04 - Amélie Petit
Amélie Petit
Antes que pudesse entrar no camarim, mãos grandes se fecham em torno do meu pulso, quando olho para o homem me surpreendo com a sua audácia de se aproximar dessa forma sem a minha permissão.
Olho para o rosto que parecia autoritário e carregava um peso pela excitação em me ver dançando para ele, porque tenho certeza que ele notou que cada movimento que executei naquele palco foi exclusivamente para ele.
Tomo coragem e aceito o seu convite, o levo para o quarto ao lado do palco. Deixo o quarto com pouca luz, porque não posso deixar que ele me reconheça, darei uma noite intrigante ao sobrinho da minha chefe. Coloco uma das vendas que estavam disponíveis em uma das gavetas e cubro seus lindos olhos azuis, assim que ele não pode mais me ver retiro a minha máscara.
Dizem que o desconhecido instiga, fazendo com que procuremos uma forma de revelar aquilo que não conseguimos ver completamente a superfície, talvez seja por isso que tantas pessoas se aventuram em desbravar as profundezas do oceano ou a imensidão do céu.
Sinto o perfume amadeirado deixando ele ainda mais atrativo, subo minhas mãos por seu peito, abrindo os botões de sua camisa com lentidão, quero me deleitar em quanto aproveito de cada parte dessa noite com o herdeiro da Walker.
Tommáz é um homem alto, não sou tão baixa, mas mesmo com salto não passo do seu queixo, empurro o tecido da camisa que cai completamente no chão aos seus pés.
— Vejo que gosta de torturar um homem faminto, mademoiselle! — Sua pergunta massageia o meu ego, entendendo que ele aprova o que estou fazendo.
— Faminto? — Pergunto intrigada retirando o cinto que estava na sua calça. — Não me parece faminto, já que deixou ser vendado! — Digo com um pouco de arrogância.
Sinto quando seus dedos se fecham no meu pescoço e apertam tirando o meu fôlego, fico impressionada quando minha buceta fica molhada com essa demonstração de poder, porque não posso negar que ele é quente como o inferno.
— Não me teste mademoiselle, não sou um homem paciente… — Puxo o seu rosto em direção aos meus lábios, calando o que ele tinha intenção de falar.
Seus lábios estavam úmidos sendo pegos de surpresa quando o beijei, empurrei o seu corpo, fazendo que ele tire as mãos do meu pescoço e enlace a minha cintura, ando com ele até a cama e acabo caindo por cima do seu corpo, sem desgrudar nossos lábios que parecem guerrear por uma parte a mais de cada um, deixo um sorriso surgir enquanto o sinto chupando o meu lábio inferior.
— Espero que tenha preservativo com você Monsieur Walker? — Pergunto com o mesmo tratamento no meu idioma, carregando no sotaque francês
Minha intenção era apenas dançar, então não vim prevenida, para uma noite com sexo quente, então espero que ele seja um homem precavido e responsável, porque nem por todo dinheiro do mundo que transo sem camisinha, já tive a minha conta de idiotice e não farei novamente ainda mais com alguém que teoricamente conheço.
— Pode ter certeza que sim… — Ele me responde e nos vira na cama. — Deixe-me te ver?
— Negativo, seja um menino obediente e mantenha a venda. — Digo enquanto ele beija o vale dos meus seios e inala o meu perfume.
Suas mãos hábeis conseguem retirar um dos meus seios da armação do sutiã que estava usando, modéstia a parte trabalhar com a Noely tem seus privilégios e um deles é ganhar peças de alta costura.
Ofego quando o calor de sua boca toca em meu seio esquerdo, abro mais ainda as pernas, na tentativa de que a carne aquecida encontre um pouco de alívio, esfrego minha púbis na pelve do homem enlouquecido em meus seios.
Ouço seus grunhidos de satisfação enquanto toca em cada um dos meus seios intercalando de um para o outro, tendo o cuidado de não apertar seus lábios em meus mamilos. Olho para o emaranhado de cabelos loiros fazendo uma trilha de pequenos beijos indo em direção a minha fenda que implora por atenção.
— Você tem um cheiro tão doce mademoiselle… — Minha mente começa a se desconectar do meu corpo no momento que sinto seu nariz roçar pela minha abertura.
Suas mãos vão para a lateral da minha calcinha e puxa em direção das minhas coxas com delicadeza, ergo meu quadril da cama para o processo ser realizado sem dificuldade, deixo um sorriso escapar no canto da boca, quando noto o cuidado que ele tem com a peça intima que estava usando.
— Tenho uma conhecida que trabalha com moda intima. — Ele diz por fim.
No instante que Tommáz toca em minha fenda com a sua língua, chego tão próximo do precipício do prazer que vejo pontos brilhantes em minhas pálpebras. Ele brinca com meu clitóris como se estivesse sugando uma paleta de sua fruta preferida, me deixando enebriada de desejo por prazer, esperando que o orgasmo que estava se formando no meu ventre alcançasse o seu ápice a ponto de me molhar mais do que já estava.
Sentir seus dedos me invadindo, alcançando o ponto certo, faz com que meu corpo se desgrude da cama e deixe que um grito de prazer saia por minha garganta, meu orgasmo vem tão forte que minhas pernas começam a ficar moles, sinto uma letargia me alcançando mais sei que a última coisa que conseguirei aqui essa noite será dormir.
— Nem considere dormir mademoiselle, estamos apenas começando. — Tommáz se ergue da cama.
Vejo mesmo que o quarto esteja escuro quando ele retira a calça e apanha o preservativo de sua carteira, rasga o pacotinho com os dentes, mal consigo ver como ele põe o preservativo, mas não tem como errar em pôr.