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Capítulo 4

IV

Heitor

Chego em casa depois de um sábado com trabalho. Além da reunião que tive de manhã para organizar a missão,de tarde organizamos outra com os agentes que vamos levar, para deixar tudo detalhado e combinado.

Foi um dia estressante! Tivemos que mudar quase todo o plano. Não confio nos agentes da DER, até eu ter certeza de onde está a armadilha, todo cuidado é pouco.

É uma missão suicida porque não sabemos o que vamos encontrar, tudo pode acontecer, por isso além do equipamento combinado estou levando algumas surpresas, caso algo fuja do meu controle.

Quando Marcus disse a Manu que eu sou o mais qualificado para este tipo de missão,ele está correto pois eu e ele, trabalhamos com resgates de reféns quando fuzileiros. Trouxemos a experiência para a Interprise, e já fizemos resgates piores do que este e com menos soldados.

Só que como fuzileiros, servimos ao país e éramos obrigados a trabalhar assim, na Interprise não, a vida desses agentes estão em nossas mãos.

Prometemos proteger elas, acima de qualquer missão e esse é o objetivo Não existe outras pessoas que possam fazer isso, melhor do que nós dois, e o DER sabe disso. Tanto sabe, que nos procurou.

Só deveria ter feito isso antes de sacrificar a vida de três agentes. Isso se não for uma armadilha para nós. Se isto acontecer, será a primeira vez. Só fracassamos numa missão quando vidas são perdidas, e os objetivos não alcançados.

Até hoje, tivemos alguns emprevistos e alguns problemas, mais no final todas os resultados são positivos.

Para isso ser uma armadilha e dar tudo errado, falta pouco. Por isso, tudo tem que ser bem amarrado e planejado.

Chego em casa, e encontro todos na sala e cozinha, mais um jantar se inicia em família. Pedi a eles para não contarem a Manu que desconfiamos que seja uma armadilha, não quero assustá-la mais do que já está.

-Boa noite!

Todos respondem juntos.

-Boa noite!

-Amor, você demorou... -ela vem até mim e pula no meu colo.

- Estava acertando as coisas, antes da viagem.

-Você viaja quando?

-Amanhã. -Ela suspira e me aperta em seus braços.

-Heitor antes de servir o jantar, queria acertar alguns documentos com vc no escritório, pode ser?

-Sim...

Pedi para ele falar com seus informantes, sobre a morte dos agentes do DER. Eu precisava saber se isso era verdade ou mentira.

Já falei que eu não confio no Guilherme e no Ângelo? Pois é não confio. Pra me chamar no escritório, é porque ele já sabe de algo.

Me sento na cadeira com Manu ainda agarrada a mim.

-Baby, não vou fugir...

-Não vou deixar vc ir...

Já falei que as vezes, ela parece uma criança de 10 anos?

Nem parece a espiã fodona que entrou num prédio de cinco andares, pra roubar informações confidenciais, de uma das empresas mais protegidas de todos os tempos. Tudo isso em dez minutos.

Manu sempre me surpreendeu, com essa capacidade dela de ser uma baby que precisa ser protegida e na outra hora, uma espiã que não precisa de ninguém para concluir uma missão.

Ela ainda me confunde as vezes, porque parece que sou casado com duas mulheres diferentes.

-Amor, vai dar tudo certo. No final da semana estou de volta, são e salvo.

-Promete?

-Prometo.

-Os dois pombinhos podem dar um tempo? -fala Marcus impaciente.

-O que aconteceu com ele hoje? -Manu murmura no meu ouvido.

Ele só está preocupado de eu cair numa armadilha. Quando ele fica assim, é pq não sabe lidar com sentimentos que dizem que ele não pode nos proteger, no caso, me proteger.

Agora posso dizer isso para a Manu sem pirar sua cabecinha? Não posso...

-Deve ser mau humor, daqui a pouco volto.

Me levanto e acompanho ele até o escritório.

-Pelo menos disfarça sua preocupação na frente da Manu, não quero ela uma pilha de nervos. Você sabe que a síndrome do Pânico e o terror noturno, não foram embora de vez...

-Desculpe, mais eu realmente estou preocupado...

-Vai dar tudo certo! Planejamos tudo direito, conseguiu a informação que eu te pedi?

-Sim. Realmente três agentes morreram no prazo de um mês. Só que os informantes não sabem dizer em qual missão, apenas que morreram em campo.

-Então não foi mentira.

-Não, mais ainda tem caroço nesse angu.

-Tem, e eu já percebi que só vou descobri isso, durante a missão.

-Como está seu sexto sentido?

-Não dá pra confiar no meu sexto sentido Marcus, já que é uma incógnita, o que vamos encontrar. Estou apreensivo e só, mais alguma coisa?

Ele chega perto de mim e me abraça, dizendo no meu ouvido.

-Toma cuidado!

-Vou tomar, cuida da Manu.

-Nem precisa pedir.

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