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Capítulo 3

III

Heitor

Estamos reunidos na sala de reunião, do andar do Marcus.

Todos os agentes responsáveis pela missão: Eu, Caio, Filipe, Marcus, Guilherme, Ângelo e Melissa.

Melissa abaixa o telão da sala e automaticamente, põe a planta do bordel para que todos vejam.

-Esse é a planta do bordel que achei na web. É atual, mais como vocês sabem, não tenho como garantir se foi ampliado ou modificada.

- É a mesma planta que tínhamos.  Eles deixam as prostitutas numa espécie de porão, debaixo do salão.

-Os agentes foram procurar ela neste bordel?

-Sim, assim que descobrimos onde estava. Um se infiltrou como entregador, e os outros dois foram com missão de resgate.

-Melissa conseguiu imagens do satélite, da região do prédio?

-Sim para as fotos do satélite.  Também mandei um agente e ele tirou algumas fotos de longa distância, que podem dar uma boa idéia.

-Como ele fez isso sem ser percebido? Pelos meus contatos o lugar é no meio do nada, e cheio de guardas vigiando.

Guilherme pergunta a ela. Tão idiota!

-Drones querido! O agente ficou a quilômetros de distância. Podemos constatar pelas fotos que, são seis guardas do lado de fora, na maior parte do tempo. Eles rondam o tempo todo, cobrindo todo território do bordel .

Melissa, como nós, não anda feliz com o jeito que o DER conduziu está missão anteriormente. Sendo que é uma agência renomada, não observaram e nem planejaram. Simplesmente jogaram os agentes lá e gritaram “se virem”…

-Quantos entradas Mel?

-Duas entradas. Porta da frente e uma atrás. Não tem escadas de incêndio, nada que consigamos ter acesso as janelas de cima. O porão não tem porta externa, só uma por dentro do salão. As janelas debaixo, como as fotos nos mostram, ficam o tempo todo fechadas.

-Se tem seis bandidos no lado de fora, com troca de turnos, digamos que devem ter doze no mínimo no local. Arredondando isso para quinze, precisaremos de no mínimo, dez agentes para invadir. -diz Caio.

-Esse seria um número bom, mais acho muita coisa para uma missão dessa.-fala Marcus analisando a planta.

-Fora que precisaremos de fantasmas, e temos poucos com essa habilidade nas equipes. -fala Filipe.

-Então você acha que quantos devem ser, sem por ninguém em perigo? -falo para o Marcus.

-Uns seis. Dois entram na frente com armas brancas, dois logo depois. Reagrupam e vão para o porão. Os outros dois de apoio para o lado de fora.

- Então eu tenho na equipe um fantasmas, comigo dois. -eu falo.

-Posso emprestar Souza e Cruz. - fala Caio.

-E eu vou com mais um. Vai dá certo! -Filipe diz.

-Peraí... Vcs nos excluíram da missão. Nós queremos ir também. -Guilherme diz.

-Vocês nos contrataram para salvar a agente de vocês, não falaram nada de participar da missão. -falo para ele.

-Precisamos ter pelo menos um agente com vocês.-Diz Guilherme

-Por quê?

-Para garantir que nossa agente sairá viva.

-Eu estou no comando da missão, então eu decido quais agentes levar. E não vai nenhum do DER. Essa é minha condição, para aceitar a missão.

Falo puta da vida!

Eu não vou me responsabilizar por um agente que não conheço, e que nem sei quais são suas habilidades numa missão suicida, onde eu posso encontrar milhares de obstáculos, que nem imagino quais sejam.

Marcus olha para Ângelo esperando a resposta dele, sem contestar minha decisão. Ângelo olha para Guilherme e logo depois confirma com a cabeça, que eles não vão interferir.

-Preparados para conhecer os utensílios?

Diz Mel animada. É a parte que ela mais gosta.

-Pode falar Mel.

-Pensei em vcs levarem essa belezinha que registra o calor do corpo humano.

-Poderemos saber quantas pessoas estarão dentro da casa antes de invadir. -Diz Caio.

-Exato. Além de óculos para escuro, escutas e rádio comuns em toda as sessões. Armas apenas as brancas e uma pistola para cada. Acho que será o suficiente.

Todos concordam.

-Drones?

-Não acho uma boa idéia, vamos estar com equipe reduzida. Drone precisa de um agente apenas para controlá-lo. -falo.

-Vou mandar mesmo assim, essa belezinha é um projeto meu... equipada com dois tipos de câmeras, uma de alta resolução que capta imagens em detalhes a quilômetros de distância, e a outra é uma câmera de calor humano. Vai facilitar a vida de vocês e de quebra, manda as imagens para o nosso satélite em tempo real.

-Retiro o que disse, quero o drone .- sorrio para ela.

-Ok. Horário Mel?

-Pensei de noite, mais a noite o bordel está em pleno funcionamento. Não tem como, então vai ter que ser durante o dia. Eu sei que dificulta na camuflagem dos agentes, mais é o horário que vcs vão ter menas surpresas.

-Temos que estudar isso bem, uma missão durante o dia de camuflagem e resgate vai ser complicado.

-Ainda temos tempo, quatro dias pra decidir.

-Vcs pretendem ir no meio da semana?- Pergunta Guilherme.

-Sim, achamos  o meio da semana, melhor para invadir do que o final.

-Eles mandaram mais algum vídeo?

-Sim, ontem. -Diz Guilherme.

Melissa mexe no computador, e aparece um vídeo parecido com o outro. Só que dessa vez ela está ajoelhada, muito suja chupando um cara. Ele segura a cabeça dela com violência e outro bate nela com um chicote, imitando uma cena bdsm.

Claro que bdsm é concentido, mais o que me chama a atenção é que parece algo montado. Ela não resiste as investidas do cara, mais isso também pode ser justificado por ter se conformado com a tortura que já sofre a três meses.

Mais mesmo assim eu acho montado, como se fosse feito para impressionar quem está vendo.

Será que Natasha está realmente em perigo?

Será que é uma armadilha para matar mais agentes, como Manu disse?

Ou será que o DER está armando, pra cima da Interprise?

Será que eu sou muito louco de achar, que a rivalidade que existe entre as duas agências, estaria alimentando uma armadilha para nós?

Eu sempre peco pelo excesso de cuidado, e dessa vez não será diferente...

Tem algo muito errado nisso, e cada vez mais eu começo a concordar com a Manu e Caio.

Caio me olha me observando, ele sabe que eu já cheguei na mesma conclusão. Mais não vou falar isso na frente deles, não agora.

-Bom senhores, se está tudo combinado, preciso ir treinar minha equipe. Nós vemos quando retornar.

Me levanto e aperto a mãos dos dois, dando a costa para todos e saindo da sala, na companhia do Caio e Filipe.

-O que vamos fazer?

-Mudar o dia da missão, e não contar para eles.

-Vc acha que eles estão armando?

-Alguém está armando Caio, não sei quem... Se são os bandidos do Cartel, ou os agentes da DER.

Ele me vê mandando mensagem para a Melissa e diz:

-O que?

-Pedindo pra Melissa mudar o dia.

-Pensei que só eu tinha achado estranho aquele vídeo. -diz Filipe sério.

-Eu estou achando estranho desde o primeiro vídeo -Diz Caio ao meu lado.

Paramos em frente ao elevador, e apertamos o botão o  chamando.

-Só sei que , se fosse outra agente, eu não teria aceito a missão. - Digo.

-Nem eu...

-Nem eu...

Meu telefone bipa e vejo que é uma mensagem do Marcus.

“Tem algo estranho Heitor”

Amostro a mensagem para os meninos, e eles soltam uma gargalhada.

Está na cara que aceitamos porque é Natasha. Porque ela já foi uma de nós, e a Interprise não abandona nenhum de nós. Nunca!

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