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Capítulo 4

Gabriela

Varri os meus olhos pela sala mas não o vi em lado algum.

Ah que droga!

O que estou fazendo?

O cara é lindo, cara de mauzão, gostoso pra caralho, olhar molhador de calcinhas e ainda uma voz dos infernos, poderia gozar lhe ouvindo. Mas ele me dispensou. Porquê?

Não sou burra, percebo como atraio o olhar dos homens e tenho um corpo bastante desenvolvido. Vi que me olhava com desejo, tesão, mas ainda sim me dispensou porque não se envolve com crianças!

Mas eu não sou nenhuma criança e se ele pensa que terá a última palavra, está muito enganado!

- Conseguiu falar com ele? - Priscilla perguntou, me fazendo olhar para ela.

- Ah Cilla eu consegui, mas o cara me dispensou, disse que não se envolve com crianças. - expliquei com irritação.

- Bem, apesar do seu corpo ser bastante desenvolvido, você tem o rosto muito inocente amiga. - disse rindo.

Queria ficar chateada, mas ela me fez perceber que talvez seja isso!

Não é a primeira vez que dizem que aparento ter uns 18 anos pelo rosto, então o que eu tenho que fazer é dizer a esse homem a minha idade. Talvez seja do álcool, mas estou decidida a conseguir esse homem.

Mas o que está fazendo Gabi? Meu consciente me pergunta.

Não o conheço e penso em entregar minha virgindade para ele.. mas que merda está se passando?

Claro, o cara é lindo e causa diversas coisas em mim, mas não é assim que eu devia agir. Mas por outro lado, é algo que nunca senti antes e tenho a leve impressão de que não vou sentir mais! É algo que me prende, só consigo pensar em passar os dedos entre seus cabelos enquanto me possui, falando coisas pecaminosas com aquela voz harmónica mas de tom duro, ríspido, mau!

Desde o primeiro dia que lhe vi! Me pego imaginando cenas pornográficas com ele e isso está me tirando do sério. Eu precisava ter aquele homem. Saber o que é isso que estou sentindo, que parece arder sem se ver, que faz minhas pernas fraquejarem só de pensar nele e em como seria ter seus lábios colados aos meus.

Estarei enlouquecendo?

Passeio pela sala, em meio a tantas pessoas e me pergunto como eu vou achar aquele homem novamente.

Subo para a área onde ele se encontrava antes, com a esperança de que ele esteja ali, mas não estava!

Me encosto sobre os vidros e olho lá para baixo, analisando cada rosto, cada canto da sala, para ver se o encontro.

Tento me virar ao sentir o cheiro do seu perfume, mas já estava encurralada por ele. Encostou seu corpo ao meu e me senti pequena demais, dominada pelo seu corpo grande e másculo.. quem passasse por trás dele facilmente pensaria que ele estava sozinho, de tanto que eu desaparecia na sua frente.

- O que você quer, menina? - colou a boca no meu ouvido e perguntou baixo, me fazendo soltar um gemido.

E com a voz carregada de tesão, consegui responder:

- Quero você.

Senti seus lábios no meu pescoço, enquanto rugia, me fazendo estremecer levemente e sentir minha calcinha ensopar.

- Já disse que não me envolvo com crianças. - mordeu o lóbulo da minha orelha e me mexi de leve, encostando no seu pau endurecido.

Ele quer isso tanto quanto eu! Sorri e provoquei, rebolando:

- Mas você quer.. - rebolei, sentindo seu pau pressionar contra a calça. Nossa, que pau é esse? Estremeci só de imaginar o quanto deve ser grande e grosso. - E já disse que não sou criança, tenho 23 anos. - menti, só me apercebendo depois.

Fiquei me perguntando se emendava ou não, até que o senti parar congelado, com os lábios no meu pescoço, como se pesasse a hipótese. Até que respondeu:

- Não acredito, seu corpo é de mulher, mas o rosto não passa de uma criança. - se afastou e eu aproveitei para me virar.

Quase gozei só de olhar para o seu rosto! Os olhos verdes escurecidos pelo desejo, maxilar cerrado e uma expressão carrancuda.

Encostei minhas mãos no seu peito e descaradamente, graças ao álcool, me aproximei e com certa dificuldade devido a altura, rocei meus lábios nos dele, cheia de tesão e murmurei:

- Mas não sou uma criança.. sou uma mulher e sei que também me deseja. - mordisquei o lábio inferior e chupei. - Porquê fugir? - o peguei de surpresa e beijei seus lábios.

Chupei e mordisquei, até que a minha língua já dançava com a sua e suas mãos circulavam minha cintura.

Oh Deus! Minha pele queimava e minha boceta palpitava de tesão. Me apertou contra ele e senti seu volume, me excitando além da conta.

Uma mão entrava pelos meus cabelos e a outra pousou na minha bunda, apertando-a de leve, para provocar. Quebrou o beijo quando apertou meus cabelos e me fez olhar nos seus olhos, dizendo ameaçadoramente:

- Eu tentei te avisar, sou perigoso demais para você, mas agora você vai se queimar. - chupou meu pescoço e eu gemi alto, involuntariamente. Foi me soltando aos poucos quando continuou: - Não vou tomar você assim, não enquanto estiver tocada pelo álcool. O que faremos tem que ser consentido e você tem que estar lúcida. - Foi ríspido, como se estivesse zangado. - Amanhã, 18h levo você. - mordi o lábio inferior, desejando internamente que me tomasse agora.

Passou o polegar pelo lábio que eu mordia e saqueou minha boca, invadindo-a com a sua língua.

O beijei de volta, incapaz de resistir. Nos beijamos até que ele se afastou de repente, esbravejando:

- Porra! - me olhou fixamente e eu quase encolhi diante do seu olhar. - Amanhã. - me lembrou e de novo, saiu.

O olhei enquanto se afastava, quase pedia que me levasse hoje, porém parecia irredutível na sua decisão e não tinha percebido o que eu precisava consentir.

Meus lábios formigavam e minhas pernas tremiam. Passei os dedos pelos lábios e sorri..

Ai que beijo! Não sei como conseguirei dormir hoje, de tão excitada que estou e entusiasmada, mal posso esperar por amanhã.

Procurei a minha amiga, ainda perdida em pensamentos.

Apenas disse que me levaria amanhã as 18h.. Para onde me levaria? E mais, como sabe onde fico hospedada?

Mas tudo isso era nada em comparação a excitação, a ansiedade, o entusiasmo.

Porra o homem parece de outro mundo, de certeza que me dividiria em duas! E aquele pau? Aquele volume todo formado nas calças não era normal. Queimei só de imaginar como seria livre..

- Procurei tanto por você, está maluca? - minha amiga ralhou mas pouco liguei.

- Ahh Priscilla ele me beijou! Meu Deus do Céu que beijo!! Me pegou e senti seu pau duro encostado em mim e ohh Deus! - me olhava surpresa, mas logo seu olhar passou para preocupação quando eu terminei: - Amanhã eu vou com ele, Priscilla.

- Vamos para o hotel, estamos cansadas e precisamos dormir. - foi o que disse apenas, e eu tive certeza que preparava um discurso.

O trajeto para o hotel foi feito em silêncio, tal como a entrada no mesmo e a subida até o nosso andar.

Entramos no quarto e eu tomei banho primeiro, ainda sem acreditar no que aconteceu e mal esperando pelo que vai acontecer.

Priscilla saiu do banho e depois de vestida se sentou na cama, olhando atentamente para mim:

- No que está pensando Gabi? Você não conhece esse homem, rolou o que rolou no clube, tudo bem, mas ir em frente com isso, tem certeza? - perguntou e eu respondi prontamente:

- Tenho certeza sim Priscilla, eu o quero, o desejo tanto, mas tanto, como nunca desejei alguém! Desperta coisas em mim.. não consigo evitar não o querer, desde o primeiro dia em que o vi passar ali naquele carrinho de comida. Não consigo pensar direito, só vejo ele na minha cabeça e me sinto incapaz de negar isso. - respondi sinceramente.

- Eu entendo, juro que entendo, mas pare para pensar em como se sentirá depois.. você é virgem Gabi, vai entregar isso para um desconhecido, que nunca mais virá na vida? Você sabe que para ele será apenas uma foda. - chamou o meu senso, mas eu já sabia de tudo isso.

- Já pesei todas hipóteses e possibilidades Cilla. - minto. - Ele é Brasileiro também, quem sabe a gente não se encontra por lá, sei lá, só quero isso, agora..

- Tudo bem Gabi, só tenha cuidado e qualquer coisa ligue para mim. - concordei com a cabeça e ela sorriu, tentando mascarar a preocupação.

- Está tudo bem Cilla, eu juro. - a tranquilizei e assentiu com a cabeça.

- A moça que me viu conversando no clube, é Portuguesa e está aqui passando férias também.. amanhã sairemos com ela, tudo bem? - perguntou e eu assenti, entrando nas cobertas e a despedindo.

Apaguei o candeeiro com o remoto em cima do criado mudo e me virei.

Fechei os olhos tentando dormir mas só conseguia ver aquele homem, agora a imagem mais nítida.

Tinha noção do seu rosto de perto, da sua altura, seu corpo, seu cheiro, sua voz e pior ainda, do seu beijo. Tinha uma ideia do que podia fazer comigo e estremecia em antecipação.

+++++++++++++++++++

Fizemos algumas compras, acompanhadas pela Margarida, uma moça Portuguesa de 22 anos, que era casada apesar da pouca idade e estava a curtir as férias apenas.

Honestamente, eu não me aguentava no lugar. Contava as horas apenas e quando finalmente deram 18h sentia que o meu coração sairia pela boca de tão rápido que batia.

Priscilla sairia com Margarida, então desceríamos juntas do hotel.

Usava uma saia branca até o joelho e uma blusinha preta, com saltos de bico nude. Deixei o meu cabelo solto, caindo liso nas minhas costas.

Como por magia, lá estava ele! Fora do hotel, impecável em um fato Armani preto, os cabelos mal penteados parecendo mais sedosos que nunca. O olhar sério e penetrante.. parei por um momento, apenas babando da sua beleza.

Me aproximei do carro e ele abriu a porta para mim, cumprimentando Priscilla e Margarida. Priscilla me lançou um olhar preocupado e fez o sinal de " liga-me " enquanto entrava no carro com motorista.

Me aconcheguei no banco e senti as borboletas em meu estômago, ainda mais quando o vi deslizar graciosamente para dentro do carro e ligar o motor. O fitei, me perguntando que obsessão é essa que estou sentindo, é como se crescesse a cada segundo e criasse raizes..

- Oi. - cumprimentei, agora tímida demais. Mas que raios se passa comigo?

- Oi. - respondeu duro, ríspido e curto. Estremeci levemente.

Meteu-se na estrada e andamos pelas ruas tão desconhecidas por mim. Me peguei imaginando para onde íamos, e timidamente indaguei:

- Para onde vamos?

Olhou para mim, sorrindo, exibindo os dentes perfeitos:

- Está tímida agora? - não respondi e sorriu mais ainda, fechando a cara ao continuar: - Vamos para a minha casa, onde você vai aprender a não brincar com fogo.

Olhou fixamente para a estrada e eu engoli seco, ansiosa, esperando, mas tremendo.

O trajeto foi feito em silêncio, cerca de 30min chegamos a uma rua repleta de casas lindas, com garagens para os carros ligadas a casa e jardins esverdeados.

Chegamos a uma casa bege, protegida por alguns seguranças que abriram logo a porta assim que o reconheceram. Ele entrou directo e deixou o carro em um pátio com cobertura.

Reparei em tudo superficialmente, pois tremia, nervosa, excitada, ansiosa.

Tentei pensar no que Priscilla disse, sobre como vou me sentir depois ou seja lá o que for, mas eu só conseguia reparar no motor do carro sendo desligado e ele soltando o cinto de segurança. Não o olhei, mas soube quando saiu do carro, pois bateu a porta e veio até mim.

Soltei o cinto também, tremendo de excitação.

Oh meu Deus! O que estou fazendo?

Estou aqui, totalmente de quatro por um estranho, dominada por tudo que despertava em mim, embriagada pelo desejo. Ansiando pelo que faria comigo e por tudo que eu tinha desejado desde o primeiro dia em que lhe vi.

Abriu a porta do meu lado e soube que não escaparia. No fundo, eu não queria escapar mesmo.

O olhei ali, em pé, me fitando com aquele seu jeito prepotente, duro, profundo.

Segurou meu pulso, sem me machucar mas com firmeza. E eu fui para perto dele, desci do carro e soube que aceitaria tudo que quisesse fazer comigo.

No fundo me questionei se estava maluca.

Engoli em seco, nervosa, esperando. Ele apenas fechou a porta do carro e levou-me para dentro da casa.

Por um momento, tive um medo absurdo de tudo que poderia fazer comigo, estava sendo muito irresponsável, mas ainda assim, nada conseguiu me deter. Havia algo extremamente masculino e áspero nele, uma energia vibrante e deixava claro que havia um lado de violência em seus traços e no seu olhar, que era ao mesmo tempo assustador e excitante para caralho, como um estimulante.

- Tem fome? - perguntou, ainda me levando com ele para dentro da casa.

- Não. - respondi, lambendo os lábios, mal conseguindo me conter de ansiedade.

Sorriu sacana e disse:

- Não era para você estar aqui. - parecia travar uma luta interna, mas por fim concluiu: - Mas, já que gosta de brincar com fogo. - deu uma pausa e parou com o rosto a centímetros do meu.

Inalei seu perfume e resisti à tentação de chegar perto e beijar seus lábios. Me contive e o fitei a espera.

- Quero que veja o que te espera, antes de qualquer coisa e se decida. - nos fitávamos, com fome um do outro, o sentia controlado, dono de si, mas seus olhos ardiam.

- Eu já me decidi. - sussurrei e fitei seus lábios, me lembrando do seu beijo enlouquecedor. Senti no mais fundo de mim uma vontade louca de ser totalmente dele, da maneira que quisesse!

- Venha comigo. - mandou duramente, a voz fria e contida, mas o corpo parecendo que partiria para cima de mim a qualquer instante.

Não vacilei. Estava claro que era um homem com bastante dinheiro, por mais que repudiasse a ideia da minha mãe de me envolver com ricos para ter dinheiro, sabia que não era o caso agora. Nunca cheguei a sentir tanto tesão por um homem, sem sequer ter me tocado antes. Desde que o vi, ele não saiu mais da minha cabeça.

Segurou a minha mão, colocou a sua palma na minha, com aqueles dedos longos. Me olhou silencioso e o segui enquanto atravessámos a sala de estar e entrávamos em um corredor, vi superficialmente a decoração linda e me fixei apenas na última porta, no fim do corredor.

Parou em frente a essa mesma porta, me olhando em silêncio. Percebia os tremores, claro, mas via o meu olhar de desejo.

Abriu a porta e fez com que eu entrasse primeiro e depois parou atrás de mim.

Contive a respiração por um momento, quase virando e fugindo dali para fora. Senti-me como um animal indefeso em uma armadilha, com a excessão de que eu estava ali pela minha livre vontade.

Observei o quarto com as paredes pintadas de vinho, com acessórios pendurados e uma cama grande. Não era ingénua, sabia o que era aquilo. Vários chicotes e açoites pendurados em uma parede. Vários cintos, uma mesa com palmatórias e algumas mobílias estranhas, que de certeza tinham algum fim sexual.

Estanquei, imobilizada, abismada diante daquilo.

Senti que me observava, absorvendo cada reação minha. Foi impossível esconder o choque.

- Entende agora porquê eu disse que era perigoso demais para você? Entende quem eu sou? - sua voz saiu mais dura, seu olhar cortante.

- Sim. - respondi deixando o ar sair pesado, perplexa.

- Olhe bem em volta. É isso que quer?

Mal ousei respirar, meus olhos arregalados, pesando as possibilidades. O pior de tudo, é que eu queria sim. Tinha medo da dor, não sabia o que esperar, se me bateria de modo que não aguentasse.. Mas mesmo apavorada, não conseguia parar de desejá-lo. Como uma fome que não arrefecia, um desespero que só ele poderia acalmar.

Me olhava atentamente, exigindo uma resposta e estava me dando a opção de escolha.

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