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02 - Tommáz Walker

Tommáz Walker

Entro com o Kevin na saleta privativa com um mini bar a disposição para o nosso consumo, começo a olhar para as mulheres que estavam caminhando pelo salão com uma bandeja oferecendo algumas taças de champanhe ou copos de uísque.

Continuo observando o show da mascarada que parece ter um charme interessante e aquela máscara com penas de pavão saindo por cima de sua cabeça, o que evitava conferir o tom de seus cabelos. Estava me deixando intrigado, tenho a sensação que já a vi em algum lugar, talvez a chame para uma noite e descubra de onde a conheço.

— Quero aquela ali. — Kevin aponta para uma ruiva que estava usando uma máscara veneziana.

A mulher muito bonita, tinha um corpo que lembrava muito as brasileiras, com curvas nos lugares certos, seios fartos e uma bunda arrebitada, percebo quando meu amigo acena para o garçom que caminha lentamente em nossa direção.

— Boa noite, senhores em que posso ser útil? — O garçom nos cumprimenta.

— Gostaria de convidar a Veneziana para o nosso camarote, isso claro se ela for adepta a dar prazer! — Kevin fala com os olhos fixos na mulher.

— Creio que a Veneziana já tenha sido solicitada senhor, temos algumas outras se quiser conferir… — Meu amigo interrompe a fala do garçom.

— Diga a ela que dobro o valor que lhe foi proposto. — O garçom meneia a cabeça e antes que ele saia o chamo.

— A dançarina principal, ela faz parte do catálogo? — Pergunto com interesse, olhando diretamente para a mulher no palco, elaborando sua apresentação no pole dance.

— Não, ela é novata, mas posso perguntar se ela tem interesse de uma exclusividade. — Aceno com a cabeça, mantendo o meu olhar na desconhecida.

Ela dançava exibindo uma cintura fina e um rebolado que estava me deixando de pau duro, observo o garçom se aproximando do palco chamando a sua atenção e pelo que pude ver ele gesticula em nossa direção.

Noto quando ela nega com a cabeça, o garçom acena para a mulher com a máscara de pavão e se aproxima da ruiva que confirma com a cabeça e a vemos indo em direção a outra porta que até onde me lembrava é onde ficam pequenas suítes. O cretino do meu amigo se levanta com um sorriso na cara debochando do fora que levei e vai em direção à ruiva que lhe chamou a atenção.

Continuo olhando para a loira que se negou para mim, tento massagear o meu pau que está ficando cada vez mais duro por não conseguir me enterrar dentro dela. A safada percebe os meus olhares em sua direção e começa a rebolar a bunda dela na minha direção, estava usando uma lingerie branca que parece muito com uma das criações da minha tia.

— Foda-se, terei você assim que sair desse palco. — Saio do meu camarote e vou caminhando em direção ao bar que ficava próximo à saída do palco.

Mantenho os meus olhos na mulher que continua dançando e pelo jeito que a sua cabeça ia em direção meu camarote ela parecia me procurar onde estava. A música acaba a vejo se despedindo dos diversos clientes que estavam sentados praticamente com o pau na mão ou com alguma outra mulher os chupando. A vejo se abaixar e pegar as diversas gorjetas que estavam oferecendo a ela por sua apresentação.

Ela desce do palco e assim que passa por trás de mim seguro em seu pulso, acabo deixando assustada com a minha invasão em seu espaço. Mas nesse momento não me importava com nada, ela passou o resto de sua dança se insinuando para mim, então ela fará isso num desses quartos.

— Vem! — Seus olhos azuis eram a única coisa que conseguia observar pela máscara.

Senti a sua resistência e olhei para o seu rosto e se a luz fosse um pouco mais forte poderia ter certeza que ela tinha um brilho em seu olhar.

— Não! Você que vem comigo! — Um sorriso satisfeito com a mudança, surge em meu rosto.

Ela me puxa para um dos quartos privativos que estava com uma lâmpada verde acima da fechadura e entramos no quarto. Ouço quando tranca a porta e deixa o quarto com uma iluminação quase que completamente escura, apenas com as led da cama acesa.

— O que deseja de mim, Senhor? — A ouço perguntando.

— Quero tudo… — Digo quando sinto suas mãos se aproximando do meu corpo, quando ia tocar em sua máscara seus dedos delicados me impede.

— Darei tudo, mas não pode me ver, serei apenas uma lembrança sem rosto e sem nome em sua mente, mais uma entre tantas que já teve senhor Walker. — A desgraçada me conhece.

— Tenho uma ideia, você me venda e poderei sentir o sabor de seus lábios. — Ela curva a cabeça, sei que ela está pensando na minha proposta.

— Tudo bem! — Ela se afasta e procura algo em uma mesa que nem havia percebido haver ali.

A vejo caminhando em minha direção com uma venda em suas mãos, olho novamente para o lábio inferior e seu queixo era tudo o que podia ver de seu rosto. Ela estica a venda e passa por cima da minha cabeça me deixando impossibilitado de ver o que fará comigo.

A venda me deixa ansioso, me sinto refém dos desejos dessa pequena mulher, suas mãos vão para o meu rosto enquanto ela brinca com os pelos do meu peito, estico as minhas mãos e encontro o seu pescoço esguio e fino, com delicadeza toco em seu rosto e noto que ela já não estava mais com a máscara, sorrio e a puxo para um beijo.

Não é porque sou um libertino que não gosto de dar uma boa foda para que todas elas, sou um homem carinhoso, mesmo que todas elas sejam apenas por uma noite, quero sempre que todas se lembrem que já foram minha um dia.

Nossos lábios se encostam e o sabor adocicado de algo que ela tomou faz com que sinta um frenesi absurdo, meus pés acompanham os seus movimentos e passo meus braços por sua cintura fazendo com que ela caia por cima, sem deixar de beijar seus lábios macios.

Essa noite ela conhecerá Tommáz Walker e será ela que nunca me esquecerá.

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