Biblioteca
Português
Capítulos
Configurações

8- Christian

UM MÊS DEPOIS...

Já faz um mês que Carolina está trabalhando como babá de Ana Clara e também faz um mesa que ela me evita, não sei o porquê mas ela se afastou de mim e mal me cumprimenta dentro de casa, quanto tento me aproximar ela sempre encontra uma desculpa para se livrar da minha presença e isso está me incomodando, eu não sei o que está acontecendo comigo mas não estou mais conseguindo me controlar em relação a ela, eu a desejo como nunca desejei outra mulher antes, eu a quero mas ela sempre foge de mim me deixando frustrado pois eu jurava que ela também tinha uma atração por mim, Carolina sempre fica nervosa quando chego perto ou quando ela me vê sem camisa, eu vejo o desejo em seus olhos toda vez que me aproximo, eu já tentei conversar com ela para saber o motivo que a faz se afastar de mim mas ela simplesmente não me dá chances para isso, eu estou a ponto de perder o meu auto controle por causa dessa situação, eu nunca fiquei tão frustrado por causa de uma mulher como estou por causa de Carolina, eu custei assumir esse desejo que sinto por ela e quando eu o faço, ela foge de mim como o diabo da cruz, eu mal consigo me concentrar no trabalho com ela presa na minha mente o tempo inteiro.

— O que foi cara? Porque está tão irritado desse jeito? Que bicho te mordeu hein? — Pergunta Demétrio sem paciência por me ver inquieto andando de um lado para o outro atrás da minha mesa.

— O bicho que me mordeu se chama Carolina Fontinelli, Demétrio, essa situação está insuportável para mim, eu não aguento mais ser rejeitado por ela cara, ela me evita se esquiva de mim toda vez que eu me aproximo... Eu nem tive a oportunidade de conversar com ela e dizer que estou afim dela, que eu à quero e a desejo como um louco... Porra! Eu não aguento mais ver essa garota tão perto de mim e não poder tocá-la, não poder beijar aqueles lábios que me enlouquece só de olhar para eles. — Desabafo ainda irritado e tanto ele quanto Gustavo riem da minha cara.

— Porra Chris, você não deu nem um beijinho na garota e já está assim desse jeito, meu irmão? Eu nunca te vi assim por mulher nenhuma cara, você está mesmo apaixonado por aquela coisinha linda hein. — Gustavo diz gargalhando e a minha vontade é agarrar no pescoço desse infeliz, mas um que se diz meu amigo e está de olho no que é meu, mas não vou permitir isso.

— Se você usar esses termos para se referir a ela mais uma vez, eu vou perder a minha paciência com você Gustavo... Não me provoca cara, você me conhece bem então não queira me ver ainda mais irritado do que já estou! E eu não estou apaixonado seu imbecil! Ninguém se apaixona assim tão rápido por alguém que acabou que conhecer... Mas eu à quero pra mim, isso é um fato. — Esbravejo ainda mais irritado e o desgraçado gargalha de se contorcer na poltrona.

— Porra se isso não é paixão eu não sei mais o que é... É Demétrio, a gente precisa ajudar o nosso amigo com urgência, ou ele vai acabar nos matando por causa dessa frustração dele. — Comenta o idiota ainda gargalhando e Demétrio se junta ele, esses filhos da mãe.

— Mas porque a Carolina está te rejeitando desse jeito Christian? Você fez algo que a deixou irritada com você? — Pergunta Demétrio um pouco mais sério se controlando das suas gargalhadas.

— Eu não fiz nada Demétrio, eu não sei o porquê ela está agindo dessa maneira comigo se eu não... Espera...! Só pode ser isso! Não tem outra explicação. — Falo pensativo ainda andando pelo escritório e Demétrio e Gustavo me encararam confusos.

— O que houve Christian? Você chegou a alguma conclusão sobre tudo isso? — Pergunta Gustavo curioso por me ver tão pensativo e até um pouco mais calmo.

— Ah um mês atrás eu ouvi uma conversa de Ana Clara com Carolina, minha filha pediu a Carolina para não gostar de mim porque acha que assim Carolina não deixará de gostar dela... Minha filha se sente rejeita pelas pessoas próximas a mim e eu nunca percebi isso, ela acha que se Carolina se apaixonar por mim ela não terá mais o amor é a atenção da Carolina... É por isso que Carolina está me rejeitando, só pode ser por isso porque eu sinto ela diferente quando estamos próximos, ela fica nervosa e nem consegue me encarar direito e sei que ela sente algo por mim... Eu sinto isso. — Explico ainda pensativo me lembrando dela ofegante quando estou bem próximo a ela, quando desvia seu olhar até a minha boca me admirando com desejo.

Na madrugada de ontem eu esbarrei com ela na cozinha e ela estava com uma camisola curtinha e transparente, senti as minhas veias quer explodir de tão excitado que eu fiquei, eu tive que me controlar ao extremo para não fazer uma besteira e agarrá-la ali mesmo na cozinha, mas como sempre ela saiu quase correndo para evitar ficar perto de mim. Porra já faz um mês que não saio com outra mulher só pensando nessa garota que chegou bagunçando a minha mente, me deixando louco por ela!

— Caramba Chris, se for isso mesmo você precisa conversar com a Clarinha, fazê-la entender que ninguém vai deixar de gostar dela e para provar isso você precisa ser mais presente e participar mais da vida dela, das brincadeiras, enfim, conversa com a Clarinha cara, diz a ela que você gosta da Carolina mas que a Carolina não quer ficar com você porque ela pediu isso, a sua filha é uma menina muito inteligente para idade dela, tenho certeza de que ela vai entender meu irmão. — Me aconselha Demétrio ainda mais sério que antes e sei que ele tem razão, mas primeiro eu tenho que falar com a Carolina, depois eu falo com a minha filha.

— Você tem razão Demétrio, eu vou falar com a minha filha mas primeiro eu tenho que conversar com a Carolina, eu preciso ter certeza de que ela sente algo por mim ou se estou equivocado em relação a ela, não posso falar primeiro com a minha filha para depois eu sofrer uma decepção... Hoje mesmo eu vou conversar com a Carolina e descobrir se sou correspondido ou não. — Digo decidido e meus amigos se levantam vindo me desejar sorte.

Converso um pouco mais com eles e depois tento focar no trabalho para não pirar de tanta ansiedade, quero conversar com Carolina e de hoje não passa, vou aproveitar que hoje é o último dia de Ana Clara na casa da mãe dela porque amanhã ela estará de volta para ficar comigo, depois da conversa que terei com Carolina veremos se falo ou não com minha filha.

O expediente mal terminou e eu já estou saindo do prédio da empresa indo direto para casa, sendo seguido pelos meus seguranças, dessa vez faço o trajeto em tempo recorde pela pressa e ansiedade de vê-la, não sei o que sinto por ela só sei que a quero para mim, somente para mim.

Entro na mansão e deixo o meu carro na entrada principal, me apresso para entrar em casa mas assim que passo pela porta vejo uma cena que não me agrada, Esthela e Carolina estão discutindo visivelmente alteradas sendo amparadas por dois dos meus seguranças que estão tentando apartar a brigar.

— Eu posso saber o que está acontecendo aqui? Você pode me explicar que palhaçada é essa dentro da minha casa Esthela...? Vamos eu estou esperando! — Esbravejo bastante alterado por ver Esthela brigando com Carolina que agora me encara assustada e decepcionada ao mesmo tempo. Mas que droga! O que a Esthela veio fazer aqui?

— Eu que pergunto que palhaçada é essa Christian? Porque você contratou essa fedelha para cuidar da nossa filha? Eu não quero essa garota perto de Ana Clara você está me ouvindo? Eu quero essa garota fora daqui imediatamente! — Diz alterada me encarando com fúria nos olhos e eu forço uma gargalhada.

— Você está se esquecendo de um pequeno detalhe Esthela! Essa casa é minha e quem manda aqui sou eu e não você! E minha filha vai ser cuidada por quem eu achar melhor, isso não é você quem decide, já que quem paga pelos cuidados dela sou eu e não você! — Confronto-a ainda mais alterado e agora até ela mesma me encara assustada. — A partir de hoje você está proibida de entrar nessa casa, a menos que seja convidada a entrar. — Aviso furioso me aproximando dela que aos poucos recua se afastando de mim.

— Você não pode me proibir de entrar aqui por causa dessazinha Christian, eu sou a mãe da sua filha você não pode fazer isso comigo...! Você vai preferir essa vigarista aproveitadora a mim, que sou mãe da sua filha? — Questiona em um tom dramático fingindo um choro que não existe, quando vou me pronunciar Carolina se adianta.

— Eu vou te mostrar quem é a vigarista sua loira falsificada de uma figa! Eu vou rasgar essa sua cara mal esculpida sua desmilinguida dos infernos! — Grita Carolina alterada tentando se soltar do segurança que abraça seu corpo na tentativa de segurá-la mas seu gesto me incomoda, não quero ninguém tocando nela além de mim.

— Solta ela Kenay! Não ouse encostar as mãos nela outra vez, você ouviu bem? — Ordeno o encarando sério e ele a solta me encarando confuso assim como Carolina. — E você! Se acalma por favor, deixa que eu resolvo isso do meu jeito, está bem? — A encaro fixamente e ela sustenta o meu olhar como há um mês ela não faz.

— Que bonitinho, você está transando com a babá da nossa filha, não é Christian? Bem que eu imaginei por ela estar tão à vontade nessa casa para uma simples babá. — Esbraveja Esthela mais uma vez me tirando do sério.

— Se você não tirar essa mulher da minha frente agora, eu juro que arranco a cabeça dela Christian! Eu vou estrangular essa girafa branquela! — Esbraveja Carolina se irritada mas mesmo com essa confusão foi impossível não sorrir com seu comentário.

— Você ouviu Esthela, se você não sair ela vai arrancar a sua cabeça, o que você prefere? Sair por bem ou ter a cabeça arrancada do seu pescoço? — Pergunto em um tom de ironia erguendo uma sobrancelha deixando Esthela furiosa e Carolina a encara com um sorriso lindo no rosto. Meu Deus que vontade de beijá-la!

— Você vai me pagar por isso Christian, eu juro que vocês vão me pagar por isso! — Grita furiosa e sai batendo os saltos no chão mas os seguranças vão atrás para garantir que ela vá mesmo embora.

Encaro Carolina que ainda sorrir vendo Esthela sair da casa, mas quando percebe que estou admirando-a seu sorriso diminui aos poucos, ela se vira para sair mas me apresso par aceitar até ela e seguro-a pelo braço.

— Espera Carolina...! Eu preciso conversar com você. — Peço me aproximando mais dela que tenta se afastar mas eu não deixo.

— Eu não tenho nada para conversar com você Christian, aliás, acho melhor você ficar bem longe de mim para essa maluca não inventar de querer me insultar outra vez, ouviu bem...? Com licença, senhor. — Diz irritada se soltando de mim e corre em direção a escada começando a subir.

Corro para alcançá-la e assim que o faço seguro ela pela cintura colocando-a contra a parede, encaro os seus olhos que me fitam com surpresa e sua respiração pesa rapidamente com a minha aproximação, encaro os seus lábios sedutores e ela fez o mesmo, me aproximo mais colando nossos corpos e ela engole a seco ainda mais ofegante.

— O que... O que você está fazendo...? — Questiona extremamente ofegante ao sentir o meu corpo colado ao seu enquanto suas mãos apertam com força os meus braços, aproximo a minha boca do seu ouvido e Sussurro sentindo o seu corpo tremer em meus braços.

— Não fuja de mim Carolina... Por favor Não fuja... — Sussurro com a voz o mais rouca possível e beijo o seu pescoço, sentindo sua pele macia se arrepiar. Cacete!

— Christian... Por favor... Não... Não podemos... Ahhhh meu Deus... — Sussurra ainda mais ofegante e geme ao sentir a minha boca na sua pele e minhas mãos segurando firme a sua cintura, puxando ela mais para mim.

— Eu te quero Carolina... Eu estou te desejando como um louco insano... Eu quero você... — Sussurro de volta no seu ouvido e chupo o lóbulo da sua orelha, fazendo ela soltar um gemido abafado.

— Christian... Óh meu Deus... Ahhhh... — Geme de olhos fechados e sinto seu corpo amolecer em meus braços.

Ela tenta me empurrar mas eu não permito, não consigo mais resistir e avanço na sua boca com um beijo urgente, quero saciar o meu desejo de beijá-la e isso só me deixa ainda mais excitado, seus lábios são doces e macios e isso me faz aprofundar ainda mais o beijo, ela tenta me afastar por alguns instantes mas não consegue e se rende ao beijo me puxando pela nuca, retribuindo com o mesmo desejo é isso me deixa louco, eu sabia que ela também me quer, que também me deseja.

Quando o ar nos falta ela me empurra me afastando dela e me encara ofegante, vermelha pelo beijo.

— Porque fez isso...? Não podemos Christian... Não podemos... — Me repreende nervosa e se vira subindo as escadas correndo mas eu corro atrás, não vou deixar ela desistir de mim outra vez.

— Espera Carolina, por favor? — Peço correndo atrás dela que rapidamente entra em seu quarto fechando porta.

Me aproximo do mesmo e toco a maçaneta e por sorte não está trancada, entro rapidamente no quarto e fecho a porta atrás de mim encarando a minha frente uma mulher ainda ofegante e nervosa pela situação que acabou de acontecer.

— Não fuja de mim outra vez Carolina... Eu sei que você também me quer. — Me aproximo dela que tenta se afastar mas seguro seu braço puxando-a para mim.

— Me solta Christian... Por favor... Não faz mas isso, não podemos. — Pede em um sussurro ofegante ainda tentando se soltar de mim, mas não permito.

— Eu não vou soltar você Carolina... Eu sei que está me evitando por causa da minha filha, não é? Não é por causa de Ana Clara que você está correndo de mim? — Questiono alternando os meus olhares entre sua boca e seus olhos e ela faz exatamente o mesmo.

— Mas... Mas como você sabe disso...? Quem te falou isso Christian? Foi a Clarinha? — Pergunta surpresa por eu saber da sua conversar com a minha filha.

— Ninguém me contou nada, eu ouvi você e Ana Clara conversando a um mês atrás, e foi depois dessa conversa que você passou a me evitar... Você sabe que eu quero você Carolina, sabe que eu te desejo de uma maneira que chega a ser insuportável pra mim. — Seguro firme a sua cintura colando mais o seu corpo ao meu deixando-a cada vez mais ofegante.

— Não Christian... Eu não posso... Por mais que eu queria muito eu não posso, eu prometi a Clarinha eu... Eu não posso. — Diz ainda ofegante encarando a minha boca e sinto o seu corpo estremecer como antes.

— Então você admite que me quer? Você sente algo por mim Carolina? — Questiono abraçando a sua cintura apertando o seu corpo ao meu, acaricio o seu rosto passando o meu polegar pelos seus lábios os desejando loucamente. — Você não pode cumprir com essa promessa Carolina, a minha filha é só uma criança ela vai entender se conversamos com ela, por fav... — Me interrompe.

— Não Christian...! Eu não posso voltar atrás na minha palavra, a Clarinha é só uma criança mas eu gosto muito dela e não quero decepcioná-la, por favor me entenda e não insista. — Diz nervosa se soltando de mim abruptamente me deixando confuso e muito frustrado. — Eu admito que estou muito atraída por você mas... Eu não quero me machucar por uma atração, eu sei que você me quer para satisfazer os seus desejos mas eu não estou nesse mundo para servir de objeto sexual para ninguém, nem mesmo pra você! Por favor não me perturbe mais, não insista mais com isso. — Me repreende alterada sem encarar os meus olhos e confesso que essa explosão dela me deixou mal, eu não esperava por isso.

— Eu só quero que saiba que eu não vejo você como um objeto sexual Carolina, eu não sei o que estou sentindo por você mas, eu sei que não é apenas atração. — Rebato de cabeça baixa me sentindo destruído pela sua rejeição, sei que ela só está fazendo isso porque não quer magoar a minha filha, mas isso não é justo conosco. — Se você quer assim eu não vou mais insistir... Eu... Eu... Boa noite Carolina. — A encaro mais uma vez e me viro saindo do seu quarto.

Baixe o aplicativo agora para receber a recompensa
Digitalize o código QR para baixar o aplicativo Hinovel.