CAPÍTULO 5
JONH
No ramo em que eu estava trabalhando não poderia haver erros, e eu não poderia falhar com a marca contratante, porém a recusa da Ingrid me trouxe grandes problemas.
Flávia: Bom dia Sr. Carter, eu estou ligando para avisar que a pessoa que eu tinha em vista para substituir a Ingrid não vai poder participar do desfile.
— Isso não pode acontecer, você sabe muito bem que não podemos ter desfalques nesse desfile, ligue para Ingrid agora e tente convencê-la a participar.
Flávia: Sim senhor.
Haviam muitas modelos na agência, mas poucas delas possuíam o padrão que a marca contratante queria, e uma das modelos mais requisitadas era a Ingrid, pois ela possuía o padrão que a maioria das marcas procuravam, não só as marcas a queriam, como também os clientes.
Eu achava que eu não deveria me preocupar, pois a Flávia era muito competente no que fazia, e eu tinha certeza que ela conseguiria convencer a Ingrid, porém não foi isso o que aconteceu.
Eu estava tomando o meu café quando o meu celular voltou a tocar.
Flávia: Sr. Carter, a Ingrid aceita participar do desfile, mas mantêm a recusa em não fazer o book vermelho.
— Isso é inacreditável, era só o que me faltava eu ter que ficar me humilhando para uma modelo participar de um desfile que pagará uma fortuna pra ela.
Flávia: Temos a Lorena e a Bela.
— A Lorena e a Bela não servem, a marca deixou bem claro o perfil das modelos que devem participar, ligue novamente pra Ingrid e diga que eu pago 80% do book vermelho se ela aceitar fazer.
— Tudo bem.
Aquilo nunca havia acontecido, eu nunca precisei insistir para uma modelo participar de um desfile, mas mentalmente eu prometi para mim mesmo que aquilo nunca mais iria se repetir.
O meu celular novamente tocou, era a Flávia trazendo a resposta.
— E então Flávia?
Flávia: Ela aceitou, mais pediu uma entrada pra que a irmã dela possa ver o desfile.
— Ainda faz exigências? Tudo bem, mas eu tinha quase certeza que ela aceitaria, pois ela deixou bem claro que estava precisando de dinheiro, agora é com você, não deixe que nada mais dê errado, nos encontraremos mais tarde no desfile.
Eu encerrei a ligação e fui resolver outras pendências, mas confesso que eu estava ansioso pelo assunto da qual o Sr. Klaus queria falar comigo.
Quando a noite chegou eu me preparei impecavelmente para aquele evento, eu não tinha a menor ideia do que me aguardava.
Eu cheguei mais cedo conforme o combinado, fui direto pra sala de reuniões e esperei por ele que entrou na sala poucos minutos depois.
Klaus: Desculpe o atrasado Carter.
Ele falou esticando a mão pra me cumprimentar.
— Sem problemas Sr. Klaus, agora conte-me o motivo de todo esse mistério?
Klaus: Eu vou ser bem direto Carter, eu quero que você consiga pra mim uma garota virgem, alguém que nunca foi penetrada sexualmente, ela precisa ser jovem, ter entre 18 a 20 anos, e precisa também ser linda, ela tem que estar disposta a perder a virgindade violentamente, e precisa aceitar ser dominada, pois eu pretendo amarrá- la e fazer de tudo com ela.
— Você sabe que conseguir uma virgem que aceite essas condições será muito difícil Sr. Klaus, a maioria das jovens nessa idade que são virgens sonham em perder a virgindade com a pessoa que elas nutrem algum tipo de sentimento.
Klaus: Eu estou disposto a pagar 5 milhões pra ela e 5 milhões pra agência.
Quando ele me falou o valor, eu fiquei sem palavras, é claro que aquele valor era baixo diante da minha fortuna, mas eu nunca havia recebido uma proposta tão alta pra conseguir uma garota pra um cliente.
Klaus: O que você me diz? Temos um acordo?
— Sim, eu farei o possível pra conseguir.
Klaus: O possível é muito pouco, faça o impossível.
Ele voltou a apertar a minha mão e se retirou.
Cinco milhões mudaria a vida de uma jovem nessa idade, e talvez não fosse tão difícil conseguir.
O desfile já estava prestes a começar então eu fui verificar se todas as modelos já haviam chegado.
— Flávia, as modelos já estão prontas?
Flávia: Sim senhor.
— Eu posso entrar no camarim?
Flávia: Sim, já estão todas vestidas.
Eu entrei no camarim e todas estavam deslumbrantes, a marca contratante havia acertado em cheio na nova coleção, e com toda a certeza a disputa dos clientes pelas modelos seria grande.
Eu me aproximei da Ingrid e olhei pro pescoço dela, eu queria ter a certeza de que ela havia escondido bem as marcas.
— Você fez um excelente trabalho aqui Ingrid, mas levando em consideração o dinheiro que você vai ganhar não fez mais do que a sua obrigação.
Ingrid: Levando em consideração o que eu vou me submeter, eu digo que a obrigação é sua de me pagar bem.
— Você sabia exatamente onde estava se metendo quando assinou o contrato, mas se você não está satisfeita é só pedir a quebra e pagar a multa.
Ela ficou em silêncio como eu imaginava, afinal ela estava precisando do dinheiro, eu só não sabia o motivo, já que ela era uma das modelos mais bem pagas do país.
— Antes de vocês entrarem na passarela, eu quero dar um comunicado pra vocês, eu irei abrir uma nova seleção pra modelos, mas existe um critério indispensável além do padrão normalmente exigido pela agência.
Ingrid: E qual é esse critério além de ser fodida por clientes com o instinto animal?
— Você anda perdendo bastante o respeito por mim não acha Ingrid? Acho que depois desse desfile você vai precisar passar um tempo sem trabalhos pra aprender.
Ela ficou calada mais uma vez e eu pude continuar de onde eu havia parado.
— Voltando ao assunto, a seleção será pra jovens entre 18 à 20 anos, mas apenas uma conseguirá a vaga, além de ser virgem, ela precisará aceitar perder a virgindade com um dos nossos clientes, ele estará disposto a pagar uma verdadeira fortuna por isso.
Ingrid: De quanto estamos falando?
— Ele pagará 5 milhões pra modelo, e 5 milhões pra agência.
Todas as modelos ficaram impressionadas com o valor, e o camarim parecia uma feira.
— Silêncio, eu ainda não terminei.
Elas se calaram e voltaram a olhar pra mim e eu continuei...
— O cliente em questão quer uma garota que aceite ser submissa, que suporte um sexo violento, que não tenha tanta frescura como a Ingrid.
Era nítido o olhar de raiva dela, mas ela havia ultrapassado o limite comigo e eu não suportava ser confrontado por alguém que me devia gratidão, afinal o sucesso dela era graças aos inúmeros trabalhos que eu havia dado e o mínimo que ela deveria ter por mim era respeito.
Ingrid: Quando será a seleção?
— Você tem alguém em vista? Você parece bastante interessada.
Ingrid: Se você está passando essa informação pra gente, é com a intenção de que a gente divulgue pra quem conhecemos não é? Então preciso saber da data.
— Se a pessoa que você está querendo trazer for tão linguaruda quanto você, eu dispenso.
Ela puxou o ar como se tivesse prestes a explodir, mas com toda a certeza aquilo serviria pra ela aprender a não bater mais de frente comigo.
— A seleção será amanhã, às 09:00hrs na agência, eu sei que o tempo é curto, mas tenho certeza que vocês devem conhecer alguém com esses critérios, e o cliente tem pressa.
Flávia: Com licença Sr. Carter, o desfile já vai começar.
— Tudo bem, vão lá e dêem o melhor de vocês.
Eu me retirei e fui até o salão onde eu teria um assento privilegiado de frente pra passarela, eu cumprimentei a empresária responsável pela marca e alguns clientes importantes.
O desfile começou, e eu prestei atenção nos olhares famintos dos clientes presentes, aqueles homens realmente eram animais famintos, e aquelas garotas eram as presas deles.
Depois de 40 minutos eu recebi a mensagem da Flávia.
Flávia: Sr. Carter, tem três clientes disputando a Ingrid.
Era inegável o poder que aquela garota exercia sobre os homens, até eu tinha vontade de fudê-la pra ver o quanto ela era gostosa na cama, mas as minhas regras pessoais não me permitiam, eu jamais poderia ficar com as minhas próprias modelos.
— Quem pagar mais fica com ela.
Flávia: Tudo bem.
No final do evento a marca contratante vendeu todas as peças, como também todas as garotas conseguiram chamar a atenção dos clientes.
Enquanto eu falava com a empresária, eu vi a Ingrid conversando com uma garota absurdamente bem feita, a garota estava de costas, ela usava um vestido preto e brilhoso que deixava em evidência suas curvas, eu fiquei tentando ver o rosto da garota, mas não consegui, depois a Ingrid deu um abraço nela e a garota desapareceu entre as pessoas.
Eu trabalhava com modelos lindas, mas aquela garota parecia sem defeitos, mesmo estando de costas.
No dia seguinte eu cheguei cedo na agência pra conversar com a Flávia sobre o faturamento da noite anterior e sobre a seleção.
— Como foram as negociações de ontem Flávia?
Flávia: Recebemos o tripo de dinheiro que ganhamos no desfile anterior.
— Que notícia maravilhosa, obrigado por seu excelente trabalho.
Ela deu o mesmo sorriso de sempre e eu precisei tirar o foco pra me livrar dos pensamentos maldosos que eu sempre tive com ela.
— Quantas garotas irão participar da seleção?
Flávia: Só conseguimos 13 garotas, o tempo foi curto.
— Tudo bem, ainda sim ultrapassou as minhas expectativas, eu só vou precisar de uma virgem, e que seja linda o suficiente pra encantar o cliente, eu estarei no salão, organize tudo quando elas chegarem.
Flávia: Tudo bem.
Eu fui pro salão da agência, sentei e esperei pelas garotas que fariam a seleção, mas os meus pensamentos me levaram até aquela garota que estava com a Ingrid, eu não queria perguntar quem era, mas eu daria tudo pra ver o rosto dela.
Flávia: Sr. Carter as garotas chegaram e estão prontas.
Ela falou interrompendo os meus pensamentos.
— Ótimo, faça entrar a primeira.
As garotas foram entrando uma a uma, elas eram comuns, não tinham nada de especiais, seus corpos eram bonitos, mas seus rostos não eram exatamente o que normalmente o Sr. Klaus gostava, a garota escolhida precisava ser magnífica, absurdamente linda e sexy, alguém que fizesse a agência aumentar o patamar diante dos clientes, pois se eu tivesse sucesso com o pedido do Sr. Klaus, outros clientes iriam querer o mesmo e consequentemente a agência lucraria muito mais.
Faltava apenas uma pra entrar, e eu já estava decepcionado, eu não poderia oferecer qualquer garota pro cliente, e nenhuma daquelas garotas pareciam adequadas.
Quando a última garota entrou, parecia que eu estava vendo um filme em câmera lenta, ela parecia ser alguém de outro mundo, os meus pensamentos limitados jamais conseguiriam imaginar ser possível encontrar uma garota tão espetacular, a beleza dela excedia todos os padrões das modelos que eu costumava trabalhar.
Ela tinha pernas perfeitamente torneadas, possuía um piercing no umbigo, a cintura era bem modelada, os seios eram médios e os bicos estavam perfeitamente marcados na blusa, os cabelos eram castanho acobreados, os olhos eram azuis perolados, e a boca era perfeitamente desenhada, ela carregava uma inocência no olhar, algo raro de ver, aquela era de longe a garota mais perfeita que eu vi na minha vida.
Ela ficou de costas pra mim e eu assimilei aquela imagem a garota que eu vi com a Ingrid na noite anterior, a bunda dela empinada me fizeram desejá-la absurdamente.
Eu precisava perguntar, eu queria saber tudo a respeito daquela garota.
— Olhe pra mim.
Ela se virou novamente e me encarou, eu poderia ficar ali o dia inteiro devorando cada parte dela.
— Como você se chama?
" Hana Galeno "...
— Quantos anos você tem?
Hana: 18.
— Você estava ontem no desfile?
Hana: Sim.
— Qual a sua relação com a Ingrid?
Ela pareceu surpresa pela pergunta, mas me respondeu.
Hana: Ela é a minha irmã.
— Agora eu entendi, você fazia parte da exigência dela.
Ela ficou calada me encarando, enquanto eu estava em guerra com os meus instintos.
Eu me levantei e caminhei até ela, dava pra notar o quanto ela estava tensa com a minha aproximação, eu fiquei a um palmo de distância do rosto dela e a olhei nos olhos, ela me encarou sem desviar o olhar nem por um segundo, ela não parecia ser alguém que se deixava intimidar.
— Você já foi penetrada por alguém?
Ela respondeu sem pestanejar.
Hana: Não.
— Você está ciente de que o cliente irá amarrá-la e tirar a sua virgindade violentamente? Que você vai sentir dor e mesmo gritando ele não irá soltá-la?
Hana: Sim.
— Mesmo sabendo disso, você ainda quer?
Hana: Cinco milhões de dólares serão o suficiente pra eu precisar fazer isso uma única vez.
A resposta dela me surpreendeu, aquilo significava que ela estava ali por precisão, e que não era como as outras.
Antes de você ser selecionada, você precisará fazer um teste comigo, eu não vou penetrá-la, eu não vou ser violento com você, mas vou ensiná-la a não ser um robô, ensinarei você a usar a boca, as mãos e a língua, e o principal...
Eu aproximei os meus lábios do ouvido dela e continuei...
— Você aprenderá a deixar um homem de pau duro.
Eu a encarei novamente, e a respiração dela estava forte o suficiente pra me fazer sorrir.
— Você está nervosa?
Hana: Não, eu só não sabia que precisaria fazer um teste prático com o dono da agência.
— Você pode recusar se quiser, mas estamos falando de cinco milhões.
Hana: As outras garotas também farão esse teste?
— Não, nenhuma delas conseguiu me impressionar, só você, você tem até amanhã pra me dar uma resposta, se você não aceitar, eu continuarei com as buscas, pode se retirar Hana.
Ela deu as costas pra mim e saiu andando, enquanto eu fiquei me interrogando sobre onde eu havia tirado aquela idéia absurda.
— Puta que pariu, eu enlouqueci de vez.
Eu tive uma forte impressão de que a virgindade daquela garota seria minha a qualquer custo.