Capítulo 5
“Caroline Almeida”
Fiquei parada feito boba vendo ele se aproximar... Cada passo que ele dava o meu coração batia mais forte... Bryan é moreno com seus cabelos castanhos claros o mesmo faz uso da parte de cima dos seus cabelos, mais alto e os lados mais baixos! Seus olhos são azuis e o mesmo é alto, ainda mais do que eu, ele também faz uso de um cavanhaque e bigode pouco falho, a pouco tempo Bryan iniciou um tratamento dentário, então o mesmo está fazendo uso do aparelho na cor prata, e aquele sorriso levemente puxadinho ao lado direito me encanta e muito.
Ele esta usando uma calça preta e uma camiseta branca, o seu boné também é na cor escura, e o seu tênis branco... O mesmo parou diante da porta e ficou me olhando, com uma expressão diferente me fazendo sorrir
— Entra filho! — Saímos do nosso transe, quando minha mãe se pronunciou se levantando do sofá e caminhando até ele.
— Com licença tia! — Proferiu o mesmo entrando e parando na frente da minha mãe — Desculpa a demora eu queria vir mais cedo! Mais estava fora do morro, fui buscar minha mãe e acabei me enrolando lá, porque os patrões dela estavam decidindo algo... Sobre ela ficar essa noite lá com a senhora! E acabou que ela teve que permanecer e eu retornei sozinho. —Sua última frase foi me olhando, porém ele retornou a observar a minha mãe — Dona Alicia posso levar a carolzinha para tomar sorvete?
— Por mim tudo bem! — Proferiu minha mãe nos olhando com um leve sorriso...
— Dez horas Caroline em casa e nenhum minuto a mais — Voltamos nossa atenção ao meu pai que saiu do quarto. — Entendeu Bryan?
— Sim senhor! —Bryan sorriu e concordou, em seguida me observou novamente.
— Juízo vocês dois em! —Completou minha mãe seguindo para a cozinha, e o meu pai foi atrás caçar confusão...
Depois eu observei os dois, voltei a minha atenção ao Bryan, eu não sei o que eu estou sentindo neste momento e uma mistura de ansiedade, com alegria, medo e paixão... Estes sentimentos por ele estão ficando cada vês mais forte.
— Vamos! — O mesmo se pronunciou me olhando, caminhei até o seu lado e senti Bryan colocar o seu braço sobre o meu ombro, ele sempre faz isso, mais hoje está diferente... — Para onde você quer ir carolzinha? — Ele indagou enquanto caminhamos até a moto e virava o seu boné para trás.
— Podemos ir na pracinha, queria ver se encontramos o meu irmão por lá?!... — Novamente senti meu peito apertado e dei continuidade assim que paramos perto de sua moto — O André veio aqui e estava além de drogadø, ele me pareceu bem estranho!
— Podemos ir sim... Mas o que ouve? — Perguntou Bryan colocando o meu capacete...
Expliquei a ele como foi quando o André apareceu, ele tentou me tranquiliza... Porém assim que saímos de casa Bryan ainda deu algumas volta comigo na pracinha, para tentar encontrar meu irmão... Eu pensei que como hoje é sexta o pessoal do morro se reúne aqui, vejo várias pessoas menos o meu irmão. Bryan parou a moto em frente a uma barraquinha de lanche.
— Quer comer alguma coisa? — Indagou o mesmo me olhando, apenas concordei ainda olhando em volta e nada do meu irmão.
Desci da moto e o Bryan logo em seguida, estava parada próxima da moto dele, e com o ventinho do inicio de noite senti o seu perfume... Sua mão tocou na minha quando ele pegou o capacete... Nossos olhos se encontram e ele sorriu assim como eu.
Após o Bryan adicionar os capacetes sobre o guidão da moto, estávamos caminhando lado a lado até a barraquinha, ele fica tão lindo com o boné virado para trás... A praça do morro fica mais cima da minha cada, em um amplo espaço aberto, com pista de skate, um espaço com bancos e algumas árvores pelo local, a estrada da a volta no local e nas calçadas tem comércio na qual fica aberto durante o dia... Somente os bares e algumas lanchonetes pequenas, como barracas de lanche funcionam durante a noite.
No período noturno a maioria dos jovens vem aqui! Até mesmo os traficäntes que não são nada gentis... Tem uma área mais afastada que fica voltada por carros onde os grandes ficam, porém no nosso meio andam seus capachos armadøs e pela nossa infelicidade o meu irmão é um deles.
— Oi Bryan!! — Sai dos meus devaneios, com uma menina talvez mais velha, linda morena alta, felizarda de seiøs e bumbüm, segurando na mão dele e o fazendo olhá-la
— Oi Ana Paula! — Proferiu o mesmo sério, ao soltar a sua mão e se aproximar de mim...
— E aí quando vamos repetir aquela dose? — Indagou a mesma tentando colocar suas mãos sobre o peito dele, porém o mesmo a interrompeu e se afastou.
Essa palhaça não está me vendo não, fica se jogando pra cima dele na minha frente, quem essa galinha pensa que é?... Neste momento me lembrei que o Bryan tentou um relacionamento quando tinha dezesseis anos, mais a galinha o traiu e deve ser essa! Eu só o apoiei porque não sabia dos meus sentimentos por ele, mais agora ver esta oferecida deste jeito, me dá vontade de grudar em sua garganta, Bryan me olhou e eu revirei meus olhos, e caminhei sozinha até a barraquinha me sentando em uma mesa
Tentei organizar meus pensamentos neste momento estou sentindo raiva muita raiva, Bryan parece dizer algo sério a ela e sai caminhando até mim, a mesma se retirou pisando alto
— Desculpa carolzinha! Ana Paula não tem senso. — O mesmo se sentou e eu quis matá-lo, só de pensar que ele já esteve com ela e mais ainda a mim por ter apoiado
— Quer beber alguma coisa? — Indagou o mesmo me olhando curioso, talvez tentando me decifrar.
— Vodka! — Proferi seria o que o fez me olhar ainda mais surpreso...
— Carol você nunca bebeu álcool... — Sua expressão está tão fofa de culpado, então para quebrar esse clima chato que aquela vaca criou, sorri ao dizer
— Porque você acredita que eu não aguento?
— Não é isso, é que... — Antes que ele pudesse terminar segurei na sua mão, já que ele sentou ao meu lado
— Por favor! Bryan você nunca me negou nada... E ainda tem tudo o que está acontecendo o meu irmão... As brigas dos meus pais... Essa oferecida! — Quando eu percebi o que eu havia dito, voltei a minha atenção a ele, que parecia pensar em algo
— Então você ficou com ciúmes da Ana Paula? — Indagou o mesmo com aquele sorriso que me colocaria de joelhos. — Eu não tenho nada com ela.
— Não fiquei com ciúmes!... — Sorri e dei continuidade — Olha quem fala, quase matøu o Carlos hoje na frente da escola porque?
— Porque eu fiquei com raiva quando vi aquele idiøta fazendo graça é diferente! — Bryan disse olhando nos meus olhos ao se aproximar sorrindo.
— Não é diferente não! — Continuei a olhá-lo
— É sim! — Ele insistiu.
— A é... — Bryan apenas concordou. — Então eu quero ver! — Me pronunciei
Deus me ajude! Me levantei e notei a sua expressão de confuso, no pequeno espaço entre ele e a mesa, me sentei sobre o seu colo virada para o mesmo, segurei o seu rosto sem dar tempo dele reagir toquei os nossos lábios...