Capítulo 2 Abuso

Luna mostrou suas excelentes habilidades de atuação na mesa de jantar.

— Quase morrei assustada por Aurora há pouco. Ajudei-a a fazer limpeza e vi um diagnóstico de câncer de fígado sem querer. — Em primeiro lugar, ela disse com os olhos cheios de lágrimas, fazendo com que todos da família olharam para mim.

— Enfim, pedi a um amigo médico para ver e ele disse que é falsificado. Provavelmente Aurora está mais ansiosa para conseguir seu amor desde que seu irmão Luíz faleceu... — acrescentou ela, com uma implicação maliciosa.

A atmosfera do jantar se esfriou até 0 grau em um instante. Meus pais me dispararam um olhar tão feroz que queria quase me matar.

— Aurora, por que fez isso? Seus pais ficarão muito preocupados com você se os deixar ver. E não pode dizer bobagens. Mesmo que não se realizem em si mesmo, envolverão sua família um dia! — Luna começou de novo sua retórica falsa.

— Basta! — Miguel bateu na mesa violentamente e rugiu com fúria.

— Ah... Eu disse coisa errada. Desculpe, hoje é aniversário de Aurora. Vou embora — disse Luna, fingindo culpada.

— Quem deve ir é essa causadora de problemas! — Meu irmão agarrou uma mão de Luna e disse olhando para mim.

— Por que não sai ainda? — Meu pai me deu um tapa violento.

— Por que você... Se tornou assim? — Anderson apenas soltou uma frase perante meu rosto inchado.

...

— Saia para comer. Não finja mais. Isso só nos dá mais nojo. — Anderson, que acabou de sair, voltou de novo e apenas franziu as sobrancelhas quando viu uma área maior de manchas de sangue do que antes.

“Afinal, amar ou não realmente muda a aparência de uma pessoa. Anderson tinha sido gentil aos meus olhos no início, mas agora só lhe restou um ar mesquinho. Para ele, eu também me transformei de uma garotinha fofa para uma mulher maldosa. Se não, por que ele fez sexo com minha amiga Luna tão facilmente na minha cama?” Pensando nisso, senti mais uma onda de náusea e comecei a vomitar.

A razão que ele me deu foi um sexo após o álcool, mas o álcool apenas ampliou seus desejos internos. Por que ele se considerava uma vítima inocente?

— Vamos terminar. — Eu disse.

— Está disparatando de novo? — Anderson pausou a mão ao fechar a porta e me deu uma olhada muito impaciente.

— Anderson, vamos terminar — repeti.

Bang!

A porta foi violentamente fechada.

— Por que não aprende com Luna? Você tem sua família e você tem a mim, enquanto Luna não tem nada, menos um pai acamado e um irmão aprisionado — disse ele, segurando os cabelos de forma aborrecida.

— Sim, e ela é frágil. Então quero ceder tudo a ela e fazer com que ela tenha tudo— dei continuidade às palavras dele.

— Incompreensível! Se quiser, OK, vamos terminar! — Anderson bateu a porta e foi embora de novo depois de jogar esta frase.

Me aconcheguei no chão segurando meu fígado, que latejava de dor. Até o cheiro de álcool espalhado no quarto estava me matando.

O médico me disse no último exame que não poderia ter contato com nem um pouco de álcool, caso contrário, me restaria no máximo um mês de vida. Mas eu precisava de dinheiro para marcar cuidadosamente à minha vida um ponto final. Organizei um funeral para mim há muito tempo, apenas tendo falta de dinheiro.

A tela do telefone se iluminou, foi uma mensagem da Luna:

[Gostou do programa para você hoje? E como foi o sentimento de ser desgostada pelo seu homem amado?]

Em vez de responder, apenas fiz uma cópia silenciosamente. A verdade subiria à tona um dia, não é?

Arrumei alguns itens necessários e fui a uma casinha. Era pequena, mas meu último lugar aconchegante.

— Aurora! Seu Cristiano sente falta de você!

Cristiano é um menino adotado por mim. Eu o peguei em um dia chuvoso, em que ele disse que não conseguia encontrar sua casa. Eu também parecia perdida, de maneira que ele se tornou meu irmão mais novo.

— Aurora! Desta vez fiquei em primeiro lugar de novo — disse ele orgulhoso.

— Que legal, Cristiano! Levo você para um bom jantar, tá bom? — Toquei a cabeça dele.

— Aurora, sei uma asa de frango muito saborosa. Vamos comer! — Cristiano assentiu e acrescentou —, e quero sorvete também!

Fiquei congelada quando ouviu “sorvete”.