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Capítulo 4 _ Dentro do jogo

Damian não reagiu de imediato.

Ele apenas ficou ali, me observando, como se estivesse absorvendo cada palavra que eu tinha acabado de dizer. Como se soubesse que, ao admiti-las, eu tinha acabado de cruzar uma linha invisível entre nós.

E então, ele sorriu.

Lento. Perigoso. Como se já soubesse, desde o começo, que eu terminaria exatamente aqui.

— Tudo? — Sua voz era um sussurro.

Eu não respondi.

Não porque não soubesse o que dizer, mas porque qualquer resposta soaria irrelevante diante do que já estava acontecendo entre nós.

O ar vibrou ao nosso redor, e, antes que eu pudesse pensar, antes que pudesse me preparar, Damian eliminou a distância que restava entre nós.

Seus dedos deslizaram pelo meu rosto, quentes, firmes, e meu corpo reagiu no mesmo instante. Um arrepio percorreu minha espinha quando ele segurou meu queixo entre o polegar e o indicador, forçando-me a manter o olhar ele.

— Diga de novo. — O comando veio baixo, um sopro de autoridade e desejo.

Minha respiração estava irregular. Meu coração, um tambor enlouquecido dentro do peito.

Eu queria provocar. Queria jogar.

Mas, droga, eu já tinha sido engolida pelo jogo.

— Eu quero tudo, Damian.

Os olhos dele escureceram, e foi a única resposta que precisei.

Ele me puxou para ele, e sua boca tomou a minha em um beijo que não era gentil. Não era hesitante. Era posse pura. Controle. Um lembrete de que eu estava ali, no espaço dele, e que ele estava disposto a me fazer sentir cada segundo dessa decisão.

E eu senti.

Seu gosto era uísque e algo indefinível — um perigo viciante, uma promessa silenciosa de que, se eu seguisse, não haveria mais volta.

Minhas mãos encontraram seu peito, os músculos rígidos sob a camisa levemente aberta. Meus dedos se agarraram ali, como se eu precisasse de algum ponto de ancoragem para não ser arrastada completamente por aquilo.

Damian aprofundou o beijo, uma das mãos descendo para minha cintura, me puxando mais para ele. O calor entre nós era insuportável, e eu já não sabia mais onde terminava e onde ele começava.

Quando ele finalmente se afastou, foi apenas o suficiente para que eu pudesse respirar — mas não o suficiente para quebrar a tensão. Seu olhar percorreu meu rosto, como se estivesse memorizando cada reação minha, cada traço.

— Você joga um jogo perigoso, Alex.

Minha cabeça girava. Minhas pernas estavam fracas. Mas eu não podia recuar agora.

— E você acha que eu tenho medo?

Os lábios dele se curvaram em um sorriso enviesado.

— Não. Acho que você quer mais.

E ele estava certo.

Droga, ele estava tão certo.

Suas mãos, fortes e seguras, me puxaram para ele, dominando-me com uma autoridade que era ao mesmo tempo assustadora e incrivelmente excitante. Ele me pressionou contra a parede de vidro, o frio do vidro contrastando com o calor ardente que emanava de ambos.

— Você gosta de brincar com fogo, Alex? — ele sussurrou contra meu ouvido, sua voz uma mistura de advertência e desejo. Eu podia sentir cada palavra vibrar através de mim, acendendo um fogo que eu não sabia como conter.

Eu não tinha resposta, apenas um gemido baixo quando ele beijou meu pescoço, explorando com uma expertise que me fez perder o fôlego. Cada toque era deliberado, como se ele conhecesse meu corpo melhor do que eu mesma. Ele desabotoou minha blusa com uma lentidão provocante, seus dedos traçando linhas de fogo sobre minha pele.

A luz da cidade transformava seu rosto em algo quase irreal, mas a sensação de seus lábios nos meus, de suas mãos explorando, era tudo menos um sonho. Ele me levantou, e eu envolvi minhas pernas em torno dele, sentindo o poder de seu corpo contra o meu, a urgência crescente entre nós.

— Não pense que você pode me controlar — eu disse, minha voz um sussurro ofegante, mas mesmo enquanto falava, eu sabia que estava perdendo essa batalha.

Ele sorriu, um sorriso perigoso que prometia muito mais do que eu estava preparada para admitir que queria.

Ele me levou até a mesa de seu escritório, varrendo o que havia sobre ela com um movimento impaciente. O som dos objetos caindo ao chão foi como um eco do meu próprio controle se desfazendo. Ele me colocou sobre a mesa, dominando-me com seu corpo, e cada beijo, cada toque, era uma afirmação de quem estava no comando agora.

Nossa roupa parecia desaparecer, cada peça jogada ao chão sendo um passo mais fundo naquele abismo de desejo. A sensação de sua pele contra a minha, a forma como ele me explorava com uma precisão que parecia ler meus pensamentos mais secretos, tudo isso era uma dança de poder e rendição que eu nunca havia experimentado.

A noite se tornou uma tapeçaria de sussurros, gemidos e o som de nossos corpos se encontrando, uma fusão de necessidade e prazer que transcendeu qualquer jogo de controle. Ele era um enigma, mas naquele momento, eu não queria mais respostas. Só queria ele, completamente, sem reservas.

E eu não sabia se o tinha, mas sabia que ele tinha a mim. Completamente nua diante dele, totalmente desarmada. Ele conseguiu derrubar todas as minhas defesas em apenas um instante, depois de tantos anos construindo-a.

Senti sua mão puxando minha nuca para trás enquanto ele me penetrava. Seu rosto havia mudado. Só havia desejo em seu olhar.

— Você conseguiu me deixar louco... — sussurrou, com a voz rouca e sexy, como tudo nele era. Sexy.

Sua mão me puxou para mais perto e seus movimentos se intensificaram, me sentindo, me envolvendo em seu charme que já havia me domindo por completo. Ele me deitou na mesa, passando a mão nos meus seios, apertando os bicos lentamente.

Droga, como isso me excitava!

Damian me puxou de volta e envolveu seus lábios nos meus, com sua língua brincando com a minha, num jogo viciante e sensual. Eu o puxe, com urgência, com desejo. Ele soube ali, o quanto eu estava entregue.

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