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01 - Tommáz Walker

Tommáz Walker

Viro a cadeira em direção a grande parede de vidro que ocupava toda a sala do último andar da Walker Corporation, finalmente meu pai Noah estava deixando a empresa sobre os meus comandos, mesmo ele dizendo ser apenas uma aposta, adoro os meus pais e sei que ele confia em mim, mas ainda não estou pronto para realizar o que eles mais desejam.

Casar!

Só de pensar sobre isso sinto um arrepio de mau agouro correndo pela minha espinha, não que não acredite na instituição do casamento, até por que vejo que os que me cercam deram muito certo, olhando para os meus pais e meus tios Mike e Emma, todos eles são extremamente felizes em seus casamentos.

Mas, eu adoro a minha vida, toda noite ter um bucetinha diferente e não quero e nem planejo tão cedo me prender em apenas uma. Não consigo me ver, vivendo essa vida de homem de apenas uma mulher.

Mesmo sabendo que tenho dado bastante trabalho com a imprensa nos últimos anos, sendo fotografado sempre com uma mulher diferente, o que me fez comprar um apartamento diferente para usar em meus encontros casuais, no mesmo prédio onde tenho meu apartamento.

Minha assistente pessoal, não suportava mais limpar a sujeira que sempre fazia depois de uma noite de gandaia, então ela me deu a ideia de ter um abatedouro alguns andares abaixo, e assim eu fiz.

Infelizmente nessa sexta-feira, não terei meu prazer de todo dia, já que assim que sair da empresa vou direto para a pista de voo, me encontrar com a família para aproveitarmos a semana de moda em Paris, o que é ótimo, aproveitarei algumas das melhores modelos mundiais para realizar uma orgia.

O império que meu pai iniciou cresceu ainda mais e sob meu comando nos últimos meses cresceu a ponto de ser necessário criar uma filial na Itália, já que o Spa com os Lancellot acabou se tornando uma cadeia de hotéis e vinícolas, hoje temos uma fatia bem pequena dos lucros da Lancellot, conforme meu pai fez com o falecido senhor Pierre e seu filho Pietro assumiu o comando de tudo fazendo prosperar…

— Continua aqui Tom? — Viro a cadeira em direção à voz do meu melhor amigo Kevin.

— Sim, terminei agora de olhar os balancetes, estava de saída. — Digo sorrindo para ele. — E aí, vai conosco ou prefere ir com meus tios na terça? — Pergunto na esperança que ele aceite ir comigo.

— Vou com vocês, mas preciso preparar a minha bagagem. — Reviro os olhos para o meu amigo quase um primo.

Pego o telefone e meus pertences, ligo para os meus pais, sei que eles não vão se importar de esperar enquanto Kevin se apronta para ir no mesmo voo.

Para os meus pais, os filhos do tio Mike e tia Emma é uma extensão da própria família, já que crescemos todos juntos e praticamente estudamos na mesma escola.

Saímos da empresa e vou com meu amigo em direção o apartamento que tem, infelizmente não moramos no mesmo prédio, ele ganhou dos pais um apartamento alguns andares abaixo dos próprios pais no dia seguinte que ele chegou tão bêbado que deixou a minha tia muito irritada, que decidiu por ele no seu próprio espaço, irritando as minhas primas que ainda vivem embaixo do mesmo teto que meus tios.

Com uma hora de atraso chegamos no aeroporto, entramos na pequena aeronave e caminho em direção a minha mãe que tem quase uma semana que não a vejo, ela estava tão envolvida com o casamento da minha prima Elisa que praticamente estava mais em Paris que em casa.

— Oi! Mamãe, por que não ficou por lá? — Pergunto beijando a sua testa e lhe abraçando com saudades.

— Porque sua mãe tem um marido que estava com saudades dela na cama. — Reviro os olhos para o meu pai que não se importa nenhum um pouco de falar das intimidades deles na frente da família, fazendo todos ficarem com vergonha.

— Credo velho, ninguém precisa saber que vocês dois continuam parecendo dois coelhos cheios de fogo. — Tiro uma gargalhada do meu pai que me puxa para um abraço.

— Deixe disso moleque, vocês acham que foram feitos como? Ele pergunta com um sorriso irônico. — Deixem esse assunto para outro momento, oi Kevin. — Meu pai estende a mão para o meu amigo e o abraça.

Me sento na poltrona ao lado do meu irmão Ethan que estava mexendo em algum gráfico e pelo visto, ele não estava muito satisfeito com o que estava vendo.

Conversei com todos e finalmente o nosso voo foi liberado para decolar, aproveitei para por os assuntos em dia e ouvir cada uma das reclamações de minha mãe, porque tenho certeza que ela reclamará mais uma vez, por ser fotografado com a atriz que protagonizará o novo filme de heróis da Marvel, que estava filmando em Chicago.

Chegamos a Paris e fomos todos para a mansão da família Miller, chamar de casa é até uma ofensa, a mansão tem nada mais, nada menos que quinze quartos, tudo isso para evitar a nos separar quando viéssemos para a casa da vovó Enora, que tenho certeza que puxará a minha orelha pela manhã quando descer para o café.

Mas agora é hora de gastar um pouco as nossas energias, chamo Kevin para ir ao Moulin Rouge, a casa de show mais icônica de Paris, mas existe uma porta exclusiva apenas para a alta sociedade.

Uma casa de stripper, em grande maioria as garotas são apenas dançarinas sensuais para alguns empresários, mas existe garotas de programas que aceitam dar um pouco de prazer para seus clientes, eu mesmo já transei com algumas modelos mundias aqui mesmo, nesses bancos aveludados.

Assim que entramos pelas portas escuras escondidas por uma decoração sofisticada, o ambiente se torna escuro, estava acontecendo o segundo show da noite, o som alto e as luzes baixas dava apenas para olhar por onde caminhávamos.

Caminho devagar entre algumas poltronas para não pisar no pé de nenhum dos clientes que estava ali apreciando uma modelo que se não fosse pela máscara teria certeza que a conheceria.

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