

— Relaxa cunhado! Ela vai ficar bem, ela já está sendo atendida e logo o seu filho vai nascer... Vai lá ficar com ela, mas eu preciso dos documentos dela para terminar de preencher a ficha. — O encaro atento pois ele está muito preocupado.

— Obrigado cunhado, eu vou lá ficar com ela, depois conversamos com calma, está bem? É bom te ver de novo cara... Eu venho avisar quando o seu sobrinho nascer. — Ele me entrega a bolsa da minha irmã e sai correndo pelo corredor me fazendo sorrir do seu desespero. Quem mandou ele quer ter filhos?

Encaro os meus pais ao meu lado e meu pai me encara apreensivo, evito puxar assunto para não iniciarmos uma discussão aqui dentro do hospital, não quero ser expulso daqui.

Depois de preencher a ficha de Rafaela eu entrego a bolsa dela para minha mãe, conversamos um pouco e mais uma vez ela tenta me convencer a ficar na mansão, mas eu não quero, prefiro evitar confusão com o Sr. Danilo.

Depois de quarenta minutos ali na sala de espera andando de um lado para o outro e conversando com Alaric, Wagner finalmente aparece dizendo que seu filho nasceu e é enorme, mas também pelo tamanho que estava a barriga da minha irmã, meu sobrinho tinha mesmo que ser enorme, ele está tão feliz que não se aguenta. Lhe dou os parabéns e depois de saber que minha irmã e meu sobrinho estão bem, eu me despeço para ir embora, estou exausto e faminto pelo tempo que estou sem comer nada.

— Mamãe eu preciso ir, amanhã eu passo para ver você, está bem? — Me despeço dela com um abraço, mas ela me aperta forte e não me solta.

— Não vai filho? Por favor? Fica conosco, eu converso com o seu pai...? Eu não suporto mais ver vocês se desentendendo dessa maneira, vocês vão me matar de tanta tristeza por ver pai filho brigando o tempo todo... Um momento que era para ser de alegria e comemoração pelo nascimento do meu neto, eu estou aqui chorando de tristeza por culpa de vocês... Eu não aguento mais isso! — Mamãe chora de um jeito tão sofrido que me parte o coração.

— Me perdoa mamãe? Eu não queria ver você passando por isso, mas tenta me entender? É a minha vida e eu não vou vive-la como eu não quero só para agradar o papai... Eu vou fazê-lo feliz fazendo o que ele quer, mas e o que eu quero não conta? Porque é tão difícil dele entender e aceitar o que eu quero? Não sou eu quem está procurando briga, você consegue me entender mamãe...? Me perdoa? Não quero ver você triste comigo por favor? — Tento me manter calmo mas me irrito chamando atenção das pessoas ali na sala.

— Eu lutei por anos para construir tudo aquilo para você e seus irmãos! Para agora você abrir mão de tudo que eu fiz como se não fosse nada para você, como se não se importasse com o esforço que eu sempre fiz por você! É isso que me deixa mais triste, lutar para dar um futuro digno a um filho e ele preferir boates de prostituição... Eu não aceito isso e nunca vou aceitar! — Meu pai também se altera e vejo a minha mãe respirar fundo pondo a mão no peito, me apresso para colocá-la sentada e me sento ao seu lado.

— Mamãe você está bem? Me responde você está sentindo alguma coisa mamãe? — Pergunto preocupado mas ela não me responde e isso me deixa em pânico. — Alaric chame um médico, rápido! A mamãe não está bem. — Peço sem tirar os olhos dela que deita a cabeça em meu ombro sem reagir, me deixando apavorado.

— Querida responde? Por favor não faz isso comigo meu bem...? Rápido chamem um médico! — Meu pai se senta do outro lado acariciando o seu rosto visivelmente preocupado.

— Eu só quero que parem de brigar... Eu vou morrer se vocês continuarem brigando... Eu quero ir para casa, não vou nem poder ver o meu neto por culpa de vocês... Eu quero que me deixem sozinha! — Vejo minha mãe chorar magoada como nunca vi antes, eu não posso ser o causador disso, ela não merece isso, mas eu mereço fazer o que não quero?

— Não vou deixar você sozinha, sei que está magoada comigo mas eu não vou sair de perto de você! E se você me pedir para ir embora, eu vou, mas eu não volto mais...! Vai me mandar embora ou vai me deixar ficar perto de você...? Por favor mamãe? — Me ajoelho na sua frente encarando-a atento e ela acaricia o meu rosto.

— Está bem filho, você pode ficar comigo mas vai ficar lá em casa, o seu pai querendo ou não! — Diz com a respiração pesada e sei que ela não está bem.

— Quem é a paciente que precisa de atendimento...? Por favor tragam ela até o meu consultório! — Um médico aparece na sala e meu irmão e meu pai a levam para ser atendida, mesmo ela protestando.

Fico ali na sala andando de um lado para o outro sozinho, tentando não surtar com essa situação, eu vim até aqui para relaxar e me acontece isso? Eu devia ter imaginado que algo assim aconteceria, afinal, não é a primeira vez que isso acontece e também não será a última.

Respiro fundo arrependido dessa maldita viagem e desejando ardentemente sumir daqui, a imagem dela me vem na mente, ter aquela mulher em meus braços seria a única maneira de me acalmar agora, mas ela está a milhares de quilômetros de distância, merda! O que eu estou fazendo? Porque pensar tanto nela? Porque desejar tanto a mesma mulher? Isso não vai dar certo, eu preciso tirar essa mulher da minha cabeça.

Saio dos meus pensamentos com meu pai entrando na sala.

— Sua mãe quer te ver, ela foi medicada e terá que ficar em observação até a pressão dela baixar. — Ele se aproxima receoso e assim como eu ele evita me encarar.

— Em que quarto ela está? Eu vou vê-la. — Pergunto curto e grosso e o ouço respirar fundo.

— Vamos lá! Eu te levo até ela. — Ele segue em direção a porta e eu sigo atrás dele pensativo.

Seguimos por um corredor e entramos no elevador, minha mãe está em um quarto no andar de cima então subimos até ela. Assim que entramos no quarto a vejo deitada com uma expressão mais serena que antes, me aproximo da sua cama parando ao seu lado e ela me encara fixamente me estendendo a mão, ela encara o meu pai do outro lado da cama e também o estende a mão.

— Eu já estou em uma idade avançada, não sei por quanto tempo mais eu vou viver... Mas se eu morrer de uma hora para outra não quero partir sabendo que pai e filho não se entendem... Querido, se o nosso filho está feliz fazendo o que ele faz agora, porque não aceitar a vida que ele escolheu...? Filho, tem certeza que você não pode dar essa alegria ao seu pai mesmo sem deixar de viver a sua vida como você quer? Seria um sacrifício muito grande para você aceitar o pedido do seu pai, querido...? E você meu bem? Porque não aceita de uma vez a vida que o nosso filho escolheu? Vocês preferem brigar e se enfrentar a dar o braço a torcer e aceita o que o outro tem a oferecer? — Minha mãe nos encara com lágrimas nos olhos ainda magoada, e eu encaro o meu pai pensativo. — Por favor? Me deem essa alegria de ver a nossa família unida outra vez? — Suplica nos encarando esperançosa então encaro meu pai, eles não vão desistir e não quero que minha mãe acabe mal por nós ver brigando tanto, respiro fundo me dando por vencido.

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