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CAPÍTULO 7

CAPÍTULO 7

|MANUELA BARROSO|

Já se passaram uma semana desde o ocorrido na boate. Eu simplesmente perdi minha virgindade com um estranho, em um quarto de boate, pelo menos o sexo foi bom e ele era gostoso. Eu não pretendia mesmo me casar virgem ou algo assim, mas também não tinha me sentido a vontade com ninguém para dar esse passo. Contudo, com o misterioso de máscara negra eu me senti assim pela primeira vez, confortável e segura, mesmo que ele fosse um completo estranho, o qual eu sequer vi o rosto.

Agora eu me arrumo para ir à praia, visto um biquíni branco e shorts jeans, óculos de sol, pego minha bolsa e guardo uma toalha, protetor solar, celular e a carteira, e então desço as escadas, para logo encontrar com Eloisa que já me aguarda na sala de estar.

-Achei que não ia descer.-Eloisa brinca e reviro os olhos.

-Não demorei quase nada. -respondo debochada e sarcástica.

-Imagina então se tivesse demorado mesmo, vamos logo.- ela diz rindo e me leva para o carro.

-Já pensou se um dia você conhece quem é o cara da boate? -ela pergunta tirando a saída de praia e se sentando na espreguiçadeira quando chegamos a praia.

-Isso é impossível, não acredito que um dia o encontre. Na verdade, é melhor assim, pois ele me parecia do tipo que come qualquer rabo de saia. E talvez eu tenha sido até a segunda rodada da noite para ele. -respondo sem me importar muito com o fato.

-Ah sei lá, vai que é o destino de vocês.- diz ela toda sonhadora.

-Ai amiga por favor, isso aqui é mundo real, então acorda. -eu a provoco.

-Você é muito inocente se pensa assim, mas precisa despertar porque a vida de verdade não é um conto de fadas. -sou prática e direta na resposta.

-Você é muito sem graça, isso sim. E aí, vamos mergulhar um pouco? -Eloisa pergunta para mudar o assunto ao se levantar de repente.

-Vamos sim, Elo. -eu respondo também me levantando junto com ela.

Passamos um tempo brincando na água, conversando e logo surge uma fome no meu estômago, por isso saímos e seguimos andando até um quiosque por perto. Eu peço frutos do mar e Eloisa um prato de salada exótica e uma coisa que eu não sabia o que era.

-Amiga, se importa se eu for agora? -ela diz olhando o telefone e digitando rapidamente algo no aparelho.

-Há problema se você tiver que pegar um táxi?-ela questiona me olhando com certa preocupação.

-Não, tudo bem. O que aconteceu? -pergunto preocupada com ela e a pressa repentina.

-Não é nada demais, só surgiu uma emergência no trabalho e eu realmente preciso ir.-ela responde já se levantando da mesa com pressa.

-Até mais, gata.

-Até mais, Elo. Me mande mensagem quando chegar em segurança.

-Ok, lindona.-ela diz já se retirando.

Encerro o meu almoço sozinha, mas decido ficar por mais um tempo na praia.

-Cuidado, caramba! -eu digo assim que esbarro em alguém.

-Ah, me desculpa. -digo me erguendo para encarar a pessoa.

-Manuela, me perdoe.

Oh sim, era o gostoso do amigo do meu pai, Cristhian. O homem está sem camisa, de short preto, todo suado, mostrando o abdômen completamente definido.

-Olá, Cristhian. Eu que estava distraída e acabei que nem te vi. -eu digo com o rosto corado por estar secando ele, bem a minha frente.

Mas Cristhian nota de imediato, pois exibe um grande sorriso de canto de boca.

-Sem problema. Está sozinha? -ele pergunta curioso.

-Sim, vim com a Elo, mas ela precisou ir embora mais cedo por causa de uma emergência. -eu respondo.

-Aceita uma nova companhia? Podemos tomar um sorvete, o que acha?

-Ok, acho uma boa ideia. -respondo sem recusar o convite cordial, pois aproveitaria a oportunidade para ficar mais um tempo fitando esse gostoso.

-Se quiser pode tirar foto, dura mais tempo. -ele brinca um sorriso no rosto, me fazendo perceber como eu o estava secando de novo.

-Ah, que isso... -me engasgo um tanto sem graça.

Dali seguimos até uma sorveteria, próxima a praia e nos sentamos numa mesa de canto.

-Boa tarde, o que vão querer? -o atendente nos pergunta prestativo.

-Uma batida especial de frutas.-faço meu pedido.

-Um sundae de chocolate.-Cristhian diz em seguida e logo o garçom se vai, deixando-nos com um silêncio estranho.

-E então, você mora por aqui?- puxo assunto, tentando mudar o clima entre a gente.

-Na verdade, a casa da minha família é um pouco mais afastada do centro, eu estou apenas passando essa semana no hotel da esquina, para resolver alguns assuntos.

-Oh, eu entendo. -respondo e o garçom deixa nossos pedidos na mesa.

-Obrigada. -agradeço ao garçom.

-Mas e você, como era sua vida em Bullut.-ele pergunta colocando uma colher na boca.

-Ah, até ano passado eu só estudava e vivia na casa dos meus avós. Me dediquei bastante aos estudos, mas esse ano decidi descansar, viver minha juventude, e só começar a faculdade no próximo ano.-eu respondo.

-Compreendo, Você tem amigos ou namorado por lá? -ele pergunta curioso.

-Eu tenho uma amiga, a Luana, mas nenhum namorado. É como eu disse, dediquei toda a minha adolescência a escola.-respondo.

-Então você nunca se relacionou com ninguém? -ele indaga surpreso.

-Não. Relacionamento sério de namoro, não tive. -digo envergonhada.

-Oh, eu entendo.

-E você? Conte-me mais sobre sua vida. -eu peço para mudar de assunto.

-Eu moro com minha mãe e irmã. Meu pai faleceu faz tempo, então para que elas não vivessem sozinhas, continuei residindo com as duas.

-Então você não é casado? -eu pergunto cheia de curiosidade.

-Não, eu não tenho tempo para isso.

-Compreendo.

Respondo e então ficamos mais um tempo conversando sobre outras coisas sem muita importância.

-Olha, eu preciso voltar para casa agora.- digo já chamando o garçom.

-Eu te levo, ok? Só vou pagar a conta, pois fui eu quem te convidou, é claro.

Então ele paga a nossa conta e saímos juntos.

-Meu carro está no hotel, se importa de me acompanhar até lá, queria tomar um banho antes de encontra com seu pai. -ele pergunta e eu olho as horas, vendo que ainda é cedo.

-Tudo bem.

Eu o acompanho e entramos no hotel. Seguimos para a cobertura, com uma linda vista para a praia. No lado de fora, na varanda, há uma piscina de borda infinita, um espaço com poltronas, a sala imensa e organizada. Passando pela cozinha, há duas portas, uma pela qual Cristhian entrou, talvez o quarto, e a outra é o banheiro.

Sento no sofá em frente a porta do quarto, involuntariamente olho para lá e vejo a porta meio aberta. Cristhian está de cueca de costa para mim. Ele entra em uma porta, o banheiro, passa alguns minutos e então volta apenas de toalha. Ele para naquele mesmo ponto da porta, onde eu tenho a visão privilegiada de seu corpo. Meu sonho é que essa toalha caia e eu tenha a visão mais privilegiada ainda. Então Cristhian tira a toalha e eu vejo o quão bem dotado ele é! Ele veste uma boxer branca, a calça, os tênis e vem em direção a sala com a camisa na mão, e imediatamente finjo estar mexendo no celular.

-Podemos ir agora.-ele diz caminhando enquanto abotoa os botões da camisa.

-Ok. -eu o acompanho até a porta e sigo até o carro, bem chique na verdade.

Abro a porta do carona, me sento, e vamos o caminho todo em silêncio, escutando apenas a música que toca no veículo. Passamos pelo portão da mansão e ele encosta o carro na vaga mais próxima.

-Oi, filha.-papai me abraça assim que me vê.

-Ora, vocês vieram juntos? -ele pergunta receoso, quando vê Cristhian entrar pela porta logo depois de mim.

-Encontrei Manuela esperando por um táxi, próxima ao hotel, então como já estava vindo para cá, resolvi lhe dar uma carona rápida. -Cristhian é quem o responde.

-Oh compreendo, tudo bem então. -papai diz após a explicação.

-Vou tomar banho papai, e já volto para o jantar, ok?

-Está bem, minha filha. -ele me dá um beijo na testa e eu subo para o quarto.

Coloco a banheira para encher e retiro a roupa. Depois entro na banheira e me sento, começo me ensaboar, passo as mãos por meus seios e os aperto, desço a mão pela barriga e paro na minha intimidade. Então começo a me estimular, levando meus pensamentos até o corpo do Cristhian. E os meus dedos não param, eles só me invadem com desejo. E com a mão livre massageio meus seios. Solto um gemido involuntário e rapidamente caminho para um orgasmo. Permaneço por mais um tempo na banheira, até acalmar um pouco o fogo no rabo, me seco e visto um short com uma camisa masculina, que fica praticamente como um vestido em meu corpo. Ainda agitada, desço para jantar com meu pai, porém infelizmente Cristhian já havia ido embora. Então encerramos a refeição e eu volto para me lançar na cama para um bom descanso.

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