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Capítulo 6. - Parceria Inesperada.

Capítulo 4

Tempos atuais.

Point Of View - Silena.

Eu queria que aquilo fosse apenas mais um pesadelo comum, como eu tinha em minha infância após Elijah me contar histórias sobre os monstros que habitam as florestas, mas eu sei que não é apenas um pesadelo, aquilo foi de certa forma real, o mundo ilimitado é uma dimensão do sono onde podemos reviver algo que já vivemos somente seres com uma grande fonte de magia consegue acessá-lo, e como eu e os outros do Ragnarok temos uma ligação mental, podemos adentrar na mesma sintonia, mas por que River se encontrava lá?

Meus olhos se abriram com força, consigo sentir meu corpo úmido, estou visivelmente suada, mas me concentro e respirar fundo e controlar minha respiração e a sensação angustiante que River me fez sentir, após alguns segundos, me perguntei se Freya se encontra bem, não há como saber. Ao lembrar-se dela, procuro por estar pelo local, mas estranhamente não a encontro, ela não é de me deixar sozinha enquanto durmo, me ergo da cama e caminho na direção da porta da pequena casa cedida a nós por Thayna.

Paro ao lado da porta e olho para o lado de fora, encontrando a floresta escura e bela, sendo iluminada apenas pela luz lunar que hoje aparenta estar mais linda do que nunca, talvez seja a floresta que fique mais bonita sobe a luz da lua, é impressionante como tudo aqui é simples e ao mesmo tempo extraordinário, é uma pena saber que irei embora em breve, Estar não quer permanecer aqui nem por mais um dia, seu motivo é que a floresta é um alvo de River, mas sei que é pelo fato de que o esquadrão das sombras voltará em algum momento, mas forte e preparado do que antes, ela teme por minha vida, mas do que tudo nesta floresta, de certa forma a entendo, mas também sinto raiva, pois ela deixaria todos aqui morrerem por mim.

- Tem plena certeza? Posso fornecer passagem segura para o sul...- Uma voz feminina foi ouvida, está baixa, quase em um sussurro, mas consegui ouvi-la. Movi levemente minha cabeça para poder ver quem é a dona da voz, e avistei Ishtar juntamente com uma Elfa ao lado de fora. Passagem para o sul? Então é com ela que estar irá confirmar nossa segurança, deve ser uma viajante, saber das coisas, normalmente Elija que confere o caminho para nós, onde será que ele está neste momento.

- O Sul está um caos Asterin, não sei o que está havendo lá, mas não vou arriscar Silena. - Foi o que estar respondeu, eu não esperava algo diferente, mas algo em mim se irritou, pois eu quero ir para o sul, Freya está lá! deve estar precisando de ajuda, eu poderia tentar convencer estar a ir ajudá-la, mas ela se negaria no mesmo instante, não irá adiantar nada. - Se River está interessado no sul. - Segurei na borda da porta e encarei o perfil de estar, ela está olhando para ao céu estrelado com uma feição neutra, sem expressar algum sentimento. - É por que um deles está lá. - Meus olhos se arregalaram com sua constatação, ela sabe que um de nós está lá, no meio de batalhas mortais que podem tirar a vida de Freya, mas nem se quer parece estar preocupada com isso.

Não fiquei na porta para ouvir mais, eu não precisava, pois minha decisão já está tomada, estar gostando ou não, eu irei para o sul e encontrarei Freya, não foi por acaso que nossas mentes se conectaram, eu não vou permitir que outro de nós morra sozinho, eu pretendia tirar minhas dúvidas sobre a dimensão do sono com estar, mas isso terá que ficar para depois, não há tempo. Peguei minha mochila e minha espada, fazendo o mínimo barulho possível, ainda consigo ouvir cochichos do lado de fora, indicando que elas ainda estão a conversar. Não tardei a pular a janela lateral e correr na direção da floresta.

Não faço ideia de por quanto tempo eu corri pela floresta, não havia percebido o quão densa ela era, consigo sentir magia para todos os lados, mas não sou nada boa em detectar coisas, então não sei se a magia vem dos seres mágicos ou se é algum feitiço impregnado nas árvores, sinto que estou ficando cada vez mais perdida, parei de andar e encarei a floresta escura por um instante, toda decisão tomada precipitadamente leva ao arrependimento, mas não pensei que me arrependeria tão rápido, deveria ter pensado mais, agora estou perdida na floresta, eu deveria ter memorizado onde fica a saída, Estar sempre diz pra prestar atenção nessas coisas.

- Era disso que eu precisava... - Resmunguei com ironia, enquanto caminho dentre as árvores, que estão apenas iluminadas pelas pequenas fadas que ainda estão em circulação bem acima de mim, por um instante me permiti observar a beleza desse lugar, e ao fazer isso, notei borboletas azuis cintilantes pousadas em alguns arbustos, descansando e dando um ar magnífico ao local, como River pode ter coragem de destruir tudo isso? Há tantas coisas belas por aí, e ele quer acabar com tudo isso, e por que exatamente? Isso ainda não está claro pra mim.

- Precisa de ajuda mocinha? - Ouvi uma voz masculina rasgar o silêncio da floresta, levei um sobressalto e puxei minha espada que estava presa no suporte em minhas costas, me virei e apontei minha lâmina na direção do portador da voz.

Um homem saiu de trás das árvores, e graças as fadas eu consegui ver seu rosto, é um elfo de porte grande, provavelmente um guerreiro, sua face é marcada por uma cicatriz extensa que se inicia um pouco abaixo de seu olho e desce até o início de seu pescoço, passando por sua boca, os olhos dele são amarelos escuro, me fazem lembrar cobras, sua marca de elfo fica bem ao lado de seu rosto e pega até seu peitoral. Seu porte é de guerreiro, mas suas vestimentas são tão desleixadas que descarto essa possibilidade. - Vejo que está perdida, podemos nos ajudar.

- Nos ajudar? - Repeti o que ele acabará de dizer, ele poderia simplesmente me fazer o favor de me informar onde fica a saída desse lugar, mas quer algo em troca, isso não é algo que um Elfo deste lugar faria, é possível que ele esteja aqui por outro motivo? Talvez nem se quer viva aqui. - Desculpa, mas não há nada que eu possa fazer por você. - Falei me sentindo um pouco desconfiada sobre sua oferta peculiar, ele ergueu as duas sobrancelhas e soltou um riso nasal de forma indiferente, não gosto de pessoas como ele. - O que?

- Você quer ir para o sul, e eu também quero ir pra lá...- Ele começou a responder e eu fiz uma careta o encarando, eu perguntaria como ele sabe que eu pretendo ir para o sul, mas não duvido que ele esteja de olho em mim e estar dês de que chegamos, o que torna sua proposta ainda mais estranha. - Mas a tribo do sul não aceita Elfos, e eu quero algo de lá...- Ele continuou a falar e eu suspirei, já entendi onde ele quer chegar, mas a questão é, será que devo aceitar? Agora é perceptível que ele é um caçador de recompensas, está à procura de algo que não consegue alcançar, e eu quero ir para o sul, ele tem conhecimento sobre viajar e pode já ter conhecido Freya.

- Se me levar para o sul e me ajudar a encontrar Freya e Magnus...- Me pronunciei após alguns segundos pensando, ele me encarou com expectativa e eu suspirei, me sentindo contrariada. - Aceito sua proposta. - Aceitei e ele abriu um sorriso de lado, um tanto quanto debochado que me fez revirar os olhos, ele enfiou as mãos no bolso e começou a andar pela floresta, me deixando para trás. - Ei, Espera! - Falei e comecei a segui-lo, é impressionante como até mesmo seu jeito de andar está conseguindo me irritar. - Seu nome? - Perguntei tentando acompanhá-lo, mas ele anda estranhamente bem rápido. - Sou Silena.

- Me chame de Robin, Princesa. - Ele respondeu e eu fiz uma careta de nojo ao ouvir a forma como ele me chamou. - Não aja dessa forma, você realmente parece uma. - Ele retrucou ao perceber minha carranca, suspirei e o deixei ir na frente, bem melhor do que continuar a ouvir sua voz rouca falando coisas idiotas como está, não imaginei que existiam Elfos como ele, imaginei apenas cavalheiros do reino sendo tão...idiotas? Já não sei mais como chama-lo, mas não interessa, ele me levará para o sul, devo focar nisso. - Espero que tenha agasalhos.

- Espero que seja imortal.

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